sábado, 1 de junho de 2013

Militarizacao da diplomacia? O Livro Branco da Defesa - Samuel de Jesus

O Livro Branco de Defesa do Brasil e suas Implicações Geopolíticas, por Samuel de Jesus


Livro Branco de Defesa e o militarismo
Quando a aplicação militar se coloca como um fim e não um meio para a solução dos grandes problemas nacionais, principalmente àqueles do setor estratégico, podemos pensar em militarismo. Ao mencionarmos militarismo devemos conceituá-lo. Segundo Norberto Bobbio (1998, p. 748) o militarismo transcende os objetivos puramente militares, pois objetiva penetrar em toda a sociedade, impregnar a indústria e a arte, visa também superioridade sobre o governo ostentando atitudes como as de autoridade e fé.
Recentemente, podemos observar a militarização presente em alguns itens do Livro Branco da Defesa Nacional (LBDN), lançado em 2012, esse documento compõe as diretrizes do Estado Brasileiro em relação aos assuntos de defesa. Duas diretrizes do LBDN são preocupantes, a primeira, é a ação conjunta entre Ministério da Defesa e Ministério das Relações Exteriores (evidente quando o LBDN afirma que estes dois ministérios deverão agir conjuntamente) e o desenvolvimento da Indústria Brasileira de Materiais de Defesa. Nossa hipótese é a de que as Relações Exteriores do Brasil estariam sofrendo uma forte tendência à militarização e o Brasil com a Indústria de Materiais de Defesa estaria se tornando uma nação altamente militarizada, exportadora de materiais bélicos.
Ação conjunta Ministério da Defesa e Ministério das Relações Exteriores
Norberto Bobbio (1998, p.384) define a diplomacia como a condução das relações internacionais através de negociações. O método através do qual essas relações são reguladas e mantidas por embaixadores e encarregados; ofício ou arte do diplomata. (p.384). A partir desta definição podemos afirmar que o LBDN introduz um novo paradigma no campo da diplomacia e das relações internacionais ao afirmar que os ministérios da Defesa e das relações exteriores deverão agir conjuntamente no campo das Relações Internacionais, dessa forma aliena a diplomacia à área defesa. O aumento da importância do Ministério da Defesa em relação ao Ministério das Relações exteriores demonstra a introdução dos assuntos de defesa em um ministério que se pautaria por pressupostos como o diálogo e a diplomacia.
O LBDN afirma que essa articulação entre militares e diplomatas e sua participação em fóruns como o Conselho de Defesa da UNASUL facilitaria no exterior a defesa dos interesses brasileiros e teriam como exemplo cooperações envolvendo os países que compões os BRICS (Brasil, Rússia, índia, China e África do Sul). (Livro Branco de Defesa Nacional, 2012, pp.49-50).
Poderemos perguntar se o LBDN está elevando os militares a condição de diplomatas ou a diplomacia está ganhando status militar? O receio é o de uma militarização do Ministério das Relações Exteriores, o avanço do ethos militar sobre o ethos civil. Por que o Ministério da Defesa deve agir conjuntamente com o Ministério das Relações Exteriores? Por que os assuntos da alçada diplomática deverão “embutir” os assuntos de defesa por meio do Ministério da Defesa? Fica de fato a sensação de militarização da diplomacia.
A nomeação de Celso Amorim, diplomata, ex-ministro de Relações Exteriores do Brasil para o Ministério da Defesa representou, voluntária ou involuntariamente, um passo nessa direção.
Amorim era defensor de uma política externa independente que tentou articular e angariar apoios às pretensões brasileiras em ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, sobretudo tentou mediar com o Irã, no caso do enriquecimento de urânio à revelia dos Estados Unidos. Sobretudo, a pergunta no momento de sua nomeação era: como seria um diplomata a frente do Ministério da Defesa? Embora não fosse o primeiro, vide o Caso Viegas. As armas ou a diplomacia? Ou existe uma relação estreita entre a diplomacia e as forças armadas?  Desde a nomeação de Celso Amorim questionávamos: como será a reativação da indústria de defesa em sua gestão e o reaparelhamento das Forças Armadas Brasileiras? Hoje temos uma parte da resposta que é a conversão da diplomacia em irmã siamesa do Ministério da Defesa segundo o Livro Branco da Defesa.
Defesa e desenvolvimento da indústria bélica
Outro viés dessa concepção é a Defesa e o desenvolvimento industrial, o LBDN invoca a Estratégia Nacional de Defesa nos itens que se referem ao desenvolvimento da indústria de defesa nacional “tecnologicamente independente”. Segundo o LBDN, esse tipo de indústria privilegiaria o domínio de tecnologias nacionais e para isso seria necessário uma reestruturação da indústria brasileira de produtos de defesa. (Livro Branco de Defesa, 2012, pp. 187).
