O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Retratos fugazes de estudantes brasileiros: vandalos e incendiarios...

O caso da escola incendiada por oito alunos demonstra que chegou a hora de endurecer e perder a ternura

Coluna diária do jornalista Políbio Braga, segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O site www.zerohora.com.br desta tarde, informou que a Polícia Civil de Eldorado do Sul, na Região Metropolitana, entregou ao Ministério Público (MP) a conclusão da investigação do incêndio que atingiu dois prédios da Escola Municipal La Hire Guerra há uma semana. Dos nove adolescentes apontados como envolvidos no ato infracional, apenas um não tem ligação com o colégio — como aluno ou ex-aluno. Leia mais:

. Conforme o delegado Alencar Carraro, alguns adolescentes confessaram a ação em depoimentos, acompanhados de advogados e pais. Um deles se apresentou na manhã desta segunda-feira. Eles teriam ingerido bebida alcoólica antes de colocarem fogo em dois prédios do colégio, pouco depois da meia-noite da segunda-feira passada. A polícia estima um prejuízo de aproximadamente R$ 1 milhão. 

— Ainda não posso revelar detalhes das medidas que sugerimos ao MP, mas fomos bastante duros e enérgicos. Concluímos que não houve motivação para o ato, foi vandalismo puro — diz o delegado.

Os adolescentes com idades entre 15, 16 e 17 anos, são repetentes e estão entre o 6º e 7º ano. Eles já teriam participado de outros atos violentos, como agressão de colegas e arrombamento da lancheria da escola.

- Os atos foram de vandalismo puro e replicam eventos recentes de enorme impacto criminoso. O editor registra sobre o que ocorreu: 1) A perda de valores move os delinquentes, sejam eles juvenis, como esses bandidos, ou seja adultos celerados, um problema que a curto prazo apenas legislação muito mais dura e cumprimento na base da tolerância zero poderá minimizar. 2) A impunidade generalizada, começando de cima, aciona os piores instintos pessoais de renegados sociais reconhecidos, o que a curto prazo apenas o Judiciário terá condições de atacar, punido exemplarmente os bandidos de colarinho branco alojados nos governos, no setor público em geral e nas camadas superiores da sociedade.

Fantasias companheiras: talibans do Brasil se congratulam com o estado excelente da economia

Eu nunca me surpreenderei com as fantasias companheiras, mas algumas são realmente uma surpresa...

Como esta aqui, por exemplo:


O vice-líder do PT na Câmara  analisou na sexta-feira (16) os números divulgados na segunda edição de 2013 do Caderno Destaques lançado pelo Governo Federal .   “Mesmo com o mundo em crise o Brasil acerta nos rumos da economia”, disse.  Para Bohn Gass, apesar das dificuldades  os investimentos foram mantidos, a inflação controlada e a distribuição de renda foi ampliada.

Na avaliação do deputado,  os resultados refletem a força dos programas sociais e mostram a sintonia do governo com seu programa.  “Porém, se quisermos ampliar temos que realizar reformas mais profundas como a reforma política, a reforma urbana e a reforma tributária”, destacou.

Um balanço da conjuntura econômica recente mostra que o emprego com carteira assinada continua crescendo e a inflação em queda deve encerrar o ano dentro da meta pelo décimo ano consecutivo.

A solidez econômica brasileira também é confirmada por outros indicadores. O superávit primário do setor público consolidado (Governo Central, governos regionais e empresas estatais) foi de R$ 52,2 bilhões no primeiro semestre de 2013, correspondendo a 2,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Já o superávit do Governo Central – que inclui, além do Governo Federal, o Banco Central e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – correspondeu a R$ 33,7 bilhões (1,46% do PIB).

A manutenção de superávits primários sucessivos tem permitido uma queda consistente do endividamento público. Em junho de 2013 a dívida líquida do setor público correspondia a 34,5% do PIB.  Em 2002, último ano de FHC, a dívida  era 60,4%
.

Os companheiros acham que anda tudo uma maravilha, e estão sempre focados nos resultados do governo FHC, mais de dez anos atrás. Eles não dizem, por exemplo, que a dívida pública ao início do governo FHC era de apenas 32% do PIB, e que ela só aumentou porque o governo teve de absorver todas as dívidas estaduais e municipais, além de bancos em falência, com o que a dívida foi a mais de 60% do PIB. Mas, pelo menos ele deixou a casa em ordem para os companheiros.
Paulo Roberto de Almeida

Fantasias companheiras: talibans do Afeganistao lamentam violencia e mortes no Egito

Este mundo é mesmo surpreendente...

Os talibãs, ou seja, os companheiros fundamentalistas do Afeganistão, emitiram um comunicado lamentando, sinceramente, ao que parece, a violência no Egito.

O Emirado Islâmico do Afeganistão -- que é o nome oficial do regime talibã -- soltou uma nota lamentando, com grande pesar, os atuais acontecimentos no Egito, com grande perda de vidas. O comunicado lamenta a perda de vidas e a queda do presidente constitucionalmente eleito do Egito.

Não é engraçado?
Paulo Roberto de Almeida.



A Unesp-Marilia faz simulacro de concurso para escolher um "marquissista" companheiro; minha "Opiniao" (PRA)

O assunto é antigo, e já tinha sido veiculado aqui por minha própria iniciativa.
Vejam aqui.

A Unesp de Marília está fazendo concurso para um novo professor de Ciência Política I e II.

O edital está aqui: 
http://www.marilia.unesp.br/Modulos/Editais/pdfs/Edital-151-2013.pdf

Este é o programa aprovado para o concurso: 

1. O movimento operário e a democratização liberal
2. A sociedade de massas e a democracia como seleção de dirigentes
3. Intelectuais e planejamento democrático
4. A teoria do totalitarismo
5. A democracia como expressão de conflito de interesses
6. As teorias neo-contratualistas da democracia
7. O marxismo da Internacional Comunista
8. O marxismo da Escola de Frankfurt
9. Teorias do Estado capitalista
10. Teorias da democracia e do Direito no marxismo
11. Marxismo, crise e transição socialista


Como se pode constatar, eles não querem um professor de Ciência Política, mas um de "marquissismo"; de preferência algum companheiro que já esteja previamente selecionado. (Atenção, este é um chute, ou minha opinião, e tenho o direito de expressá-la.)

Como eu achei estranho, tanto o programa quanto a bibliografia -- onde constam títulos em italiano de livros que já foram publicados em Português, como comentei aqui --, escrevi, em 20 de Julho de 2013, para a Faculdade, para saber se eles estavam de acordo com um concurso assim tão, tão, como diremos?, tão direcionado...

A Ouvidoria da Universidade, muito gentilmente, me respondeu o seguinte no dia 22 de julho: 

"Encaminho seu email ao Departamento de Ciência Política, caso considerem pertinente comentar o assunto."

