Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Brazil e Africa: novos horizontes - New York Times
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Mark Twain: ator de cinema? - filme de Thomas A. Edison
CULTURA
Veja filme gravado por Thomas Edison do escritor Mark Twain
Filme mudo capturado em 1909 mostra autor em cenas cotidianas
Teoria "Marquissista" I e II - concurso para "profeçor" da Unesp
Em princípio, deveria exigir conhecimentos amplos sobre essa área, desde os primeiros pensadores da política (isto é, os gregos), passando por Santo Agostinho, Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, e chegando até os clássicos contemporâneos, ou seja Tocqueville, Marx, Weber, e todos os pensadores da teoria política no século XX, entre liberais, conservadores, socialistas, a exemplo de Raymond Aron e vários outros.
Esta a chamada:
Período de Inscrição: de 02/08/2012 até 31/08/2012
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Acham-se abertas, nos termos do Despacho nº 627/2012-RUNESP, de 28/06/2012, publicado no Diário Oficial do Estado – DOE – Poder Executivo – Seção I de 29/06/2012, com base no Estatuto e Regimento Geral da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” – UNESP, bem como na legislação em vigor, as inscrições para o concurso público de provas e títulos para provimento de 01 (um) cargo de PROFESSOR ASSISTENTE, com titulação mínima de Doutor, em Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa – RDIDP, junto ao Departamento de Ciências Políticas e Econômicas, da Faculdade de Filosofia e Ciências, do Campus de Marília, nas disciplinas “Teoria Política I e II”.
Mas vejam o programa:
Programa:
1- Marx e a crítica da política
2- Marx e as revoluções de 1848
3- Marx e a Internacional
4- Marx e o movimento operário alemão
5- Engels e a social democracia
6- As vertentes teóricas da social democracia
7- A teoria do partido revolucionário
8 - A teoria da revolução democrática
9 - A teoria da transição socialista
10 - A teoria dos conselhos
11 - Estado e sociedade civil
12 - Luta de classes e hegemonia
Ou seja, a "teoria política" da Unesp se resume, em tudo e por tudo (e não é pouco, reconheçamos), a uma suposta teoria da revolução segundo os cânones do marxismo-leninismo. Edificante, não é mesmo?
Inclusive uma tal de "transição socialista" que, como todos sabemos, está na ordem do dia.
E eis a Bibliografia recomendada (aliás obrigatória, do contrário, o pobre do candidato não conseguiria passar em tão complicada prova de conhecimentos revolucionários aplicados à realidade do mundo atual).
Bibliografia
BARATTA, G. I quaderni e le rose. Roma: Gamberetti, 1999.
BARATTA, G.; CATONE, A. Tempi moderni: Gramsci e la critica dell´americanismo. Roma: Edizione Associate, 1989.
BERTELLI, A. R. Capitalismo de estado e socialismo. São Paulo: IAP: IPSO, 1999.
BUKHARIN, N. Le vie della rivoluzione. Roma: Riuniti, 1980.
BURGIO, A.; SANTUCCI, A. Gramsci e la rivoluzione in occidente. Roma: Riuniti, 1999.
DEL ROIO, M. O império universal e seus antípodas: a ocidentalização do mundo. São Paulo: Ícone, 1998.
______. Os prismas de Gramsci: a fórmula política da frente única. São Paulo: Xamã: IAP, 2005.
______. Marxismo e oriente: quando as periferias se tornam o centro. São Paulo: Ícone; Marília: Oficina Universitária Unesp, 2008.
ENGELS, F. Anti-Duhring. São Paulo: Paz e Terra, 1977.
______. Revolução e contra-revolução na Alemanha. Lisboa: Avante, 1981.
FEUERBACH, L. A essência do cristianismo. Campinas: Papirus, 1997.
FREDERICO, C. O jovem Marx: as origens da ontologia do ser social. São Paulo: Cortez, 1995.
FREDERICO, C.; SAMPAIO, B. A. Dialética e materialismo: Marx entre Hegel e Feurebach. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2006.
GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004. 6 v.
GRUPPI, L. Il pensiero de Lenin. Roma: Riuniti, 1970.