Essa diretriz baseada no desenvolvimento da indústria de defesa nacional “tecnologicamente independente” resultou na criação do Núcleo de Promoção Comercial, (NPC-MD) que tem a finalidade de elaborar ações de incentivo e promoção de material bélico e atração de capital e tecnologias a serem aplicados aos produtos de defesa do Brasil. (Livro Branco de Defesa, 2012, pp. 187).
Dentre outras ações estatais estão a) o levantamento da base industrial de defesa com o objetivo de diagnosticar as capacidades e potencialidades deste importante setor da economia nacional, bcriação da Política Nacional da Indústria de Defesa (PNID) que norteará as ações da Política Nacional de Exportações de Produtos de Defesa (PNEPRODE).O PNID segundo o Livro Branco de Defesa atuará em parceria com o Ministério da defesa e o Ministério da Ciência, Tecnologia e inovação (MCTi), o objetivo dessa cooperação émaximizar e otimizar os esforços de pesquisa nas instituições científicas e tecnológicas militares visando ao desenvolvimento de tecnologias de ponta para o sistema de defesa.(Livro Branco de Defesa, 2012, pp. 187).
Alguns projetos da defesa estão sendo apoiados pela FINEP (financiadora de estudos e Projetos) como o radar SABER M60. Segundo o que está escrito no LBDN estas políticas tem como foco as atividades de infraestrutura de apoio à produção e comercialização; a normatização de medidas que permitam maior competitividade das empresas que compõem o setor industrial; e o financiamento mais consistente e duradouro de atividades empreendedoras. (Livro Branco de Defesa, 2012, pp. 187).
O elo entre o Ministério da Defesa e o setor empresarial é feita pela Associação brasileira das indústrias de Materiais de defesa e segurança (ABIMDE) tem a missão congregar, representar e defender os interesses das empresas associadas, contribuindo na formulação de políticas públicas para o setor de defesa.
Propostas de desarmamento dos países da UNASUL.
Em 2009, o presidente do Equador, Rafael Correa, apoiou a proposta peruana de desarmamento na América do Sul e se comprometeu a passar à agenda de UNASUL. A proposta do governo peruano era reduzir 15% das despesas em armamento em cinco anos para destiná-las ao desenvolvimento social. (Correa cumprimenta e apóia propostas do Peru para desarmamento na Unasul, Portal G1, 25.11.2009).
Até o então presidente da República do Brasil em 2009 sinalizou favoravelmente a esse referido Protocolo. Segundo notícia do jornal O Estado de S. Paulo de 10 de novembro de 2009, No peru, Lula discutirá desarmamento regional. Após encontrar-se com Lula, o ministro de Transporte e Comunicações do Peru, Enrique Cornejo, afirmou que o presidente brasileiro “manifestará apoio” à proposta peruana de adoção de um Protocolo de Paz e Segurança entre os países-membros da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL).
Segundo esse documento os países da UNASUL reduziriam em 3% suas despesas militares, cortariam em 15% os investimentos em compra de armas ao longo de cinco anos e cooperariam para a criação de um corpo de segurança regional parecido com os capacetes-azuis da Organização das Nações Unidas – ONU.
Há uma disposição de países como o Peru em aprovar a redução de gastos de defesa no contexto de formação do Conselho de Segurança da UNASUL, mas  a resolução dos ministros da defesa da UNASUL fala em aprovação do Protocolo de Paz, Segurança e Cooperação, mas não toca na questão do desarmamento, apenas coloca como preocupação a tranparência nas informações dos signatérios com relação aos gastos com armamentos.
O LBDN será capaz de gerar confianças mútuas? O Brasil espera despertar a confianças da Comunidade Sul Americana de Nações ao divulgar para os países que está em curso no Brasil a revitalização de sua Indústria de Matérias de Defesa? Muito embora seja uma decisão soberana do Brasil, o aumento dos gastos com equipamentos de defesa e a revitalização da indústria de defesa estão na contramão da proposta peruana frente à UNASUL, o seu Protocolo de Paz, Segurança e Cooperação propõe dentre várias medidas, a redução de gastos com defesa.
O Brasil e o Conselho de Segurança da ONU