No dia 6 de agosto, nova nota da Ouvidoria, nos seguintes termos: 

"Senhor Paulo,

Tendo encaminhado seu email ao Departamento, recebemos a seguinte nota do vice-chefe departamental, a qual repasso para seu conhecimento:

" [...] os critérios adotados para concurso em uma dada área do conhecimento é discutida e proposta pelos membros da área, que no caso é a de Política. Como o conjunto desses professores que é composto por doutores, livre docentes e titular julga pertinente uma dada bibliografia e um certo conjunto de temas a serem abordados em um dado concurso, a posição do conjunto do departamento é a de referendar o que se é proposto. Além disso, o departamento preza pela liberdade de posicionamento frente a uma dada filosofia e/ou ideologia científica, e que fatalmente irá direcionar a bibliografia e o conjunto de temas, o que não consideramos isso uma falta acadêmica, e sim uma transparência nos modos de agir e pensar daqueles que integram o DCPE. Assim, irei incluir a nota da ouvidoria na próxima reunião departamental para que a mesma seja discutida amplamente, e se julgarmos oportuno daremos uma resposta".

Assim, considero que apesar de opiniões opostas, o senhor teve a atenção às suas colocações sobre o assunto.
Cordialmente
[Professor responsável]
Ouvidora da FFC"

Fiquei um pouco chocado com o Português da resposta do vice-chefe departamental -- "os critérios adotados para concurso em uma dada área do conhecimento é discutida e proposta pelos membros da área" -- mas entendo que o professor encarregado estava encarregado de altas questões de "liberdade de posicionamento", não de baixas questões de correção gramatical. Também achei estranho a falta de lógica do conjunto do departamento referendar o que se é proposto, sobretudo o "fatalmente" no direcionamento da bibliografia, e por aí segue o Português arrevesado do vice-chefe departamental. Ele ainda confunde a nota da Ouvidoria com a minha surpresa... Passons...

Enfim, eles fizeram a tal reunião prevista, e veio a resposta previsível, em 15 de agosto, que transcrevo a seguir:

"O Departamento de Ciências Políticas e Econômicas reunido em 13/08/2013 discutiu a manifestação do Sr. Paulo Roberto de Almeida encaminhado a este Departamento pela Ouvidoria e se manifesta com a seguinte nota:
"Consideramos a manifestação do Sr. Paulo Roberto de Almeida como uma opinião, e como opinião deve ser tratada. Ressaltamos que os concursos do Departamento de Ciências Políticas e Econômicas são pautados pela
transparência, pela lisura e pela legalidade e o concurso em tela não é exceção".
Atenciosamente,
Dr. Paulo Eduardo Teixeira
Vice-Chefe do Departamento de Ciências Políticas e Econômicas

Comento: PRA: 

Como é minha opinião, permito-me externá-la novamente.
Considero uma vergonha que um Departamento de Ciência Política promova um concurso para Professor para duas matérias dessa área e que o programa oferecido e a bibliografia exigida sejam os que constam do Edital.
Para refrescar a memória, transcrevi acima, novamente, o programa, que pode até se pautar pela transparência, mas certamente não pela lisura e muito menos pela legalidade, uma vez que circunscreve todo o universo da Ciência Política a um ajuntamento de "opiniões" deformadas pela ideologia de quem formulou o edital e sobretudo porque lista uma série de livros totalmente irrelevantes, ou marginais, para o estudo do núcleo programático que deveria integrar qualquer programa decente de Ciência Política.
Como eu fiz a sugestão desde o início, melhor chamar essa coisa de "concurso para professores de 'marquissismo' I e II".

Coonestando com esse bando de iluminados, a Unesp perde em credibilidade, em lisura e em respeitabilidade. Perdem os alunos, perde o estado de São Paulo, perde o Brasil.
De fato, é uma vergonha que um concurso desse tipo possa ser feito por uma instituição que se considere séria. 
Como disseram os professores do Departamento, se trata de uma opinião.
Minha opinião é a de que eles estão abusando dos alunos, conspurcando a Universidade e desmerecendo o salário que recebem do setor público (aliás, pago por todos nós).
Paulo Roberto de Almeida



Mercosul: marcha a passo unido, mas cada vez para uma direcao...

Uruguay calls on Mercosur to sign a free trade agreement with United States


Uruguayan Vice-President Danilo Astori said Mercosur must decisively address the signing of a free trade agreement with the United States, but also admits that “opportunities must be built”.

Addressing a business forum on “Uruguay’s insertion in the world” the top official and former economy minister admitted that Mercosur has many problems and needs to address different policies and “it is essential that each Mercosur country should have a multiplicity of memberships”, which opens the possibility for Uruguay to diminish risks and increase its potential.

“Mercosur must have joint international policies, an agreement on moderate protection from third parties and above all must have agreements with other trade blocks”, insisted Astori, who faces strong opposition inside the Uruguayan populist ruling coalition to any trade links with the US.

Astori has also been severely questioned for wanting Uruguay to become a full member of the Alliance of the Pacific (Colombia, Chile, Peru and Mexico, with Panama and Costa Rica in the doorstep), an open economies and markets accord geared to make business with Asia, but which is strongly rejected by Brazil.

Nevertheless Astori underlined that Mercosur for Uruguay is a strategic instrument for the development of the economy and to increase trade, “a platform to the region which must be open to the world”, even when this is not necessarily the case currently because of Argentina’s protectionist policies and Brazil’s policy of safeguarding certain sectors of its economy.

But Uruguay, given its size, “must open to the world, and for this it must think in quality production, in excellence standards” supported with an efficient education system which delivers to the whole population.

Astori pointed out that the vision of the Uruguayan State has been that political and cultural issues are not absent from such a reality of openness to the world, “and that has been the historical position of Uruguay when addressing international affairs, and in this the different political parties agree, although with some minor shades”.

The Vice-president then enumerated some of the advances achieved by Uruguay since the return of democracy, which have been sustained by the three major parties of the country when in office.

He mentioned, an attractive business atmosphere, a generous Investment bill with emphasis in quality jobs, innovation and de-centralization, likewise the system of temporary admission to promote exports, the free-zones, open air terminals and ports, promotion of investments through bilateral agreements and accords to avoid double taxing.
As to the rating of Uruguay with OECD, Astori said the country has advanced considerably in transparency and exchange of information, which has been supported by pro-active legislation on the issue.

Likewise regarding the investment rate in Uruguay, Astori said it currently stands at 22% of GDP, when historically it had averaged above 10%, but the target is to take it to 27% to 29%. Likewise foreign investment which historically had been equivalent to 2% of GDP, now has reached 6 to 7% of GDP.

Finally the Uruguayan Vice-president said the country must target improving education, knowledge, innovation, efficiency, productivity, competitiveness and equal conditions for everyone.

