Recebi, no formulário de meu site pessoal, do José Eduardo de Oliveira, historiador mineiro, residente em Patos de Minas, cidade do interior de MG, onde já estive, a caminho de São Gotardo, uma mensagem, intitulada:
ADEUS AO PROFESSOR JOHN RUSSELL-WOOD
Transcrevo seu artigo, cujas referências editoriais seguem ao final:
Memórias que viraram corrubianas...
Do dia 17 a 19 de setembro de 2008, participei em Ouro Preto do Seminário Internacional “Administrando impérios: Portugal e Brasil nos séculos XVIII e XIX”. Os seminários, as palestras e os debates aconteceram no salão nobre da Escola de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto ali na Rua Costa Sena detrás do Museu da Inconfidência. Apesar de ser setembro, garoava, tinha muita neblina e fazia um frio danado. Todos os dias e noites foram assim, uma corrubiana cobria as ruas, as coisas e os homens. À noite essa corrubiana se misturava com a mesma noite e com o álcool e tudo se transformava em telas do pintor Alberto da Veiga Guignard...
Naquela manhã fria do dia 17, a conferência da abertura, “A base moral e ética do Governo Local no Atlântico Luso-Brasileiro durante do Antigo Regime”, fora proferida pelo historiador brasilianista inglês Anthony John R. Russell-Wood.
Russel-Wood ao lado de Charles R. Boxer são considerados os mais importantes brasilianistas ingleses precursores nos estudos sobre o Império colonial português e do Brasil colonial.
O seminário contava com outros importantes historiadores brasileiros e portugueses, mas o nome de A. J. R. Russell-Wood era sem dúvida nenhuma o maior destaque do evento.
Antes da composição da mesa e da abertura do seminário, um pouco receoso e um tanto atrevido dirigi-me para o Prof. Russell-Wood, cumprimentei-o, apresentei-me e pedi que ele autografasse para mim o livro de sua autoria, “Escravos e libertos no Brasil colonial”. Enquanto isso eu fazia o mesmo, com o livro “Uma história de exercício da democracia: 140 anos do Legislativo Patense” em que sou co-autor. Um tanto nervoso, não me recordo hoje o que escrevi na dedicatória. Ele escreveu o seguinte: “Ao Eduardo, companheiro de viagem no percurso da história, abraço cordialmente. John R. Russel-W. 17 de Setembro de 2008”.
O seu livro havia sido publicado em 1982 e só em 2005 havia sido traduzido no Brasil. Eu disse para ele que achava aquilo um absurdo e que a maioria de seus livros e artigos ainda não foram traduzidos aqui. Ele concordou. Disse também que outro livro dele “Fidalgos e Filantropos” sobre a Santa Casa de Misericórdia de Salvador, traduzido e publicado pela UNB em 1981, se encontrava esgotado há muito tempo. Ele riu e disse que há algum tempo esteve na UNB e encontrou a publicação sendo vendida a dois reais e ele aproveitou e comprou um exemplar. Eu disse que isso era comum no Brasil e que como ele sabia outro importante livro de seu conterrâneo, Charles R. Boxer, “A idade de ouro no Brasil”, havia sido publicado em 1969 e só em 2000 fariam nova edição.
E aí eu já estava muito empolgado e incentivado pela minha “falta de conhecimentos” e já que falamos de Boxer, dei a maior bobeira da manhã ao perguntar se Charles Boxer tinha sido mesmo espião conforme alguns falavam. Russell-Wood, mudou de expressão e disse uma coisa que não me lembro bem, mas só tem um sentido em português: “aquilo era uma ignorância total sobre Boxer”. Aí eu enfiei minha viola no saco e piquei a mula. O que eu sabia mesmo era que Boxer além ter sido seu mestre foi um de seus inspiradores nos estudos brasileiros. Sua conferência foi excepcional, entretanto até hoje ainda não foi publicada, nem ela e nem a dos outros historiadores do Seminário...
À noite quando eu e meu bando vindos de uma pousada ao atravessar o adro da Igreja São Francisco de Assis, deparamo-nos no passeio no Largo do Coimbra, aquele que durante o dia tem artesanato, em meio à chuva fria e a corrubiana, um vulto singular de guarda-chuvas, ali estático olhando a cidade enevoada e que nada mais nada menos era John Russell-Wood, esperando a sua comitiva, dizendo que ainda naquela noite ia beber umas caipirinhas. Despedimo-nos e antes de virarmos na Rua do Ouvidor rumo ao Bar das Coxinhas na Rua Direita, ainda pudemos vislumbrar, o grande Russell-Wood, ali como um fantasma de algum administrador reinol, ou quem sabe como um anjo esculpido pelo Aleijadinho em esteatita negra cujos indefectíveis cabelos brancos foram pintados por Manoel da Costa Ataíde. Depois nós e ele, ele e nós desaparecemos na corrubiana espessa como minha ignorância....
A. J. R. RUSSEL-WOOD - 1939-2010
No mês passado, ao recordar-me deste Seminário Internacional que acontecera em Ouro Preto, recordei-me daqueles episódios que descrevi acima e não sei porque cargas-dáguas resolvi escrever e remeter para o e-mail do Prof. Russell-Wood na Universidade Johns Hopkins, Baltimore - Maryland nos Estados Unidos. A internet nos permite certas ingênuas veleidades. Jamais pensava em obter uma resposta.
No entanto ela chegou também via internet, na manhã fria e sem corrubianas do dia 17 desse agosto empoeirado: “Dear Colleagues and Friends, It is with deep sadness and regret that I write to inform you of the passing of Dr. Anthony John R. Russell-Wood on August 13, 2010.” Que depois de passado no Google tradutor, lamentavelmente ficou assim, para sempre: “Caros Colegas e Amigos, É com profunda tristeza e pesar que eu escrevo para informá-lo da passagem do Dr. Anthony John R. Russell-Wood a 13 de agosto de 2010. \"
Este inglês que morava nos Estados Unidos, escreveu inúmeros livros e artigos e como já dissemos a maioria ainda não foram traduzidos para o Brasil, entretanto, além dos que já citamos dele “Fidalgos e Filantropos; a Santa Casa de Misericórdia da Bahia, 1550-1755” (1968) e “Escravos e libertos no Brasil colonial” (1982), dentre outros textos traduzidos e que foram e ainda são de fundamental importância para que possamos entender nosso passado colonial estão o livro, “Um mundo em movimento; Os portugueses na África, Ásia e América (1415 1808)” (1993), e os artigos “Manuel Francisco Lisboa; Um artesão da Idade do Ouro do Brasil” (1968); “Centros e Periferias no Mundo Luso-Brasileiro, 1500-1808” (1997).
John Russell-Wood, deixa esposa, Hannelore Russell-Wood, os filhos Christopher, Karsten e os netos Isabelle, Elisabeth, Karrigan e Haviland. Este amante da História e do Brasil, sobretudo Minas Gerais, possivelmente deixou expresso em seu testamento que: “Em vez de flores, contribuições podem ser feitas aos amigos da Johns Hopkins Biblioteca.”
Descanse em paz velho John, a História do Brasil e de Minas Gerais são suas tributárias.
