Parece que o coronel-líder da Líbia ainda não foi informado sobre as mudanças que ocorrem, ou já ocorreram, na diplomacia brasileira:
Kadafi convida Brasil para ser observador da crise na Líbia
Estadão – Líbia – 02/03/2011
O governo de Muamar Kadafi convidou nesta quarta-feira, 2, o Brasil, a União Africana (UA) e os países da conferência islâmica a assumir o papel de observadores da crise política no país. A informação foi revelada há instantes pelo embaixador do Brasil na Líbia, George Fernandes.
O diplomata participou de um encontro promovido pela cúpula do regime de Kadafi, no qual o ditador fez um discurso transmitido pela TV estatal.
No pronunciamento, o coronel disse também que iria substituir bancos e empresas ocidentais que atuam na Líbia por outras de China, Rússia e Brasil.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quarta-feira, 2 de março de 2011
Sonhando acordado: a melhor política economica para o Brasil
Dentre os vinte e cinco ensaio que redigi para o Ordem Livre, gosto evidentemente de todos, mas se eu tivesse de escolher uns poucos, eu começaria por este, que vai reproduzido abaixo.
Não que eu seja ingênuo a ponto de acreditar que o Brasil poderia adotar qualquer uma das medidas preconizadas, muito pelo contráriio: o Brasil está a anos-luz de qualquer uma delas, e acho que estou sendo generoso, talvez o certo seria "décadas-luz".
Mas não custa nada sonhar acordado, mesmo se eu corro o risco, se estivéssemos em algum país fundamentalista-econômico, de ser condenado a 100 chibatadas por algum adepto da "sharia" cepaliano-keynesiana que pulula alegremente em nossas universidades e governo.
Em todo caso, aqui vai o artigo por inteiro.
Qual a melhor política econômica para o Brasil?
Instituto Millenium, 27/10/2010
Autor: Paulo Roberto de Almeida
Qual a melhor política econômica para o Brasil?: algumas opções pessoais
A resposta a uma pergunta desse tipo depende, obviamente, da concepção geral de sociedade da qual está impregnado o respondedor. Keynes dizia que sempre somos prisioneiros de algum economista morto, o que não parece ser o meu caso, já que não exerço a disciplina profissionalmente e posso, assim, ostentar uma aparente independência em relação a escolas e tendências econômicas. Não me classifico como liberal em economia, apenas como racionalista, seja lá o que isso queira dizer. A razão é que não acredito que um governo qualquer, no mundo atual, possa se guiar por grandes princípios filosóficos ou concepções completas de sociedade, cabendo-lhe tão somente ser pragmático e tentar resolver os problemas concretos de administração da economia em meio a uma teia de constrangimentos internos e de limitações externas que circundam as (poucas) escolhas possíveis. Numa palavra: difícil ser totalmente livre para implantar um programa completo de reforma social e econômica, quando tantos compromissos foram sendo assumidos ao longo do tempo.
Pessoalmente, tendo vindo do pensamento socialista, manifesto minha atual preferência por um modo liberal de administração econômica, mas tenho plena consciência de que trade-offs têm de ser realizados no contexto concreto das políticas econômicas possíveis. Um caso: acredito que o monopólio de emissão de moeda pelo governo pode ser um custo a mais para a sociedade; mas, como no caso das drogas duras, fica difícil liberalizar essa área na ausência de outras condições que poderiam limitar os imponderáveis da liberalização e da competição entre as drogas (moedas). Acredito, por exemplo, que a taxa de juros de referência deveria deixar de ser fixada pelo governo, passando a ser a de equilíbrio dos mercados, como no caso do câmbio; mas aqui sabemos, também, que os governos intervêm no preço externo da moeda (seja para perseguir objetivos próprios, anti-inflacionários, por exemplo, ou a favor de certos lobbies, como o dos exportadores). Em todo caso, sou a favor de juros livres.
Sou radicalmente a favor do corte (ou melhor, da eliminação) de impostos e, obviamente, da redução radical dos gastos do governo; mas sei que isso teria enormes dificuldades de implementação, dada a rede de programas legais já existentes, que obrigam o estado a ser um gastador compulsivo (tanto consigo mesmo, como com corporações que virtualmente assaltam o estado, como empresários, universitários, juízes e toda sorte de rentistas). Talvez se pudesse começar por eliminar a estabilidade no serviço público. Reconheço, porém, que esse é um passo difícil de ser dado.
Sou contra cartéis, monopólios e políticas setoriais, que aumentam nossas faturas de luz, telefone, internet, crédito ao consumidor, tudo. A regulação estatal deveria ser no sentido da máxima abertura possível; mas mesmo isso é difícil de fazer, seja por pressão dos interesses constituídos, seja pelo problema sempre difícil da transição a outro regime; acredito, porém, que se possa caminhar nessa direção. Se eu disser, publicamente, que pretenderia acabar com BNDES, Banco do Brasil, Petrobras e outras empresas públicas, provavelmente vou ser crucificado em praça pública. Mas ainda assim vou dizer: que essas empresas sejam privatizadas e disputem mercado como quaisquer outras, em um ambiente totalmente aberto à competição. Estou absolutamente seguro de que o Brasil seria um país melhor sem qualquer tipo de dinossauro estatal, por mais produtiva ou “estratégica” que seja a empresa: de fato, isso não existe em economia e a única coisa verdadeiramente estratégica, na vida de uma nação, é a boa educação de todos os seus cidadãos.
Não preciso dizer que sou contra qualquer forma de protecionismo e a favor da maior abertura ao capital estrangeiro, sugestão passível de esquartejamento nas academias e nas praças. Provas existem de que os países mais abertos são, também, os mais prósperos e avançados no plano tecnológico e cultural. Os políticos conspiram contra esse objetivo, mas acredito que se deveria formar uma liga de economistas a favor da liberdade de mercados, como na Inglaterra vitoriana aquela a favor do livre comércio. Desconfio, porém, que não teríamos muitos aderentes, tão forte é a crença nos mitos keynesianos (equivocados, aliás, posto que Keynes era um liberal, tendo sido a favor das restrições ao livre fluxo de capitais no contexto da crise de moedas nos anos 1930 e dos desastres econômicos vividos então pela Grã-Bretanha).
No mesmo compasso, sou totalmente favorável à globalização e à interdependência econômica universal, mas também acredito que não teria sucesso qualquer chamado a uma manifestação a favor da globalização. Esse é, aliás, o aspecto que mais me choca nessas marchas de alternativos contra a globalização e a liberalização comercial: como é que pessoas medianamente educadas, ao menos todas alfabetizadas, algumas até universitárias, conseguem ser contra a universalização do progresso, e defender idéias regressistas e até reacionárias? Acredito que seja uma mistura de ingenuidade com ignorância, de um lado, e de má-fé e de manipulação de sentimentos, por outro, por parte dos órfãos do socialismo e das viúvas do comunismo. Ou seja: coisas absolutamente démodées e ancien régime. Esses jovens estão singularmente mal servidos de professores universitários, o que é uma pena.
Se ouso resumir meu mix ideal de políticas econômicas para o Brasil, minha receita poderia ser esta: liberdade cambial e de movimentos de capitais; juros de mercado (como norma legal, o que deixaria a autoridade monetária sem condições de manipular os juros, e também, portanto, sem poder criar essas bolhas que depois são atribuídas aos mercados livres); conversibilidade da moeda nacional; ausência completa de bancos públicos e de financiadores oficiais para setores que produzem bens de mercado, preservando-se o financiamento público para grandes obras de infraestrutura e alguns (poucos) projetos sociais; pouquíssimas políticas setoriais, limitadas à formação de recursos humanos, pesquisa de ponta (estritamente definida) e, claro, educação universal de boa qualidade; previdência unificada com base em um regime de capitalização (e não de repartição, como atualmente), anulação dos privilégios existentes, sem quaisquer regimes especiais; regulamentação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que até hoje não possui um Conselho de aplicação de penas (a que muitos administradores já deveriam ter sido submetidos); eliminação dos subsídios (remanescentes) à agricultura e ampliação do seguro agrícola; abertura econômica (receptividade aos investimentos estrangeiros) e liberalização comercial, com negociação ampla de acordos de livre comércio, sem reciprocidade exigida de países da América do Sul (com redefinição do Mercosul); retomada da privatização e reforço das agências regulatórias (sobretudo assegurando-se sua independência em relação ao governo); autonomia legal do Banco Central e ampliação do Conselho Monetário para um seleto número de membros não governamentais, escolhidos dentre figuras eminentes do pensamento econômico (mediante prévia aprovação do Senado); desmantelamento de todo e qualquer cartel informal, sobretudo nas telecomunicações.
Finalmente, eu também acabaria com as televisões públicas (as educativas seriam geridas por fundações independentes), com a “Hora do Brasil” e com todo e qualquer gasto governamental em publicidade, extinguindo-se o “ministério da propaganda oficial” e todas as secretarias de comunicação de governos. A economia financeira talvez seja pequena, mas a despoluição comunicativa seria enorme, Como se pode constatar, eu sou um sonhador incurável…
Não que eu seja ingênuo a ponto de acreditar que o Brasil poderia adotar qualquer uma das medidas preconizadas, muito pelo contráriio: o Brasil está a anos-luz de qualquer uma delas, e acho que estou sendo generoso, talvez o certo seria "décadas-luz".
Mas não custa nada sonhar acordado, mesmo se eu corro o risco, se estivéssemos em algum país fundamentalista-econômico, de ser condenado a 100 chibatadas por algum adepto da "sharia" cepaliano-keynesiana que pulula alegremente em nossas universidades e governo.
Em todo caso, aqui vai o artigo por inteiro.
Qual a melhor política econômica para o Brasil?
Instituto Millenium, 27/10/2010
Autor: Paulo Roberto de Almeida
Qual a melhor política econômica para o Brasil?: algumas opções pessoais
A resposta a uma pergunta desse tipo depende, obviamente, da concepção geral de sociedade da qual está impregnado o respondedor. Keynes dizia que sempre somos prisioneiros de algum economista morto, o que não parece ser o meu caso, já que não exerço a disciplina profissionalmente e posso, assim, ostentar uma aparente independência em relação a escolas e tendências econômicas. Não me classifico como liberal em economia, apenas como racionalista, seja lá o que isso queira dizer. A razão é que não acredito que um governo qualquer, no mundo atual, possa se guiar por grandes princípios filosóficos ou concepções completas de sociedade, cabendo-lhe tão somente ser pragmático e tentar resolver os problemas concretos de administração da economia em meio a uma teia de constrangimentos internos e de limitações externas que circundam as (poucas) escolhas possíveis. Numa palavra: difícil ser totalmente livre para implantar um programa completo de reforma social e econômica, quando tantos compromissos foram sendo assumidos ao longo do tempo.