______. O conceito de hegemonia em Gramsci. Rio de Janeiro: Graal, 1980.
HEGEL, G. W. F. Princípios da filosofia do direito. São Paulo: Ícone, 1997.
HOBSBAWN, E. (Org.). Storia del marxismo. Torino: Einaudi, 1978-1982. 4 t.
LENIN, V. Duas táticas da social democracia na revolução democrática. Rio de Janeiro: Vitória, 1945.
______. Que fazer? Lisboa: Estampa, 1973.
______ . Obras escogidas. Moscú: Progreso, 1975. 12 t.
______. O estado e a revolução. São Paulo: Hucitec, 1979.
______. O desenvolvimento do capitalismo na Rússia: o processo de formação do mercado
interno para a grande indústria. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
LOSURDO, D. Antonio Gramsci dall liberalismo al comunismo crítico. Roma: Gamberetti, 1997.
LOWY, M. A teoria da revolução no jovem Marx. Petrópolis: Vozes, 2002.
LUKACS, G. Ontologia do ser social: a falsa e a verdadeira ontologia de Hegel. São Paulo: Ciências Humanas, 1979.
_____. Ontologia do ser social: os princípios ontológicos fundamentais de Marx. São Paulo: Ciências Humanas, 1979.
_____. História e consciência de classe. Lisboa: Martins Fontes, 2003.
LUXEMBURG, R. Scritti politici. Roma: Riuniti, 1976.
MARTORANO, L. C. A burocracia e os desafios da transição socialista. São Paulo: Xamã, 2002.
______. Conselhos e democracia. São Paulo: Expressão Popular, 2011.
MARX, K. Luta de classes na França. Introdução e organização de Friedrich Engels. Rio de Janeiro: Vitória, 1956.
______. El capital. México: FCE, 1976. 3 v.
______. A questão judaica. São Paulo: Centauro, 2000.
______. Introdução a crítica da filosofia do direito de Hegel. São Paulo: Boitempo, 2002.
______. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.
MARX, K.; ENGELS, F. Obras escolhidas. Rio de Janeiro: Vitória, 1956. 3v.
______. Manifesto comunista. São Paulo: Boitempo, 1998.
______. A sagrada família. São Paulo: Boitempo, 2002.
______. A ideologia alemã. São Paulo: Boitempo, 2007.
______. Luta de classes na Alemanha. São Paulo: Boitempo, 2010.
MCLELLAN, D. Karl Marx: vida e pensamento. Petrópolis: Vozes, 1990.
MESZAROS, I. Para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2003.
______. A teoria da alienação em Marx. São Paulo: Boitempo, 2007.
NETTO, J. P. Capitalismo e reificação. São Paulo: LECH, 1981.
SANTOS, A. Marx, Engels e a luta de partido na Primeira Internacional (1864-1874). Londrina: Ed. UEL, 2002.
TEXIER, J. Revolução e democracia em Marx e Engels. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2005.
TROTSKY, L. A revolução permanente. São Paulo: LECH, 1979
O redator do edital e responsável pelo programa é, indiscutivelmente, um adepto da bibliografia italiana, sendo, sem sombra de dúvida, um remanescente do exílio italiano, do qual ele ainda não conseguiu se liberar. Tanto é assim, que cita a obra dirigida pelo Hobsbawm na sua edição italiana -- Storia del marxismo -- quando existe uma edição em Português desde muitos anos. O autor do edital espera, entretanto, que os candidatos não apenas leiam a edição italiana, mas que eles leiam, como "teoria política", exclusivamente essa bibliografia sectária.
É ou não é um concurso destinado apenas a um companheiro desempregado?
Edificante como se notam progressos fantásticos no que se converteu em lixo das humanidades nas universidades públicas brasileiras.
Eu poderia passar no concurso, pois conheço toda essa bibliografia marxista, mas suponho que na prova didática os companheiros só vão selecionar aqueles plenamente identificados com o seu "marquissismo" altamente idiota.