José Eduardo de Oliveira
Licenciado em História pela UFOP-Professor de História na Rede Municipal de Ensino de Patos de Minas
Publicado no semanário FOLHA PATENSE, Patos de Minas, 28.08.2010, p. 19.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
A China é mais capitalista que o Brasil...
A China é mais capitalista que o Brasil, muito mais...
Quem duvida consulte este relatorio do World Economic Forum.
Ela é também economicamente mais livre que o Brasil...
Quem duvidar consulte o Index da Freedom House: não estamos falando de liberdades democráticas, ou burguesas, apenas de liberdade para a burguesia acumular capital, como diriam os marxistas...
Aliás, do ponto de vista do marxismo, a China também é mais marxista do que o Brasil, bem mais, ainda que no caso do Brasil o marxismo seja dominante mesmo só em dois lugares: nas universidades, de modo absoluto, e em certas areas do governo, de modo relativo. Na China, não, eles são inteiramente marxistas: estão aplicando rigorosamente o programa do Manifesto Comunista, naquelas partes que dizia que era preciso espalhar o capitalismo pelos continentes pouco desenvolvidos, para vencer o despotismo asiático, justamente. Venceram o asiático, pois todos imitam o Ocidente, na China. Sobrou o despotismo, marxista capitalista...
Paulo Roberto de Almeida

Competitive index ranks China 27th
By Wang Yanlin
China Daily, September, 10, 2010
CHINA is inching higher on a list of the world's most competitive economies - to 27th place, up from 29th last year.
"China continues to lead the way among large developing economies, improving by two more places this year, and solidifying its place among the top 30," said the Global Competitiveness Report 2010-2011, released yesterday by the World Economic Forum.
Switzerland remained in top spot, followed by Sweden and Singapore.
The United States, the world's biggest economy, fell two places to 4th due to macroeconomic imbalances, a weakening of its public and private institutions, and lingering concerns about its financial markets.
Several Asian economies also performed strongly. Japan moved up to 6th place from last year's 8th, and Hong Kong Special Administrative Region remained as number 11.
China outpaced the three other BRIC economies. Brazil ranked 58th, Russia 63rd and India 51st.
Li Jing, an economist and managing director of JPMorgan, said yesterday in Shanghai that the world's emerging markets, upon which the global economic advance hinges, have diverged from the growth path of developed countries.
"While the United States is now concerned about deflation, China pays close attention to the risk of inflation," Li said. "When the US encourages people to reduce debt and save, China is pushing hard for more consumption. Such sharp differences reflect huge potential of future growth in emerging markets, as well as the challenges that different countries should face."
China's economy eclipsed Japan during the April-June period to become the world's second-largest. But under a tightening policy stance, the country's gross domestic product has moderated to 10.3 percent growth in the second quarter from an 11.9 percent surge in the first three months.
Last year, China overtook Germany to become the world's biggest exporter and then nudged the US aside as it became the world's largest automobile market.
The latest Fortune Global 500, unveiled in July, listed a record 54 Chinese companies with three in the top 10.
Quem duvida consulte este relatorio do World Economic Forum.
Ela é também economicamente mais livre que o Brasil...
Quem duvidar consulte o Index da Freedom House: não estamos falando de liberdades democráticas, ou burguesas, apenas de liberdade para a burguesia acumular capital, como diriam os marxistas...
Aliás, do ponto de vista do marxismo, a China também é mais marxista do que o Brasil, bem mais, ainda que no caso do Brasil o marxismo seja dominante mesmo só em dois lugares: nas universidades, de modo absoluto, e em certas areas do governo, de modo relativo. Na China, não, eles são inteiramente marxistas: estão aplicando rigorosamente o programa do Manifesto Comunista, naquelas partes que dizia que era preciso espalhar o capitalismo pelos continentes pouco desenvolvidos, para vencer o despotismo asiático, justamente. Venceram o asiático, pois todos imitam o Ocidente, na China. Sobrou o despotismo, marxista capitalista...
Paulo Roberto de Almeida

Competitive index ranks China 27th
By Wang Yanlin
China Daily, September, 10, 2010
CHINA is inching higher on a list of the world's most competitive economies - to 27th place, up from 29th last year.
"China continues to lead the way among large developing economies, improving by two more places this year, and solidifying its place among the top 30," said the Global Competitiveness Report 2010-2011, released yesterday by the World Economic Forum.
Switzerland remained in top spot, followed by Sweden and Singapore.
The United States, the world's biggest economy, fell two places to 4th due to macroeconomic imbalances, a weakening of its public and private institutions, and lingering concerns about its financial markets.
Several Asian economies also performed strongly. Japan moved up to 6th place from last year's 8th, and Hong Kong Special Administrative Region remained as number 11.
China outpaced the three other BRIC economies. Brazil ranked 58th, Russia 63rd and India 51st.
Li Jing, an economist and managing director of JPMorgan, said yesterday in Shanghai that the world's emerging markets, upon which the global economic advance hinges, have diverged from the growth path of developed countries.
"While the United States is now concerned about deflation, China pays close attention to the risk of inflation," Li said. "When the US encourages people to reduce debt and save, China is pushing hard for more consumption. Such sharp differences reflect huge potential of future growth in emerging markets, as well as the challenges that different countries should face."
China's economy eclipsed Japan during the April-June period to become the world's second-largest. But under a tightening policy stance, the country's gross domestic product has moderated to 10.3 percent growth in the second quarter from an 11.9 percent surge in the first three months.
Last year, China overtook Germany to become the world's biggest exporter and then nudged the US aside as it became the world's largest automobile market.
The latest Fortune Global 500, unveiled in July, listed a record 54 Chinese companies with three in the top 10.
Cuba: la isla-prision, todavia sin libertades...
CUBA
La libertad despues de la "Primavera Negra"
Reporteres Sin Fronteras, 7/9/2010
"Salida definitiva". Esta es la expresión recogida textualmente en los pasaportes de los periodistas cubanos excarcelados a cambio de un exilio forzado, a lo largo de los meses de julio y agosto de 2010. Fueron 27 en ser arrestados por sus opiniones durante la ola represiva de la Primavera Negra de marzo de 2003, para ser condenados a penas de entre 14 y 27 años de cárcel. Todavía quedaban 19 cuando tuvo lugar la sucesión dinástica oficial entre los hermanos Castro en febrero de 2008. Ahora son seis, además de cuatro compañeros encarcelados más tarde, los que esperan salir de prisión. Y probablemente del país.
¿Una "liberación"? No es exactamente el término que usarían los periodistas entrevistados en este vídeo grabado en Madrid los pasados 19 y 20 de agosto, al llegar tres de ellos. "Seré libre cuando mi país sea libre", insiste en particular Ricardo González Alfonso, fundador de la revista De Cuba y corresponsal de Reporteros sin Fronteras. Ver el vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=uTRe4uXyN1g
http://www.youtube.com/watch?v=I6v1CDsTvas
El exilio forzado de estos periodistas independientes no refleja la "apertura" esperada por parte de las autoridades de La Habana. No obstante, nos alegramos de que estos hombres, cuyo único fallo constituyó en querer producir información fuera del control del Estado, puedan por fin empezar una nueva vida. Aplaudimos los esfuerzos del gobierno español y de la Iglesia cubana en su favor. Finalmente, pedimos que se levante el embargo absurdo impuesto a la isla desde 1962 por Estados Unidos, con el fin de obligar el régimen castrista a mantener sus compromisos internacionales.