A reivindicação brasileira de ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas foi o principal assunto da pauta de interesses brasileiros na visita do presidente Barack Obama ao Brasil. Para tanto seria necessária a modernização das Forças Armadas Brasileiras em relação ao aparelhamento militar, afinal não será um equivoco supor que, ao ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil se torne um global player, um ator global, o único na América do Sul a fazer parte do único órgão do sistema internacional capaz de adotar decisões obrigatórias para todos os Estados-membros da ONU. (Discurso Presidencial Dilma Rousseff, 19-03-2011)
 Em visita do presidente dos EUA, Barack Obama, ao Brasil, em 19 de março de 2011 a presidente do Brasil Dilma Rousseff, em seu discurso, falou sobre a lentidão das reformas nas instituições multilaterais e defendeu reforma da governança em instituições como o Fundo Monetário Internacional – FMI, no Banco Mundial, sobretudo a ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas. (Discurso Presidencial Dilma Rousseff, 19-03-2011).
Sobretudo, não é exagero afirmar que essa condição daria ao Brasil um papel protagonista, não somente na América do Sul, mas na América Latina. Estaria consolidado como uma sub-hegemonia reconhecida em âmbito internacional. Políticamente ocuparia uma posição acima de Argentina e México no hemisfério americano.
A grande hipótese de nosso trabalho é que a política militarista do Brasil poderia gerar um descompasso na UNASUL, pois o protocolo de paz do Peru foi incorporado a UNASUL e, é possível que cresça a ideia de redução dos gastos de defesa dos países da América do Sul. Isso seria um ônus a liderança brasileira no hemisfério, pois o aumento de gastos e a reativação da indústria de material de defesa Brasileira sendo levado em frente, em um momento em que a maioria dos países sul-americanos estivesse discutindo a redução de gastos bélicos, poderiam gerar desconfianças sobre os objetivos políticos do Brasil no continente, na pior das hipóteses poderia resultar em um desgaste político. Embora seja soberano para tomar decisões no campo da defesa, o Brasil para liderar a comunidade sul-americana de nações precisa ter a confiança dessa comunidade internacional, sobretudo o Brasil se comprometeu, no âmbito do Conselho de Segurança da UNASUL, desenvolver uma identidade sul-americana em matéria de defesa.
Conclusões
O Livro Branco de Defesa Nacional é uma síntese do Plano Nacional de Defesa (2002), da Estratégia Nacional de Defesa (2008) e do Plano Brasil 2022. Estes planos e estratégias são estatais, mas o fato da reativação da indústria de materiais de Defesa e o reaparelhamento das Forças Armadas Brasileiras serem incluídos na agenda governamental demonstra um grande nível de articulação das Forças Armadas Brasileiras apoiadas por empresários, políticos, acadêmicos, jornalistas entre outros. A militarização da diplomacia e também a reativação da Indústria Brasileira de Materiais de Defesa representa o aumento de influência dos militares nos setores diplomático e comercial.
A reivindicação brasileira de ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU é a outra face da moeda da projeção brasileira no mundo. Se o Brasil alcançar esse objetivo será uma nação hegemônica na América Latina, pois se torna um país capaz de adotar decisões obrigatórias para todos os Estados-membros da ONU. Trata-se de negócios as questões referentes ao reaparelhamento das Forças Armadas Brasileiras e a revitalização da indústria de defesa. O fetiche dessa mercadoria é a defesa do Brasil e manutenção da soberania. A militarização da diplomacia e a transformação do Brasil em uma nação altamente militarizada e exportadora de materiais bélicos atende os objetivos dos setores pró-defesa.
Bibliografia:
BOBBIO, Norberto; MATEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. Brasília: UnB, 1998.
Correa cumprimenta e apóia propostas do Peru para desarmamento na Unasul, Portal G1, 25.11.2009). Disponível em:http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1391425-5602,00-CORREA+CUMPRIMENTA+E+APOIA+PROPOSTAS+DO+PERU+PARA+DESARMAMENTO+NA+UNASUL.html  Extraído em 21/04/2013.
DAGNINORenato. A indústria de defesa no Governo Lula. São Paulo: Expressão popular, 2010.
DUARTE, Luiz Claudio. Os Conceitos de Segurança e Desenvolvimento: desvelando o discurso esguiano. In: Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011.
Indústria de armas do Brasil ensaia reentrada no mercado internacional. In: defesa net 08.02.2013. Disponível emhttp://www.defesanet.com.br/defesa/noticia/9599/Industria-de-armas-do-Brasil-ensaia-reentrada-no-mercado-internacional, extraído em 02/03/2013.
Livro Branco de Defesa Nacional, Brasília, Presidência da República, disponível em:https://www.defesa.gov.br/arquivos/2012/mes07/lbdn.pdf Extraído em 13/02/2013.