His last words were a message to the teachers unions which have been in conflict with reiterated strikes since March, which means children at the Uruguayan government run primary and high schools on average and if lucky this year will have at the most 130 days of class (instead of the targeted 200 days). The conflict only affects government schools, not private schooling.

MercoPress - Mercosur ‘remains a fiction’ admits Uruguayan foreign minister


Mercosur as an only market ‘remains a fiction’ since it is missing the effective implementation and ironing out of trade and macroeconomic reforms, said Uruguayan foreign minister Luis Almagro, who went on to promote “double and triple membership” for Mercosur members.

The minister made the statements during a forum discussion “Integration for Development” organized by Uruguay’s Proposal 2030 and Ibero-American secretary general Enrique Iglesias.

“Venezuela is a member of ALBA, (Bolivarian Alliance of the Americas Peoples) and Mercosur; Ecuador belongs to ALBA and the Andean Community and also wants to join Mercosur”, pointed out Almagro in support of the Uruguayan government position.

“This weaving of double and triple memberships are positive for the Latinamerican integration convergence”, added Almagro, who nevertheless said that the bilateral process with other regional groups “must have the approval of all countries in the customs union block, made up of Argentina, Brazil, Uruguay, Venezuela and Paraguay, which had been temporarily suspended.

Almagro also called for stronger bilateral relations inside Mercosur since “it will help to improve integration with the rest of the other integration processes in Latin-America” 

Uruguay has lately and publicly expressed its intention of coming closer to the Pacific Alliance, made up of Chile, Peru, Colombia and Mexico, and with Panama and Costa Rica in the process of incorporation. Uruguay has observer status.

However the Uruguayan decision was strongly criticized at the latest Mercosur summit in Montevideo, where President Cristina Fernandez warned about the ‘siren songs’ which have an only purpose ‘break up the unity of the Mercosur trade block’.

Almagro statements follow on President Jose Mujica comments in his daily radio broadcast when he gave his full support to, Brazil’s intention of speeding up negotiations with the European Union for a free trade agreement, even if that means a “two speeds” negotiations.

“Frankly we have decided to support Brazil in negotiations with the EU because that is a variable we have to continue along and beware of the danger of having all interests in a single basket”, underlined Mujica.

The Uruguayan president also underlined the significance of China for the region’s trade since that is “a huge country, a continent” and it is possible “to reach specific policies that will enable us to reserve some of our sectors from the aggressive competition from China, because of their costs, scale and efficiency”.

Finally Mujica said that “you can’t bet to an open paddock and likewise to a closed paddock”, that is why negotiations exist and that is why talks with China, you simply can’t ignore relations with Beijing”.

Pedidos de Agrement: nos tempos de antigamente...

... quando vivíamos no ancien régime, muito antes destes tempos maravilhosos, quando finalmente somos ativos e altivos, pedidos de agrément eram geralmente considerados temas fechados, para deixar ao Estado receptor pelo menos a liberdade de expressar sua opinião, antes de divulgar pela imprensa quem vai ser o representante aqui e ali. Parece que os tempos mudaram, e agora vivemos uma época ativa, altiva e muy transparente...

"El ministro de Relaciones Exteriores, Eladio Loizaga, confirmó que la presidenta Dilma Rousseff remitió ayer al Gobierno el pedido de plácet (aceptación) del diplomático José Eduardo Martins Felicio como nuevo embajador del Brasil en el Paraguay."

Paraguai, Mercosul: stand-by, em todos os temas... - ABC Color

Senado no obstaculizaría el retorno al Mercosur, dice titular del Congreso
 ABC Color (Paraguai), 17/08/2013

Si el Ejecutivo marca una hoja de ruta, el Senado apoyaría el retorno al Mercosur, dijo ayer el titular del Congreso, Julio Velázquez. Sin dar detalles, expresó que el gobierno de Cartes “planteó algunos temas y se está buscando esa reivindicación”.

Ante una consulta periodística, Velázquez manifestó que no recibió ninguna nota de parte del presidente de Venezuela y pro témpore del Mercosur, Nicolás Maduro, en la cual supuestamente le abre las puertas al Paraguay para su retorno al bloque.

El regreso de Paraguay al Mercosur tropieza con dos visibles obstáculos: primero de orden constitucional porque la Cámara de Senadores de nuestro país rechazó el 23 de agosto de 2012 el Protocolo de Adhesión de Venezuela como socio pleno. Es decir, el Estado paraguayo no aprobó su ingreso y pese a ello Argentina, Brasil y Uruguay (los tres socios restantes) violaron el Tratado de Asunción y lograron la adhesión venezolana. Pero antes suspendieron a Paraguay supuestamente porque con la destitución del presidente Fernando Lugo el 22 de junio de 2012 se produjo un quiebre democrático.

El segundo problema es que la Cámara de Diputados de nuestro país declaró el 28 de junio de 2012 persona no grata al entonces canciller Maduro (hoy presidente) por amenazar al Parlamento durante el desarrollo del juicio político a Lugo e intervenir en asuntos internos.

La medida de la Cámara Baja fue planteada sobre tablas y tuvo el apoyo de prácticamente todo el pleno. La única que se opuso fue la diputada luguista Aida Robles, quien pidió dejar constancia de su postura.

Embajadas
Velázquez manifestó también que el Senado está atento a los candidatos a embajadores paraguayos que remitirá el Ejecutivo para cubrir las vacancias en las embajadas de la región.

Canciller ratifica la postura de pedir respeto a la legalidad en el Mercosur
El canciller Eladio Loizaga, en su discurso de posesión al cargo, expresó ayer que “Paraguay quiere convivir en una sociedad internacional, donde se respete el estado de derecho” y en que la igualdad jurídica “sea una realidad y no una mera declaración”. Reivindicó el derecho de tránsito de los ríos internacionales.

Con la presencia de prácticamente todos los excancilleres, el nuevo ministro de Relaciones Exteriores asumió ayer el cargo en un acto realizado en el salón principal del Palacio Benigno López. Tras recibir formalmente el cargo, inició su discurso recordando que la política exterior la trazó el presidente de la República, Horacio Cartes, antes de asumir, en su comunicado del 12 de julio pasado, donde pedía el respeto del estado de derecho y cuestionaba la legalidad del ingreso de Venezuela al bloque.

Loizaga dijo que en el documento, divulgado tras la finalización de la Cumbre del Mercosur en Uruguay, señalaba claramente que nuestro país quiere convivir en una sociedad internacional donde “la autodeterminación de los pueblos sea respetada en la misma dirección que todos queremos que sea, que la soberanía de nuestro país no sea en ningún momento puesta en duda ni socavada”.

El secretario de Estado dijo que con el apoyo de los excancilleres se “irá construyendo una política internacional de Estado, teniendo en cuenta los intereses más importantes de nuestro país, que es el respeto que merecemos de transitar libremente por los ríos internacionales como país sin litoral consagrado en las normas y tratados internacionales, como las Naciones Unidas”.