La libertad despues de la "Primavera Negra"
Reporteres Sin Fronteras, 7/9/2010
"Salida definitiva". Esta es la expresión recogida textualmente en los pasaportes de los periodistas cubanos excarcelados a cambio de un exilio forzado, a lo largo de los meses de julio y agosto de 2010. Fueron 27 en ser arrestados por sus opiniones durante la ola represiva de la Primavera Negra de marzo de 2003, para ser condenados a penas de entre 14 y 27 años de cárcel. Todavía quedaban 19 cuando tuvo lugar la sucesión dinástica oficial entre los hermanos Castro en febrero de 2008. Ahora son seis, además de cuatro compañeros encarcelados más tarde, los que esperan salir de prisión. Y probablemente del país.
¿Una "liberación"? No es exactamente el término que usarían los periodistas entrevistados en este vídeo grabado en Madrid los pasados 19 y 20 de agosto, al llegar tres de ellos. "Seré libre cuando mi país sea libre", insiste en particular Ricardo González Alfonso, fundador de la revista De Cuba y corresponsal de Reporteros sin Fronteras. Ver el vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=uTRe4uXyN1g
http://www.youtube.com/watch?v=I6v1CDsTvas
El exilio forzado de estos periodistas independientes no refleja la "apertura" esperada por parte de las autoridades de La Habana. No obstante, nos alegramos de que estos hombres, cuyo único fallo constituyó en querer producir información fuera del control del Estado, puedan por fin empezar una nueva vida. Aplaudimos los esfuerzos del gobierno español y de la Iglesia cubana en su favor. Finalmente, pedimos que se levante el embargo absurdo impuesto a la isla desde 1962 por Estados Unidos, con el fin de obligar el régimen castrista a mantener sus compromisos internacionales.
Republica Mafiosa do Brasil (23): a sua nova Constituicao...
E para quem não fique nenhuma dúvida, reproduzo novamente a única contribuição institucional da nova situação:
República Mafiosa do Brasil: Constituição
Está decretada e destinada a ser cumprida a:
Constituição da República Mafiosa do Brasil
Preâmbulo: Considerando-se que estão dadas as condições para inaugurar uma nova era, como nunca houve antes neste país, entra em vigor esta Constituição, bem mais simples que as oito anteriores, constante dos seguintes artigos:
Artigo 1: Todo poder emana do Partido do Grande Irmão e em seu nome será exercido.
Artigo 2: O Brasil é uma república unitária, centralizada e organizada em torno de um único poder, este presidido pelo Partido do Grande Irmão, que zelará pelo povo com o mesmo carinho com que um pai devota ao seu filho único. Todos os demais partidos são considerados inimigos do povo, ilegítimos, portanto, e em função disso serão afastados do poder.
Disposições transitórias: Será convocada uma Constituinte exclusiva, sob proposta do Partido do Grande Irmão, para adaptar toda a legislação vigente às disposições constitucionais da nova era.
Revogam-se todas as demais disposições em contrário.
Brasília, 189. ano da Independência, 122. da República, 8. da era do nunca antes neste país e 1. da República Mafiosa do Brasil.
Pela transcrição no cartório do Grande Irmão:
Paulo Roberto de Almeida
Shanghai, 2 de setembro de 2010
República Mafiosa do Brasil: Constituição
Está decretada e destinada a ser cumprida a:
Constituição da República Mafiosa do Brasil
Preâmbulo: Considerando-se que estão dadas as condições para inaugurar uma nova era, como nunca houve antes neste país, entra em vigor esta Constituição, bem mais simples que as oito anteriores, constante dos seguintes artigos:
Artigo 1: Todo poder emana do Partido do Grande Irmão e em seu nome será exercido.
Artigo 2: O Brasil é uma república unitária, centralizada e organizada em torno de um único poder, este presidido pelo Partido do Grande Irmão, que zelará pelo povo com o mesmo carinho com que um pai devota ao seu filho único. Todos os demais partidos são considerados inimigos do povo, ilegítimos, portanto, e em função disso serão afastados do poder.
Disposições transitórias: Será convocada uma Constituinte exclusiva, sob proposta do Partido do Grande Irmão, para adaptar toda a legislação vigente às disposições constitucionais da nova era.
Revogam-se todas as demais disposições em contrário.
Brasília, 189. ano da Independência, 122. da República, 8. da era do nunca antes neste país e 1. da República Mafiosa do Brasil.
Pela transcrição no cartório do Grande Irmão:
Paulo Roberto de Almeida
Shanghai, 2 de setembro de 2010
Republica Mafiosa do Brasil (22): uma declaracao de principios, por quem os tem...
Nunca antes neste país, as instituições democráticas foram tão conspurcadas, tão violadas, tão depredadas, esquartejadas e massacradas.
Pronto. Acho que ficou muito claro o que penso da atual conjuntura, que infelizmente não está para samba do crioulo doido, mas para tango do peronista de araque...
Paulo Roberto de Almeida
O PT realmente inovou a política no Brasil: nunca antes na democracia um partido depredou tanto as instituições
Reinaldo Azevedo, 9.09.2010
Num dos posts abaixo, digo aos petralhas que podem botar a mula na sombra porque aqui eles não entram. Este é o meu blog — coisa que Lula não pode dizer sobre o Brasil, por exemplo. Quem não gosta da minha página ou não concorda com o blogueiro pode criar a sua própria, inclusive para me satanizar, como alguns já fizeram, conformando-se em ser apenas os que “odeiam o Reinaldo Azevedo”. Compreendo. Mas ninguém pode abrir o seu “próprio Brasil” se diverge daquele que Lula pensa ser dele e de seu grupo. E não estou nem aí se o Babalorixá de Banânia tem 35 mil por cento de popularidade. Desde quando apoio popular é evidência de que o líder está certo, não é mesmo, Hitler? Não é mesmo, Mussolini?
Isso não me assusta, não me constrange, não me intimida. Ao contrário: mais me anima a desconstruir o mito para chegar ao político real, àquele que de fato existe. Lula e a nova classe social que representa — a burguesia sindical do capital alheio — não são os donos do Brasil, e os que a eles se opõem não são a turma “do contra”; são personagens da democracia tão legítimos como aqueles que os apóiam. Os petralhas não sabem disso porque odeiam o regime de liberdades e gostariam de ver os opositores numa jaula, submetidos à expiação e à, vou inventar uma palavrinha, “espiação” públicas em nome do “controle social da divergência”. Aquele blogueiro palaciano pançudo, lembram-se?, até sugeriu que se fizessem reportagens para “identificar” as pessoas que acham o governo ruim ou péssimo. O próximo passo é sugerir que andem com uma tornozeleira eletrônica, antes de lhes meter um triângulo roxo no uniforme. Gente vigarista!