Pessoalmente, tendo vindo do pensamento socialista, manifesto minha atual preferência por um modo liberal de administração econômica, mas tenho plena consciência de que trade-offs têm de ser realizados no contexto concreto das políticas econômicas possíveis. Um caso: acredito que o monopólio de emissão de moeda pelo governo pode ser um custo a mais para a sociedade; mas, como no caso das drogas duras, fica difícil liberalizar essa área na ausência de outras condições que poderiam limitar os imponderáveis da liberalização e da competição entre as drogas (moedas). Acredito, por exemplo, que a taxa de juros de referência deveria deixar de ser fixada pelo governo, passando a ser a de equilíbrio dos mercados, como no caso do câmbio; mas aqui sabemos, também, que os governos intervêm no preço externo da moeda (seja para perseguir objetivos próprios, anti-inflacionários, por exemplo, ou a favor de certos lobbies, como o dos exportadores). Em todo caso, sou a favor de juros livres.
Sou radicalmente a favor do corte (ou melhor, da eliminação) de impostos e, obviamente, da redução radical dos gastos do governo; mas sei que isso teria enormes dificuldades de implementação, dada a rede de programas legais já existentes, que obrigam o estado a ser um gastador compulsivo (tanto consigo mesmo, como com corporações que virtualmente assaltam o estado, como empresários, universitários, juízes e toda sorte de rentistas). Talvez se pudesse começar por eliminar a estabilidade no serviço público. Reconheço, porém, que esse é um passo difícil de ser dado.
Sou contra cartéis, monopólios e políticas setoriais, que aumentam nossas faturas de luz, telefone, internet, crédito ao consumidor, tudo. A regulação estatal deveria ser no sentido da máxima abertura possível; mas mesmo isso é difícil de fazer, seja por pressão dos interesses constituídos, seja pelo problema sempre difícil da transição a outro regime; acredito, porém, que se possa caminhar nessa direção. Se eu disser, publicamente, que pretenderia acabar com BNDES, Banco do Brasil, Petrobras e outras empresas públicas, provavelmente vou ser crucificado em praça pública. Mas ainda assim vou dizer: que essas empresas sejam privatizadas e disputem mercado como quaisquer outras, em um ambiente totalmente aberto à competição. Estou absolutamente seguro de que o Brasil seria um país melhor sem qualquer tipo de dinossauro estatal, por mais produtiva ou “estratégica” que seja a empresa: de fato, isso não existe em economia e a única coisa verdadeiramente estratégica, na vida de uma nação, é a boa educação de todos os seus cidadãos.
Não preciso dizer que sou contra qualquer forma de protecionismo e a favor da maior abertura ao capital estrangeiro, sugestão passível de esquartejamento nas academias e nas praças. Provas existem de que os países mais abertos são, também, os mais prósperos e avançados no plano tecnológico e cultural. Os políticos conspiram contra esse objetivo, mas acredito que se deveria formar uma liga de economistas a favor da liberdade de mercados, como na Inglaterra vitoriana aquela a favor do livre comércio. Desconfio, porém, que não teríamos muitos aderentes, tão forte é a crença nos mitos keynesianos (equivocados, aliás, posto que Keynes era um liberal, tendo sido a favor das restrições ao livre fluxo de capitais no contexto da crise de moedas nos anos 1930 e dos desastres econômicos vividos então pela Grã-Bretanha).
No mesmo compasso, sou totalmente favorável à globalização e à interdependência econômica universal, mas também acredito que não teria sucesso qualquer chamado a uma manifestação a favor da globalização. Esse é, aliás, o aspecto que mais me choca nessas marchas de alternativos contra a globalização e a liberalização comercial: como é que pessoas medianamente educadas, ao menos todas alfabetizadas, algumas até universitárias, conseguem ser contra a universalização do progresso, e defender idéias regressistas e até reacionárias? Acredito que seja uma mistura de ingenuidade com ignorância, de um lado, e de má-fé e de manipulação de sentimentos, por outro, por parte dos órfãos do socialismo e das viúvas do comunismo. Ou seja: coisas absolutamente démodées e ancien régime. Esses jovens estão singularmente mal servidos de professores universitários, o que é uma pena.
Se ouso resumir meu mix ideal de políticas econômicas para o Brasil, minha receita poderia ser esta: liberdade cambial e de movimentos de capitais; juros de mercado (como norma legal, o que deixaria a autoridade monetária sem condições de manipular os juros, e também, portanto, sem poder criar essas bolhas que depois são atribuídas aos mercados livres); conversibilidade da moeda nacional; ausência completa de bancos públicos e de financiadores oficiais para setores que produzem bens de mercado, preservando-se o financiamento público para grandes obras de infraestrutura e alguns (poucos) projetos sociais; pouquíssimas políticas setoriais, limitadas à formação de recursos humanos, pesquisa de ponta (estritamente definida) e, claro, educação universal de boa qualidade; previdência unificada com base em um regime de capitalização (e não de repartição, como atualmente), anulação dos privilégios existentes, sem quaisquer regimes especiais; regulamentação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que até hoje não possui um Conselho de aplicação de penas (a que muitos administradores já deveriam ter sido submetidos); eliminação dos subsídios (remanescentes) à agricultura e ampliação do seguro agrícola; abertura econômica (receptividade aos investimentos estrangeiros) e liberalização comercial, com negociação ampla de acordos de livre comércio, sem reciprocidade exigida de países da América do Sul (com redefinição do Mercosul); retomada da privatização e reforço das agências regulatórias (sobretudo assegurando-se sua independência em relação ao governo); autonomia legal do Banco Central e ampliação do Conselho Monetário para um seleto número de membros não governamentais, escolhidos dentre figuras eminentes do pensamento econômico (mediante prévia aprovação do Senado); desmantelamento de todo e qualquer cartel informal, sobretudo nas telecomunicações.
Finalmente, eu também acabaria com as televisões públicas (as educativas seriam geridas por fundações independentes), com a “Hora do Brasil” e com todo e qualquer gasto governamental em publicidade, extinguindo-se o “ministério da propaganda oficial” e todas as secretarias de comunicação de governos. A economia financeira talvez seja pequena, mas a despoluição comunicativa seria enorme, Como se pode constatar, eu sou um sonhador incurável…
terça-feira, 1 de março de 2011
Volta ao Mundo em 25 Ensaios: Os artigos - Paulo Roberto de Almeida
Reproduzo a seguir as fichas de todos os meus 25 artigos redigidos e publicados ao longo de 2010 sob a rubrica
Volta ao Mundo em 25 Ensaios
no site do Ordem Livre.
Aqui estão todos os meus trabalhos publicados nesse site.
Aqui estão todos os meus ensaios desta série:
2069. “Volta ao mundo em 25 ensaios: Um convite e minha decisão de colaborar com o Ordem Livre”, Paris, 9 dezembro 2009, 2 p. Ensaios programados para o site OrdemLivre.org, a convite de Diogo Costa, durante o ano de 2010. Divulgado no blog DiplomataZ (14.12.2009).
Agora em ordem reversa, ou seja, o último em primeiro lugar. Por isso, quem quiser ler na ordem original, precisa começar por baixo.
2230. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 25, Itinerário percorrido e o que resta fazer”, Brasília, 12 dezembro 2010, 5 p. Ensaio preparado para o OrdemLivre.org, concluindo a série iniciada no final de dezembro e publicada quinzenalmente no site. Ordem Livre (20.12.2010). Postado no blog Diplomatizzando (24.12.2010). Relação de Publicados n. 1010.
2100. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 24. Nossa contribuição para o mundo: onde o Brasil pode ser melhor”, Brasília, 12 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, recomendando que o Brasil coloque primeiro a casa em ordem, antes de tentar ensinar qualquer coisa ao mundo. Publicado em Ordem Livre (06.12.2010). Relação de Publicados n. 1009.
2099. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 23. O que podemos aprender com a experiência dos demais países?”, Brasília, 11 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, comentando os grandes fracassos do desenvolvimento mundial. Revisão em Shanghai, 3 de maio de 2010, 4 p. Publicado em Ordem Livre (22 de novembro de 2010). Relação de Publicados n. 1007.
2096. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 22. Qual a melhor política externa para o Brasil?: algumas preferências pessoais”, Brasília, 10 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, expondo concepções gerais sobre uma diplomacia ideal. Revisão em Shanghai, 3 de maio de 2010, 4 p. Ordem Livre (8 de novembro de 2010). Relação de Publicados n. 1005.
2095. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 21. Qual a melhor política econômica para o Brasil?: algumas opções pessoais”, Brasília, 9 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, manifestando minhas preferências em matéria de políticas econômicas. Revisão em Shanghai, 3 de maio de 2010. Ordem Livre (25 de outubro de 2010). Republicada no site do Instituto Millenium (27.10.2010). Relação de Publicados n. 996.
2094. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 20. Brasil: o que poderíamos ter feito melhor, como sociedade, e não fizemos?”, Brasília, 9 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, destacando minhas escolhas para melhorar socialmente o Brasil. Revisto em Shanghai, em 2 de maio de 2010. Ordem Livre (4 de outubro de 2010). Reproduzido no site do Instituto Millenium (12.10.2010). Relação de Publicados n. 995.
2093. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 19. Distribuição de renda: melhor fazer pelo mercado ou pela ação do Estado?”, Brasília, 9 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, abordando as melhores formas de fazer a renda crescer e de distribuí-la. Revisão em Shanghai, 14.04.2010. Ordem Livre (27 de setembro de 2010). Republicado em Via Política (14.12.2010). Relação de Publicados n. 993.
2092. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 18. Por que o Brasil avança tão pouco: sumário das explicações possíveis”, Brasília, 8 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, discutindo criticamente as razões do baixo crescimento do Brasil. Revisão em Shanghai, 14.04.2010. Ordem Livre (13 de setembro de 2010). Reproduzido no site do Instituto Millenium (21.09.2010). Republicado em Via Política (6.12.2010). Relação de Publicados n. 990.
2091. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 17. Por que a América Latina não decola: alguma explicação plausível?”, Brasília, 8 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, examinando a estagnação e o atraso da região no confronto com as demais. Revisão em Shanghai, 14.04.2010. Publicado em Ordem Livre (30 de agosto de 2010); postado no blog Diplomatizzando (link). Reproduzido em Via Política (29.11.2010) e em Dom Total (9.12.2010). Relação de Publicados n. 988.
2090. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 16. Preeminência, hegemonia, dominação, exploração: realidades ou mitos?”, Brasília, 7 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, encarando o problema das relações entre Estados muito desiguais. Revisão em Shanghai, 14.04.2010. Publicado em Ordem Livre (18/07/2010; link: ). Reproduzido no site do Instituto Millenium (12.09.2010; link: http://www.imil.org.br/artigos/preeminencia-hegemonia-dominacao-exploracao-realidades-ou-mitos/). Republicado em Via Política (22.11.2010; link: http://www.viapolitica.com.br/diplomatizando_view.php?id_diplomatizando=153) e em Dom Total (2.12.2010; link: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artId=1698). Relação de Publicados n. 987.
