Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Nossos amigos iranianos (e os nao-alinhados alinhados...) -
Foreign Policy parte para a Defesa: nova pagina sobre National Security
Introducing FP National Security
Here's what's inside our new channel.
BY SUSAN GLASSER | Foreign Policy, September 5, 2012
- "The E-Ring: Inside the Pentagon's Power Corridors" a daily, reported blog similar to "The Cable" in its focus on who the senior policymakers are and how they actually make policy. Think of it as a watercooler blog for the military, a way to keep track of who's in, who's out, and what's going on around the building. "The E-Ring" will be written by Kevin Baron, who comes to FP from National Journal, where he covered the business of war, and Stars and Stripes. Baron is vice president of the Pentagon Press Association.
- "Killer Apps: National Security in a Cyberage" will be a daily, reported blog covering the intersection of information technology and conflict-from America's cyberwarriors at the NSA and other agencies, to the vulnerabilities of U.S. infrastructure, to efforts to contain the threat. It will be written by John Reed, who previously edited Military.com's publication Defense Tech and covered trends in military aviation and the defense industry around the world for Defense News and Inside the Air Force.
- "The Best Defense" is FP's prize-winning military blog written by Thomas E. Ricks, the former Pentagon reporter for The Wall Street Journal and The Washington Postwho has published several critically acclaimed books, including Fiasco: The American Military Adventure in Iraq and The Gamble: General Petraeus and the American Military Adventure in Iraq, 2006-2008. Ricks, a contributing editor to FP and a member of two Pulitzer Prize-winning reporting teams, is also a senior fellow at the bipartisan Center for a New American Security. The Best Defense won the digital National Magazine Award for best blog in 2010.
- John Arquilla, expert on the future of warfare who coined the term "cyberwar" who is currently professor and chairman of the Department of Defense Analysis at the Naval Postgraduate School
- Gordon Adams, a professor of international relations at the School of International Service, American University, and a Distinguished Fellow at the Stimson Center.
- Lt. Gen. David Barno (ret.), who served as the commander of American forces in Afghanistan in 2003, and is now a senior advisor and senior fellow at the Center for a New American Security
- Rosa Brooks, who most recently served as counselor to the undersecretary of defense for policy and is currently a law professor at Georgetown University
- Jeffrey Lewis, the director of the East Asia Nonproliferation Program at the James Martin Center for Nonproliferation Studies and editor of the oft-cited blog, Arms Control Wonk
- Robert Haddick, managing editor of the Small Wars Journal
- Amy Zegart, senior fellow at the Hoover Institution and expert on the U.S. intelligence community and national security agencies. Her recent books include Eyes on Spies: Congress and the U.S. Intelligence Community, and Flawed by Design, a history of the CIA and National Security Council.
- Micah Zenko, the Douglas Dillon fellow at the Council on Foreign Relations. Zenko is an expert on America's use of drones and the author of Between Threats and War: U.S. Discrete Military Operations in the Post-Cold War World.
Madrid de Joao Almino - Le Monde Magazine (7/09/2012)
Le Madrid de João Almino
Seguranca mundial: diminuicao dos orcamentos militares, aumento das vendas de armas - Foreign Policy
A China aumentou muito seu orçamento militar, mas ainda participa pouco do comércio de armas no mundo. Estados Unidos representam 41% dos orçamentos militares do mundo, mais do que os 14 outros países que seguem atrás. Arábia Saudita foi a que mais gastou em 2011, com a Índia bem atrás, mas em segundo lugar.
Paulo Roberto de Almeida
The Boom Economy
Why 2012 is a great year to be in the arms business.
BY BATES GILL | Foreign Policy, SEPTEMBER 6, 2012
Bates Gill is director of the Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), a position he has held since 2007. As of October 2012, he will be the chief executive officer of the United States Studies Centre in Sydney, Australia.
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Controle social da educacao? ou dos educadores? -
Paulo Roberto de Almeida
Los Hermanos: causando problemas a ellos mismos...