Samuel de Jesus é Doutor em Sociologia Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista – FCL/UNESP-Araraquara/SP (sdjesu@yahoo.com.br)

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Internet socialista em Cuba, mas a um custo de capitalismo de luxo...


Una hora de Internet en Cuba: 4,5 dólares

Una hora de navegación internacional por Internet: 4,5 pesos cubanos convertibles (4,5 dólares estadounidenses). Una hora de navegación nacional por Internet, con activación de correo electrónico internacional: 1,5 pesos convertibles. Una hora de navegación nacional: 0,60 pesos convertibles. Estas son las tarifas que cobrarán los 118 nuevos centros de conexión estatales que comenzarán a operar en Cuba el próximo 4 de junio, como parte del plan de ampliación del acceso público a Internet anunciado este martes por el Gobierno de Raúl Castro. Así, con un mes completo de salario, un cubano promedio podrá comprar cuatro horas y media de conexión a la Red.
(...)
La noticia de la ampliación del acceso público al ciberespacio fue recibida con reservas por los ciberactivistas cubanos, que han hecho de las redes sociales su tribuna. “Ahora, con 1/3 del salario mensual, compramos 1 hora de mala #Internet”, escribió este 28 de mayo el bloguero Henry Constantin a través de su cuenta de Twitter @constantincuba. En Cuba, el salario promedio de un ciudadano no supera los 20 dólares y con estas tarifas, un mes de sueldo alcanza para comprar cuatro horas y media de Internet. “¿Si pudiera guardar estos kilobytes? ¿Si pudiera llevarme en un bolsillo un trozo del ciberespacio? :-0”, fue el mensaje de la bloguera Yoani Sánchez, quien este miércoles volará de regreso a La Habana luego una gira de 80 días por América y Europa, a propósito de los costos y las restricciones que prevé la ampliación del servicio.
El acceso a la Red desde hogares, teléfonos móviles o computadores portátiles aún no será posible, aunque está en los planes de futuro, según el Gobierno. “Está previsto que los cubanos puedan tener conexión en sus casas, pero la prioridad inicial, en las actuales circunstancias, la tendrán los puntos de acceso colectivos, para lograr con menos inversiones llegar a un mayor número de personas”, ha dicho el viceministro de Comunicaciones de Cuba, Wilfredo González, en una entrevista publicada este miércoles por el diario oficial Granma. Según González, las únicas limitaciones al uso privado de internet en Cuba responden a razones “tecnológicas y financieras”.
Lo que hay, aseguran las autoridades cubanas, es solo posible gracias a la puesta en funcionamiento, el 24 de enero pasado, del cable submarino de fibra óptica que conecta a Cuba con Venezuela y Jamaica. El tendido del cable, de unos 1.600 kilómetros de largo, tuvo un costo de 70 millones de dólares y culminó en febrero de 2011. En agosto de 2012 comenzó a emplearse en forma experimental para llamadas telefónicas y conexiones de Internet, de acuerdo a la información ofrecida por Etecsa. Las autoridades cubanas nunca dieron explicaciones sobre la demora en el inicio de operaciones, pero sí advirtieron: “Cuando concluya el proceso de pruebas, la puesta en operación del cable submarino no significará que automáticamente se multipliquen las posibilidades de acceso (a Internet en Cuba)”.
El Gobierno cubano ha atribuido las limitaciones de conectividad de la isla al embargo económico que mantiene Estados Unidos en su contra desde la década de los sesenta. Hasta ahora, además de los centros de conexión habilitados en hoteles y oficinas de correos, solo había acceso a la red desde las escuelas y los institutos científicos, y apenas algunos profesionales autorizados por el Gobierno –médicos, periodistas, entre ellos– gozan del privilegio de navegar desde sus casas; en el caso de los médicos, con limitaciones de acceso. Así, por ejemplo, de acuerdo a cifras oficiales, unos 68.000 especialistas de la salud pueden consultar desde sus hogares la intranet pública de salud de Cuba a Infomed. Lo que indican estudios independientes es que Cuba se sitúa en el último puesto de América Latina, con una tasa de 3% de conectividad a la red internacional.

Humor judeu? Voce deve estar brincando... - Book review - Ruth R. Wisse


Such Small Portions

‘No Joke,’ by Ruth R. Wisse

Avco Embassy Pictures
Dick Shawn and Renée Taylor in a scene from Mel Brooks's 1968 movie "The Producers."