2089. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 15. Países ou pessoas ricas o são devido a que os pobres são pobres?”, Brasília, 7 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, descartando a explicação simplista da expropriação dos pobres pelos ricos. Revisto em Shanghai, 13.04.2010. Ordem Livre (16.08.2010). Reproduzido no site do Instituto Millenium (6.08.2010; link: http://www.imil.org.br/artigos/paises-ou-pessoas-ricas-o-sao-devido-a-que-os-pobres-sao-pobres/). Republicado em Via Política (21.11.2010; link: http://www.viapolitica.com.br/diplomatizando_view.php?id_diplomatizando=152) e em Dom Total (25.11.2010; link: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artId=1683). Relação de Publicados n. 984.
2088. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 14. Orçamentos públicos devem ser sempre equilibrados?”, Brasília, 6 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, tratando do problema do equilíbrio fiscal e dos déficits orçamentários, com as implicações e limites da dívida pública. Ordem Livre (18/07/2010). http://www.ordemlivre.org/textos/1058/). Reproduzido no site do Instituto Millenium (18.08.2010). Republicado em Via Política (08.11.2010) e em Dom Total (18.11.2010). Relação de Publicados n. 982.
2087. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 13. Competição e monopólios (naturais ou não): como definir e decidir?”, Brasília, 6 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, enfocando a eficiência dos sistemas econômicos pela via da competição e o problema dos monopólios e cartéis. Ordem Livre (5.07.2010). Republicada em Via Política (1.11.2010) e em Dom Total (11.11.2010). Relação de Publicados n. 980.
2085. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 12. Políticas ativas pelos Estados funcionam?; se sim, sob quais condições?”, Brasília, 5 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com consideração das políticas setoriais que costumam distribuir dinheiro para quem já é rico. Ordem Livre (21.06.2010). Reproduzido no site do Instituto Millenium (23.06.2010). Republicado em Via Política (25.10.2010) e em Dom Total (04.11.2010). Relação de Publicados n. 976.
2084. "Volta ao mundo em 25 ensaios: 11. Livre comércio: uma idéia difícil de ser aceita (e, no entanto, tão simples)”, Brasília, 4 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com desmantelamento das teses protecionistas. Ordem Livre (7.06.2010). Reproduzido no site no Instituto Millenium (23.08.2010). Republicado em Via Política (17.10.2010) e em Dom Total (28.10.2010). Relação de Publicados n. 974.
2083. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 10. Como organizar a economia para o maior (e melhor) bem-estar possível”, Brasília, 4 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com cinco regras simples para o crescimento e o desenvolvimento. Ordem Livre (31.05.2010). Reproduzido no site do Instituto Millenium (3.06.2010). Republicado em Via Política (10.10.2010) e em Dom Total (14.10.2010). Refeito em 14.09.2010 para o portal iG de economia, sob o título de “Como assegurar o crescimento sustentável da economia?”; portal de economia do iG (15.09.2010). Relação de Publicados n. 971.
2082. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 9. Duas tradições no campo da filosofia social: liberalismo e marxismo”, Brasília, 4 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com digressões sobre as trajetórias das duas correntes filosóficas e práticas. Ordem Livre (26.04.2010). Reproduzido no site do Instituto Millenium (27.04.2010) e em Via Política (22.08.2010) e em Dom Total (26.08.2010). Relação de Publicados n. 964.
2081. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 8. Individualismo e interesses coletivos: qual a balança exata?”, Brasília, 3 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com considerações sobre direitos individuais e interesses coletivos. Ordem Livre (12.04.2010). Republicado em Via Política (10.08.2010) e, sob o título de “Volta ao mundo em 25 ensaios”, em Dom Total (12.08.2010). Relação de Publicados n. 961.
2080. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 7. Guerra e paz no contexto internacional: progressos em vista?”, Brasília, 1 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com reflexões sobre conflitos nas sociedades humanas. Ordem Livre (29.03.2010). Relação de Publicados n. 958.
2076. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 6. Cooperação internacional e desenvolvimento: isso muda o mundo?”, Brasília, 27 dezembro 2009, 3 p. Sexto ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da cooperação internacional e sua relativa irrelevância para fins de desenvolvimento. Ordem Livre (17.05.2010). Revisto e ampliado, sob o título de “A falência da assistência oficial ao desenvolvimento” (Shanghai, 3 maio 2010, 5 p.; n. 2138), para publicação no portal de economia do IG; Publicado, como “Falência da assistência ao desenvolvimento”, em 10.05.2010). Relação de Publicados n. 966.
2075. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 5. Políticas econômicas nacionais: divergências e convergências”, Brasília, 26 dezembro 2009, 3 p. Quinto ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da aproximação e gradual convergência das políticas públicas nacionais no contexto da globalização. Ordem Livre (15.03.2010). Revisto e ampliado, sob o título de “As políticas econômicas nacionais estão finalmente convergindo?”, e n. 2131, para publicação no portal de economia do IG; Publicado, como “Políticas econômicas nacionais estão convergindo?”, em 13.04.2010. Relação de Publicados n. 955 e 962.
2074. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 4. Direitos humanos: o quanto se fez, o quanto ainda resta por fazer”, Brasília, 26 dezembro 2009, 3 p. Quarto ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da evolução dos direitos humanos no plano mundial e das dificuldades de garanti-los. Publicado Ordem Livre (15.02.2010); no site do Instituto Millenium (18.02.2010). Revisto e publicado sob o título de “Caminhos tortos dos direitos humanos: dá para endireitar o mundo?” em Via Política (20.06.2010). Relação de Publicados n. 953.
2073. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 3. Política internacional: por que não temos paz e segurança?”, Brasília, 25 dezembro 2009, 3 p. Terceiro ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da evolução da política mundial e dos problemas de paz e segurança. Publicado em Ordem Livre (1.03.2010). Reproduzido no jornal português O País online: a verdade como noticia (Terça, 16 Março 2010). Revisto e publicado sob o título de “Paz e guerra no contexto internacional: um mundo pacífico ainda está longe” em Via Política (14.06.2010). Relação de Publicados n. 954.
2072. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 2. Economia mundial: de onde viemos, para onde vamos?”, Brasília, 25 dezembro 2009, 3 p. Segundo ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da evolução da economia mundial e de suas características mais marcantes. Publicado em Ordem Livre (1.02.2010). Republicado no Instituto Millenium (5.02.2010). Revisto e publicado sob o título de “O longo percurso da economia mundial: divergências e convergências” em Via Política (7.06.2010). Relação de Publicados n. 951.
2071. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 1. Por que o mundo é como é (e como ele poderia ser melhor...)”, Brasília, 23 dezembro 2009, 4 p. Primeiro ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da diversidade do mundo e da baixa produtividade do trabalho acarretada por sociedades fechadas e sem educação. Ordem Livre (18.01.2010). Novo título em Shanghai, em 22.05.2010, como “O mundo real e o mundo como ele poderia ser...”, para Via Politica (31.05.2010). Relação de Publicados n. 947.
Volta ao Mundo em 25 Ensaios
no site do Ordem Livre.
Aqui estão todos os meus trabalhos publicados nesse site.
Aqui estão todos os meus ensaios desta série:
2069. “Volta ao mundo em 25 ensaios: Um convite e minha decisão de colaborar com o Ordem Livre”, Paris, 9 dezembro 2009, 2 p. Ensaios programados para o site OrdemLivre.org, a convite de Diogo Costa, durante o ano de 2010. Divulgado no blog DiplomataZ (14.12.2009).
Agora em ordem reversa, ou seja, o último em primeiro lugar. Por isso, quem quiser ler na ordem original, precisa começar por baixo.
2230. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 25, Itinerário percorrido e o que resta fazer”, Brasília, 12 dezembro 2010, 5 p. Ensaio preparado para o OrdemLivre.org, concluindo a série iniciada no final de dezembro e publicada quinzenalmente no site. Ordem Livre (20.12.2010). Postado no blog Diplomatizzando (24.12.2010). Relação de Publicados n. 1010.
2100. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 24. Nossa contribuição para o mundo: onde o Brasil pode ser melhor”, Brasília, 12 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, recomendando que o Brasil coloque primeiro a casa em ordem, antes de tentar ensinar qualquer coisa ao mundo. Publicado em Ordem Livre (06.12.2010). Relação de Publicados n. 1009.
2099. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 23. O que podemos aprender com a experiência dos demais países?”, Brasília, 11 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, comentando os grandes fracassos do desenvolvimento mundial. Revisão em Shanghai, 3 de maio de 2010, 4 p. Publicado em Ordem Livre (22 de novembro de 2010). Relação de Publicados n. 1007.
2096. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 22. Qual a melhor política externa para o Brasil?: algumas preferências pessoais”, Brasília, 10 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, expondo concepções gerais sobre uma diplomacia ideal. Revisão em Shanghai, 3 de maio de 2010, 4 p. Ordem Livre (8 de novembro de 2010). Relação de Publicados n. 1005.
2095. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 21. Qual a melhor política econômica para o Brasil?: algumas opções pessoais”, Brasília, 9 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, manifestando minhas preferências em matéria de políticas econômicas. Revisão em Shanghai, 3 de maio de 2010. Ordem Livre (25 de outubro de 2010). Republicada no site do Instituto Millenium (27.10.2010). Relação de Publicados n. 996.
2094. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 20. Brasil: o que poderíamos ter feito melhor, como sociedade, e não fizemos?”, Brasília, 9 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, destacando minhas escolhas para melhorar socialmente o Brasil. Revisto em Shanghai, em 2 de maio de 2010. Ordem Livre (4 de outubro de 2010). Reproduzido no site do Instituto Millenium (12.10.2010). Relação de Publicados n. 995.
2093. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 19. Distribuição de renda: melhor fazer pelo mercado ou pela ação do Estado?”, Brasília, 9 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, abordando as melhores formas de fazer a renda crescer e de distribuí-la. Revisão em Shanghai, 14.04.2010. Ordem Livre (27 de setembro de 2010). Republicado em Via Política (14.12.2010). Relação de Publicados n. 993.
2092. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 18. Por que o Brasil avança tão pouco: sumário das explicações possíveis”, Brasília, 8 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, discutindo criticamente as razões do baixo crescimento do Brasil. Revisão em Shanghai, 14.04.2010. Ordem Livre (13 de setembro de 2010). Reproduzido no site do Instituto Millenium (21.09.2010). Republicado em Via Política (6.12.2010). Relação de Publicados n. 990.
2091. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 17. Por que a América Latina não decola: alguma explicação plausível?”, Brasília, 8 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, examinando a estagnação e o atraso da região no confronto com as demais. Revisão em Shanghai, 14.04.2010. Publicado em Ordem Livre (30 de agosto de 2010); postado no blog Diplomatizzando (link). Reproduzido em Via Política (29.11.2010) e em Dom Total (9.12.2010). Relação de Publicados n. 988.
