Vladimir Putin é o tolo mais perigoso do mundo
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sexta-feira, 12 de maio de 2023
Vladimir Putin é o tolo mais perigoso do mundo - Thomas Friedman (O Estado de S. Paulo)
Energia mais cara matou mais europeus do que a covid-19 no inverno passado - The Economist
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Plano de paz do Brasil pode funcionar com cansaço de países na guerra, diz Amorim - Patricia Campos Mello (FSP)
Guerra da Ucrânia Diplomacia Brasileira Governo Lula
Plano de paz do Brasil pode funcionar com cansaço de países na guerra, diz Amorim
Assessor de Lula se reuniu com Zelenski e sugeriu modelo de 'negociação por proximidade' entre Rússia e Ucrânia
O assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para política externa, Celso Amorim, propôs ao presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, o início de um processo diplomático chamado de "negociações por proximidade", mesmo antes de a Rússia desocupar os territórios que capturou.
Nesse modelo, dois países em conflito se reúnem em uma cidade e se comunicam por meio de intermediários não alinhados a nenhum deles, trocando informações sobre posicionamentos e ideias e se preparando para o contato direto.

Zelenski tem deixado claro que o único plano de paz aceito pela Ucrânia tem como condição prévia a desocupação dos territórios ucranianos e reforçou esse posicionamento nas redes sociais após o encontro com Amorim nesta quarta-feira (10).
Mesmo assim, o ex-chanceler se mostrou otimista. "Ele ouviu", disse à Folha, descrevendo a reação do ucraniano às ideias do Brasil para a paz.
Lá fora
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Qual foi o objetivo da sua visita à Ucrânia? O objetivo foi a criação de confiança, manutenção do diálogo. A negociação tem várias etapas, a primeira é a criação de confiança entre os atores. Para isso, ela foi muito positiva.
Zelenski abordou a ideia de criar um tribunal internacional para julgar o crime de agressão? Qual é o posicionamento do Brasil nesse sentido? Não abordou. Para cada lado, a agressão é vista de forma diferente. Se você falar com os russos, eles vão dizer que as populações russas do leste da Ucrânia também estão sendo atacadas. Eu compreendo a posição dos ucranianos, eles querem naturalmente mostrar como foram vítimas da agressão, mas eu não quero ficar nisso.
Acho importante, até comentei com Zelenski, o processo diplomático chamado "negociações por proximidade", citado por Thomas Pickering. É um método usado com sucesso em situações análogas [Pickering foi embaixador dos EUA na ONU e citou a abordagem que envolve países terceiros em artigo na revista Foreign Affairs].
Veja o que Lula já disse sobre a Guerra da Ucrânia
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O terceiro país seria o Brasil ou a China? A China é um país que tem grande influência, comentei com o presidente Zelenski. Não estou dizendo se ele concordou ou não. E o Brasil também tem muita influência, por suas características. É só ver a importância que a mídia internacional dá à posição do Brasil.
Em tuíte após a reunião com o senhor, Zelenski afirmou que "o único plano capaz de deter a agressão russa é a fórmula de paz da Ucrânia". Ou seja, ele continua rejeitando a ideia de negociar antes de a Rússia desocupar os territórios ucranianos. Ele vai verbalizar dessa forma, da mesma maneira que os russos dizem que esse não é o melhor momento para negociar. Mas a gente não pode desistir. Desistir é a pior opção. Haverá um momento, até mesmo pelo cansaço dos países que apoiam um ou outro, em que o dano causado pela guerra será maior do que prejuízo causado por alguma concessão. Nesse momento, é importante que já haja países que estejam articulados, para que a oportunidade não escape entre os dedos. Eu acho que esse pode ser o papel do Brasil.
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O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que "se a Rússia parar de lutar, acaba a guerra. Se a Ucrânia parar de lutar, acaba a Ucrânia", em alusão à possibilidade de que Moscou fique com os territórios capturados. Como vê essa declaração? Temos conversado com os americanos também, sabemos de algumas preocupações deles. Mas as situações econômicas e políticas vão evoluindo. Respeito muito a posição dele, mas acho que tudo isso é muito retórico. Chegará o momento em que os países terão que optar entre a paz e a vitória; a vitória não virá claramente para nenhum dos dois.