Mas por que tanto ódio? Em primeiro lugar, porque os totalitários não se conformam que possa haver uma “minoria” (como dizem) que não se subordine à linha que consideram justa. Eles não se contentam em ter a maioria. Querem a totalidade. Como escrevi ontem, é preciso transformar o adversário num inimigo e esse inimigo num “não-ser” para que possa, então, ser eliminado. É a manifestação política da psicopatia — que chamo esquerdopatia. Existir “uma minoria” que insiste em não ceder ao charme do demiurgo lhes parece um grande risco, é como se, e George Orwell precebeu isso precocemente no livro 1984, o Grande Irmão tivesse falhado.
Em segundo lugar, não suportam ser confrontados com a verdade, que confundem com sabotagem. Querem ver o que os deixa possessos? Pensemos nos oito anos de governo Lula. Eu desafio qualquer um dos velhos áulicos do lulo-petismo — seja o pensamento mais musculoso de Marilena Chaui, seja o mais delgado, de Renato Janine Ribeiro, seja o de qualquer um desses neovigaristas do adesismo que se dizem pragmáticos — a apontar uma só, BASTA UMA, mudança institucional importante implementada pelo governo Lula. Não! Não estou cobrando uma porção delas, uma lista de realizações. Basta umazinha só, uma coisa miserável que seja! Não há! Formalmente, o país não deu um miserável passo no avanço institucional.
Ao contrário: ele regrediu! Deu passos para trás. Violações da intimidade aconteceram antes, em outros governos? É possível! Mas só no governo do PT o desrespeito sistemático aos sigilos bancário, fiscal e telefônico se tornou uma verdadeira indústria — e as pegadas dos companheiros na manipulação do crime são evidentes, escancaradas. Pretendem diluir a clara perseguição política a um grupo de tucanos e a familiares de José Serra — filha e genro — em centenas de outros crimes, como se a) aqueles anulassem estes; b) a inocência fosse construída por meio do excesso de culpas. É uma gente politicamente doente.
Quando é que entes do estado foram tão escancaradamente usados para proteger um grupo político, como agora, a exemplo da vergonha a que se assiste na Receita Federal? Já nem se ocupam mais de disfarçar. Os mecanismos a que recorrem são típicos da ditadura. Desde a redemocratização, este é o ponto mais baixo a que chegou o estado de direito no Brasil. Nisso, com efeito, o PT representa uma inovação institucional. E também está sendo bastante original nas desculpas. Os tempos em que Paulo Maluf era visto como a grande ameaça de retrocesso da democracia chegam a ser ingênuos, não? Ainda que ninguém acreditasse, ele não cedia: “A as-se-na-to-ra não é me-nha” — em português, queria dizer: “A assinatura é minha, mas não confesso porque, no fundo, sei que é errado”. Maluf teria aula de decoro a dar ao PT…
Com o petismo, tudo mudou: acabam admitindo o crime, geralmente por bons motivos, claro!, e mobilizam seus bate-paus para produzir textos que a) procurem, num primeiro momento, dar alcance teórico à patifaria; b) recontem a história aos poucos, de modo que a safadeza vá sendo diluída numa narrativa alternativa. Pensem no mensalão: Lula começou admitindo caixa dois, depois passou a negar a existência de qualquer irregularidade e agora espalha a fantasia de que tudo foi uma tentativa de golpe dos adversários. Ninguém nunca tentou recuperar o malufismo como, sei lá, uma mudança de qualidade da ação política. Já o petismo pretende ser uma forma superior de apreensão do mundo — aquele modelo teórico Marilena Chaui, vocês sabem: Spinoza com Delúbio Soares. Aquela senhora promete agora uma releitura do filósofo holandês mediada por Tiririca. Tudo bem: o abestado nada entende de democracia. A abestada também não!
Faço a pergunta de novo: cadê os avanços institucionais do governo Lula? Ora, o país regrediu barbaramente, por exemplo, no acompanhamento das contas públicas. Boa parte dos gastos do governo federal e das estatais se faz hoje ao arrepio do controle do Tribunal de Contas da União. Vale dizer: tornaram-se menos transparentes. O que o PT promoveu nestes oito anos de governo foi a privatização do estado — inclusive das estatais, transformadas também elas, como os fundos de pensão, em braços do partido.
É nesse ambiente que se dá a violação de sigilos, e essas são as grandes contribuições institucionais do PT ao Brasil, isso para não falar do Babalorixá, ele próprio o grande depredador das leis. Não é casual que sua candidata à Presidência da República tenha sido tirada do bolso do colete, notoriamente inepta para a política, incapaz de enfrentar o debate público por seus próprios meios. Dilma é o Tiririca que freqüentou as aulas do Colina e da VAR-Palmares. Não pertencem à mesma coligação por acaso. Representam uma momento da institucionalidade.
Volto ao começo. Quais serão os valores deste blog a partir de 1º de janeiro de 2011? Esses que se percebem acima, pouco importa quem vá ocupar aquela cadeira, que não pertence a Lula, mas ao governo do Brasil. Os petralhas podem contar comigo. Eu os estarei combatendo estejam no governo ou na oposição.
Pronto. Acho que ficou muito claro o que penso da atual conjuntura, que infelizmente não está para samba do crioulo doido, mas para tango do peronista de araque...
Paulo Roberto de Almeida
O PT realmente inovou a política no Brasil: nunca antes na democracia um partido depredou tanto as instituições
Reinaldo Azevedo, 9.09.2010
Num dos posts abaixo, digo aos petralhas que podem botar a mula na sombra porque aqui eles não entram. Este é o meu blog — coisa que Lula não pode dizer sobre o Brasil, por exemplo. Quem não gosta da minha página ou não concorda com o blogueiro pode criar a sua própria, inclusive para me satanizar, como alguns já fizeram, conformando-se em ser apenas os que “odeiam o Reinaldo Azevedo”. Compreendo. Mas ninguém pode abrir o seu “próprio Brasil” se diverge daquele que Lula pensa ser dele e de seu grupo. E não estou nem aí se o Babalorixá de Banânia tem 35 mil por cento de popularidade. Desde quando apoio popular é evidência de que o líder está certo, não é mesmo, Hitler? Não é mesmo, Mussolini?
Isso não me assusta, não me constrange, não me intimida. Ao contrário: mais me anima a desconstruir o mito para chegar ao político real, àquele que de fato existe. Lula e a nova classe social que representa — a burguesia sindical do capital alheio — não são os donos do Brasil, e os que a eles se opõem não são a turma “do contra”; são personagens da democracia tão legítimos como aqueles que os apóiam. Os petralhas não sabem disso porque odeiam o regime de liberdades e gostariam de ver os opositores numa jaula, submetidos à expiação e à, vou inventar uma palavrinha, “espiação” públicas em nome do “controle social da divergência”. Aquele blogueiro palaciano pançudo, lembram-se?, até sugeriu que se fizessem reportagens para “identificar” as pessoas que acham o governo ruim ou péssimo. O próximo passo é sugerir que andem com uma tornozeleira eletrônica, antes de lhes meter um triângulo roxo no uniforme. Gente vigarista!