2090. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 16. Preeminência, hegemonia, dominação, exploração: realidades ou mitos?”, Brasília, 7 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, encarando o problema das relações entre Estados muito desiguais. Revisão em Shanghai, 14.04.2010. Publicado em Ordem Livre (18/07/2010; link: ). Reproduzido no site do Instituto Millenium (12.09.2010; link: http://www.imil.org.br/artigos/preeminencia-hegemonia-dominacao-exploracao-realidades-ou-mitos/). Republicado em Via Política (22.11.2010; link: http://www.viapolitica.com.br/diplomatizando_view.php?id_diplomatizando=153) e em Dom Total (2.12.2010; link: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artId=1698). Relação de Publicados n. 987.
2089. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 15. Países ou pessoas ricas o são devido a que os pobres são pobres?”, Brasília, 7 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, descartando a explicação simplista da expropriação dos pobres pelos ricos. Revisto em Shanghai, 13.04.2010. Ordem Livre (16.08.2010). Reproduzido no site do Instituto Millenium (6.08.2010; link: http://www.imil.org.br/artigos/paises-ou-pessoas-ricas-o-sao-devido-a-que-os-pobres-sao-pobres/). Republicado em Via Política (21.11.2010; link: http://www.viapolitica.com.br/diplomatizando_view.php?id_diplomatizando=152) e em Dom Total (25.11.2010; link: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artId=1683). Relação de Publicados n. 984.
2088. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 14. Orçamentos públicos devem ser sempre equilibrados?”, Brasília, 6 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, tratando do problema do equilíbrio fiscal e dos déficits orçamentários, com as implicações e limites da dívida pública. Ordem Livre (18/07/2010). http://www.ordemlivre.org/textos/1058/). Reproduzido no site do Instituto Millenium (18.08.2010). Republicado em Via Política (08.11.2010) e em Dom Total (18.11.2010). Relação de Publicados n. 982.
2087. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 13. Competição e monopólios (naturais ou não): como definir e decidir?”, Brasília, 6 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, enfocando a eficiência dos sistemas econômicos pela via da competição e o problema dos monopólios e cartéis. Ordem Livre (5.07.2010). Republicada em Via Política (1.11.2010) e em Dom Total (11.11.2010). Relação de Publicados n. 980.
2085. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 12. Políticas ativas pelos Estados funcionam?; se sim, sob quais condições?”, Brasília, 5 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com consideração das políticas setoriais que costumam distribuir dinheiro para quem já é rico. Ordem Livre (21.06.2010). Reproduzido no site do Instituto Millenium (23.06.2010). Republicado em Via Política (25.10.2010) e em Dom Total (04.11.2010). Relação de Publicados n. 976.
2084. "Volta ao mundo em 25 ensaios: 11. Livre comércio: uma idéia difícil de ser aceita (e, no entanto, tão simples)”, Brasília, 4 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com desmantelamento das teses protecionistas. Ordem Livre (7.06.2010). Reproduzido no site no Instituto Millenium (23.08.2010). Republicado em Via Política (17.10.2010) e em Dom Total (28.10.2010). Relação de Publicados n. 974.
2083. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 10. Como organizar a economia para o maior (e melhor) bem-estar possível”, Brasília, 4 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com cinco regras simples para o crescimento e o desenvolvimento. Ordem Livre (31.05.2010). Reproduzido no site do Instituto Millenium (3.06.2010). Republicado em Via Política (10.10.2010) e em Dom Total (14.10.2010). Refeito em 14.09.2010 para o portal iG de economia, sob o título de “Como assegurar o crescimento sustentável da economia?”; portal de economia do iG (15.09.2010). Relação de Publicados n. 971.
2082. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 9. Duas tradições no campo da filosofia social: liberalismo e marxismo”, Brasília, 4 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com digressões sobre as trajetórias das duas correntes filosóficas e práticas. Ordem Livre (26.04.2010). Reproduzido no site do Instituto Millenium (27.04.2010) e em Via Política (22.08.2010) e em Dom Total (26.08.2010). Relação de Publicados n. 964.
2081. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 8. Individualismo e interesses coletivos: qual a balança exata?”, Brasília, 3 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com considerações sobre direitos individuais e interesses coletivos. Ordem Livre (12.04.2010). Republicado em Via Política (10.08.2010) e, sob o título de “Volta ao mundo em 25 ensaios”, em Dom Total (12.08.2010). Relação de Publicados n. 961.
2080. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 7. Guerra e paz no contexto internacional: progressos em vista?”, Brasília, 1 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com reflexões sobre conflitos nas sociedades humanas. Ordem Livre (29.03.2010). Relação de Publicados n. 958.
2076. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 6. Cooperação internacional e desenvolvimento: isso muda o mundo?”, Brasília, 27 dezembro 2009, 3 p. Sexto ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da cooperação internacional e sua relativa irrelevância para fins de desenvolvimento. Ordem Livre (17.05.2010). Revisto e ampliado, sob o título de “A falência da assistência oficial ao desenvolvimento” (Shanghai, 3 maio 2010, 5 p.; n. 2138), para publicação no portal de economia do IG; Publicado, como “Falência da assistência ao desenvolvimento”, em 10.05.2010). Relação de Publicados n. 966.
2075. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 5. Políticas econômicas nacionais: divergências e convergências”, Brasília, 26 dezembro 2009, 3 p. Quinto ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da aproximação e gradual convergência das políticas públicas nacionais no contexto da globalização. Ordem Livre (15.03.2010). Revisto e ampliado, sob o título de “As políticas econômicas nacionais estão finalmente convergindo?”, e n. 2131, para publicação no portal de economia do IG; Publicado, como “Políticas econômicas nacionais estão convergindo?”, em 13.04.2010. Relação de Publicados n. 955 e 962.
2074. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 4. Direitos humanos: o quanto se fez, o quanto ainda resta por fazer”, Brasília, 26 dezembro 2009, 3 p. Quarto ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da evolução dos direitos humanos no plano mundial e das dificuldades de garanti-los. Publicado Ordem Livre (15.02.2010); no site do Instituto Millenium (18.02.2010). Revisto e publicado sob o título de “Caminhos tortos dos direitos humanos: dá para endireitar o mundo?” em Via Política (20.06.2010). Relação de Publicados n. 953.
2073. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 3. Política internacional: por que não temos paz e segurança?”, Brasília, 25 dezembro 2009, 3 p. Terceiro ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da evolução da política mundial e dos problemas de paz e segurança. Publicado em Ordem Livre (1.03.2010). Reproduzido no jornal português O País online: a verdade como noticia (Terça, 16 Março 2010). Revisto e publicado sob o título de “Paz e guerra no contexto internacional: um mundo pacífico ainda está longe” em Via Política (14.06.2010). Relação de Publicados n. 954.
2072. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 2. Economia mundial: de onde viemos, para onde vamos?”, Brasília, 25 dezembro 2009, 3 p. Segundo ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da evolução da economia mundial e de suas características mais marcantes. Publicado em Ordem Livre (1.02.2010). Republicado no Instituto Millenium (5.02.2010). Revisto e publicado sob o título de “O longo percurso da economia mundial: divergências e convergências” em Via Política (7.06.2010). Relação de Publicados n. 951.
2071. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 1. Por que o mundo é como é (e como ele poderia ser melhor...)”, Brasília, 23 dezembro 2009, 4 p. Primeiro ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da diversidade do mundo e da baixa produtividade do trabalho acarretada por sociedades fechadas e sem educação. Ordem Livre (18.01.2010). Novo título em Shanghai, em 22.05.2010, como “O mundo real e o mundo como ele poderia ser...”, para Via Politica (31.05.2010). Relação de Publicados n. 947.
Volta ao Mundo em 25 Ensaios: Missao Cumprida - Paulo Roberto de Almeida
Reproduzo aqui um post de 14 de dezembro de 2009, escrito em Paris, que é autoexplicativo.
No post seguinte, vou reproduzir os trabalhos escritos sob essa rubrica.
Uma lista de possiveis trabalhos em 2010
Volta ao mundo em 25 ensaios:
Um convite e minha decisão de colaborar com o Ordem Livre
Paulo Roberto de Almeida
Ensaios programados para o site OrdemLivre.org
Meu amigo e colega “filosófico” Diogo Costa () formulou-me um convite, aparentemente irrecusável, para que eu mantenha um espaço quinzenal de 600 a 800 palavras no site Ordem Livre (OrdemLivre.org) durante o ano de 2010, onde eu passaria a ter a oportunidade de compartilhar com um público mais vasto idéias sobre a política internacional e a brasileira.
Suas diretrizes, formuladas em 7 de dezembro de 2009, foram: “1) O texto deve promover pelo menos um desses princípios: A) Liberdade individual, B) Livre mercado, C) Governo limitado, D) Paz; 2) Deve-se contestar argumentos, não intenções; atacar e defender idéias, não pessoas ou grupos”. Estas foram as condições e recomendações formuladas, o que achei absolutamente pertinente e cabível para um espaço público liberal e democrático como o site Ordem Livre.
Com base nessas explicações claras, decidi aceitar o convite, tendo plena consciência (o que representa um esforço extraordinário de síntese e concisão) de que os meus textos não podem ultrapassar o tamanho ideal de duas páginas, no máximo pouco mais de duas páginas, o que é um desafio enorme para mim. Em todo caso, trata-se de um exercício de redução de meus textos ao que deveria ser o tamanho ideal: escapar da verborragia grandiloqüente (muitas vezes inútil) dos ensaios acadêmicos “normais” para tentar encontrar um público mais vasto, que a rigor não tem tempo, nem disposição, para enfrentar longas digressões “intelectualóides”. Decidido, portanto, convite aceito, partida acionada.
Os temas focados seriam os de economia mundial e brasileira, a política internacional e a brasileira, com um formato ideal consistindo de: (a) exposição inicial de uma questão determinada; (b) situação atual ou tratamento dado ao problema no Brasil ou no mundo; (c) como melhor resolver essa questão ou problema pela aplicação dos princípios liberais e de livre mercado. Ou seja, o ideal seria definir um formato consistindo de: 1. exposição inicial ; 2. debate ou discussão das opções em jogo; 3. conclusões “lógicas”, permitindo, idealmente, “esgotar” um determinado assunto em pouco mais de duas páginas, no máximo.
