Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Livro Dissenso de Washington - Rubens A. Barbosa
Council on Hemispheric Affairs - Mercosur Future
- The Mercosur agreement, given birth in 1991, allows Argentina, Brazil, Paraguay, and Uruguay to trade freely amongst themselves.
- Interdependent economies lead to tensions among member countries, especially between Brazil and Argentina over Brasilia’s plan to combat hyperinflation and the ebbing demand for Brazilian goods.
- Export-dependent economies trading more expensive goods, like Brazil and Argentina, face enhanced competition from abroad; therefore, these countries must now focus on opening up trade and cooperation with other countries possessing major export sectors while protecting their own economies.
Desindustrializacao do Brasil: nada a ver com politicas entreguistas...
Jornalista Políbio Braga, 13/09/2011
. Os números são cada vez mais assustadores.
. A desindustrialização da economia brasileira é clara e cristalina como as imagens HD da Sky.
. Nem se trata mais de viajar para a China em busca de insumos mais baratos, como percebeu o editor ao viajar para Taipei, Bangkok, Hong Kong e Xangai, acompanhando a primeira missão empreendida pela Fiergs para a região, no início da década de 90.
. Empresas brasileiras como a gaúcha Digistar, que naqueles anos buscou identificar
fornecedores capazes de remeter-lhes peças, passaram a importar produtos prontos com sua marca ou implantaram fábricas na China.
. "Eu importo da minha própria fábrica chinesa ou exporto de lá mesmo para outros mercados", disse ao editor o presidente da Digistar, Oldemar Plantikow, há poucos dias, quando apresentei-o ao ex-prefeito José Fogaça, num encontro casual na churrascaria Barranco.
. Há mais tempo os calçadistas gaúchos fazem isto.
. Esta semana, a Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica, Protec, revelou que no primeiro semestre os segmentos de alta e média-alta tecnologia, mais serviços, contratados pela indústria brasileira, acumularam déficit comercial de R$ 50 bilhões. O valor é 33% maior do que o total de 2010 e poderá chegar a R$ 100 bilhões em dezembro.
. É uma calamidade.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Eu voto Distrital; vote você também (uma boa campanha)
Mesmo não fazendo parte de nenhuma campanha, não hesito em apoiar as boas causas, aquelas que podem, eventualmente, transformar o Brasil em um país melhor do que ele é.
E o que é o Brasil, atualmente?
Posso estar sendo injusto com os justos, mas eu vejo uma classe política dominada por "espertos", no sentido mais negativo da palavra, quando não são desonestos intelectuais ou transgressores pura e simplesmente. Transgressores da lei e dos bons costumes, da ética e da moralidade, e de muitas coisas mais.
Vejo um país cuja educação se degrada todos os dias, que constrói para si mesmo um roteiro de decadência, de baixo crescimento e de gastos irracionais, cujos custos serão assumidos por esta e pelas duas gerações seguintes.
Temos, sim, muitos problemas sociais, econômicos, educacionais, e temos sobretudo um problema de disfuncionalidade da vida pública.
Por isso creio que, mesmo sem ser o remédio milagre, sequer a solução ideal, o sistema de voto distrital pode representar um início de moralização da vida política nacional.
Por isso me associo a esta campanha e acredito que todas as pessoas de boa vontade, pessoas inteligentes que desejam um país melhor, deveriam também se associar a esta campanha.
Paulo Roberto de Almeida
Baleias preciosas - Felipe A. P. L. Costa
MUNDO MARÍTIMO AMEAÇADO
Por uma vida menos atormentada
Observatório da Imprensa, ISSN: 1519-7670, ano 16, n. 659, Terça-feira, 12/09/2011
Uma carreira de futuro interrompida: espiao da KGB...
ASSÉDIO SOVIÉTICO
Cameron diz que KGB tentou recrutá-lo na década de 1980
Presidente russo brincou dizendo que 'Cameron teria sido um bom agente da KGB'
Medvedev: ‘Teria sido um bom agente da KGB’
O Mundo SEM o Onze de Setembro - Paulo Roberto de Almeida
Paulo Roberto de Almeida
Mundorama (boletim n. 48, 12/09/2011; ISSN: 2175-2052; link: http://mundorama.net/2011/09/12/o-mundo-sem-o-onze-de-setembro-explorando-hipoteses-por-paulo-roberto-de-almeida/; Twitter: http://t.co/0cLk2qk).
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Book: Does America Have a Future - Friedman-Mandelbaum
Does America Have a Future?
By DAVID FRUM
Impostometro: 1.000.000.000.000 (e contando...)
Estado brasileiro: para tras, a toda velocidade...
Estado? brasileiro?
Sim, ele é brasileiro, mas não responde ao perfil geral que se costuma aceitar para um Estado normal.
Na verdade, se trata de um ogro famélico que dilapida os recursos privados, rouba a renda dos cidadãos, invade o caixa das empresas para dilapidar seu faturamento, engana a todos com promessas mirabolantes, torra um dinheiro enorme em propaganda de si próprio e não faz nada do que seria necessário, ou simplesmente do que seria certo, para responder a essa definição simplória do que seja um Estado, ou seja, um ente coletivo a serviço da sociedade.