NO JOKE

Making Jewish Humor
By Ruth R. Wisse
Illustrated. 279 pp. Princeton University Press. $24.95.
Courtesy of Andy Singer
No Exit cartoon by Andy Singer.
Yet not so long ago, some European historians said one of the many shortcomings of the Jews is that they have no trace of humor. In 1893, Britain’s chief rabbi gave a lecture in London, gently defending his people against the oft-repeated charge of dullness. He compared a biblical episode involving the prophet Elijah to a scene from Molière. He cited many instances of rabbinical repartee, quoted cracks by the 18th-century Jewish philosopher Moses Mendelssohn (who had such a sweet tooth that he wished his sugar could be sugar­coated) and likened the Jewish-born poet Heinrich Heine to two famous Anglophone wits, Laurence Sterne and Jonathan Swift.
“No Joke,” a subtle and provocative new book by Ruth R. Wisse, who teaches Yiddish literature at Harvard, recounts the long history of Jewish humor and brings it up to date. She includes the effects of the Holocaust and Stalin on Jewish storytelling; she discusses American humorists from the borscht belt stand-ups of the 1940s to Larry David, and novels from Philip Roth’s “Portnoy’s Complaint” to Howard Jacobson’s “Fink­ler Question,” which won the Man Booker Prize in 2010. And she reviews the lively state of humor in Israel today.
This last item is a corrective to the view, defended by Landmann and others, that humor barely exists in Israel, as if Jews no longer need jokes once they have guns. For Wisse, humor is present in all phases of Jewish history, though in varying forms, and remains in every corner of Jewish life. Indeed, she has a nagging suspicion that there may now be too much of it: her concluding chapter is entitled “When Can I Stop Laughing?” Humor, Wisse appears to suggest, is sometimes bad for the Jews. Be that as it may — and I suspect that it isn’t, for the idea seems to rest on Freud’s questionable claim that Jewish humor is exceptionally self-denigrating — she is surely right to observe that Jews rely on humor to a degree that sets them apart.
But are the jokes different, or are there just more of them? In one sense, as Wisse argues, there is no such thing as specifically Jewish humor, just as there is, contrary to what some Nazis alleged, no such thing as Jewish physics, even though Jews have won a quarter of all Nobel Prizes in the subject so far this century. Consider the enormous diversity of humor to be found among 20th- and 21st-century American Jewish comedians alone. What does Danny Kaye — whose shtick, as Wisse writes, was “exaggerated innocence” — have in common with Lenny Bruce? Or Groucho Marx with Larry David? Woody Allen’s persona oozes self-dissatisfaction; Jon Stewart’s does the opposite.
Scientific studies of the psychology of humor rightly do not recognize the Jewish contribution as a category in its own right. The compendious college textbook on the topic by Rod A. Martin, of the University of Western Ontario (“The Psychology of Humor,” published in 2006), has no treatment of Jewish jokes. Jewish humor is instead studied in courses on Jewish history and culture. This past semester, the Jewish studies department at Rutgers University offered such a course, for which the instructor, be it noted, was one Professor Portnoy. I leave it to deeper minds to determine what sort of joke this is.
The association between Jews and joking has become so powerful that Jewish humor is now all too easy to detect even where it doesn’t really exist. This phenomenon should perhaps be named the Mrs. Morgenbesser Effect. Once, when asked how she was faring, the mother of Sidney Morgenbesser, a New York philosopher, is reported to have replied, “Not so good — thank God.” At first, this sounds like glumness mocking itself. But once you know that religious Jews of a certain vintage are apt to thank God more or less as a matter of punctuation, it is not so clear any sort of humor was intended. The potential for accidental comedy in Jewish speech is of course enhanced by the fact that Jews have often had to stumble in someone else’s language.
Strip out the intonation and vocabulary, the rabbis and the matzo ball soup, and many Jewish stories can be repurposed into gentile ones. This is more or less what happened to Joseph Heller’s “Catch-22,” which was originally written with a Jewish protagonist, according to Wisse. And, contrariwise, with the right cues it is not hard to see goyish humor as something Jewish. Consider “Alice’s Adventures in Wonderland” and “Through the Looking-Glass.” If Lewis Carroll had been the pen name not of the Rev. Charles Dodgson but of the Rebbe Chaim Dobrin, we might be parsing the verbal horseplay of Tveedledum and Tveedledee as the Talmudic disputes of yeshiva bochers. (You may also have noticed the Mad Hatter never goes bareheaded.) Or take Tony Soprano. His endlessly embittered and despairing mother, the paramount value he attaches to family meals, and his evident, though faltering, enthusiasm for therapy suggest that only a little tweaking would have made the HBO series a Jewish show. “The Sopranos” could easily have been “The Cantors.”