Com base no que precede, decidi estabelecer um planejamento editorial tentativo que contemplaria (de modo não limitativo) os 25 ensaios seguintes:
1. Por que o mundo é como é (e como ele poderia ser melhor...)
2. Economia mundial: de onde viemos, para onde vamos?
3. Política internacional: por que não temos paz e segurança?
4. Direitos humanos: o quanto se fez, o quanto ainda resta por fazer
5. Políticas econômicas nacionais: divergências e convergências
6. Cooperação internacional e desenvolvimento: isso muda o mundo?
7. Guerra e paz no contexto internacional: progressos em vista?
8. Individualismo e interesses coletivos: qual a balança exata?
9. Duas tradições no campo da filosofia social: liberalismo e marxismo
10. Como organizar a economia para o maior (e melhor) bem-estar possível
11. Livre comércio: uma idéia difícil de ser aceita (e, no entanto, tão simples)
12. Políticas ativas pelos Estados funcionam?; se sim, sob quais condições?
13. Competição e monopólios (naturais ou não): como definir e decidir?
14. Orçamentos públicos devem ser sempre equilibrados?
15. Países ou pessoas ricas o são devido a que os pobres são pobres?
16. Preeminência, hegemonia, dominação, exploração: realidades ou mitos?
17. Por que a América Latina não decola: alguma explicação plausível?
18. Por que o Brasil avança tão pouco: sumário das explicações possíveis
19. Distribuição de renda: melhor fazer pelo mercado ou pela ação do Estado?
20. Brasil: o que poderíamos ter feito melhor, como sociedade, e não fizemos?
21. Qual a melhor política econômica para o Brasil?: algumas opções pessoais
22. Qual a melhor política externa para o Brasil?: algumas preferências pessoais
23. O que podemos aprender com a experiência dos demais países?
24. Nossa contribuição para o mundo: onde o Brasil pode ser melhor
25. Uma volta ao mundo em 25 ensaios: itinerário percorrido e o que resta fazer
Decisão tomada, planejamento feito, só me cabe dar a partida ao processo. Prazo: um ano; depois fechamento do projeto e um balanço pessoal do percurso.
Paris, 9 de dezembro de 2009.
==============
Addendum em Abril de 2010:
Apenas como informação, terminei todos os trabalhos, menos o último, que pretendo fazer mais adiante, entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010. Eles serão publicados progressivamente ao longo de 2010, sendo que eu terei oportunidade de revisar e corrigir alguma coisa no meio do caminho...
Paulo Roberto de Almeida
Shanghai China
No post seguinte, vou reproduzir os trabalhos escritos sob essa rubrica.
Uma lista de possiveis trabalhos em 2010
Volta ao mundo em 25 ensaios:
Um convite e minha decisão de colaborar com o Ordem Livre
Paulo Roberto de Almeida
Ensaios programados para o site OrdemLivre.org
Meu amigo e colega “filosófico” Diogo Costa () formulou-me um convite, aparentemente irrecusável, para que eu mantenha um espaço quinzenal de 600 a 800 palavras no site Ordem Livre (OrdemLivre.org) durante o ano de 2010, onde eu passaria a ter a oportunidade de compartilhar com um público mais vasto idéias sobre a política internacional e a brasileira.
Suas diretrizes, formuladas em 7 de dezembro de 2009, foram: “1) O texto deve promover pelo menos um desses princípios: A) Liberdade individual, B) Livre mercado, C) Governo limitado, D) Paz; 2) Deve-se contestar argumentos, não intenções; atacar e defender idéias, não pessoas ou grupos”. Estas foram as condições e recomendações formuladas, o que achei absolutamente pertinente e cabível para um espaço público liberal e democrático como o site Ordem Livre.
Com base nessas explicações claras, decidi aceitar o convite, tendo plena consciência (o que representa um esforço extraordinário de síntese e concisão) de que os meus textos não podem ultrapassar o tamanho ideal de duas páginas, no máximo pouco mais de duas páginas, o que é um desafio enorme para mim. Em todo caso, trata-se de um exercício de redução de meus textos ao que deveria ser o tamanho ideal: escapar da verborragia grandiloqüente (muitas vezes inútil) dos ensaios acadêmicos “normais” para tentar encontrar um público mais vasto, que a rigor não tem tempo, nem disposição, para enfrentar longas digressões “intelectualóides”. Decidido, portanto, convite aceito, partida acionada.
Os temas focados seriam os de economia mundial e brasileira, a política internacional e a brasileira, com um formato ideal consistindo de: (a) exposição inicial de uma questão determinada; (b) situação atual ou tratamento dado ao problema no Brasil ou no mundo; (c) como melhor resolver essa questão ou problema pela aplicação dos princípios liberais e de livre mercado. Ou seja, o ideal seria definir um formato consistindo de: 1. exposição inicial ; 2. debate ou discussão das opções em jogo; 3. conclusões “lógicas”, permitindo, idealmente, “esgotar” um determinado assunto em pouco mais de duas páginas, no máximo.
Com base no que precede, decidi estabelecer um planejamento editorial tentativo que contemplaria (de modo não limitativo) os 25 ensaios seguintes:
1. Por que o mundo é como é (e como ele poderia ser melhor...)
2. Economia mundial: de onde viemos, para onde vamos?
3. Política internacional: por que não temos paz e segurança?
4. Direitos humanos: o quanto se fez, o quanto ainda resta por fazer
5. Políticas econômicas nacionais: divergências e convergências
6. Cooperação internacional e desenvolvimento: isso muda o mundo?
7. Guerra e paz no contexto internacional: progressos em vista?
8. Individualismo e interesses coletivos: qual a balança exata?
9. Duas tradições no campo da filosofia social: liberalismo e marxismo
10. Como organizar a economia para o maior (e melhor) bem-estar possível
11. Livre comércio: uma idéia difícil de ser aceita (e, no entanto, tão simples)
12. Políticas ativas pelos Estados funcionam?; se sim, sob quais condições?
13. Competição e monopólios (naturais ou não): como definir e decidir?
14. Orçamentos públicos devem ser sempre equilibrados?
15. Países ou pessoas ricas o são devido a que os pobres são pobres?
16. Preeminência, hegemonia, dominação, exploração: realidades ou mitos?
17. Por que a América Latina não decola: alguma explicação plausível?
18. Por que o Brasil avança tão pouco: sumário das explicações possíveis
19. Distribuição de renda: melhor fazer pelo mercado ou pela ação do Estado?
20. Brasil: o que poderíamos ter feito melhor, como sociedade, e não fizemos?
21. Qual a melhor política econômica para o Brasil?: algumas opções pessoais
22. Qual a melhor política externa para o Brasil?: algumas preferências pessoais
23. O que podemos aprender com a experiência dos demais países?
24. Nossa contribuição para o mundo: onde o Brasil pode ser melhor
25. Uma volta ao mundo em 25 ensaios: itinerário percorrido e o que resta fazer
Decisão tomada, planejamento feito, só me cabe dar a partida ao processo. Prazo: um ano; depois fechamento do projeto e um balanço pessoal do percurso.
Paris, 9 de dezembro de 2009.
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Addendum em Abril de 2010:
Apenas como informação, terminei todos os trabalhos, menos o último, que pretendo fazer mais adiante, entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010. Eles serão publicados progressivamente ao longo de 2010, sendo que eu terei oportunidade de revisar e corrigir alguma coisa no meio do caminho...
Paulo Roberto de Almeida
Shanghai China
A Guerra Fria Econômica: o que vem agora? - Paulo Roberto de Almeida
O mais recente artigo publicado, versão revista e ampliada de artigo anterior.
A Guerra Fria Econômica: o que vem agora?
Paulo Roberto de Almeida
Especial para o iG, 28/02/2011 19:17
Estamos em algum ponto entre 1931 e 1933, ainda no meio de uma recessão, mas não numa depressão
Da velha Guerra Fria política à nova Guerra Fria Econômica
A Guerra Fria geopolítica está encerrada definitivamente, ao que parece. A despeito de tensões políticas “normais” e fricções comerciais entre as grandes potências, não existem mais concepções totalmente opostas sobre como organizar o mundo, economicamente ou politicamente. Ninguém mais está dizendo algo semelhante a “nós vamos enterrar vocês”, como ocorreu no passado com um líder soviético. Daniel Bell, recentemente falecido, já tinha antecipado, desde meados dos anos 1950, o “fim das ideologias”, julgamento de certa medida confirmado por Francis Fukuyama. Mas, no que depender de gente como Eric Hobsbawm, e de inocentes úteis desse tipo, as ideologias ainda têm um brilhante futuro pela frente...
O que estamos assistindo agora, na verdade, é uma Guerra Fria econômica, ou algo próximo disso. De fato, não parece haver nada capaz de provocar uma confrontação em grande escala entre as maiores potências. O que temos, na presente conjuntura, são fricções comerciais e desalinhamentos monetários, num cenário de ajustes pós-crise. Existem disputas políticas sobre como as políticas econômicas nacionais devem levar em consideração seus impactos sobre a situação econômica de outros países. Como Mark Twain poderia ter argumentado, os rumores sobre uma guerra cambial global são grandemente exagerados. É certo que ainda não superamos totalmente a presente crise financeira; mas ela é apenas uma, dentre muitas outras, que afetam mercados dinâmicos de forma recorrente desde o começo do capitalismo. Profetas da crise final do capitalismo e outros utopistas do gênero vão novamente se sentir frustrados dentro de alguns meses (sem reconhecer o fato, claro).
Existem muitas concepções errôneas sobre as origens e o desenvolvimento da crise atual, várias delas propagadas pelos mesmos utopistas conhecidos. Não é exatamente verdade que esta crise tenha sido provocada pela desregulação dos mercados financeiros, ainda que a regulação flexível, ou mal implementada, possa ter facilitado a expansão de várias bolhas nos mercados. O maior responsável pela bolha que provocou o desastre, porém, foram as baixas taxas de juros definidas pelos bancos centrais, a começar pelo Federal Reserve, durante um período muito longo. Da mesma maneira, mas talvez por meios e instrumentos um pouco diferentes, que os velhos Lords of Finance dos anos 1920 criaram as condições que levaram à crise de 1929 e à depressão dos anos 1930, pela sua ação ou inação, a presente crise é o resultado de políticas inadequadas dos novos Lords of Finance (ver o livro de Liaquat Ahamed, Lords of Finance: the Bankers who Broke the World; New York: Penguin, 2009; traduzido e publicado no Brasil como “Os Donos do Dinheiro”, pela Campus; mas eu recomendo comprar o original na Abebooks.com; mesmo pagando frete, certamente vai sair bem mais barato do que no Brasil, pois tudo, ou quase, no Brasil é mais caro).
Um novo Bretton-Woods?: esqueçam!
Tampouco é verdade que a crise atual, ou as crises – já que são várias, interconectadas – são suficientemente severas para justificar o programa, que muitos recomendam, de um novo Bretton Woods, ou seja, um redesenho completo das relações econômicas mundiais, com a restruturação das organizações existentes. Menções a uma nova arquitetura financeira internacional, ou mesmo de redistribuição do poder econômico mundial, estão em contradição com as realidades mais prosaicas dos nossos dias. Comentaristas superficiais gostam de recorrer a grandes analogias históricas – que em geral são falsas – para falar dos eventos correntes, mas o fato é que não estamos vivenciando nenhum grande ajuste posterior a alguma crise de proporções monumentais, como gostariam alguns. Vivemos, é certo, uma transição, mas não uma revolução, qualquer que seja o sentido que possamos dar a esses conceitos. Vejamos os precedentes.