Instó a los diplomáticos
Loizaga hizo un llamado a los funcionarios diplomáticos de la Cancillería “a respetar la carrera”. “Les pido que pongan toda la voluntad. Aunemos esfuerzos porque lo que hagamos bien es para el bien del país y lo que hagamos mal es el mal para todos nosotros”, subrayó.

Fernández es asesor
El exministro de Relaciones Exteriores del gobierno anterior, José F. Fernández Estigarribia señaló en su discurso que el canciller Loizaga asume una Cancillería que prestó un invalorable servicio al país en momentos difíciles. Dijo que la secretaría “cree que la mejor forma de integración es el respeto de la autodeterminación de los pueblos”.

Fernández informó a los periodistas que volverá a su cargo de asesor jurídico de la Cancillería. El diplomático aseguró que desconoce si irá al servicio exterior.

ABC Color (Paraguai) - Cartes dice que hay voluntad para resolver la crisis en el Mercosur

El presidente de la República, Horacio Cartes, brindó ayer su primera conferencia de prensa a medios nacionales e internacionales. Habló de los más diversos temas. Indicó que hay voluntad para resolver la crisis con el Mercosur, defendió la designación de sus colaboradores y pidió a los colorados un “poco de crédito”. Dijo también que en las binacionales hay que ser firmes y serios para tener resultados.

Cancilleres buscan arreglo
Uno de los temas recurrentes ayer en la conferencia de prensa del Primer Mandatario fue el conflicto que mantiene el Mercosur con nuestro país. Empezó el tema aclarando que no recibió ninguna carta del presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, como publicaron agencias internacionales, y confirmó que en breve visitará el Brasil. Reveló también que en las conversaciones que tuvo con las presidentas de Brasil y Argentina durante los actos de asunción de mando encontró la mejor predisposición para buscar una salida al conflicto. “Nosotros hemos hablado tanto con la Presidenta del Brasil como con la de Argentina.


Hemos hablado de Venezuela, y a ambas presidentas les dije: ‘Nuestra predisposición es total. Nosotros tenemos un problema jurídico a arreglar. Apelé al conocimiento y experiencia de ambas Presidentas para pedir a nuestros cancilleres, que ya han iniciado gestiones para que vayan encontrando la solución, porque acá lo que importa es, sobre todo, que haya predisposición... Hay problemas, puntos a solucionar jurídicamente. Es el tema (en) que Paraguay tuvo una posición. Y pedí colaboración a ellas, ya han empezado a trabajar. A veces el tiempo es el mejor médico”, aseguró.

Monday morning: back to work (oh, God!)

Voltando ao trabalho, segunda-feira pela manhã, depois de 400 milhas percorrendo três estados do nordeste dos EUA, em visita a museus de primeira linha, com três exposições excepcionais:
1) Georgia O'Keeffe and Lake George, na Hyde Collection, em Glens Falls, NY;
2) Winslow Homer, no Clark Art Institute, de Williamstown, MA;
3) Louis Comfort Tiffany, no New Britain Museum of American Art, em New Britain, CT.

Sem o chapéu, sem o chapéu, mas carregando livros...
Paulo Roberto de Almeida


Inovacao: os burocratas fariam melhor que os capitalistas individualmente? - Robert Shiller

O governo brasileiro cria mais uma estatal, a Embrapii, achando que vai fazer para a indústria o que foi feito para a agricultura, com a Embrapa.
Ele se engana redondamente, e só vai gastar dinheiro da sociedade inutilmente.
Abaixo o artigo de Robert Shiller sobre como a inovação é basicamente uma questão melhor deixada aos empreendedores individuais.
Paulo Roberto de Almeida

ECONOMIC VIEW
By ROBERT J. SHILLER
The New York Times,18/08/2013

An economist says his own experience in starting a business has helped shape his thinking on the subject of capitalism and culture.

CAPITALISM is culture. To sustain it, laws and institutions are important, but the more fundamental role is played by the basic human spirit of independence and initiative.
  The decisive role of the “spirit of capitalism” is an old concept, going back at least to Max Weber, but it needs refreshing today with new evidence and new thinking. Edmund S. Phelps, a professor of economics at Columbia University and a Nobel laureate, has written an interesting new book on the subject. It’s called “Mass Flourishing: How Grassroots Innovation Created Jobs, Challenge and Change” (Princeton University Press), and it contains a complex new analysis of the importance of an entrepreneurial culture.
  Professor Phelps discerns a troubling trend in many countries, however, even the United States. He is worried about corporatism, a political philosophy in which economic activity is controlled by large interest groups or the government. Once corporatism takes hold in a society, he says, people don’t adequately appreciate the contributions and the travails of individuals who create and innovate. An economy with a corporatist culture can copy and even outgrow others for a while, he says, but, in the end, it will always be left behind. Only an entrepreneurial culture can lead.
  Is the United States really becoming corporatist? I don’t entirely agree with such a notion. Even so, President Obama has been talking a lot about innovation as a job creator this year, and while some of his intentions may be good, I’m afraid that some of his proposals look a little corporatist, and might suppress individual initiative.
  In his State of the Union address in January, for example, the president proposed that the government should create 15 new “innovation institutes,” modeled on a public-private partnership that he helped start in Youngstown, Ohio, that is devoted to developing 3-D printers. There was more in this vein in his administration’s 2014 budget, offered in April. And in a  speech on July 30 in Chattanooga, Tenn., Mr. Obama suggested extending the number of innovation institutes to 45, or almost one for every state. The institutes, he said, would be “getting businesses, universities, communities all to work together to develop centers of high-tech industries all throughout the United States.”
  Will such measures work? Should the government really be trying to start a 3-D printer center? And why in Youngstown? It is easy to be skeptical of such a plan, especially when it was started in a swing state just before the presidential election. Web sites of the two senators and two representatives introducing bills this month  supporting the president’s latest proposals are suggesting, in not-too-subtle terms, that the legislation would bring jobs to their own states.
  Successful companies aren’t usually started this way. Professor Phelps, citing a McKinsey study, suggests that in free-market capitalism, “from 10,000 business ideas, 1,000 firms are founded, 100 receive venture capital, 20 go on to raise capital in an initial public offering, and two become market leaders.” It is easy to doubt, as Professor Phelps does, that the odds are favorable for a Youngstown 3-D printer center.
  How you view the innovation institutes, and the topic of capitalism and culture, may depend on your own experience. Many people have never seen the hatching of a successful business idea. That makes it hard to judge the subtle changes that may be occurring in the nation’s culture and in its potential for innovation.
  My own business experience has certainly helped shape my thinking. Yale, like many other universities, sensibly allows its professors to spend limited time in business, providing the opportunity for faculty members to gain valuable experience outside of the ivory tower and to offer their technical skill to the business world.
  In 1991, I started a business with Karl Case, an economics professor at Wellesley College, and Allan Weiss, a former student of mine at Yale. We called it Case Shiller Weiss, Inc., and it was devoted to an innovation we dreamed up. The idea was a new “repeat sale” home price index — which would track the changes in the value of the same houses over time. 
  At the time, this was an entirely new line of business. And, at first, that posed a problem: we were spectacularly unsuccessful in raising money. We talked to venture capitalists and their committees, to no avail. They just didn’t seem to get our business plan. We must have appeared odd to them — overly academic, perhaps. One remarked that we’d do better proposing a new shopping center. 
  But we went ahead with our idea anyway. At first, Allan worked without pay. A friend of Professor Case, Chuck Longfield, contributed some money. And in 1995, I took out a home equity line of credit on my house in New Haven so I could personally lend more money to help keep our business afloat. The experience was stressful, especially when adding it to the burdens of my main job, as a professor. I have much to thank my wife, Virginia, for her tolerance of my overwork and my worrying, and for allowing me to put our family savings at risk. 
  In the end, our business was successful, and I think a big part of it was that we relied on our own ideas and energy and, to a large extent, our own money. In 2002, we sold the business to Fiserv Inc., then licensed Standard & Poor’s to create what are now known as the S&P/Case-Shiller Home Price Indices. In 2006, the Chicago Mercantile Exchange began trading futures on 11 of our indexes. Fiserv sold the index business to CoreLogic early this year. 
  In short, our business made its mark without any help from the government.
  This little real-life experiment convinces me that committees of experts, even at smart venture capital firms, will often not recognize real innovation. I think that America’s business success through the decades has occurred because we have so many people with specialized knowledge who are willing to put their money, time and resources on the line for ideas that can’t be proved to a committee. 
  THAT experience may also help explain why I think the new crowdfunding initiative, started by the Jobs Act that the president signed last year, is an exciting step forward. It’s all about finding and mobilizing people who really understand specific, hard-to-prove ideas for important investments.
  At the same time, other of my experiences incline me to think that government-appointed committees of experts can help set the stage for an entrepreneurial culture, under certain limited circumstances. 
  Long before I started any commercial ventures of my own, I received some federal government support — in the form of National Science Foundation research grants, awarded to me decades ago as a young professor. They allowed me to do research, and though it was not directly related to my later business endeavors, the process developed my expertise and reinforced a sense of entrepreneurial opportunity. 
  These grants were awarded competitively, based on the quality of the proposals, and gave me experience with a system focused on creating opportunities for those who try hard. Later, from 1983 to 1985, I evaluated others’ proposals when I served on the foundation’s panel for economics. Observing the process from the government side convinced me that the foundation really works. Maybe it’s because the panelists are chosen from successful scientists, who serve anonymously out of public spirit. 
  In any case, as Professor Phelps has argued, direct government involvement in capitalism is a delicate thing. The system’s success depends on subtle cultural factors — and these require careful nurturing. ■