NO JOKE

Making Jewish Humor
By Ruth R. Wisse
Illustrated. 279 pp. Princeton University Press. $24.95.
But maybe this line of thought can be taken too far. Judaism is a religion, even if many Jewish humorists don’t practice it, and its Scripture sometimes expresses an outlook that is saturated with paradoxes. Insofar as these contradictions are the seeds of Jewish fun-making, there is perhaps some validity to the idea of a theologically Jewish style of humor, even if that style is not of any special interest to psychologists. The Book of Ecclesiastes teaches us that life is short and veined with futility — yet also to be celebrated, for what else is there? The same lesson is expressed indirectly by the Jewish joke about a local restaurant: the food is awful — and such small portions.
For another example of cosmic darkness lighted by an inextinguishable smile, consider the old tale of the seven-year trousers. A traveler arrives in a Galician town and orders trousers from a Jewish tailor; when the traveler has to leave, they are not yet ready. Seven years later, he returns, and the tailor finally delivers. The customer remonstrates, “God made the world in seven days, yet you take seven years to make a pair of trousers!” “Yes, but look at the world,” the tailor ruefully replies. “And,” he beams, “look at my trousers.” Perhaps a tradition of study that prizes verbal agility can also help to account for the resilient wit associated with Jews. As a Mrs. Goldberg once said when prescribing a little chicken soup for a corpse, it can’t do any harm.
Before she kicks him and leaves, Naomi, a strapping Israeli redhead, tells Portnoy — Roth’s antihero, that is, not the Rutgers professor — that his constant self-­denigration is stupid. That’s not classic Jewish humor, she says, but ghetto humor, and she links it to the attitude that led Diaspora Jews to go unresistingly into the gas chambers. Wisse never explicitly defends the idea that Jewish humor tends to be masochistically self-deprecating. But her worries about Jewish joking assume that it is. She writes: “What Jews make fun of in their own character reflects to a perilous degree what others object to. . . . Self-deprecation that is too clever, too constant, too ‘deep,’ may highlight the deformity it is trying to overcome.” No doubt it can — one can have too much of anything, perhaps even of chicken soup — but is this really what Jewish humor is all, or even mostly, about?
The extent to which humor among Jews is even about Jews at all can easily be exaggerated, thanks to the illusion created by anthologies of “Jewish” jokes, which began to appear in print in the 1920s. As Dan Ben-Amos, a folklorist at the University of Pennsylvania, has pointed out, the humor of Jews does not consist only of the sort of mockery that qualifies for inclusion in a collection of Jewish jokes. An anthology of Scottish jokes may well contain only stories about Scots, but that doesn’t mean no Scot ever jokes about anything else. Freud’s study is based not on any kind of objective research, but rather on his treasured private collection of the stories that most appealed to him.
Even when one Jew does mock another kind of Jew, this is self-deprecation only in a loose sense of the term. Jewish children mock Jewish mothers, the laity mock rabbis, those without an accent mock those with a heavy one, the tailor mocks the matchmaker, and so on. Are they denigrating their community or celebrating it? Even our beggars and fools are wise, some of the old Yiddish tales seem to say. Much has been written about the self-hating Jew, but what about the self-loving one? When a gentile Englishman says he has achieved nothing and is really rather useless, he is usually just making conversation, and may well be quite pleased with himself. Surely the same can be true of Jews. You may have noticed that running himself down almost always gets Woody Allen the girl.
It is not clear what Wisse wants us to do with the thought that too much humor may be dangerous for the Jews. She ends with a plea that Jews “ought to encourage others to laugh at themselves as well.” Yet the success of Jews in the comedy business suggests they are already doing their share to help the world go merrily around. Sure, more harmony and tolerance would be nice, but hasn’t much been asked of the Jews already?