Não estamos em face de um reordenamento radical e completo da ordem mundial, após algum evento cataclísmico, afetando todos e cada um dos grandes atores da cena internacional, ou mesmo regional. Não estamos em Vesfália, em 1648; não estamos em Viena em 1815; tampouco estamos em Paris ou Versalhes, em 1919, sequer em Bretton Woods em 1944, e muito menos em São Francisco, em 1945. Definitivamente, não estamos em nenhum momento de refundação fundamental da ordem política e econômica internacional. Simplesmente estamos, atualmente, no meio de algo semelhante aos anos 1930, tentando administrar uma grande crise por meio de respostas nacionais, cada uma delas adaptada a circunstâncias específicas de cada país, e desvinculada dos maiores desastres afetando os demais e cada um dos países envolvidos no processo.
Para ser mais preciso, estamos em algum ponto entre 1931 e 1933, ainda no meio de uma recessão, mas não numa depressão. O nível de desemprego não é tão alto quanto em 1933, e está provavelmente alinhado com os padrões dos nossos dias. Os fluxos comerciais e financeiros não foram tão desestruturados quanto nos anos 1930, ainda que a liberalização econômica tenha regredido: apenas revertemos a uma versão light do protecionismo comercial dos velhos tempos, mas sem cotas ou restrições quantitativas ao velho estilo.
Não é uma revolução econômica, apenas uma evolução natural...
Esta nova Guerra Fria Econômica emerge a partir de mudanças estruturais na economia mundial, já em curso desde os anos 1980, quando a China começou a flexionar os seus músculos novamente. Ao mesmo tempo, os países em desenvolvimento deixaram de implementar projetos nacionais, introvertidos, de desenvolvimento nacional e abriram-se aos investimentos estrangeiros. Desde então, o a economia mundial foi transformada irreversivelmente, embora gradualmente.
Mas nem tudo, obviamente, mudou. As principais instituições de tomada de decisões ainda continuam a ser o que sempre foram, com a mesma distribuição dos direitos de voto. O FMI e o Banco Mundial estão no meio de seus labores para definir uma nova repartição de votos, tendo já operado algumas acomodações. Os votos coletivos da China, da Índia e do Brasil é 20% menor do que os da Bélgica, dos Países Baixos e da Itália, a despeito do fato que o PIB conjunto do primeiros países é quatro vezes maior do que aquele de seus contrapartes europeus; eles têm uma população 29 vezes maior. Estas são algumas das razões para uma nova Guerra Fria econômica.
Como administrar estas novas realidades no terreno econômico, dispondo das mesmas alavancas políticas e das mesmas velhas estruturas de tomada de decisão como nos processos do passado? Esta é uma questão complicada, sem uma resposta clara ao dilema. Administrar a economia mundial é uma pretensão que mesmo o velho G7 nunca conseguiu alcançar nos seus tempos gloriosos. Os países desenvolvidos controlavam então uma grande proporção do PIB mundial e dos fluxos comerciais e financeiros. Mas eles nunca foram capazes de coordenar suas políticas macroeconômicas entre eles mesmos; menos ainda se poderia esperar que eles estabelecessem regras e metas para o resto do mundo.
Atualmente, com uma penosa queda nas economias avançadas, parece difícil visualizar o que poderia ser feito para restaurar o crescimento a partir de níveis próximos da estagnação em várias economias europeias. Além dos problemas cíclicos afetando as grandes economias (com as exceções da China, da Índia e de alguns outros países), existem vários desafios globais à frente, entre eles o da pobreza nos países menos avançados, e grandes decisões a serem tomadas em relação a questões ambientais, a violações dos direitos humanos em países não democráticos, e vários outros temas relevantes.
Uma estratégia singular poderia ser a definição de apenas uma grande meta global para a comunidade mundial: teria de ser a promoção do desenvolvimento global, não exatamente através da assistência (ou a tradicional Ajuda Oficial ao Desenvolvimento), mas prioritariamente através de uma real liberalização comercial, especialmente no setor agrícola, a única possibilidade efetiva para que os países menos avançados possam ser integrados à economia mundial. Os Estados Unidos e a União Europeia possuem, evidentemente, a maior responsabilidade nesse terreno.
É altamente improvável que propostas consensuais relativas ao desenvolvimento global possam emergir de um fórum tão amplo quanto o G20 financeiro, muito heterogêneo para ser capaz de alcançar posições comuns. Talvez fosse mais indicado lograr uma evolução informal do atual G8 para um novo G13, interrompendo o ciclo do atual G20 (o que talvez já seja difícil de se obter). Isso representaria agregar aos atuais membros do G8 outras cinco grandes economias, nomeadamente Brasil, China, Índia, África do Sul, e ou Indonésia ou México. A experiência demonstra que pequenos grupos informais estão mais próximos de se entenderam sobre ações concretas do que grandes órgãos institucionalizados que acabam dominados pela lerdeza burocrática e desentendimentos políticos.
O que vem pela frente? Seria o G20 efetivo? Melhor um G13...
O que deve ser feito? O maior problema nessa modalidade organizacional de se ter um G20 diminuído seria o de como adquirir a legitimidade implícita ao ato de falar para toda a comunidade mundial partindo de um fórum de apenas 13 países. Para resolver essa limitação se necessitaria de um grau de confiança política entre os líderes desses 13 países, definindo um terreno de entendimentos recíprocos entre eles que teria de ser compatível com a função de representação mais ampla que eles pretenderiam assumir em nome de toda a comunidade de nações.
Encontrar terrenos comuns é uma tarefa dura de ser alcançada no estado atual das relações internacionais, caracterizada, como já se sublinhou, por uma guerra fria econômica típica das fases de transição. Parece ser bastante difícil de se lograr uma coordenação perfeita das agendas dos grandes países avançados e das economias emergentes e, mais ainda, entre eles todos e os demais membros das organizações internacionais que eles pretenderiam “substituir”. O mundo não é, simplesmente, tão globalizado como se requereria para alcançar esse tipo de interação. Disparidades de interesses, diferenças entre níveis de desenvolvimento, desequilíbrios entre os países, vários fatores se combinam para tornar praticamente impossível um exercício de coordenação desse tipo.
Uma proposta mais modesta poderia ser se obter uma interação mais frequente – uma vez ao ano – entre os líderes desse novo G13. Sherpas especialmente designados, encontrando-se duas vezes ao ano, poderiam ser mobiliados para discutir questões comerciais, assuntos ambientais, a proteção dos direitos humanos em países apresentando conflitos, missões de peace-keeping das Nações Unidas e outros temas do gênero, dotados de mandatos específicos de seus líderes políticos. Mas não se deve esperar pela ONU para organizar esse tipo de agenda. Já é difícil implementar qualquer coisa através da ONU, um órgão muito burocrático e passavelmente caótico. Melhor realizar a coordenação de agendas através das três mais importantes agências para a globalização contemporânea: o FMI, o Banco Mundial e a OMC.
A tarefa principal dos “novos sherpas” seria a de assegurar a coordenação econômica internacional em torno dos temas mais relevantes para a comunidade global. Uma sugestão possível seria tentar estabelecer um “global new deal”, um novo pacto mundial, intercambiando uma proteção extensiva aos investimentos e à riqueza proprietária (patentes e coisas do gênero), assim como outras condições apropriadas para o desenvolvimento da atividade produtiva no plano microeconômico, do lado dos países em desenvolvimento (ou recebedores de IDE), contra práticas de licenciamento extensivo e investimentos efetivos e liberalização comercial da parte dos países ricos e dos investidores privados. Esse tipo de pacto, ao ampliar os direitos proprietários para os ricos, poderia resultar no fortalecimento dos fluxos de investimentos financeiros e de comércio para os pobres, dando um grande impulso à globalização.
A assistência tradicional ao desenvolvimento, por ineficiente, deveria ser substituída, essencialmente, por um novo foco nas melhorias educacionais graduais, ou seja, um extenso programa para a qualificação de recursos humanos. A assistência, enquanto tal, deveria ser limitada à implementação de um programa consistente de erradicação da maior parte das doenças infecciosas nos países africanos e em várias outras nações em desenvolvimento. A maior razão para a persistência da pobreza nesses países não é exatamente a falta de recursos, mas a ausência de governança e sua não-integração à economia mundial através de vínculos comerciais.
Considerando que questões de governança democrática e de proteção dos direitos humanos podem ser um desafio para países como a China, ou mesmo, talvez, para a Rússia, o alvo principal da agenda de um novo G13 poderia ser a adoção de altos padrões de governança pública na acepção técnica desta expressão. Na atual fase de guerra fria econômica pode ser precoce a tentativa de se fazer da governança democrática e do respeito pelos direitos humanos o critério decisivo para a cooperação bilateral ou multilateral.
Mas estes devem ser os fins últimos de qualquer tipo governança global. Em última instância, a agenda de Fukuyama permanece atual e absolutamente necessária. Remeto, a propósito, ao meu artigo: “O Fim da História, de Fukuyama, vinte anos depois: o que ficou?” (Meridiano 47, n. 114, janeiro 2010, p. 8-17; link: http://meridiano47.files.wordpress.com/2010/05/v11n1a03.pdf).
Esse programa não tem nada a ver com o fim da história, e sim com o fim dos regimes autoritários e fechados economicamente. As revoltas nos países árabes e muçulmanos ainda provam esse ponto: os povos não se revoltam apenas por falta de pão (ou de emprego), mas também por falta de liberdade. O empenho dos dirigentes da China – o país que mais cresce na atualidade, e o que mais cresceu em escala histórica até agora – em reprimir qualquer manifestação política, em meio a um processo real de melhoria nas condições de vida de sua população, confirma o argumento em favor da liberdade econômica e política. Se existe algum determinismo na História, este parece ser o único aceitável.
Em todo caso, a mesma China continuará, pelo futuro previsível, a “roubar” empregos de seus parceiros econômicos, pois ela tem uma necessidade absoluta de encontrar empregos de melhor qualidade para seus milhões de deserdados do campo. Mesmo possuindo uma população rural ainda importante, a China não tem condições de aumentar significativamente o emprego rural; ao contrário: se ela quiser melhorar a produtividade agrícola, hoje medíocre, de seu setor primário, ela terá de desempregar ainda mais pessoas no campo, o que pode agravar a situação do emprego urbano; por outro lado, ela não tem mais disponibilidade de terras agricultáveis e as melhores parcelas, nas proximidades das grandes cidades, vêm sendo engolidas pelo ritmo impressionante de urbanização (tudo, aliás, é impressionante, na China de hoje).
Em conclusão: não é por qualquer espírito “belicoso” que este artigo anuncia uma nova Guerra Fria Econômica. Esta é a realidade do mundo atual, que deverá ser a dos cenários de médio prazo na onda corrente de globalização capitalista. A próxima onda – que deverá aguardar a plena redemocratização nos países árabes – compreenderá a integração desses países nos circuitos da divisão mundial de trabalho, que eles integram, atualmente, sobretudo pela exportação de petróleo e pela importação de armas. Aí estão, precisamente, mais dois componentes da Guerra Fria Econômica.