Robert J. Shiller is Sterling Professor of Economics at Yale.

PUBLISHED AUGUST 17, 2013 
http://www.nytimes.com/2013/08/18/business/why-innovation-is-still-capitalisms-star.html

domingo, 18 de agosto de 2013

Paraguai-Argentina: usina de Yacireta inviavel segundo novo presidente paraguaio

Paraguay energía

Cartes dice que la represa de Yacyretá es “inviable”

Yacyretá represa hidroelectrica
Infolatam/Efe
Asunción, 18 de agosto de 2013

Las claves
  • La hidroeléctrica, en la que Paraguay puso un 80 por ciento del territorio y Argentina los fondos, cubre en torno al 20 por ciento de las necesidades energéticas argentinas.
  • Cartes dijo que está a la espera de un informe para conocer la dimensión de la deuda y abogó por llevar adelante las obras previstas de ampliación de Yacyretá (cinco nuevas turbinas sobre un brazo lateral de la represa) para hacerla sustentable financieramente.
El presidente paraguayo, Horacio Cartes, calificó de “inviable” la represa de Yacyretá, que Paraguay comparte con Argentina, país con el que, dijo, hay “intereses comunes” y proyectos y obras “importantes” por desarrollar.
“Hemos hecho inviable un negocio como una gran represa, los intereses (de la deuda por su construcción) son mayores a toda la generación de riqueza de Yacyretá”, dijo Cartes en su primera aparición pública tras su investidura del jueves.
El presidente repitió la queja del nuevo director paraguayo de la hidroeléctrica, Juan Schmalko, quien hace unos días dijo que Yacyretá genera energía por valor de 900 millones de dólares cuando su deuda y cargas financieras alcanzan los 1.000 millones de dólares.
Fruto de un tratado suscrito en 1973, la represa de Yacyretá, sobre el río Paraná, tardó 38 años en completarse, 12 de los cuales estuvo parada por el Gobierno del expresidente argentino Carlos Menem (1989-1999), y costó al menos 12.500 millones de dólares.
Paraguay cuestiona el importe de su deuda, que a fines de 2011 se situaba en 15.652 millones de dólares, de los cuales 14.459 millones son con el Tesoro argentino: 5.773 millones de principal y el resto de intereses y actualizaciones.
La hidroeléctrica, en la que Paraguay puso un 80 por ciento del territorio y Argentina los fondos, cubre en torno al 20 por ciento de las necesidades energéticas argentinas.
Paraguay cede a Argentina su excedente energético a cambio de compensaciones económicas que, en 2012, alcanzaron los 120 millones de dólares.
Cartes dijo que está a la espera de un informe para conocer la dimensión de la deuda y abogó, como Schmalko, por llevar adelante las obras previstas de ampliación de Yacyretá (cinco nuevas turbinas sobre un brazo lateral de la represa) para hacerla sustentable financieramente.
Tras compartir con los periodistas el “dolor” que le causa el “destrozo” ocasionado por la construcción de Yacyretá en el lado paraguayo, dijo que no quiere “condenar a futuras generaciones” manteniendo la mala gestión de la hidroeléctrica.
El mandatario aludió a la breve reunión que tuvo con la presidenta argentina, Cristina Fernández, poco después de su investidura, y en la que constató “una gran atmósfera de recomponer todas las relaciones”.

Oposicao quantica - Milton Simon Pires

OPOSIÇÃO  DA  INCERTEZA -  OS MUDOS E OS CALADOS.