Existe justamente essa aposta da Rússia de que o Ocidente vai se cansar, por motivos econômicos e políticos, de ajudar a Ucrânia, e que assim os russos vencem o conflito. Poderá sim haver o cansaço, mas o que é uma vitória de um ou de outro? É difícil de dizer. Ninguém levará tudo que quer de jeito nenhum. Então qual será a concessão fundamental?
Como o senhor vê a proposta de Zelenski de fazer uma cúpula Ucrânia-América Latina? Na minha opinião, isso mostra que ele tem confiança no Brasil.
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Mesmo ele dizendo que o único jeito de parar a agressão russa é a fórmula ucraniana que implica desocupação dos territórios? Eu não esperaria que ele dissesse outra coisa. Eu não fui para lá para dizer "esta proposta aqui está certa ou errada". Eu também conversei com Putin durante uma hora. A gente não tem uma tese, queremos apenas tornar o diálogo mais próximo, possível, talvez inicialmente de uma forma indireta. Eu não o vi reagir negativamente a essa ideia indireta. Mas não estou dizendo que ele concordou.
Zelenski encarou com boa vontade o Brasil como mediador? Ele ouviu. A gente tem que ir falando, conversando, até surgir uma situação, às vezes algum aspecto específico, humanitário, alimentar, e aí expandir a negociação.
Eles levaram o senhor para Butcha (cidade ucraniana onde corpos foram encontrados nas ruas e em valas comuns após a retirada russa)? Sim, mas em Butcha vimos uma igreja, e dentro dela, uma exposição fotográfica. Obviamente nós somos contra as atrocidades e as mortes em qualquer lugar que ocorram. São imagens fortes, não vou entrar em detalhes. Mas não dá para tirar conclusões totalmente, são fotos.
Quais são os próximos passos? Continuar conversando. Esta visita era um passo importante que tinha que ser dado para mostrar que o Brasil é a favor da paz, não de A ou de B.
Zelenski convidou Lula a ir para a Ucrânia. Há previsão para a viagem? Não discuti isso com o presidente.
E há um convite da Rússia para o fim de junho. Tudo isso será avaliado.
Raio-X | Celso Amorim, 80
Atual assessor-chefe da assessoria especial da Presidência da República, é considerado o principal conselheiro de Lula na área de política externa. Foi chanceler por dois períodos: primeiro no governo de Itamar Franco, de 1993 a 1995, e, depois, nos governos Lula 1 e 2, de 2003 a 2011. Nesse meio-tempo, chefiou a missão brasileira na ONU, em Nova York e em Genebra.
Entre conselhos e controvérsias, Celso Amorim dá as cartas no Itamaraty - Ricardo Ferraz (Veja)
Entre conselhos e controvérsias, Celso Amorim dá as cartas no Itamaraty
As recomendações de Alexander Dugin a Putin - via redes sociais
As recomendações de Alexander Dugin a Putin:
(gogle translator)
The enemy counteroffensive has begun. Our actions:
1. Declaring martial law and declaring war on the Kyiv regime.
2. General mobilization, including the mobilization of industry and the economy.
3. Immediate internment of the fifth column - the party of betrayal.
4. Do everything to avoid the use of NSNW (non-strategic nuclear weapons), if points 1-3 do not help, use TNW for limited targets. And be ready to use strategic nuclear weapons.
5. Change personnel in a number of leading ministries and departments that made this situation possible. Ruthlessly, uncompromisingly and immediately.
6. Move to a sharp ideologization of society: instead of liberalism, which, alas, continues to dominate, we need the ideology of patriotism (both right and left).
7. Rally around the Supreme Commander and act strictly according to his orders. Ignore everyone else but him. Traitors can be everywhere.
A confirmar, que é verdadeiro e teve seguimento.