Mas por que tanto ódio? Em primeiro lugar, porque os totalitários não se conformam que possa haver uma “minoria” (como dizem) que não se subordine à linha que consideram justa. Eles não se contentam em ter a maioria. Querem a totalidade. Como escrevi ontem, é preciso transformar o adversário num inimigo e esse inimigo num “não-ser” para que possa, então, ser eliminado. É a manifestação política da psicopatia — que chamo esquerdopatia. Existir “uma minoria” que insiste em não ceder ao charme do demiurgo lhes parece um grande risco, é como se, e George Orwell precebeu isso precocemente no livro 1984, o Grande Irmão tivesse falhado.
Em segundo lugar, não suportam ser confrontados com a verdade, que confundem com sabotagem. Querem ver o que os deixa possessos? Pensemos nos oito anos de governo Lula. Eu desafio qualquer um dos velhos áulicos do lulo-petismo — seja o pensamento mais musculoso de Marilena Chaui, seja o mais delgado, de Renato Janine Ribeiro, seja o de qualquer um desses neovigaristas do adesismo que se dizem pragmáticos — a apontar uma só, BASTA UMA, mudança institucional importante implementada pelo governo Lula. Não! Não estou cobrando uma porção delas, uma lista de realizações. Basta umazinha só, uma coisa miserável que seja! Não há! Formalmente, o país não deu um miserável passo no avanço institucional.
Ao contrário: ele regrediu! Deu passos para trás. Violações da intimidade aconteceram antes, em outros governos? É possível! Mas só no governo do PT o desrespeito sistemático aos sigilos bancário, fiscal e telefônico se tornou uma verdadeira indústria — e as pegadas dos companheiros na manipulação do crime são evidentes, escancaradas. Pretendem diluir a clara perseguição política a um grupo de tucanos e a familiares de José Serra — filha e genro — em centenas de outros crimes, como se a) aqueles anulassem estes; b) a inocência fosse construída por meio do excesso de culpas. É uma gente politicamente doente.
Quando é que entes do estado foram tão escancaradamente usados para proteger um grupo político, como agora, a exemplo da vergonha a que se assiste na Receita Federal? Já nem se ocupam mais de disfarçar. Os mecanismos a que recorrem são típicos da ditadura. Desde a redemocratização, este é o ponto mais baixo a que chegou o estado de direito no Brasil. Nisso, com efeito, o PT representa uma inovação institucional. E também está sendo bastante original nas desculpas. Os tempos em que Paulo Maluf era visto como a grande ameaça de retrocesso da democracia chegam a ser ingênuos, não? Ainda que ninguém acreditasse, ele não cedia: “A as-se-na-to-ra não é me-nha” — em português, queria dizer: “A assinatura é minha, mas não confesso porque, no fundo, sei que é errado”. Maluf teria aula de decoro a dar ao PT…
Com o petismo, tudo mudou: acabam admitindo o crime, geralmente por bons motivos, claro!, e mobilizam seus bate-paus para produzir textos que a) procurem, num primeiro momento, dar alcance teórico à patifaria; b) recontem a história aos poucos, de modo que a safadeza vá sendo diluída numa narrativa alternativa. Pensem no mensalão: Lula começou admitindo caixa dois, depois passou a negar a existência de qualquer irregularidade e agora espalha a fantasia de que tudo foi uma tentativa de golpe dos adversários. Ninguém nunca tentou recuperar o malufismo como, sei lá, uma mudança de qualidade da ação política. Já o petismo pretende ser uma forma superior de apreensão do mundo — aquele modelo teórico Marilena Chaui, vocês sabem: Spinoza com Delúbio Soares. Aquela senhora promete agora uma releitura do filósofo holandês mediada por Tiririca. Tudo bem: o abestado nada entende de democracia. A abestada também não!
Faço a pergunta de novo: cadê os avanços institucionais do governo Lula? Ora, o país regrediu barbaramente, por exemplo, no acompanhamento das contas públicas. Boa parte dos gastos do governo federal e das estatais se faz hoje ao arrepio do controle do Tribunal de Contas da União. Vale dizer: tornaram-se menos transparentes. O que o PT promoveu nestes oito anos de governo foi a privatização do estado — inclusive das estatais, transformadas também elas, como os fundos de pensão, em braços do partido.
É nesse ambiente que se dá a violação de sigilos, e essas são as grandes contribuições institucionais do PT ao Brasil, isso para não falar do Babalorixá, ele próprio o grande depredador das leis. Não é casual que sua candidata à Presidência da República tenha sido tirada do bolso do colete, notoriamente inepta para a política, incapaz de enfrentar o debate público por seus próprios meios. Dilma é o Tiririca que freqüentou as aulas do Colina e da VAR-Palmares. Não pertencem à mesma coligação por acaso. Representam uma momento da institucionalidade.
Volto ao começo. Quais serão os valores deste blog a partir de 1º de janeiro de 2011? Esses que se percebem acima, pouco importa quem vá ocupar aquela cadeira, que não pertence a Lula, mas ao governo do Brasil. Os petralhas podem contar comigo. Eu os estarei combatendo estejam no governo ou na oposição.
Brasil: economistas do ano, Alexandre Tombini e Marcos Lisboa
Economistas do Ano 2010
Ordem dos Economistas do Brasil, 9 de Setembro de 2010
A festa do Economista do Ano, realizada no último dia 23 de agosto, foi marcada este ano por discursos da mais alta importância e que desde já se inscrevem como documentos históricos para a Ordem dos Economistas: depoimentos pessoais inéditos, análises originais de processos de crescimento e de desenvolvimento econômico e exemplos de reformas institucionais coroadas com êxito, bem como sua importância para o futuro do país, dominaram as manifestações.
O Governador Laudo Natel, às vésperas do seu 90º aniversário, foi muito aplaudido ao trazer para a comunidade econômica suas memórias e pontos principais de sua “carreira de bancário”, como ele mesmo definiu, malgrado todo o êxito de sua vida pública. Relembrou suas origens e fatos pitorescos de seu relacionamento com personalidades representativas como Amador Aguiar e Adhemar de Barros.
Alexandre Antonio Tombini, Diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro, do Banco Central do Brasil, que recebeu o prêmio de economista do Setor Público de 2010, ressaltou o trabalho realizado no âmbito do Banco Central do Brasil, especialmente o que resultou na excelente regulamentação e supervisão bancárias do Brasil, de resto elogiada internacionalmente. Relembrou o papel crucial do sistema de metas para a inflação, da taxa de câmbio flutuante, da política de acumulação de reservas internacionais, e dos esforços realizados pelo Banco Central para a fluidez da expansão do crédito. Foi com esse resultado recente que empresas e consumidores puderam alongar seus horizontes e tomar decisões a prazo mais dilatado, mantendo elevado o nível da demanda agregada. Ressaltou a importância estratégica que, durante a recente crise, teve o “colchão de liquidez” introduzido por aquela instituição. Elogiou a supervisão que foi permeável a um moderno processo de licenciamento de instituições financeiras e propugnou pela ampliação dos estudos sobre a “regulação prudencial” e pelo papel pro-ativo do Brasil nessa matéria em fóruns internacionais.
O Diretor do Banco Central reconheceu o pioneirismo da Ordem dos Economistas do Brasil na introdução dos estudos sobre a regulação prudencial.