Milton Simon Pires

Uma das coisas mais incríveis, e também divertidas, de se observar cada vez que um de nós (monstros “fascistas”) ousa se insurgir contra o discurso petralha que infecta todo meio intelectual brasileiro é a capacidade desse mesmo meio de fazer algo para nós impossível – a unificação e organização da oposição. Isso mesmo! Chega a ser cômico escrever isso, mas não tenho absolutamente nenhuma dúvida de que a oposição brasileira (que deveria chamar-se oposição.com.br.) só existe quando identificada pelo PT. Ela – a oposição – lembra aquelas aulas de Química do segundo grau em que o professor, explicando Heisenberg e o seu “Princípio da Incerteza”, afirma que determinadas partículas comportam-se de uma maneira que depende de como olhamos para ela. A oposição “existe se o PT olha pra ela. Se ele não olha; ela não existe”...Nasceu no Brasil a “Oposição da Incerteza”...
Começo esse artigo dessa maneira para, mais uma vez, repetir aquilo que venho escrevendo “há séculos” - NÃO EXISTE OPOSIÇÃO AO PT NO BRASIL! A oposição ao PT é aquilo que o próprio PT identifica como oposição, ou seja: qualquer pessoa ou partido político que discorde dele. Existe problema nisso?? É claro que existe! Nada mais perigoso do que deixar o inimigo definir nossas características, estabelecer quais são nossos próprios valores, e situar-nos na própria História – Mao Tse Tung escreveu sobre isso!
Desde Carlos Lacerda até Fernando Henrique Cardoso, o PT usa e abusa de comparações para rotular como oposição tudo que não lhe serve. Ao fazê-lo, toma um cuidado todo especial: não definir em absoluto um conjunto de valores culturais e de comportamento que poderia fornecer à oposição as condições para ela ser exatamente isso: oposição! Não há, vou insistir mais uma vez, política dissociada de cultura. Se aceitarem isso que escrevi como verdade, busquem na sociedade brasileira um conjunto de valores culturais coesos e com representação política organizada e verão que ele não existe. Ninguém, mas absolutamente ninguém mesmo, se opõem organizadamente a ideia de que a Terra está “aquecendo”, que o “SUS é o sistema de saúde ideal”, e de que a “família com pais homossexuais” pode ser uma alternativa viável. Não estou dizendo, vejam bem, que não existem pessoas que não se oponham a isso que escrevi. Tenho certeza de que elas existem! O que não existe é representação política delas. É uma “vergonha” dizer isso que escrevi acima em qualquer roda de “amigos civilizados” (segundo o conceito de “civilização” petista). Há um constrangimento incrível..um medo de passar-se por “fanático radical”...uma sensação de que vamos ficar “sozinhos” que não permite à absolutamente ninguém expressar divergência do politicamente correto.
Enquanto esse clima de medo..essa sensação de abandono persistir, insisto que não vai haver oposição nem muito menos “direita” alguma no Brasil a não ser quando o próprio PT faz questão de identificar sua existência. Há que se construir, portanto, imediatamente a chamada “cultura de oposição”. Um conjunto de valores e um grupo de pessoas que oponha-se ao PT por princípio; não por conveniência no momento de disputa do governo. Eu já expliquei a diferença entre poder e governo. Não vou voltar ao tema. Recomendo que aqueles que, como eu, querem o fim do PT construam em primeiro lugar uma teoria do poder; só depois pensem em alcançar o governo. Não há, atualmente no Brasil, poder capaz de opor-se ao PT. Isso é verdade desde a década de 1980. Ou entendemos isso; ou estamos perdidos.
Observem que a luta contra os petralhas é de uma desigualdade incrível..A cultura inteira e toda a visão ...toda maneira de entender a realidade está nas mãos deles. A oposição não acaba quando todas as pessoas perdem o direito de resposta. Ela desaparece quando restringe-se a muito poucos a mera capacidade de fazer perguntas! Essa é a diferença fundamental entre a ralé petista e o Regime Militar..Nesse sentido há que se entender a distância gigantesca entre as duas ditaduras....
Os militares calaram uma certa parte do Brasil...O PT deixou o país inteiro mudo...

Porto Alegre, 15 de agosto de 2013.

À espera de Doha, OMC mantém relevância - Celso Lafer

À espera de Doha, OMC mantém relevância
Celso Lafer
O Estado de S.Paulo, 18/08/2013

Participei em 23 de julho, em Genebra, a convite de Pascal Lamy, diretor-geral da OMC, de mesa-redonda com ex-presidentes do Conselho Geral da Organização. O objetivo foi duplo: discutir o recém-publicado livro de Craig VanGrasstek, The History and Future of the World Trade Organization, que trata da OMC desde seu início, em 1995; e refletir sobre suas perspectivas.
Para Lamy foi uma oportunidade de ver tratado o legado e o papel da OMC ao fim do seu segundo mandato, que exerceu com determinação e competência numa conjuntura internacional difícil. Esta conjuntura contrasta com o clima mais favorável à cooperação econômica da fase inicial da OMC, que vivi como embaixador do Brasil em Genebra de 1995 a 1998, quando presidi, em 1997, o Conselho Geral. É esta conjuntura difícil de um mundo simultaneamente fragmentado e globalizado que ajuda a explicar as dificuldades que vêm emperrando as negociações da Rodada Doha.
O diretor-geral exerce as atribuições de gestão que lhe são conferidas e cumpre a função internacional de um terceiro imparcial entre os membros que integram o sistema multilateral de comércio. Ele pode aproximar as partes, mediar, buscar caminhos de convergência, mas não pode, por si só, equacionar, nas negociações, o desafio diplomático de encontrar interesses comuns e compartilháveis, administrar as desigualdades de poder e lidar com a diversidade dos valores.
Deste desafio tem consciência quem passou pela presidência do Conselho Geral, a instância de cúpula da estrutura da OMC. Nas atividades da Organização, seja no dia a dia da gestão de seus acordos ou na negociação de seus aprofundamentos, os países atuam no âmbito de seus conselhos e comitês de maneira muito ativa, porque as matérias neles tratadas têm impacto em suas economias. É por essa razão que a cultura diplomática da OMC realça sempre que ela é conduzida por seus membros - é member driven. São presidentes dos conselhos e comitês os diplomatas que lidam com essa cultura diplomática da OMC. Eleitos entre seus membros por consenso para um mandato de um ano, levando em conta os princípios de rotação e equilíbrio, devem ter a capacidade de transcender os interesses específicos do seu país e buscar uma imparcialidade que esteja a serviço dos objetivos comuns da Organização.
Os ex-presidentes do Conselho Geral, porque lidaram na prática com os desafios da OMC, puderam trazer sua contribuição para a reflexão sobre o legado e o futuro do sistema multilateral de comércio, que tem vocação para a universalidade, é hoje integrado por 158 membros e delibera pela prática do consenso.
Um dos méritos do livro de Craig é o de ter não apenas realçado o visível sucesso do seu sistema jurídico de solução de contenciosos comerciais, mas também apontado o significado político e econômico da expansão do número de seus membros. De 1995 a 2012, mais 30 países se incorporaram à OMC - entre eles China, Rússia, Arábia Saudita - e 25 negociam seu processo de acessão. A acessão não é simples, envolve a negociação do candidato com todos os membros para harmonizar seu regime de comércio exterior com as normas da OMC e compatibilizar seus compromissos tarifários e em matéria de serviços com os assumidos pelos membros da Organização.
Os processos de acessão têm sido uma das mais ativas e constantes áreas de negociação da OMC e Craig expõe de maneira pertinente que os ganhos para o sistema multilateral de comércio deles resultantes têm uma dimensão comparável à que resultaria da conclusão da Rodada Doha. Assim a OMC, apesar dos impasses de Doha, não está parada: graças à dinâmica das acessões, mantém de pé a relevância do sistema multilateral de comércio, apesar das forças centrífugas inerentes à proliferação de acordos regionais.
Cabe também destacar a singularidade da OMC como órgão de governança, para a qual o livro de Craig oferece pertinente chave de entendimento. Em contraste com outras entidades internacionais, a OMC é fruto da multidisciplinar presença de ideias e ações de economistas, juristas e politólogos.
Os economistas têm e tiveram a função de destacar o papel do comércio internacional como caminho do desenvolvimento e apontar o potencial de ganhos recíprocos, para os países, dos processos de maior liberação dos fluxos econômicos.
Os politólogos e os diplomatas, que, na prática, lidam com o problema do poder na vida internacional, sabem do acerto da tradicional denominação da economia como economia política. Entendem, como observou o sociólogo Simmel, que o mercado é tanto a luta de todos a favor de todos quanto a luta de todos contra todos. É por isso que o problema do poder permeia a vida econômica e as negociações comerciais envolvem uma dupla negociação: para dentro dos países, porque os processos de liberação comercial têm, no plano interno, efeitos redistributivos; e para fora, pois os interesses de acesso aos mercados são tanto ofensivos quanto defensivos e passam, na sua variedade, pelos distintos perfis das economias nacionais.
Os juristas, por sua vez, têm ciência de que a sociedade e o mercado não operam no vazio. Requerem normas para o seu bom funcionamento. Foi por isso que a OMC, graças à reflexão jurídica, criou um sistema multilateral de comércio regido por normas - rules based.
É esta convergência multidisciplinar de perspectivas, que leva em conta a complexidade, que faz da OMC uma organização sui generis no plano internacional, com os méritos próprios de uma instituição de governança na esfera econômica de um mundo interdependente. É por isso que a OMC é um bem público internacional a ser preservado e consolidado. Para isso certamente contribuirá, por sua experiência, seu domínio dos assuntos e conhecimento da cultura diplomática da Organização, o novo diretor-geral, embaixador Roberto Azevêdo.
* Professor emérito do Instituto de Relações Internacionais da USP