Pode ser que os historiadores do futuro já tenham aqui as caracterizações do mundo entre a segunda metade do século XX e a primeira metade do século XXI. A ver.
Paulo Roberto de Almeida é diplomata e professor de Economia Política Internacional no Uniceub
A Guerra Fria Econômica: o que vem agora?
Paulo Roberto de Almeida
Especial para o iG, 28/02/2011 19:17
Estamos em algum ponto entre 1931 e 1933, ainda no meio de uma recessão, mas não numa depressão
Da velha Guerra Fria política à nova Guerra Fria Econômica
A Guerra Fria geopolítica está encerrada definitivamente, ao que parece. A despeito de tensões políticas “normais” e fricções comerciais entre as grandes potências, não existem mais concepções totalmente opostas sobre como organizar o mundo, economicamente ou politicamente. Ninguém mais está dizendo algo semelhante a “nós vamos enterrar vocês”, como ocorreu no passado com um líder soviético. Daniel Bell, recentemente falecido, já tinha antecipado, desde meados dos anos 1950, o “fim das ideologias”, julgamento de certa medida confirmado por Francis Fukuyama. Mas, no que depender de gente como Eric Hobsbawm, e de inocentes úteis desse tipo, as ideologias ainda têm um brilhante futuro pela frente...
O que estamos assistindo agora, na verdade, é uma Guerra Fria econômica, ou algo próximo disso. De fato, não parece haver nada capaz de provocar uma confrontação em grande escala entre as maiores potências. O que temos, na presente conjuntura, são fricções comerciais e desalinhamentos monetários, num cenário de ajustes pós-crise. Existem disputas políticas sobre como as políticas econômicas nacionais devem levar em consideração seus impactos sobre a situação econômica de outros países. Como Mark Twain poderia ter argumentado, os rumores sobre uma guerra cambial global são grandemente exagerados. É certo que ainda não superamos totalmente a presente crise financeira; mas ela é apenas uma, dentre muitas outras, que afetam mercados dinâmicos de forma recorrente desde o começo do capitalismo. Profetas da crise final do capitalismo e outros utopistas do gênero vão novamente se sentir frustrados dentro de alguns meses (sem reconhecer o fato, claro).
Existem muitas concepções errôneas sobre as origens e o desenvolvimento da crise atual, várias delas propagadas pelos mesmos utopistas conhecidos. Não é exatamente verdade que esta crise tenha sido provocada pela desregulação dos mercados financeiros, ainda que a regulação flexível, ou mal implementada, possa ter facilitado a expansão de várias bolhas nos mercados. O maior responsável pela bolha que provocou o desastre, porém, foram as baixas taxas de juros definidas pelos bancos centrais, a começar pelo Federal Reserve, durante um período muito longo. Da mesma maneira, mas talvez por meios e instrumentos um pouco diferentes, que os velhos Lords of Finance dos anos 1920 criaram as condições que levaram à crise de 1929 e à depressão dos anos 1930, pela sua ação ou inação, a presente crise é o resultado de políticas inadequadas dos novos Lords of Finance (ver o livro de Liaquat Ahamed, Lords of Finance: the Bankers who Broke the World; New York: Penguin, 2009; traduzido e publicado no Brasil como “Os Donos do Dinheiro”, pela Campus; mas eu recomendo comprar o original na Abebooks.com; mesmo pagando frete, certamente vai sair bem mais barato do que no Brasil, pois tudo, ou quase, no Brasil é mais caro).
Um novo Bretton-Woods?: esqueçam!
Tampouco é verdade que a crise atual, ou as crises – já que são várias, interconectadas – são suficientemente severas para justificar o programa, que muitos recomendam, de um novo Bretton Woods, ou seja, um redesenho completo das relações econômicas mundiais, com a restruturação das organizações existentes. Menções a uma nova arquitetura financeira internacional, ou mesmo de redistribuição do poder econômico mundial, estão em contradição com as realidades mais prosaicas dos nossos dias. Comentaristas superficiais gostam de recorrer a grandes analogias históricas – que em geral são falsas – para falar dos eventos correntes, mas o fato é que não estamos vivenciando nenhum grande ajuste posterior a alguma crise de proporções monumentais, como gostariam alguns. Vivemos, é certo, uma transição, mas não uma revolução, qualquer que seja o sentido que possamos dar a esses conceitos. Vejamos os precedentes.
Não estamos em face de um reordenamento radical e completo da ordem mundial, após algum evento cataclísmico, afetando todos e cada um dos grandes atores da cena internacional, ou mesmo regional. Não estamos em Vesfália, em 1648; não estamos em Viena em 1815; tampouco estamos em Paris ou Versalhes, em 1919, sequer em Bretton Woods em 1944, e muito menos em São Francisco, em 1945. Definitivamente, não estamos em nenhum momento de refundação fundamental da ordem política e econômica internacional. Simplesmente estamos, atualmente, no meio de algo semelhante aos anos 1930, tentando administrar uma grande crise por meio de respostas nacionais, cada uma delas adaptada a circunstâncias específicas de cada país, e desvinculada dos maiores desastres afetando os demais e cada um dos países envolvidos no processo.
Para ser mais preciso, estamos em algum ponto entre 1931 e 1933, ainda no meio de uma recessão, mas não numa depressão. O nível de desemprego não é tão alto quanto em 1933, e está provavelmente alinhado com os padrões dos nossos dias. Os fluxos comerciais e financeiros não foram tão desestruturados quanto nos anos 1930, ainda que a liberalização econômica tenha regredido: apenas revertemos a uma versão light do protecionismo comercial dos velhos tempos, mas sem cotas ou restrições quantitativas ao velho estilo.
Não é uma revolução econômica, apenas uma evolução natural...
Esta nova Guerra Fria Econômica emerge a partir de mudanças estruturais na economia mundial, já em curso desde os anos 1980, quando a China começou a flexionar os seus músculos novamente. Ao mesmo tempo, os países em desenvolvimento deixaram de implementar projetos nacionais, introvertidos, de desenvolvimento nacional e abriram-se aos investimentos estrangeiros. Desde então, o a economia mundial foi transformada irreversivelmente, embora gradualmente.
Mas nem tudo, obviamente, mudou. As principais instituições de tomada de decisões ainda continuam a ser o que sempre foram, com a mesma distribuição dos direitos de voto. O FMI e o Banco Mundial estão no meio de seus labores para definir uma nova repartição de votos, tendo já operado algumas acomodações. Os votos coletivos da China, da Índia e do Brasil é 20% menor do que os da Bélgica, dos Países Baixos e da Itália, a despeito do fato que o PIB conjunto do primeiros países é quatro vezes maior do que aquele de seus contrapartes europeus; eles têm uma população 29 vezes maior. Estas são algumas das razões para uma nova Guerra Fria econômica.
Como administrar estas novas realidades no terreno econômico, dispondo das mesmas alavancas políticas e das mesmas velhas estruturas de tomada de decisão como nos processos do passado? Esta é uma questão complicada, sem uma resposta clara ao dilema. Administrar a economia mundial é uma pretensão que mesmo o velho G7 nunca conseguiu alcançar nos seus tempos gloriosos. Os países desenvolvidos controlavam então uma grande proporção do PIB mundial e dos fluxos comerciais e financeiros. Mas eles nunca foram capazes de coordenar suas políticas macroeconômicas entre eles mesmos; menos ainda se poderia esperar que eles estabelecessem regras e metas para o resto do mundo.
Atualmente, com uma penosa queda nas economias avançadas, parece difícil visualizar o que poderia ser feito para restaurar o crescimento a partir de níveis próximos da estagnação em várias economias europeias. Além dos problemas cíclicos afetando as grandes economias (com as exceções da China, da Índia e de alguns outros países), existem vários desafios globais à frente, entre eles o da pobreza nos países menos avançados, e grandes decisões a serem tomadas em relação a questões ambientais, a violações dos direitos humanos em países não democráticos, e vários outros temas relevantes.
Uma estratégia singular poderia ser a definição de apenas uma grande meta global para a comunidade mundial: teria de ser a promoção do desenvolvimento global, não exatamente através da assistência (ou a tradicional Ajuda Oficial ao Desenvolvimento), mas prioritariamente através de uma real liberalização comercial, especialmente no setor agrícola, a única possibilidade efetiva para que os países menos avançados possam ser integrados à economia mundial. Os Estados Unidos e a União Europeia possuem, evidentemente, a maior responsabilidade nesse terreno.
É altamente improvável que propostas consensuais relativas ao desenvolvimento global possam emergir de um fórum tão amplo quanto o G20 financeiro, muito heterogêneo para ser capaz de alcançar posições comuns. Talvez fosse mais indicado lograr uma evolução informal do atual G8 para um novo G13, interrompendo o ciclo do atual G20 (o que talvez já seja difícil de se obter). Isso representaria agregar aos atuais membros do G8 outras cinco grandes economias, nomeadamente Brasil, China, Índia, África do Sul, e ou Indonésia ou México. A experiência demonstra que pequenos grupos informais estão mais próximos de se entenderam sobre ações concretas do que grandes órgãos institucionalizados que acabam dominados pela lerdeza burocrática e desentendimentos políticos.
O que vem pela frente? Seria o G20 efetivo? Melhor um G13...
O que deve ser feito? O maior problema nessa modalidade organizacional de se ter um G20 diminuído seria o de como adquirir a legitimidade implícita ao ato de falar para toda a comunidade mundial partindo de um fórum de apenas 13 países. Para resolver essa limitação se necessitaria de um grau de confiança política entre os líderes desses 13 países, definindo um terreno de entendimentos recíprocos entre eles que teria de ser compatível com a função de representação mais ampla que eles pretenderiam assumir em nome de toda a comunidade de nações.
Encontrar terrenos comuns é uma tarefa dura de ser alcançada no estado atual das relações internacionais, caracterizada, como já se sublinhou, por uma guerra fria econômica típica das fases de transição. Parece ser bastante difícil de se lograr uma coordenação perfeita das agendas dos grandes países avançados e das economias emergentes e, mais ainda, entre eles todos e os demais membros das organizações internacionais que eles pretenderiam “substituir”. O mundo não é, simplesmente, tão globalizado como se requereria para alcançar esse tipo de interação. Disparidades de interesses, diferenças entre níveis de desenvolvimento, desequilíbrios entre os países, vários fatores se combinam para tornar praticamente impossível um exercício de coordenação desse tipo.
Uma proposta mais modesta poderia ser se obter uma interação mais frequente – uma vez ao ano – entre os líderes desse novo G13. Sherpas especialmente designados, encontrando-se duas vezes ao ano, poderiam ser mobiliados para discutir questões comerciais, assuntos ambientais, a proteção dos direitos humanos em países apresentando conflitos, missões de peace-keeping das Nações Unidas e outros temas do gênero, dotados de mandatos específicos de seus líderes políticos. Mas não se deve esperar pela ONU para organizar esse tipo de agenda. Já é difícil implementar qualquer coisa através da ONU, um órgão muito burocrático e passavelmente caótico. Melhor realizar a coordenação de agendas através das três mais importantes agências para a globalização contemporânea: o FMI, o Banco Mundial e a OMC.
