Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Quiqueisso companheiro?! Privatizando, asi no mas?
MEC: um antro de sauvas freireanas e de "perdidos no espaço"
O novo ministro da Educação não é o novo regente do MEC, no máximo um ocupante desocupado, e um passageiro de ocasião, sem qualquer noção do que deve ser feito, e como deve ser feito.
O MEC, hoje, é uma montanha dessas fofas, construídas pelas formigas, neste caso uma espécie particular, as saúvas.
Lembram-se de Monteiro Lobato, aquele que dizia, 90 anos atrás, que "ou o Brasil acaba com as saúvas, ou as saúvas acabam com o Brasil"?
Pois bem, as saúvas não acabaram com o Brasil, pois a agricultura se modernizou e liquidou as malvadas.
Mas poucos sabem que as saúvas -- uma nova espécie, resistente -- se mudaram todas, de mala e cuia, se ouso dizer, para o MEC, e lá proliferaram de modo extraordinário; essas são mais duras de serem extirpadas: são as saúvas freireanas, ou seja, aquelas pedagogas -- e pedagogos também, pois idiotas é um adjetivo que não tem gênero -- que seguem o besteirol do supremo mestre idiota de todas as bobagens pedagógicas que fomos capazes de oferecer ao mundo desde os anos 1960, Paulo Freire, e que hoje ainda continua infernizando a vida de alunos, de mestres, de pais, de todo o Brasil.
Pois eu digo que, ou o Brasil acaba com as saúvas freireanas, ou elas vão acabar com o Brasil, como já estão acabando, há muito tempo, e prometem continuar fazendo estragos pelas próximas gerações, se deixarmos. Acho que vamos deixar...
Sou moderadamente pessimista quanto à economia brasileira, como sempre digo: acho que vamos continuar crescendo a taxas medíocres, graças à despoupança estatal e a todo o custo Brasil, que hoje se resume numa única palavra: o Estado. Sim é o Estado que se tornou um obstrutor do crescimento no Brasil, como constata qualquer um que tenha dois neurônios para observar a realidade brasileira.
Mas, sou ABSOLUTAMENTE pessimista quanto aos destinos da educação brasileira: acho que ela não só vai continuar ruim, péssima, horrivel, como vai piorar muito mais, tendente ao horripilante! A mediocridade tende a se instalar em todos os níveis, do kindergarten à pós-graduação.
Não digam que eu não avisei...
Paulo Roberto de Almeida
O novo regente do MEC
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
A "concessao" da obesidade: marca registrada dos companheiros
Oh céus, oh vida, eu acho que não vai dar certo...
Paulo Roberto de Almeida
As empresas privadas que assumirão a administração de aeroportos brasileiros terão de lidar com um quadro de pessoal que foi multiplicado nos últimos anos pelo governo petista. Dados e documentos oficiais apontam excessos de funcionários e baixa produtividade da mão de obra no setor. Um estudo vê ainda sinais de “inchaço” na burocracia da estatal Infraero, responsável pela infraestrutura aeroportuária do país. O número de empregados da empresa teve expansão de no mínimo 63% desde o início do governo Lula, passando de 8.100 para 13,3 mil ao final de 2010.
A ampliação do quadro da Infraero tem, ao menos, uma explicação mais palpável: a igualmente vigorosa elevação do número de passageiros, resultado de crescimento econômico e ascensão social. Essa política, no entanto, manteve os aeroportos do país em baixos patamares de eficiência e produtividade, segundo indicadores adotados internacionalmente. Considerado o contingente próprio da estatal, havia um funcionário da Infraero para cada 12,7 mil passageiros no ano retrasado.
La frase du siecle (du XIX, tout au moins...)
Quand je me compare, je me console...
Chateaubriand
François-René de Chateaubriand, peint par Girodet-Trioson, au début du xixe siècle.
La vie me sied mal; la mort m'ira peut-être mieux.
Chateaubriand, Mémoires d'Outre-Tombe, Préface testamentaire de 1833.
Os amigos latino-americanos de Assad - Paulo Paranagua (Le Monde)
Les amis latino-américains de la Syrie d’Al-Assad
Brazil and Argentina: a book by Werner Baer and David Fleischer
The Economies of Argentina and Brazil:
A Comparative Perspective
512 pages; ISBN 9781849809979
Read online, or download in secure PDF format
Mantega: os impostos nao sao altos no Brasil (sic, sic, sic...)
O plano de Mantega para garantir o crescimento
O ministro da Fazenda conta à DINHEIRO como pretende proteger a economia brasileira e assegurar um aumento de 4,5% do PIB em 2012, ano em que as incertezas ainda dominam o cenário mundial.
Guido Mantega: "2012 será o ano do investimento. Queremos que o setor privado seja protagonista"
Pausa para... um dos irmaos Marx, este legítimo...
Postado por Engels
http://www.blogsdoalem.com.br/engels/
PÁ DE KARL
Porém, em determinado momento, Marx me surpreendeu. Disse que se sufocado, que precisava de mais espaço para expressar suas ideias. Insinuou que fosse a hora de partir para uma carreira solo. E finalizou revelando que nossa produção, até então, muito panfletária.
Fiquei atônito, confuso. Não entendi que naquele momento estava se erguendo o muro de Berlim de nossa amizade. Como bom materialista, ainda teve coragem de me pedir uma grana emprestada, prometendo que, em alguns anos, aquilo viraria O Capital. Dei o dinheiro, não sou de perder uma oportunidade.