A imprensa ocidental se engana a respeito do Egito - Abdallah Schleifer (Al-Arabia.net)

Western Media Misunderstands Egypt

August 16, 2013
This article, by FPRI Senior Fellow Abdallah Schleifer, originally appeared on AlArabia.net on August 13, 2013. Writing from Cairo, Schleifer is Professor Emeritus of Journalism at the American University in Cairo.
I have been shocked by the shallow way the Western media has covered the political situation in Cairo since the coup against former President Mursi.
One would never know from reading The New York Times editorials and a good deal of its coverage – along with that of other leading news organizations – that the Egyptian armed forces had moved against a political movement attempting to impose an authoritarian regime on the country.
One would never know that, aside from coached demonstrators, the exultation stirring the crowd at Cairo’s Rabaa al-Adawiya protest camp was for martyrdom and not really for democracy.
One would never know, until pollsters finally released data on the subject, that the overwhelming majority of Egyptians were opposed to Muslim Brotherhood (MB) sit-ins and marches. These disrupted both the traffic and a more general recovery in tourism, investment, job creation, law and order – leading to calls for the sit-ins to end, one way or another.
One would never know, given the absence of any real political parties with grassroots support aside from the Muslim Brotherhood, that the Egyptian army – with its massive number of conscripts and status as a symbol of Egyptian independence – is the most significant popular institution in this country, along with al-Azhar, Egypt’s top Islamic institution.
One would never know any of this, because it was a military intervention which deposed Mursi – and not a bloody civil war between a couple of million MB and allied Salafi supporters, and the many, many more opposed to the drift to an Islamist dictatorship. And that – a civil war – is something media can focus on.
From much of the Western coverage, few would recall how press freedom was undermined during Mursi’s one-year rule. This was overshadowed in reports of how the army closed down MB media outlets after Mursi’s ouster. However, tomorrow that period will be surveyed, along with the present situation, in a Committee to Protect Journalists (CPJ) report called “On the divide: Press Freedom at Risk in Egypt”.

Uncomfortable with the Military

The skewed media coverage of Egypt is partly due to something intrinsic in journalism, which makes so many of its practitioners uncomfortable or hostile to a professional army. Some Western journalists –Americans in particular – make psychological associations between military forces and the U.S. Army’s role in Vietnam, Afghanistan and Iraq.
Many aspects of the media and military are at polar opposites. Skepticism is a necessary journalistic virtue, versus honor and respect for one’s superior officers in the military. ‘Nothing is sacred’ is a plausible perspective for journalists, in the impromptu atmosphere of the newsroom. Compare this with the sacred duty, or ritual-like ceremonies of the military: the raising and lowering of the flag, and the solemn honor guards escorting army parades.
Journalists react with great speed to an event: the need to scoop the competition is a journalistic virtue. But armies need cautious deliberation in actions that can mean death and destruction.
Military principles seem distant to the media in America and Europe, where conscription ended years ago and nearly all journalists are too young to identify with the critical role played by U.S. armed forces in defeating the Nazis during World War II.
So in coverage of Egypt, the journalists face something unknowable and incongruous to them – the military.

Orwell: ainda e sempre...

All animals are equal, but some animals are more equal than others.

Esta é a frase definidora da política contemporânea, e sobretudo apropriada aos companheiros que pretendem instaurar a igualdade um pouco em todas as partes, entre elas no Brasil. 