Anthony Gottlieb is writing a sequel to his book “The Dream of Reason: A History of Philosophy From the Greeks to the Renaissance.”

Ue': o vice-presidente dos EUA esteve num Brasil que eu não conheco...

Alguém por aí ouviu falar que o Brasil é um país liberal?
Em que Brasil o Vice-PrezUSA esteve?
Vai lá saber...
Não deve ter sido no meu Brasil.
Talvez algum cantão imaginado e secreto, quem sabe...
Paulo Roberto de Almeida

Biden reforçou a importância do Brasil no cenário internacional, principalmente por conseguir aliar os princípios do liberalismo e do estado social

Brasil não pode mais alegar ser país em desenvolvimento, diz Biden 

Venezuela: politica externa do maniqueismo - Carlos Malamud


 Colombia y la política exterior venezolana
InfoLATAM, 31 MAYO, 2013 

La visita de Henrique Capriles, el líder de la oposición venezolana, a Bogotá provocó una intensa tormenta política y diplomática tanto en su país como en las relaciones bilaterales colombo-venezolanas. El principal factor desencadenante del conflicto fue el encuentro, una visita privada, que mantuvo Capriles con Juan Manuel Santos, el presidente de Colombia en la Casa de Nariño, la sede oficial de la presidencia. También molestó su visita al Congreso colombiano, donde frente a un grupo de diputados y senadores pidió que “no dejen sola a Venezuela”.
En cualquier país normal una situación de este tipo hubiera causado mucho menos ruido o hubiera pasado prácticamente desapercibida, con una mínima cobertura en las páginas interiores de los periódicos. Son incontables los casos en que líderes de la oposición son recibidos por jefes de estado o de gobierno, o visitan parlamentos extranjeros, en los más diversos países del mundo. Baste recordar el recibimiento con honores de jefe de estado que otorgó en su día Fidel Castro a Hugo Chávez cuando éste visitó La Habana en diciembre de 1994, tras pasar dos años en la cárcel por su actividad golpista.
En esta ocasión nos enfrentamos a una reacción desmesurada del gobierno bolivariano, debido a las manifestaciones de altos funcionarios gubernamentales y parlamento. Tanto el ministro de Exteriores, Elías Jaua, como el presidente de la Asamblea Nacional, Diosdado Cabello, hicieron durísimas declaraciones, mientras el presidente Nicolás Maduro llamaba de regreso a Caracas a Roy Chaderton, el comisionado del gobierno venezolano para el proceso de paz colombiano que se está negociando en La Habana.
El conjunto de la respuesta venezolana responde al contexto extraordinario que vive el país. Al mismo tiempo, el gobierno del presidente Maduro sitúa las relaciones internacionales, incluso con los países vecinos y los “hermanos latinoamericanos”, bajo la misma dinámica que rige la política interna. De este modo, en la política exterior bolivariana ha desembarcado la crispación y la polarización, dominada por la lógica amigo/enemigo tan presente en la lucha política nacional.
La extrema dureza de las palabras oficiales del gobierno venezolano se expresa por si misma. El ministro Jaua señaló que el gobierno venezolano “lamenta profundamente que el presidente Santos haya dado un paso que de manera dolorosa nos va a llevar a un descarrilamiento de las buenas relaciones que teníamos”. Al mismo tiempo insistía en que “se confirma que desde Bogotá hay una conspiración abierta contra la paz en Venezuela” que alcanza “los más altos poderes del Estado colombiano”. Y agregó: “es lamentable para ambos pueblos” que mientras su gobierno “está haciendo esfuerzos denodados” para lograr la paz en Colombia, a cambio “reciba como respuesta de las instituciones del estado colombiano en Bogotá el aliento y el estimulo a quienes pretenden desestabilizar la paz en Venezuela”.
Por su parte, Diosdado Cabello calificó como una “agresión” a Venezuela la decisión de Santos de recibir a Capriles y fue todavía más lejos al afirmar: “El presidente Santos le está poniendo una bomba al tren de las buenas relaciones que tanto le pidió el presidente Chávez… Le mete una patada a la mesa recibiendo a alguien que está en contra de la paz de Venezuela”“Desde el Poder Legislativo rechazamos contundentemente esto, porque se trata de una conspiración contra Venezuela que encuentra en territorio colombiano y en el Gobierno colombiano apoyo… entendemos que es un plan de la derecha internacional donde el presidente Santos es parte activa”. Por eso concluyó diciendo que planteará al parlamento que pida al gobierno colombiano que “clarifique si está con el golpismo que representa Capriles o con el pueblo de Venezuela”.
Es evidente que todo esto muestra el nerviosismo en que está instalado el gobierno de Nicolás Maduro y su creciente pérdida de credibilidad frente a la comunidad internacional. El riesgo de persistir en esta tendencia es un cada vez mayor aislamiento internacional. En el caso de Colombia la situación se agrava, ya que el gobierno venezolano había pensado que a raíz de los diálogos de paz de La Habana entre el gobierno de Bogotá y las FARC, el presidente Santos debía funcionar como una especie de rehén en sus manos si no quería que los diálogos descarrilaran.
Los declaraciones de Jaua y Cabello también permiten contextualizar el estado de las relaciones bilaterales hispano – venezolanas. Después de la elección que, según las cifras oficiales, dio lugar a un ajustado triunfo de Nicolás Maduro sobre Enrique Capriles, la tensión entre Caracas y Madrid escaló de forma importante. En dos ocasiones las autoridades chavistas protestaron duramente por las declaraciones del ministro Margallo.
En aquel entonces, algunos analistas hablaron de la imparcialidad o de la ligereza del discurso español, que no contemplaba adecuadamente la compleja realidad venezolana. A la vista de lo ocurrido como consecuencia de la visita de Capriles a Bogotá se desprende que por más cuidado que se ponga, por más que se escojan adecuadamente las palabras (eligiendo las menos controversiales), la reacción violenta de la contraparte es posible en la medida que los dichos y las acciones propias no se adecuen a las expectativas bolivarianas. Y éstas pasan, únicamente, por la subordinación a sus puntos de vista.
La reacción venezolana también evidencia la amenaza que supone para el proyecto hegemónico cubano – venezolano de expansión continental el lanzamiento y potencial desarrollo de la Alianza del Pacífico. La reciente cumbre presidencial de la Alianza, celebrada en Cali, es buena prueba de sus posibilidades de ampliación, a la vista de las reacciones de países tan diversos como Uruguay, Paraguay o incluso Ecuador, que de momento, según su ministro de Exteriores, se limita a recopilar información sobre el proceso. Mientras Juan Manuel Santos asumió en Cali la presidencia pro tempore de la Alianza, en breve Nicolás Maduro asumirá la presidencia pro tempore de Mercosur. Con este tipo de actitudes del gobierno venezolano lo único que se logra es atentar contra el proyecto de unidad continental, retóricamente denominado de “patria grande” o incluso contra la misma supervivencia de Unasur.


O segredo e' a alma do negocio? Ou de certos negocios? - Vitor Sorano (IG)

Cabe lembrar aqui que ainda recentemente o MDIC entendeu que são secretos todos os documentos relativos aos financiamentos brasileiros a Cuba e a Angola.
Mas por que secretos? E por que apenas estes dois países e nenhum outros mais?
Alguma coisa a esconder?
Certamente no caso das viagens e visitas presidenciais, como registrado na matéria abaixo.
Paulo Roberto de Almeida

Governo impõe sigilo sobre gastos de Dilma no exterior

Itamaraty orienta classificar todos os documentos relativos às viagens como 'reservados' enquanto presidente estiver no cargo; chancelaria afirma que medida está dentro da lei

Vitor Sorano - iG São Paulo  - Atualizada às 
O governo colocou sob sigilo todas as informações relativas às viagens que a presidente Dilma Rousseff ou seu vice, Michel Temer, já fizeram ou vierem a fazer ao exterior. Os dados só poderão ser divulgados depois que ela deixar o Palácio do Planalto, em 31 de dezembro de 2014. Ou, se reeleita, de 2018.