Sim, é dele:
https://t.me/Agdchan/10253
(Grato a Duda Teixeira)
“original:
AGDchan
Контранступление противника началось. Наши действия:
1. Объявление военного положения и объявление войны Киевскому режиму.
2. Всеобщая мобилизация, в том числе мобилизация промышленности и экономики.
3. Немедленное интернирование пятой колонны — партии предательства.
4. Сделать все, чтобы избежать применения НСЯО (нестратегическое ядерное оружие), если не помогут пункты 1-3, применить ТЯО по ограниченным целям. И быть готовыми применить СЯО.
5. Провести смену кадров в ряде руководящих министерств и ведомств, сделавших подобную ситуацию возможной. Безжалостно, бескомпромиссно и сразу.
6. Перейти к резкой идеологизации общества: вместо либерализма, который, увы, продолжает доминировать, нужна идеология патриотизма (одновременно и правого, и левого).
7. Сплотиться вокруг Верховного Главнокоммандующего и действовать строго по его приказам. Всех остальных, кроме него, игнорировать. Предатели могут быть везде."
quinta-feira, 11 de maio de 2023
Demetrio Magnoli sobre equivocos de gregos e goianos (FSP)
O Livres, em lugar de defender as liberdades em abstrato, deveria refletir a partir de alguns argumentos de Demetrio Magnoli.
“ Folha de S. Paulo, 11/05/2023
Plataformas temem a corresponsabilização por discursos que publicam
Sempre que leio os argumentos dos que se opõem ao PL das Fake News, torço pela sua aprovação. Quando, porém, leio os argumentos dos defensores do PL, torço pela sua rejeição.
Se escrevo um texto criminoso neste espaço, a Folha partilha o ônus jurídico; se uma rede social difunde o mesmo texto, sofro sozinho as potenciais consequências, enquanto a plataforma contabiliza os lucros. As plataformas de internet temem, acima de tudo, o núcleo correto do PL: a corresponsabilização por discursos criminosos que publicam. O modelo de negócio delas organiza-se em torno do impulsionamento da palavra que acirra emoções primitivas –ou seja, no mais das vezes, o discurso extremista. Por isso, rejeitam as leis de responsabilidade que regulam a imprensa.
Os oponentes do PL alargam o conceito de liberdade de expressão até fazê-lo abranger o crime. O Facebook foi o veículo principal da campanha de limpeza étnica conduzida pelos militares de Mianmar contra os muçulmanos Rohingya. Foi, igualmente, o megafone da campanha de ódio do governo nacionalista hindu de Narendra Modi contra os muçulmanos indianos.
Discursos exterministas circulam nas redes, mirando judeus, cristãos, negros e uma infinidade de outros grupos. No Brasil, as plataformas serviram à campanha antivacinal de Bolsonaro e à articulação dos atos golpistas do 8/1. O que é crime fora das redes, é crime nas redes. Os inimigos do PL almejam perpetuar a "liberdade" de disseminar discursos criminosos.
Mas queremos criminalizar o crime ou a mentira? No seu texto, acertadamente, o PL limita-se ao primeiro. Já seus defensores mais entusiasmados clamam pela eliminação da "mentira", da "desinformação". As freiras imaculadas esqueceram que a inverdade é parte do discurso político desde (pelo menos) os debates no Senado Romano no século anterior à Era Cristã?
O episódio Google evidenciou a extensão da ira santa. O Google violou a confiança de seus usuários ao transformar a página neutra de busca em suporte de um link editorial. Foi um gesto antiético de uma empresa na sua relação privada com os consumidores. Ela plantou a semente da desconfiança sobre seu bem mais precioso, que é o mecanismo de busca, mas não cometeu um crime contra a ordem pública.
Segundo a lógica do PL, o Google deve ser tratado como veículo de imprensa. Nesse caso, o que ele produziu foi, apenas, um editorial. As freiras reagiram enrolando-se no sagrado pendão auriverde e invocando nada menos que a Pátria e a Soberania (maiúsculas, aí). Juízes sem freios entraram no jogo, anunciando sanções preventivas e exigindo uma "imparcialidade" que não figura em nenhuma lei. Por algumas horas, o Brasil vestiu-se com as fantasias da China, da Rússia, do Irã ou da Arábia Saudita...
