Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
domingo, 27 de julho de 2014
Intelectuais franceses: sempre tropecando na historia, e na economia -Mario Vargas Llosa
Banco dos Brics: brincando com o dinheiro dos contribuintes - Gustavo Franco
Verdades que os totalitarios nao gostam de ouvir - Geraldo Samor (Veja Negócios)
Santander: Verdades que não cabem num extrato
Seria Israel um estado invasor, e portanto ilegítimo? - Rodrigo Constantino (Veja)
Rodrigo Constantino VEJA, 27/07/2014
Como o "desenvolvimentismo" diminui o crescimento e a renda - Harold L. Cole, Lee E. Ohanian (WSJ)
Existem dezenas de exemplos de políticas equivocadas e mesmo de crimes econômicos, cometidos contra os interesses do Brasil e dos trabalhadores.
Parece que não adianta argumentar com eles, pois são obtusos, obstinados, teimosos.
Talvez este artigo sobre a história econômica da Grande Depressão, nos EUA dos anos 1930, sirva para ensinar alguma coisa a esses patriotas equivocados.
O artigo é exclusivamente sobre as políticas econômicas do New Deal, mas ele tem tudo a ver com as concepções erradas dos companheiros que se acreditam desenvolvimentistas e são só trapalhões...
Paulo Roberto de Almeida
Opinion
How Government Prolonged the Depression
Policies that decreased competition in product and labor markets were especially destructive.
Roberto Ellery: conversa com os Lobos (sort of...)
sábado, 26 de julho de 2014
Conversa com os Lobos
- O Consenso de Washington não foi uma Agenda Liberal, embora as prescrições do Consenso quando aplicadas à maioria dos países da América Latina implicasse em maior liberalização da economia, ou seja, o Consenso era mais liberal do que o status quo herdado do desenvolvimentismo, mas não propunha nada perto de uma utopia liberal.
- Durante e o período das reformas e no período imediatamente posterior a América Latina estancou a crise da década de 1980 e inciou um processo de crescimento lento, porém inclusivo, aproveitei para lembrar que um crescimento lento e inclusivo sustentado por várias décadas é melhor do que uma série de Milagres Econômicos seguidos de estagnações e/ou depressões.
- A agenda de contra-reformas, inciada no segundo mandato de Lula e implementada explicitamente no governo Dilma, está gerando resultados piores que os da época das reformas.
Este dia na Historia: 27 de julho de 1945, a divisao da Alemanha e a ocupacao sovietica (DW)
Calendário Histórico
1945: Zona de Ocupação Soviética é dividida
- No dia 27 de julho de 1945, dois meses após o fim da Segunda Guerra, a Administração Militar Soviética emitiu a ordem que dividiu o território alemão sob sua ocupação em estados da Alemanha Oriental, de regime comunista.
Sobretudo as potências ocidentais viam na história alemã, desde Frederico, o Grande até Hitler, uma linha contínua, marcada pelo imperialismo violento. Com o objetivo de eliminar definitivamente essa forma de domínio, elas planejaram tutelar os alemães e transformar o país num vácuo econômico e político.
É o que provam leis e decretos dessa época, publicados no diário oficial do governo militar dos Aliados. Eram proibidas, por exemplo, reuniões públicas e particulares de cinco ou mais pessoas. Podiam-se realizar cultos religiosos, mas era vedado tocar ou cantar o hino nacional ou outras canções patrióticas. Todos os cidadãos maiores de 12 anos de idade eram obrigados a portar sempre a carteira de identidade.
Aliados partilham território
Apesar de todas as restrições, o cotidiano e a vida política entraram numa certa rotina a partir de 1945. Pela chamada Declaração das Quatro Potências, de 5 de junho de 1945, o Conselho de Controle dos Aliados (formado pelos Estados Unidos, França, Inglaterra e União Soviética) decidiu criar zonas de ocupação na Alemanha e Áustria, ignorando as divisões político-administrativas internas anteriores.
A Conferência de Potsdam (17 de julho a 2 de agosto de 1945) confirmou a redução de quase 25% do território do antigo Império Alemão. Nesse encontro, em que os líderes Churchill, Truman e Stalin discutiram o futuro da Alemanha ocupada, foi decidido que o território alemão a leste dos rios Oder e Neisse passaria à administração da Polônia, e uma parte da Prússia Oriental, ao controle da União Soviética. Consequentemente, o destino da Alemanha do pós-guerra passou a depender das relações entre as potências vencedoras.
A Alemanha foi dividida em quatro zonas de ocupação: os russos, no leste; os ingleses, no noroeste; os franceses, no sudoeste; os norte-americanos, no sul. Berlim, a ex-capital do Terceiro Reich, foi partilhada entre as quatro potências.
Soviéticos organizam antifascismo
Mas nenhum dos países aliados iniciou a ocupação de forma tão bem elaborada quanto a União Soviética. Seu primeiro objetivo era fundar o Partido Comunista da Alemanha (KPD), registrado a 10 de junho de 1945.
Embora nas outras três zonas de ocupação os partidos políticos só fossem autorizados meses mais tarde, uma reorganização política da Alemanha parecia mais do que necessária. A estrutura administrativa estadual e municipal precisava ser urgentemente reformulada.
Nova Alemanha Oriental
Nesse campo, as forças de ocupação tinham objetivos distintos. Os soviéticos apostavam numa enxuta organização antifascista de poder. Os ingleses e norte-americanos depositavam suas esperanças num amplo processo de democratização, enquanto os franceses queriam transformar sua zona numa extensão do território da França, dependente de seus próprios interesses nacionais. À semelhança dos soviéticos, tinham por meta incorporar sua zona de ocupação.
Para isso, no entanto, era preciso definir claramente as fronteiras estaduais. A zona soviética instituiu uma nova divisão político-administrativa. Poucas semanas após o fim da guerra, a União Soviética criou cinco novos estados alemães: Mecklemburgo, Saxônia, Turíngia, Saxônia-Anhalt e Brandemburgo.
Por meio da chamada Ordem 17 da Administração Militar Soviética, de 27 de julho de 1945, foram instituídas administrações centrais que serviram de base para um novo regime estatal antifascista. Quatro anos depois, no dia 7 de outubro de 1949, foi fundada a República Democrática Alemã, de regime comunista.
Mais sobre este assunto
- Autoria Doris Bulau / gh
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- 1939: Programa nazista de extermínio
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- 1940: Alemanha inicia ofensiva ocidental
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- 1941: Aberto o campo de concentração de Theresienstadt
- 1942: A Conferência de Wannsee
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