Roberto Stuckert Filho/PR
Presidenta Dilma Rousseff durante sua chegada a Adis Abeba, capital da Etiópia, na África

A decisão ocorre num momento em que o governo está sendo questionado sobre o tamanho das comitivas presidenciais – e dos gastos – no exterior. Além disso, ela impedirá que esses dados venham à luz durante a campanha eleitoral de 2014.
Extratos de uma comunicação classificada do Itamaraty, a que o iG teve acesso, determina a reclassificação de todos os expedientes e documentos relacionados às visitas ao exterior de Dilma ou do vice, feitas desde que ela tomou posse, em 1º de janeiro de 2011. A regra se aplica também às viagens que forem feitas "futuramente".
No mínimo, esses materiais deverão receber o carimbo de “reservados”, categoria que prevê sigilo de cinco anos desde a sua produção. Mas podem ser reclassificados como secretos, o que os deixará 15 anos na sombra, ou como ultrassecretos – 25 anos.

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Quando Dilma deixar o poder, o sigilo poderá será levantado, segundo o documento. A justificativa legal para classificar os documentos será a da segurança. A Lei de Acesso à Informação (12.527/2011), a LAI, permite colocar sob sigilo, até que o presidente da República e o vice deixem os cargos, dados que possam pô-los em risco. A proteção se aplica aos cônjuges e filhos de ambos.
‘Estrito cumprimento da lei’
O Itamaraty não confirmou o exato teor do documento. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, “as medidas de reclassificação são feitas em estrito cumprimento à Lei de Acesso à Informação".
Procurada na tarde desta quinta-feira (30), a chancelaria não disponibilizou um porta-voz para explicar de onde partiu a ordem e por que ela foi emitida no atual momento.
Dilma foi a presidente que sancionou LAI em 2011. Em 3 de julho de 2012, ressaltou que o texto determina "que o acesso agora é a regra e o sigilo passou a ser a exceção.”
Na prática, entretanto, a comunicação tornou regra que qualquer informação sobre viagens da presidente ao exterior ficará de fora do alcance da LAI até o fim da era Dilma.
'Totalmente desarrazoado'
A ordem de reclassificar os documentos foi distribuída a funcionários do Itamaraty no Brasil e a toda a rede consular do País no exterior nos últimos dias, segundo duas fontes da pasta ouvidas pela reportagem. Outras duas fontes, da mesma pasta, confirmaram a existência do documento e o seu teor, mas não o texto exato. Todas pediram anonimato.
Uma das fontes afirma que definir de forma indiscriminada o sigilo de informações sobre viagens presidenciais para frente e desde o início do mandato é algo inédito nos anais do governo brasileiro. Reconhecendo que, normalmente, algumas informações das viagens presidenciais já são tratadas de forma confidencial, esta fonte ressalta que dados corriqueiros não precisam ser tratados de forma secreta. 
Segundo outra fonte, a comunicação deixa bem claro que, embora o sigilo tenha sido determinado para qualquer informação, há preocupação singular com os gastos. O texto fala em “faturas” e “boletos”.

De acordo com essa fonte, em teste a determinação de sigilo se aplica a qualquer informação relativa à viagem. Mas quando se fala em faturas, está claro que há uma referência específica às despesas, avalia ela. Impor o sigilo a dados de viagens passadas por motivo de segurança seria totalmente desarrazoado, pois a divulgação ocorreria quando a pessoa já voltou para o Brasil e está sã e salva.
Para essa fonte, o sigilo se aplicará também aos gastos de todos os membros das comitivas, e não só da presidente. Em março, a BBC revelou que Dilma gastou R$ 11,6 milhões em 35 viagens feitas entre 2011 e 2012. Desses, R$ 433 mil foram dispendidos em escalas feitas em países nos quais a presidente não tinha nenhum compromisso oficial. Os dados foram obtidos por meio da LAI.
No mesmo mês, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), fez um requerimento via mesa do Senado para que o governo detalhasse os gastos realizados durante a viagem de Dilma a Roma para a missa inaugural do Papa Francisco. A visita custou ao menos R$ 324 mil. À reportagem, o parlamantar disse ainda não ter recebido resposta.
O iG solicitou no dia 28 de maio informações sobre os gastos da presidente à Etiópia. A LAI prevê que a informação seja divulgada imediatamente, se estiver disponível, ou num prazo máximo de 30 dias. Os dados não foram repassados até a conclusão desta reportagem.

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“Quando se analisa a Lei de Acesso à Informação, para preservar a segurança da autoridade máxima, era necessário elevar o grau de sigilo”.
Tovar Nunes, porta-voz do Itamaraty, ao explicar por que os documentos sobre as visitas de Dilma Rousseff ao exterior passaram a ser classificados como “reservados” – e, portanto, sigilosos –, sem esclarecer se a decisão foi tomada antes ou depois do embarque da comitiva formada por mais de 50 pessoas.

PRA: Perguntar não ofende: 
Mas segurança máxima mesmo DEPOIS que a viagem foi feita?
Ou seja, depois que todos já estão no Brasil, tranquilos e seguros, é preciso preservar a confidencialidade de TODOS os papéis, ou apenas aqueles que incomodam?: despesas, pessoas, etc?

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