O real problema da Argentina
Editorial O Estado de S.Paulo, 6/09/2012Decerto altos funcionários do governo argentino estão comemorando os resultados do comércio de seu país com o Brasil. Como insistentemente vêm buscando esses funcionários - com medidas que ferem acordos e tratados firmados pelos dois países e regras do comércio internacional, mas têm sido toleradas pelo governo brasileiro -, o déficit comercial com o Brasil caiu 67% em julho, na comparação com igual mês de 2011, e 53% no acumulado dos sete primeiros meses de 2012, em relação ao ano passado.
O agressivo protecionismo argentino resulta da obsessão do governo de Cristina Kirchner com assegurar mercado para a indústria local e gerar empregos e riqueza para os argentinos. Embora, por razões políticas, isso não seja muito lembrado, a obsessão tem a ver também com a necessidade do país de gerar recursos para honrar os compromissos com sua dívida externa.
Era de esperar que o protecionismo de Kirchner preservasse o comércio com os países do Mercosul, bloco do qual a Argentina faz parte. Mas os resultados mais notáveis das restrições impostas pelo governo argentino estão surgindo justamente no comércio com os sócios do Mercosul, especialmente o Brasil. No primeiro semestre, elas caíram 16% em relação aos primeiros seis meses de 2011 e o comércio bilateral com o Brasil diminuiu 13%.
É pouco provável, porém, que os resultados do comércio com os demais países estejam sendo comemorados pelo governo Kirchner. As importações argentinas da União Europeia cresceram 15%, as do Nafta (Estados Unidos, Canadá e México) aumentaram 5% e as dos países da Aladi, 71%, mas as exportações argentinas não cresceram nessa velocidade.
Em resumo, o protecionismo da Argentina não resolve seus problemas, pois o déficit contido de um lado cresce de outro, mas afeta duramente o comércio com seu principal parceiro.
Tem razão, por isso, o embaixador brasileiro em Buenos Aires, Enio Cordeiro, quando diz que o déficit da Argentina com o Brasil é "mais psicológico do que econômico". Isso porque, no seu entender, a economia argentina tem problemas estruturais que reduzem sua capacidade de competir com os produtos importados, inclusive do Brasil, e não podem ser superados por medidas que classifica de "voluntaristas", como as que caracterizam a política protecionista do país.
"O Brasil compra praticamente todo o excedente industrial argentino, e a Argentina importa insumos industriais que exigiriam investimentos para serem substituídos" pela produção local, disse o embaixador, durante encontro com empresários realizado no auditório da embaixada. O problema, em outras palavras, não é do Brasil, mas da Argentina. Se ela não souber ou não tiver condições de resolvê-los, o protecionismo do governo Kirchner - defendido de maneira às vezes truculenta pelo secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, e pelo seu braço direito, a secretária de Comércio Exterior, Beatriz Paglieri - apenas continuará a criar conflitos com seus parceiros comerciais.
Há dias, o México denunciou a Argentina na OMC por restringir a importação de mercadorias e discriminar entre produtos estrangeiros e locais. Pouco antes, Estados Unidos e Japão haviam denunciado a Argentina na OMC pelas mesmas razões.
O governo Dilma tem sido tolerante com as restrições que a Argentina vem impondo à entrada de produtos brasileiros no país. Somente em situações extremas o Brasil reage às provocações argentinas. No primeiro semestre, o governo brasileiro exigiu autorização de importação, que pode demorar 60 dias, para a entrada de cerca de dez produtos com peso significativo na pauta de exportações da Argentina. Também impôs, temporariamente, controle rigoroso para a entrada de veículos argentinos. Só depois disso o governo Kirchner concordou em reduzir algumas das restrições que impusera a produtos brasileiros.
Para evitar que o governo Kirchner continue a prejudicar o Brasil, o governo Dilma precisa apontar com clareza os problemas da Argentina, como fez o embaixador Enio Cordeiro, e reagir prontamente às medidas danosas ao País.
Orcamento ficticio e previsoes otimistas: receita para mais extorsao
Atualmente, o processo é mais sofisticado, mas sensivelmente o mesmo: o governo extorque os cidadãos e extrai recursos das empresas para cobrir suas despesas sempre crescentes. A Receita Federal, esse órgão fascista por excelência, se desempenha para produzir sempre mais recursos para o Estado, e assim vamos indo.
Parece que o orçamento do próximo ano não será diferente...
Paulo Roberto de Almeida