Marcos de Barros Lisboa, o homenageado com a láurea de “Economista do Ano 2010”, apresentou documento intitulado “Instituições e Crescimento Econômico”, um denso discurso, em parte acadêmico, em parte histórico e até filosófico e por fim reencontrou teoricamente o que o discurso de Tombini apresentara para o caso concreto do Banco Central.
Marcos Lisboa partiu do que considerou os fatos novos que iluminaram a ciência econômica nos anos 80: o advento dos modelos em que a competição entre firmas engendraria o aumento da produtividade, abrindo (novamente) espaço para as teorias de Schumpeter e a construção quase que exaustiva de uma base de dados de cerca de uma centena de países, o que possibilitou um salto qualitativo da análise empírica da diferenças entre os diversos países.
Esse procedimento, aplicado dentro de um país, aponta para a necessidade de análise sistemática dos resultados das políticas públicas, que podem ser muito diferentes dos esperados quando da formulação, em que pesem as boas intenções. Por outro lado, anotou a redenção da micro-economia para iluminar as políticas públicas, em particular no desenho ideal das instituições que dela participam. Defendeu, em grande parte do seu discurso, o desenho das instituições como peça central do processo de mudança e do processo de crescimento da renda.
As reformas institucionais são assim cruciais para provocar o aumento de produtividade que leva a um aumento da renda e do consumo da produção e do emprego. Elas nesse papel substituem muitas vezes as inovações tecnológicas. Trouxe vários exemplos em defesa dessa tese, tanto de países e regiões quanto de práticas dentro de um mesmo país: o custo elevado de execução de dívidas, por exemplo, que, dentre outros fatores, leva à inadimplência, que por sua vez eleva os juros praticados, afetando os investimentos.
Concluindo, propugnou pela consideração de que os resultados da política econômica são condicionados pelo sistema legal e pelo desenho de suas instituições.
Analisando o caso brasileiro defendeu as reformas introduzidas nos últimos vinte anos que levaram à consistente estabilidade econômica. Um novo mercado de crédito é, segundo Lisboa, a espinha dorsal desse novo edifício, sem esquecer a nova lei de falências, a descentralização dos recursos para saúde e educação e os programas de transferência de renda.
Defendeu um sistema de avaliação da eficácia das políticas públicas e adoção de várias reformas pontuais para dar maior fluidez aos investimentos e assim engendrar um novo ciclo virtuoso da economia brasileira. Dentre estas é oportuno citar o incentivo à captação e ao financiamento de longo prazo, de longa data uma limitação do sistema de crédito brasileiro.
Encerrou sua fala com homenagem aos colegas de trabalho, ao trabalho em equipe e com palavras de pungente emoção à sua família. Um belíssimo discurso!
Clique aqui para fazer o download do discurso.
Ordem dos Economistas do Brasil, 9 de Setembro de 2010
A festa do Economista do Ano, realizada no último dia 23 de agosto, foi marcada este ano por discursos da mais alta importância e que desde já se inscrevem como documentos históricos para a Ordem dos Economistas: depoimentos pessoais inéditos, análises originais de processos de crescimento e de desenvolvimento econômico e exemplos de reformas institucionais coroadas com êxito, bem como sua importância para o futuro do país, dominaram as manifestações.
O Governador Laudo Natel, às vésperas do seu 90º aniversário, foi muito aplaudido ao trazer para a comunidade econômica suas memórias e pontos principais de sua “carreira de bancário”, como ele mesmo definiu, malgrado todo o êxito de sua vida pública. Relembrou suas origens e fatos pitorescos de seu relacionamento com personalidades representativas como Amador Aguiar e Adhemar de Barros.
Alexandre Antonio Tombini, Diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro, do Banco Central do Brasil, que recebeu o prêmio de economista do Setor Público de 2010, ressaltou o trabalho realizado no âmbito do Banco Central do Brasil, especialmente o que resultou na excelente regulamentação e supervisão bancárias do Brasil, de resto elogiada internacionalmente. Relembrou o papel crucial do sistema de metas para a inflação, da taxa de câmbio flutuante, da política de acumulação de reservas internacionais, e dos esforços realizados pelo Banco Central para a fluidez da expansão do crédito. Foi com esse resultado recente que empresas e consumidores puderam alongar seus horizontes e tomar decisões a prazo mais dilatado, mantendo elevado o nível da demanda agregada. Ressaltou a importância estratégica que, durante a recente crise, teve o “colchão de liquidez” introduzido por aquela instituição. Elogiou a supervisão que foi permeável a um moderno processo de licenciamento de instituições financeiras e propugnou pela ampliação dos estudos sobre a “regulação prudencial” e pelo papel pro-ativo do Brasil nessa matéria em fóruns internacionais.
O Diretor do Banco Central reconheceu o pioneirismo da Ordem dos Economistas do Brasil na introdução dos estudos sobre a regulação prudencial.
Marcos de Barros Lisboa, o homenageado com a láurea de “Economista do Ano 2010”, apresentou documento intitulado “Instituições e Crescimento Econômico”, um denso discurso, em parte acadêmico, em parte histórico e até filosófico e por fim reencontrou teoricamente o que o discurso de Tombini apresentara para o caso concreto do Banco Central.
Marcos Lisboa partiu do que considerou os fatos novos que iluminaram a ciência econômica nos anos 80: o advento dos modelos em que a competição entre firmas engendraria o aumento da produtividade, abrindo (novamente) espaço para as teorias de Schumpeter e a construção quase que exaustiva de uma base de dados de cerca de uma centena de países, o que possibilitou um salto qualitativo da análise empírica da diferenças entre os diversos países.
Esse procedimento, aplicado dentro de um país, aponta para a necessidade de análise sistemática dos resultados das políticas públicas, que podem ser muito diferentes dos esperados quando da formulação, em que pesem as boas intenções. Por outro lado, anotou a redenção da micro-economia para iluminar as políticas públicas, em particular no desenho ideal das instituições que dela participam. Defendeu, em grande parte do seu discurso, o desenho das instituições como peça central do processo de mudança e do processo de crescimento da renda.
As reformas institucionais são assim cruciais para provocar o aumento de produtividade que leva a um aumento da renda e do consumo da produção e do emprego. Elas nesse papel substituem muitas vezes as inovações tecnológicas. Trouxe vários exemplos em defesa dessa tese, tanto de países e regiões quanto de práticas dentro de um mesmo país: o custo elevado de execução de dívidas, por exemplo, que, dentre outros fatores, leva à inadimplência, que por sua vez eleva os juros praticados, afetando os investimentos.
Concluindo, propugnou pela consideração de que os resultados da política econômica são condicionados pelo sistema legal e pelo desenho de suas instituições.
Analisando o caso brasileiro defendeu as reformas introduzidas nos últimos vinte anos que levaram à consistente estabilidade econômica. Um novo mercado de crédito é, segundo Lisboa, a espinha dorsal desse novo edifício, sem esquecer a nova lei de falências, a descentralização dos recursos para saúde e educação e os programas de transferência de renda.
Defendeu um sistema de avaliação da eficácia das políticas públicas e adoção de várias reformas pontuais para dar maior fluidez aos investimentos e assim engendrar um novo ciclo virtuoso da economia brasileira. Dentre estas é oportuno citar o incentivo à captação e ao financiamento de longo prazo, de longa data uma limitação do sistema de crédito brasileiro.