Banir a "desinformação"? Prenderemos o bolsonarista que qualificar o AI-5 como um instrumento da "guerra ao comunismo"? Encarceraremos o arauto brasileiro de Putin que justifica a invasão da Ucrânia pelo "combate ao nazismo"? Também sentenciaremos Lula por classificar um impeachment fiscalizado pelo STF como golpe de Estado?
As freiras histéricas não escondem sua utopia mais perigosa: entronizar a Verdade (com maiúscula). Entretanto, como se sabe, o Reino da Verdade é, invariavelmente, o outro nome do totalitarismo. A democracia recusa a verdade oficial. Nela, o que existe são verdades, no plural –e, justamente por esse motivo, admite-se a liberdade partidária e exigem-se eleições competitivas.
O PL tem defeitos óbvios, como a cláusula vergonhosa que permite à casta parlamentar a produção de discursos vedados aos demais e as ambiguidades sobre a fonte e natureza de um indefinido órgão regulador. Seus inimigos, contudo, encontraram um ponto mais frágil, que se situa fora dele: o discurso de seus defensores. É que, de fato, muitos deles sonham com a Censura do Bem.”
quarta-feira, 10 de maio de 2023
Conceito de Politica Externa da Russia (31/03/2023) - via Augusto de Franco, disponível em Academia.edu
O mais importante documento trazendo diretamente a chancela do atual ditador de todas as Rússias, o neoczar stalinista, tirano para o seu próprio povo, destruidor da paz e da segurança internacionais, perpetrador de crimes de guerra, contra a paz e contra a humanidade na Ucrânia, ele mesmo, o cleptocratas Vladimir Putin.
Coloquei o documento em pdf em minha página na plataforma Academia.edu:
https://www.academia.edu/101586315/Conceito_de_Politica_Externa_da_Russia_31_03_2023_
Oportunamente, Augusto de Franco e eu faremos uma análise mais precisa desse importante documento – que pode ser chamado de "declaração de guerra de Putin ao mundo"–, com todas as suas implicações para o Brasil, para a América Latina e para o próprio mundo.
Paulo Roberto de Almeida
Conceito de Politica Externa da Russia (31/03/2023)
Decreto publicado em março de 2023, aqui copiado na íntegra, com as novas diretrizes do Kremlin em seu site do Ministério Relações Exteriores da Rússia.
Oportunamente vamos comentar essa doutrina neo-imperial (eurasianista) da ditadura russa.
Note-se – no artigo 58 – o lugar de destaque reservado ao Brasil, junto com as ditaduras cubana, venezuelana e nicaraguense. “Reforçar a amizade e compreensão mútua e aprofundar a parceria multifacetada e mutuamente vantajosa com a República Federativa do Brasil, República de Cuba, República da Nicarágua, República Bolivariana da Venezuela, desenvolver as relações com outros países latino-americanos, em função do quão independente e construtiva é a sua política para a Federação da Rússia” (1).
Note-se ainda – no artigo 13 – que a Ucrânia não é citada como nação independente. “Considerando o fortalecimento da Rússia como um dos principais centros de desenvolvimento do mundo contemporâneo, considerando a sua política externa independente uma ameaça à hegemonia ocidental, os Estados Unidos da América (EUA) e os seus satélites utilizaram as medidas tomadas pela Federação da Rússia para proteger os seus interesses vitais na vertente ucraniana como pretexto para endurecer a política antirrussa de longa data e desencadear uma guerra híbrida de um novo tipo. O seu objetivo é enfraquecer a Rússia por todos os meios e torpedear o seu papel civilizacional criador, o seu poder, as suas capacidades económicas e tecnológicas, limitar a sua soberania na política externa e interna e destruir a sua integridade territorial”.
Note-se, por último, – no artigo 19 – que aos BRICS é atribuído um papel eminentemente político: na “adaptação da ordem mundial às realidades de um mundo multipolar”.
A versão original do documento pode ser encontrada no link abaixo:
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