De Lennon & McCartney passamos a Roberto e Erasmo, comigo, obviamente, a fazer o papel de Tremendão e sem direito a receber homenagens do tipo: você meu amigo de fé meu irmão camarada. A partir daí, nossas carreiras se bifurcaram com visibilidades distintas.
Não sei se a intenção de Marx era a de me alienar da autoria do pensamento fundador da doutrina comunista. Se era esse o seu propósito, mais valia ele o ter deixado claro. O fato é que seu nome é o seu único sinônimo. Ninguém usa engelismo nem mesmo marxengelismo para se referir à concepção materialista e dialética da História. Para isso consagrou-se o termo marxismo. Fiquei relegado aos livros de história. Não figuro em bandeiras, flâmulas, camisetas e pôsteres. Enfim, não entrei para a cultura pop. Infelizmente, a ideia do comunismo virou propriedade privada de Marx.
SOBRE MIM
A revolução ainda se faz necessária. Não podemos confiar apenas na educação das novas gerações para que as mudanças essenciais aconteçam. Taí o Sertanejo Universitário para confirmar essa tese.SOBRE O BLOG
Eu e o Paulo Skaf fazemos uma dura crítica ao modo de produção capitalista e na forma de como a sociedade se estruturou através desse modo. Buscamos organizar o proletariado como classe social capaz de reverter sua precária situação.ARQUIVO DO BLOG
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RAP: Esgotar todos os recursos verbais antes que se consiga atingir um numero razoavel de mortos...
Segurança coletiva
Maria Luiza Viotti |
O Globo - 16/02/2012 |
A defesa do diálogo e da solução pacífica de controvérsias é uma das tradições - no discurso e na prática - da política externa brasileira. Para o Brasil, o uso da força pela comunidade internacional deve ser sempre o último recurso, depois de esgotadas todas as possibilidades da diplomacia e de uma solução negociada. Ações militares implicam elevados custos em vidas humanas, além de outras graves consequências, políticas e econômicas.
Temos insistido em que a ONU priorize ações preventivas e esforços de mediação. Aplaudimos a iniciativa do secretário-geral Ban Ki-moon de estabelecer 2012 como o ano da prevenção.
Como afirmou a presidente Dilma Rousseff em seu discurso na abertura da Assembleia Geral, "o mundo sofre, hoje, as dolorosas consequências de intervenções que agravaram os conflitos, possibilitando a infiltração do terrorismo onde ele não existia, inaugurando novos ciclos de violência, multiplicando os números de vítimas civis. Muito se fala sobre a responsabilidade de proteger, pouco se fala sobre a responsabilidade ao proteger. São conceitos que precisam amadurecer juntos".
O conceito da "responsabilidade de proteger" acaba de completar dez anos desde sua primeira formulação. Foi desenvolvido com o propósito legítimo de evitar que populações sejam vítimas de genocídio, limpeza étnica, crimes de guerra e contra a humanidade.
A recente intervenção armada na Líbia, com a justificativa de proteção de civis, demonstrou a necessidade de aperfeiçoá-lo. Causaram preocupação a extensão da força empregada, a incapacidade de se combinar e calibrar a ação militar com a diplomacia, a interpretação questionável do mandato conferido pelo Conselho de Segurança e a falta de acompanhamento pelo próprio Conselho das ações empreendidas em nome de todos os membros da ONU. Invocou-se a "responsabilidade de proteger", mas faltou "responsabilidade ao proteger".
O Brasil apresentou, em novembro, ao Conselho de Segurança, o conceito de "responsabilidade ao proteger" com os seguintes elementos: a valorização da prevenção e dos meios pacíficos de solução de controvérsias; a excepcionalidade do emprego de meios coercitivos, especialmente o uso da força; a obrigação de que a ação militar não cause danos maiores do que aqueles que tenciona evitar; a observância rigorosa dos mandatos; a importância da proporcionalidade e de limites para o emprego da força, nas circunstâncias excepcionais em que for necessário contemplar o seu uso; e a necessidade de monitoramento e avaliação da implementação das resoluções.
A proposta brasileira tem recebido apoio de muitos países, ONGs e acadêmicos. A missão do Brasil junto à ONU já realizou um amplo debate com embaixadores de 25 países de todas as regiões do mundo e estudiosos do tema. A percepção compartilhada pela grande maioria foi a de que a iniciativa brasileira deu início a uma discussão que se tornou crucial após o episódio da Líbia. Em seminário recente organizado pela Stanley Foundation, com as principais autoridades mundiais no assunto, a iniciativa brasileira foi um dos elementos centrais dos debates, tendo sido bem acolhida e objeto de menção muito positiva por parte do secretário-geral da ONU.
Encorajado pela receptividade ao conceito da "responsabilidade ao proteger", o Brasil deverá organizar um debate na ONU a ser presidido pelo ministro Antonio de Aguiar Patriota.
O apelo político à prevenção, à moderação e à ação criteriosa no exercício da segurança coletiva, por meio da "responsabilidade ao proteger", segue a tradição da diplomacia brasileira. Temos credibilidade para promover esse debate na ONU porque nosso discurso em favor da paz é amparado por atuação que vai além da retórica e valoriza, na prática, a diplomacia e o diálogo. Pretendemos, de forma franca e construtiva, levar adiante esse debate indispensável, com o objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento da ação da ONU e para sua maior eficácia na promoção da paz e da segurança internacionais.
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