Paulo Roberto de Almeida
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Addendum em 9/08/2012:
Um comentário que merece promoção de nota de rodapé a corpo de texto:
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
A crise dos misseis sovieticos em Cuba (1962) - Harvard Kennedy School
Fifty Year Anniversary website. This website has been created by the Harvard Kennedy School's Belfer Center for Science and International Affairs to commemorate the 50th anniversary of the Cuban Missile Crisis of October 1962. Here you will find key facts about the events of the Crisis, explore the most important lessons drawn from it over the past 50 years, find materials to help teach new students about this critical confrontation, and learn more about the nuclear threats that the world faces today. You can also register here to receive advance notice of Belfer Center events being held to mark the anniversary, and news about other website developments. - Graham T. Allison, Director of the Belfer Center for Science and International Affairs
Ver neste link: http://www.cubanmissilecrisis.org/
Lessons
For Educators
Nuclear Danger Today
MercoChavez enriquece o Brasil: que bom, nao e'?
Vamos todos nos beneficiar com o manancial de petróleo inesgotável de Mister Chávez, suas fabulosas compras no Brasil e várias outras benesses mais, sobretudo no plano da democracia e dos direitos humanos (inclusive os desumanos e os dos animais).
O Mercosul nunca mais será como antes; aliás, nunca antes na história do Mercosul, tanto tinha sido feito para beneficiar tantos em tão pouco tempo. Logo veremos os resultados.
Paulo Roberto de Almeida
Lá vêm os bolivarianos
Competitividade da industria brasileira - Marcelo de Paiva Abreu
Phyllis Deane: homenagem a uma grande historiadora da Revolucao Industrial
Uma lágrima para quem enriqueceu intelectualmente minha (nossa) vida.
Paulo Roberto de Almeida
Phyllis Deane: death
Phyllis Deane is Professor Emeritus of Economic History in the University of Cambridge where she held research and teaching positions from 1950 to 1982 with great distinction. She was editor of the Economic Journal (1968-75) and president of the Royal Economic Society (1980-82). She became a Fellow of the British Academy in 1980.
Phyllis Deane was born in 1918, and if you do the math, you can understand why she is unable to be here to accept this award.
After working on a research project on post-war reconstruction, she was invited to join the National Institute of Economic and Social Research to develop social accounting for the colonies. Colleagues included Keynes, Richard Stone, James Meade, Austin Robinson and Arthur Lewis.
She spent 1946-7 “getting her hands dirty”, as she describes it, producing national income accounts for Northern Rhodesia and Nyasaland. Her work is being studied by Mary Morgan and others as part of the history of observation in economics project.
Richard Stone invited Phyllis Deane to the recently established Department of Applied Economics initially to work on regional social accounts. There, she became involved with the International Association for Research in Income and Wealth, led by Simon Kuznets. It brought together academic and government economists interested in the causes of growth and the reasons for international disparities in growth rates. She began to study British national income historically. Her findings were published in a series of journal articles, which formed the backbone of her best known work: British Economic Growth, 1688-1959 (written with Max Cole). It is difficult to over-estimate the significance of this work in twentieth-century economic history. It represented the foundation of British quantitative economic history and guided and inspired a generation of economic historians.
She was appointed to a Lecturship in 1961 lectures on the industrial revolution for first-year economists led to another classic book: The First Industrial Revolution.
From the sixties onwards, Phyllis Deane’s teaching and research turned increasingly to the history of economic thought. Partly because she was in a Faculty, which was deeply involved in theoretical disputes, she became interested in the origins and evolution of debates within economics. Her approach was not to identify flaws in arguments or engage in ancestor worship (or its opposite!) but to try to understand how ideas evolved. Two more books The Evolution of Economic Ideas and The State and the Economic System, and several articles
followed.
On retirement she embarked upon a biography of economist John Neville Keynes, The Life and Times of J. Neville Keynes. A Beacon in the Tempest was published in 2001.
Her work has extended the frontiers of our subject – both economic history and the history of economics – brought a deeper understanding, and provided essential guides, through what she has called the “varied landscape” of economics.
It is with great pleasure that we name Phyllis Deane a Distinguished Fellow of the History of Economics Society.
Saudades da Europa: viagens na Franca com Carmen Licia
Primeiro, Carmen Lícia num jardim de Auvers-Sur-Oise, village preferido dos impressionistas, onde Van Gogh passa diversos meses em 1890, antes de se suicidar no Auberge Ravoux, justo em frente à prefeitura da cidade.