George Orwell era um socialista democrático, mas sempre dizia a verdade, coisa que políticos, sobretudo os de tendências totalitárias como os companheiros, preferem esconder ou distorcer. 
Por mais que eles pareçam invencíveis atualmente, nunca devemos esquecer que mesmo os poderosos podem ser estúpidos e incompetentes, como aliás parece que já está sendo demonstrado amplamente na gestão econômica do Brasil. 
Paulo Roberto de Almeida

Quem quer ser ex-bilionario? Mister X e o futuro do dinheiro do BNDES

Acho que a publicação dessas listas de bilionários só interessa ao ego dos próprios e ao Comando Vermelho.
No que me concerne, e a nível de dinheiro público, como diria alguém, só quero saber o que vai acontecer com os 10.000.000.000,00 ( Dez bilhões) que o BNDES enterrou nas empresas do malfadado capitalista promíscuo.
Paulo Roberto de Almeida

Eike Batista é cortado da lista dos mais ricos da ‘Forbes’

Veja.com, 17 de agosto de 2013 | 23h32
Cley Scholz
SÃO PAULO – O empresário Eike Batista, que já foi chamado pela revista Forbes de “Brazil’s Biggest Loser”, ou o maior fracassado do Brasil, não está mais na tradicional lista dos mais ricos da publicação.
A revista divulgou uma prévia com quinze nomes da lista dos brasileiros mais ricos. E deu destaque para a derrocada de Eike Batista, que já esteve no topo do ranking no ano passado com US$ 30,26 bilhões. Depois de aparecer como o quinto mais rico do Brasil e o centésimo mais rico do mundo no ano passado, o empresário ficou fora da lista este ano.
Citando as empresas do Grupo EBX como as que mais perderam dinheiro na bolsa de valores brasileira, a revista excluiu da lista de milionários o homem que ela chamou de ‘o maior perdedor brasileiro’.
loser
 Os altos e baixos de Eike Batista Foto: Fábio Motta/ Estadão
Ranking. A revista diz que as empresas de Eike Batista perderam 60% do seu valor.
Jorge Paulo Lemann,  sócio da AB Inbev, aparece como o mais rico do Brasil na nova lista, com fortuna de R$ 38,24 bilhões.
O ranking com os 124 bilionários brasileiros será divulgado na próxima edição da Forbes Brasil.
Os brasileiros que aparecem no topo da lista são:
1ºJorge Paulo Lemann (R$ 38,2 bilhões)
2º Joseph Safra (R$ 33,9 bilhões)
3º Antônio Ermírio de Moraes e família (R$ 25,6 bilhões)
4º Marcel Herrmann Telles (R$ 19,5 bilhões)
5º Roberto Irineu Marinho (R$ 17,3 bilhões)
6º João Roberto Marinho (R$ 17,3 bilhões)
7º José Roberto Marinho (R$ 17,1 bilhões)
8º Carlos Alberto Sicupira (R$ 16,8 bilhões)
9º Norberto Odebrecht e família (R$ 10,1 bilhões)
10º Francisco Ivens de Sá Dias Branco (R$ 9,6 bilhões)
11º Walter Faria (R$ 9,1 bilhões)
12º Aloysio de Andrade Faria (R$ 8,2 bilhões)
13º Abílio dos Santos Diniz (R$ 7,9 bilhões)
14º Giancarlo Civita e família (R$ 7,7 bilhões)
15º Renata de Camargo Nascimento, Regina de Camargo Oliveira Pires e Rosana Camargo de Arruda Botelho (Cada uma com R$ 7,5 bilhões)

Promiscuidade Tesouro-BNDES leva o Brasil 30 anos atras - EditorialEstadao

BNDES-Tesouro, uma aliança ruim

Editorial O Estado de S.Paulo, 17/08/2013

Com previsão de desembolsos na faixa de R$ 185 bilhões a R$ 190 bilhões, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá precisar de mais ajuda do Tesouro no último trimestre do ano, segundo o presidente da instituição, Luciano Coutinho. O Tesouro já emprestou R$ 280 bilhões ao banco entre 2009 e 2012 e contribuiu neste ano com R$ 15 bilhões para aumentar seu capital. O novo auxílio, segundo fontes de Brasília, poderá ficar entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões. O governo tem aumentado sua dívida bruta para conceder esses empréstimos, sempre subsidiados, e o resultado dessa cooperação tem sido, para dizer o mínimo, preocupante.
Ao converter o Tesouro em fonte de caixa para o crédito oficial, o governo recria, com pequena variação, a famigerada conta movimento, extinta no fim dos anos 80 depois de muitos estragos nas áreas fiscal e monetária. A relação promíscua entre o Tesouro e os bancos federais é apenas parte, mas muito importante, da crescente desordem na gestão das contas públicas.
Uma prova dessa desordem é o recurso cada vez mais óbvio do governo à contabilidade criativa para ajeitar seu balanço. A acomodação promíscua é recíproca. Do cofre do governo sai dinheiro para reforçar o caixa dos bancos. Esses bancos, em contrapartida, fornecem dividendos crescentes, e, até antecipados, para maquiar o resultado final das contas.
Autoridades econômicas falam de política anticíclica para justificar a transformação do Tesouro em fonte de financiamento repassado a empresas pelo BNDES. Essa tem sido a conversa desde 2009, quando foi instituído como instrumento provisório o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), prorrogado várias vezes e ainda em vigor. Mas seria preciso, no mínimo, repensar totalmente essa política, tão custosa, tão perigosa para as contas públicas e abaixo de medíocre em seus resultados. A economia brasileira encolheu 0,3% em 2009, cresceu 7,5% em 2010, 2,7% em 2011, 0,9% em 2012 e para este ano as projeções estão abaixo de 3%. A maior taxa de investimento, nesse período, foi pouco superior a 19% do Produto Interno Bruto (PIB) e as perspectivas para este ano e para o próximo continuam desanimadoras.
Segundo o novo relatório do BNDES, apresentado na quarta-feira passada por seu presidente, os desembolsos no primeiro semestre, de R$ 88,34 bilhões, foram 65% maiores que os de janeiro a junho do ano passado. Em 12 meses o aumento foi de 39%. Esses números parecem apontar uma elevação importante dos investimentos. Mas os dados ficam bem menos entusiasmantes quando examinados com um pouco mais de atenção.
A maior fatia desses financiamentos, de 33%, foi destinada à indústria; a segunda maior, de 31%, à infraestrutura; e a terceira, de 20%, ao conjunto comércio-serviços. Mas o uso foi muito menos diversificado do que tem dado a entender o governo. A maior fatia do dinheiro destinado a esses três grandes itens foi aplicada na fabricação e no comércio de caminhões e ônibus - R$ 15,31 bilhões num total de R$ 74,5 bilhões, ou 20,5%.
Boa parte dessa demanda é explicável pelo crescimento da produção agrícola: safra recorde exige investimento em meios de transporte. Não por acaso os desembolsos para a agropecuária, R$ 6,83 bilhões, foram 142% maiores que os de um ano antes. A maior parte desses créditos, no valor de R$ 3,73 bilhões, foi para a compra de tratores e colheitadeiras.
A demanda de outros bens de capital cresceu bem menos. Pesquisas têm mostrado muita insegurança entre empresários urbanos, principalmente da indústria. A confiança nas perspectivas da economia é muito baixa e isso inibe o envolvimento em projetos de expansão e de modernização da capacidade produtiva. É fácil de encontrar as causas dessa desconfiança na política econômica improvisada e conduzida com muita teimosia.
Além disso, o BNDES continua dando mais atenção às grandes empresas. Com apenas 2% das operações, estas absorveram 57% dos desembolsos. Nos últimos 12 meses, levaram 63%.