Encerrou sua fala com homenagem aos colegas de trabalho, ao trabalho em equipe e com palavras de pungente emoção à sua família. Um belíssimo discurso!
Clique aqui para fazer o download do discurso.
Obama tenta estimular a economia, a maneira antiga...
True keynesians, como os que trabalham para os governos um pouco em todas as partes, acreditam nas virtudes regeneradoras do dinheiro público. Eles se esquecem de perguntar de onde vem esse dinheiro.
Como o governo não produz dinheiro -- a não ser pela via inflacionária -- mas tem de recolher os recursos para os seus gastos da sociedade, resulta que seria bem mais recomendável que ele deixasse o dinheiro com quem sabe gastar, ou investir, ou seja, os consumidores e os empresários.
A economia estaria melhor se o governo deixasse o mercado corrigir os desequilíbrios que os burocratas do governo acusam o mercado de provocar, o que aliás já é uma inverdade. Desequilíbrios de mercado quem provoca, de fato, é o governo, com suas regras muito rígidas. O mercado, com sua dinâmica contínua, com seus altos e baixos, corrige naturalmente os supostos desequilíbrios, já que obriga os agentes a se adaptarem rapidamente aos novos sinais do próprio mercado.
São os governos que, ao pretenderem corrigir "desvios" do mercado, alimentam bolhas e criam as condições para as crises.
Creio que o artigo abaixo discute bem essas ideias, bem melhor do que eu o faria.
Paulo Roberto de Almeida
Stimulus? Yet Again?
by Robert P. Murphy
Mises Dailies, September 9, 2010
This week the Obama administration lays out its plans to further "stimulate" the economy. In particular, the president unveiled his proposals for $50 billion more in infrastructure spending, and a $100 billion extension to a tax credit on research and development.
Unfortunately these ideas range from misguided to downright harmful. If the federal government really wants to promote economic recovery, it should cut spending and taxes in general, and basically get out of the way.
Government Spending and Job Creation
As explained in this CNN story, in his Labor Day speech in Milwaukee, "Obama unveiled a $50 billion infrastructure plan to try and create jobs over the long-term by rebuilding 150,000 miles of roads, 4,000 miles of rail, and 150 miles of airport runways." The rationale behind the plan is the simple Keynesian notion that government spending can "fill the gap" in aggregate demand when private businesses and individuals are unwilling to spend enough to keep everyone employed.
There are several problems with this common approach. In the first place, it confuses a low unemployment rate with "a healthy economy." Now, it's true that a high unemployment rate goes hand in hand with a sick economy. But the unemployment rate is a symptom of the underlying structural problem. Government efforts to "reduce unemployment" are, at best, like putting ice cubes on a thermometer to treat a fever.
For example, most pundits accept the claim that "World War II got us out of the Depression." And it's true that the official unemployment rate dropped like a stone with US entry into the war. But as economic historian Bob Higgs points out, FDR had hardly "fixed" the economy: all he did was force millions of American men to leave the conventional workforce and jump into a slaughterhouse. By the same token, if President Obama made it mandatory for five million Americans to cross the ocean and paint the Great Wall of China, it's possible that the official unemployment rate would drop.
Beyond this fundamental confusion, there is another problem with government "stimulus" spending. Simply put, the money has to come from somewhere, and it's not at all obvious that the net result leads to job creation, even if we accept jobs as indicators of a healthy economy.
I have written from an Austrian perspective on the problems with government efforts to "create jobs." But even mainstream economists have challenged the Keynesians on their own turf. Using standard econometric techniques, many prominent economists have found little evidence that government spending boosts economic output, even if we accept the standard government figures at face value.
Some readers may be surprised to see this, because self-described progressive pundits often claim that only a Neanderthal could possibly doubt the scientific case for government stimulus spending. Yet, as Jim Manzi explained when The New Republic's Jonathan Chait made such a claim,
Robert Barro, Professor of Economics at Harvard, John Cochrane, Professor of Finance at the University of Chicago, and Casey Mulligan, Professor of Economics at the University of Chicago, have each separately argued that it is somewhere between plausible and likely that the multiplier for stimulus spending under relevant conditions is indistinguishable from zero (i.e., that stimulative spending will not materially increase economic output). According to surveys of professional economists reported by Greg Mankiw, about 10 percent of economists do not agree with the statement that "Fiscal policy (e.g., tax cut and/or government expenditure increase) has a significant stimulative impact on a less than fully employed economy." Both the Wall Street Journal and the Financial Times have run opinion columns expressing the view that a multiplier of zero is a plausible to likely theory.
I have not been afraid to call out influential conservative activists when I believe they are engaging in crank refusal to accept a scientific finding. But in a genuinely scientific field which has accepted a predictive rule as valid to the point that there is a true consensus — such that the only reason for refusal to accept it is crankery or, in Chait's terms, "politics" — you don't usually see: several full professors at the top two departments in the subject, when speaking directly in their area of research expertise, challenge it; 10 percent of all practitioners in the field refuse to accept it; and the two leading global general circulation publications in field running op-eds questioning it.
The context for Manzi's argument with Chait was the embarrassing predicament that Keynesians had gotten themselves into after the first Obama stimulus package. The Obama team had famously predicted that, with the package, unemployment would not break 8 percent — a projection that of course turned out to be rather optimistic.
The Keynesian response, of course, has been that the economy was worse than people realized at the start of the Obama presidency. And it's true that we can't prove that the original $800 billion stimulus package made things worse. But my point is, there are plenty of theoretical arguments — both Austrian and mainstream — questioning the Keynesian claims, and recent history suggests a prima facie confirmation of these doubts.
To sum up, if the $800 billion stimulus didn't work out as planned, why should we raise the stakes by putting up another $50 billion?
Tax-Credit Plan Still a Form of Government Control
Even Obama's call for the tax-credit extension leaves much to be desired. I am always for a tax cut, period. It returns resources to the private sector, which I favor for reasons of both ethics and efficiency.
However, not all tax cuts are created equal. By giving a tax credit for "research and development" — as opposed to an across-the-board reduction in tax rates — the government is still dictating how businesses use the money that the government refrains from explicitly taking. The difference is analogous to getting $100 in cash versus a nontransferable $100 gift certificate to the Broccoli Warehouse. Most teenagers would opt for the former as a birthday present.
Conclusion
The Obama administration's newly unveiled plans for "helping" the economy merely attack the symptoms rather than the cause. Yet even on their own terms, the plans are ill-designed to reduce the unemployment rate. The best remedy would be for the government to stop interfering and let the market process work.
Robert Murphy is an adjunct scholar of the Mises Institute, where he will be teaching "Principles of Economics" at the Mises Academy this fall. He runs the blog Free Advice and is the author of The Politically Incorrect Guide to Capitalism, the Study Guide to Man, Economy, and State with Power and Market, the Human Action Study Guide, and The Politically Incorrect Guide to the Great Depression and the New Deal. Send him mail. See Robert P. Murphy's article archives.