No Brasil, esse monstrengo pantagruélico que se chama Estado serve primeiro a si próprio, e com isso ao enxame de políticos -- alcatéia seria um termos mais explícito -- que o cercam e o saqueiam, serve também a vários outros parasitas, a corporações "de Estado" que não merecem esse nome, tal a sanha dos marajás em se apropriar das rendas produzidas por trabalhadores e empresários do setor privado, enfim, se trata de um ser disforme que consome como um parasita as forças vivas da nação.
Quando é que os cidadãos comuns, os empresários brasileiros vão se revoltar e se levantar contra o ogro?
Acho que vai demorar. Vai ser preciso um ou dois desastres -- crise fiscal, crise de transações correntes, falência previdenciária, descalabro educacional, criminalidade sindical -- para que a sociedade desperte e resolva mudar esse cenário.
Acho não! Tenho certeza de que vai demorar...
Paulo Roberto de Almeida
PS: Esta introdução foi destacada deste contexto, ou seja, como introdução ao editorial abaixo do Estadão, e transformada em texto pdf e inserido em algum local digital do Clube Militar, que como se sabe reúne basicamente militares aposentados vivendo no Rio de Janeiro, mas que reflete, em grande medida, o que pensam os militares brasileiros sobre o Brasil e seus desafios. Neste link:
http://www.clubemilitar.com.br/pdf/opinioes/brasileiro.pdf
Onde o Brasil é competitivo
Educacao brasileira: para tras, a toda velocidade...
Em um ano, nota média no Enem cai em 68% das escolas de elite de SP
Colégios afirmam que seus melhores alunos não se inscrevem no exame porque USP e Unicamp não utilizam a nota no vestibular
Mariana Mandelli, Fernanda Bassette e Alexandre Gonçalves
Uma das principais justificativas das escolas para explicar a piora no Enem é o fato de duas das principais universidades públicas do Estado - Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - não usarem a nota da prova como critério de seleção no vestibular.
É o caso do Colégio Bandeirantes, que caiu 7,97 pontos. Segundo o diretor, Mauro Aguiar, os melhores alunos das turmas de Exatas e de Humanas deixaram de fazer o exame porque, além de darem prioridade para a USP, não existem muitas opções desses cursos nas federais da capital que usam o Enem.
“É como o time do São Paulo entrar em campo sem o Lucas, o Dagoberto e o Rogério: mesmo que jogue bem, os melhores jogadores não estão jogando”, diz Aguiar. “A nota do Bandeirantes ainda se sustenta porque alunos de Biológicas fazem o Enem por conta da Medicina da Unifesp.”
Na Escola Lourenço Castanho - cuja nota caiu 22 pontos -, a situação é parecida. “Os alunos preferem o Insper e a Fundação Getúlio Vargas, além da Fuvest. Poucos querem federais fora de São Paulo”, diz o diretor Alexandre Abbatepaulo. Ele avalia que a queda na pontuação do colégio foi muito pequena.
Além da preferência por vestibulares que não usam o Enem, os diretores apontam outros motivos. “Muitos se desinteressaram por conta dos percalços que a prova sofreu, criando ansiedade e insegurança”, afirma Aleksej Kozlakowski, professor do Elvira Brandão, que caiu 11 pontos.
Peso diferente. Os dois colégios que tiveram a queda mais acentuada no desempenho foram o Pioneiro - cuja média caiu 55,1 pontos - e o Maria Imaculada, com uma redução de 46,68. Em 2009, o Pioneiro ocupava a 9.ª posição e o Maria Imaculada, a 11.ª. Agora, eles não aparecem entre os 30 primeiros.
Surpreso, Fernando Isao Kawahara, diretor do Pioneiro, diz que as turmas são muito pequenas - em torno de 20 alunos -, o que faz as notas oscilarem mais. “Se dois dos melhores alunos não fazem a prova, por exemplo, a nota cai.” Procurada, a irmã Carmem De Ciccio, diretora pedagógica do Maria Imaculada, não quis falar sobre o Enem.
Três unidades do Objetivo - Paz, Luís Goes e Cantareira - perderam de 24 a 28 pontos em 2010. Para João Carlos Di Genio, diretor do Objetivo, essa queda “não tem significância”. “Não tem problema. E a redução dos pontos é de cerca de 4%. A gente considera normal.”
Enquanto isso, o Objetivo Integrado ficou em 2.º lugar na capital, com pelo menos 70 pontos a mais que outras unidades da rede. “Evidente que esse está melhor. As aulas são em turno integral e a tendência é prepararmos alunos para o Enem e os vestibulares da USP e Unicamp.”
PARA ENTENDER
Notas são comparáveis
Esta é a primeira vez que é possível comparar o desempenho das escolas no Enem ano a ano. Isso porque, em 2009, o Ministério da Educação adotou a metodologia da Teoria da Resposta ao Item (TRI), que atribui pesos diferentes a cada questão, dependendo do grau de dificuldade. Dentro das quatro áreas avaliadas pelo Enem, a média é baseada no número de acertos, consistência das respostas e na dificuldade das questões respondidas correta e incorretamente. Assim, a cada ano, as edições mantêm o mesmo nível de exigência. As escolas têm 30 dias para recorrer da nota, diz o MEC.