Addendum:
Comentário efetuado pelo economista Alfredo Marcolin Peringer:
Discordo, apenas, que o multiplicador keynesiano, citado pela mainstream, seja "0". Ele é negativo...e é fácil esse reconhecimento. Quando o governo tira 100 unidades monetárias da economia, há dois efeitos: a) a do dinheiro que a iniciativa privada deixa de investir e; b) a do custo da intervenção causado no mercado... e esse custo é bastante alto...
Como o governo não produz dinheiro -- a não ser pela via inflacionária -- mas tem de recolher os recursos para os seus gastos da sociedade, resulta que seria bem mais recomendável que ele deixasse o dinheiro com quem sabe gastar, ou investir, ou seja, os consumidores e os empresários.
A economia estaria melhor se o governo deixasse o mercado corrigir os desequilíbrios que os burocratas do governo acusam o mercado de provocar, o que aliás já é uma inverdade. Desequilíbrios de mercado quem provoca, de fato, é o governo, com suas regras muito rígidas. O mercado, com sua dinâmica contínua, com seus altos e baixos, corrige naturalmente os supostos desequilíbrios, já que obriga os agentes a se adaptarem rapidamente aos novos sinais do próprio mercado.
São os governos que, ao pretenderem corrigir "desvios" do mercado, alimentam bolhas e criam as condições para as crises.
Creio que o artigo abaixo discute bem essas ideias, bem melhor do que eu o faria.
Paulo Roberto de Almeida
Stimulus? Yet Again?
by Robert P. Murphy
Mises Dailies, September 9, 2010
This week the Obama administration lays out its plans to further "stimulate" the economy. In particular, the president unveiled his proposals for $50 billion more in infrastructure spending, and a $100 billion extension to a tax credit on research and development.
Unfortunately these ideas range from misguided to downright harmful. If the federal government really wants to promote economic recovery, it should cut spending and taxes in general, and basically get out of the way.
Government Spending and Job Creation
As explained in this CNN story, in his Labor Day speech in Milwaukee, "Obama unveiled a $50 billion infrastructure plan to try and create jobs over the long-term by rebuilding 150,000 miles of roads, 4,000 miles of rail, and 150 miles of airport runways." The rationale behind the plan is the simple Keynesian notion that government spending can "fill the gap" in aggregate demand when private businesses and individuals are unwilling to spend enough to keep everyone employed.
There are several problems with this common approach. In the first place, it confuses a low unemployment rate with "a healthy economy." Now, it's true that a high unemployment rate goes hand in hand with a sick economy. But the unemployment rate is a symptom of the underlying structural problem. Government efforts to "reduce unemployment" are, at best, like putting ice cubes on a thermometer to treat a fever.
For example, most pundits accept the claim that "World War II got us out of the Depression." And it's true that the official unemployment rate dropped like a stone with US entry into the war. But as economic historian Bob Higgs points out, FDR had hardly "fixed" the economy: all he did was force millions of American men to leave the conventional workforce and jump into a slaughterhouse. By the same token, if President Obama made it mandatory for five million Americans to cross the ocean and paint the Great Wall of China, it's possible that the official unemployment rate would drop.
Beyond this fundamental confusion, there is another problem with government "stimulus" spending. Simply put, the money has to come from somewhere, and it's not at all obvious that the net result leads to job creation, even if we accept jobs as indicators of a healthy economy.
I have written from an Austrian perspective on the problems with government efforts to "create jobs." But even mainstream economists have challenged the Keynesians on their own turf. Using standard econometric techniques, many prominent economists have found little evidence that government spending boosts economic output, even if we accept the standard government figures at face value.
Some readers may be surprised to see this, because self-described progressive pundits often claim that only a Neanderthal could possibly doubt the scientific case for government stimulus spending. Yet, as Jim Manzi explained when The New Republic's Jonathan Chait made such a claim,
Robert Barro, Professor of Economics at Harvard, John Cochrane, Professor of Finance at the University of Chicago, and Casey Mulligan, Professor of Economics at the University of Chicago, have each separately argued that it is somewhere between plausible and likely that the multiplier for stimulus spending under relevant conditions is indistinguishable from zero (i.e., that stimulative spending will not materially increase economic output). According to surveys of professional economists reported by Greg Mankiw, about 10 percent of economists do not agree with the statement that "Fiscal policy (e.g., tax cut and/or government expenditure increase) has a significant stimulative impact on a less than fully employed economy." Both the Wall Street Journal and the Financial Times have run opinion columns expressing the view that a multiplier of zero is a plausible to likely theory.
I have not been afraid to call out influential conservative activists when I believe they are engaging in crank refusal to accept a scientific finding. But in a genuinely scientific field which has accepted a predictive rule as valid to the point that there is a true consensus — such that the only reason for refusal to accept it is crankery or, in Chait's terms, "politics" — you don't usually see: several full professors at the top two departments in the subject, when speaking directly in their area of research expertise, challenge it; 10 percent of all practitioners in the field refuse to accept it; and the two leading global general circulation publications in field running op-eds questioning it.
The context for Manzi's argument with Chait was the embarrassing predicament that Keynesians had gotten themselves into after the first Obama stimulus package. The Obama team had famously predicted that, with the package, unemployment would not break 8 percent — a projection that of course turned out to be rather optimistic.
The Keynesian response, of course, has been that the economy was worse than people realized at the start of the Obama presidency. And it's true that we can't prove that the original $800 billion stimulus package made things worse. But my point is, there are plenty of theoretical arguments — both Austrian and mainstream — questioning the Keynesian claims, and recent history suggests a prima facie confirmation of these doubts.
To sum up, if the $800 billion stimulus didn't work out as planned, why should we raise the stakes by putting up another $50 billion?
Tax-Credit Plan Still a Form of Government Control
Even Obama's call for the tax-credit extension leaves much to be desired. I am always for a tax cut, period. It returns resources to the private sector, which I favor for reasons of both ethics and efficiency.
However, not all tax cuts are created equal. By giving a tax credit for "research and development" — as opposed to an across-the-board reduction in tax rates — the government is still dictating how businesses use the money that the government refrains from explicitly taking. The difference is analogous to getting $100 in cash versus a nontransferable $100 gift certificate to the Broccoli Warehouse. Most teenagers would opt for the former as a birthday present.
Conclusion
The Obama administration's newly unveiled plans for "helping" the economy merely attack the symptoms rather than the cause. Yet even on their own terms, the plans are ill-designed to reduce the unemployment rate. The best remedy would be for the government to stop interfering and let the market process work.
Robert Murphy is an adjunct scholar of the Mises Institute, where he will be teaching "Principles of Economics" at the Mises Academy this fall. He runs the blog Free Advice and is the author of The Politically Incorrect Guide to Capitalism, the Study Guide to Man, Economy, and State with Power and Market, the Human Action Study Guide, and The Politically Incorrect Guide to the Great Depression and the New Deal. Send him mail. See Robert P. Murphy's article archives.
Addendum:
Comentário efetuado pelo economista Alfredo Marcolin Peringer:
Discordo, apenas, que o multiplicador keynesiano, citado pela mainstream, seja "0". Ele é negativo...e é fácil esse reconhecimento. Quando o governo tira 100 unidades monetárias da economia, há dois efeitos: a) a do dinheiro que a iniciativa privada deixa de investir e; b) a do custo da intervenção causado no mercado... e esse custo é bastante alto...
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