A tarefa principal dos “novos sherpas” seria a de assegurar a coordenação econômica internacional em torno dos temas mais relevantes para a comunidade global. Uma sugestão possível seria tentar estabelecer um “global new deal”, um novo pacto mundial, intercambiando uma proteção extensiva aos investimentos e à riqueza proprietária (patentes e coisas do gênero), assim como outras condições apropriadas para o desenvolvimento da atividade produtiva no plano microeconômico, do lado dos países em desenvolvimento (ou recebedores de IDE), contra práticas de licenciamento extensivo e investimentos efetivos e liberalização comercial da parte dos países ricos e dos investidores privados. Esse tipo de pacto, ao ampliar os direitos proprietários para os ricos, poderia resultar no fortalecimento dos fluxos de investimentos financeiros e de comércio para os pobres, dando um grande impulso à globalização.
A assistência tradicional ao desenvolvimento, por ineficiente, deveria ser substituída, essencialmente, por um novo foco nas melhorias educacionais graduais, ou seja, um extenso programa para a qualificação de recursos humanos. A assistência, enquanto tal, deveria ser limitada à implementação de um programa consistente de erradicação da maior parte das doenças infecciosas nos países africanos e em várias outras nações em desenvolvimento. A maior razão para a persistência da pobreza nesses países não é exatamente a falta de recursos, mas a ausência de governança e sua não-integração à economia mundial através de vínculos comerciais.
Considerando que questões de governança democrática e de proteção dos direitos humanos podem ser um desafio para países como a China, ou mesmo, talvez, para a Rússia, o alvo principal da agenda de um novo G13 poderia ser a adoção de altos padrões de governança pública na acepção técnica desta expressão. Na atual fase de guerra fria econômica pode ser precoce a tentativa de se fazer da governança democrática e do respeito pelos direitos humanos o critério decisivo para a cooperação bilateral ou multilateral.
Mas estes devem ser os fins últimos de qualquer tipo governança global. Em última instância, a agenda de Fukuyama permanece atual e absolutamente necessária. Remeto, a propósito, ao meu artigo: “O Fim da História, de Fukuyama, vinte anos depois: o que ficou?” (Meridiano 47, n. 114, janeiro 2010, p. 8-17; link: http://meridiano47.files.wordpress.com/2010/05/v11n1a03.pdf).
Esse programa não tem nada a ver com o fim da história, e sim com o fim dos regimes autoritários e fechados economicamente. As revoltas nos países árabes e muçulmanos ainda provam esse ponto: os povos não se revoltam apenas por falta de pão (ou de emprego), mas também por falta de liberdade. O empenho dos dirigentes da China – o país que mais cresce na atualidade, e o que mais cresceu em escala histórica até agora – em reprimir qualquer manifestação política, em meio a um processo real de melhoria nas condições de vida de sua população, confirma o argumento em favor da liberdade econômica e política. Se existe algum determinismo na História, este parece ser o único aceitável.
Em todo caso, a mesma China continuará, pelo futuro previsível, a “roubar” empregos de seus parceiros econômicos, pois ela tem uma necessidade absoluta de encontrar empregos de melhor qualidade para seus milhões de deserdados do campo. Mesmo possuindo uma população rural ainda importante, a China não tem condições de aumentar significativamente o emprego rural; ao contrário: se ela quiser melhorar a produtividade agrícola, hoje medíocre, de seu setor primário, ela terá de desempregar ainda mais pessoas no campo, o que pode agravar a situação do emprego urbano; por outro lado, ela não tem mais disponibilidade de terras agricultáveis e as melhores parcelas, nas proximidades das grandes cidades, vêm sendo engolidas pelo ritmo impressionante de urbanização (tudo, aliás, é impressionante, na China de hoje).
Em conclusão: não é por qualquer espírito “belicoso” que este artigo anuncia uma nova Guerra Fria Econômica. Esta é a realidade do mundo atual, que deverá ser a dos cenários de médio prazo na onda corrente de globalização capitalista. A próxima onda – que deverá aguardar a plena redemocratização nos países árabes – compreenderá a integração desses países nos circuitos da divisão mundial de trabalho, que eles integram, atualmente, sobretudo pela exportação de petróleo e pela importação de armas. Aí estão, precisamente, mais dois componentes da Guerra Fria Econômica.
Pode ser que os historiadores do futuro já tenham aqui as caracterizações do mundo entre a segunda metade do século XX e a primeira metade do século XXI. A ver.
Paulo Roberto de Almeida é diplomata e professor de Economia Política Internacional no Uniceub
International Handbook On The Economics Of Integration - Miroslav N. Jovanovic (ed.)
International Handbook On The Economics Of Integration, Volume I
General Issues and Regional Groups
Edited by Miroslav N. Jovanovic, Economic Affairs Officer, United Nations Economic Commission for Europe, Geneva, Switzerland and Lecturer, the European Institute of the University of Geneva, Switzerland
‘International Handbook of Economic Integration edited by Miroslav Jovanovic provides timely and rich academic contributions to considerations of the widest array of integration-related issues. European integration has been providing an inspiration to a number of academics and researchers. The Handbook is a recognition of the dynamic and strong solidarity of the European integration. At the same time, the European Union often provided an example for integration schemes throughout the world which spread enormously since the mid-1990s. Leading experts from all continents contributed to this Handbook which will be a valuable input into academic and policy-making discussions and actions.’
– José Manuel Barroso, President of the European Commission
‘Miroslav Jovanovic’s publication represents a rich contribution to the complex issue of regional integration, its benefits, its shortcomings, and its relationship with multilateral trade opening. It sheds light over an issue which is the subject of intense discussions in trade circles.’
– Pascal Lamy, Director-General of the WTO
‘Much has been written on trade agreements as a mechanism to integrate the markets of two of more countries – often inspired by the European example. In recent years, attention has increasingly focused on the importance of economic geography as a determinant of industrial location. This book combines the two strands of analysis, bringing together leading experts in the fields of economic geography and international trade. The result is an outstanding compilation of papers that illuminate how policies and economic forces affect the location of economic activity in an integrated Europe.’
– Bernard Hoekman, Director, The World Bank, US
‘The open multilateral trading system is a tremendous success of the past half century, and has contributed greatly to the world’s unprecedented rate of economic growth. Over the past two decades however, preferential trading arrangements have proliferated, raising questions as to how compatible they are with the open multilateral system, and what policies might be adopted to improve outcomes. The essays in this volume detail the emergence of PTAS and provide comprehensive and up-to-date analyses of the state of play of preferential arrangements in all regions of the world. The volume will provide a useful reference for all those wanting to understand existing preferential arrangements and their role in the international economy today.’
– Anne O. Krueger, Johns Hopkins University and Stanford University, US
‘Economic integration is a complex and multifaceted giant, with a myriad aspects ranging from regional and global concentration and dispersal of economic activity to social and political consequences for individuals and communities in developed and developing countries alike. This landmark, three volume collection of chapters by leading authors, drawn from many fields, is a worthy and timely contribution to the analysis of a phenomenon with profound implications for the future world economy - and its governance.’
– James Zhan, Director, Investment & Enterprise Division, UNCTAD
With this Handbook, Miroslav Jovanovic has provided readers with both an excellent stand-alone original reference book as well as the first volume in a comprehensive three-volume set. This introduction into a rich and expanding academic and practical world of international economic integration also provides a theoretical and analytical framework to the reader, presenting select analytical studies and encouraging further research.
International Handbook on the Economics of Integration, Volume I covers two broad themes: general integration issues and regional integration groups. The first part discusses topics that range from an overview of the regional integration deals registered with the World Trade Organization, to multilateralism and regionalism, hub-and-spoke integration networks, limits to integration, rules of origin, and globalization. The second part of the Handbook is devoted to an outline of the principal integration arrangements in Europe, the Mediterranean, North and Latin America, East Asia and sub-Saharan Africa, as well as economic integration efforts throughout the Arab world.
Contributors to this major reference work include eminent authors, some of whom contributed to the creation of economic integration theory from the outset. The authors not only survey the literature, but also present their own arguments and new ideas in order to offer a new perspective, as well as discussing the issues they believe are essential in the field. Each of the insightful chapters is approachable not only to graduate students, scholars, researchers and policymakers, but also to advanced undergraduate students.
Table:
International Handbook On The Economics Of Integration, Volume I
General Issues and Regional Groups
Edited by Miroslav N. Jovanovic, Economic Affairs Officer, United Nations Economic Commission for Europe, Geneva, Switzerland and Lecturer, the European Institute of the University of Geneva, Switzerland
Contents:
Foreword
Nicolas Levrat
Introductory Note
Petko Draganov
Preface
Introduction
PART I: GENERAL ISSUES
1. The Never-ending Story of Regional Trade Agreements
Roberto V. Fiorentino
2. Multilateralising Regionalism: Spaghetti Bowls as Building Blocks on the Path to Global Free Trade
Richard E. Baldwin
3. Multilateral versus Regional Trading Arrangements: Substitutes or Complements?
Richard G. Lipsey and Murray G. Smith
4. Contemporary Regionalism
Wilfred J. Ethier
5. The World Trade Organization and International Economic Integration: Legal Aspects
Dencho Georgiev
6. Preferential Liberalisation in a Hub-and-Spoke Configuration versus a Free Trade Area
Ronald J. Wonnacott
7. The Economic Case for Reciprocal Trade Negotiations: Gains from Both Imports and Exports
Paul Wonnacott and Ronald J. Wonnacott
8. Understanding the Barriers to Entry Effects of Rules of Origin in Preferential Trading Arrangements with an Application to Asian FTAs
Olivier Cadot, Jaime de Melo and Alberto Portugal-Pérez
9. The Limits to Integration
Michele Fratianni and Francesco Marchionne
10. Technology and Globalisation
Richard G. Lipsey
11. Globalisation: An Anatomy
Miroslav N. Jovanovic
PART II: REGIONAL GROUPS
12. A New Era for Europe: The Lisbon Treaty – From Constitution to Lisbon Treaty
Dušan Sidjanski
13. EU Policies and Policy-making
Phedon Nicolaides
14. From the Barcelona Process to the Union for the Mediterranean: Rhetoric versus the Record
Yiannis Tirkides and Andreas Theophanous
15. The North American Free Trade Agreement: Fait Accompli?
Murray G. Smith
16. Regional Integration in East Asia
Richard Pomfret
17. East Asia’s Economic Integration and Institutional Cooperation for Further Integration
Daisuke Hiratsuka
18. Integration Efforts and Economic Dynamics in South America
Cláudio R. Frischtak
19. Structural Adjustment in Latin America: From Crisis to Ambiguity
Anil Hira
20. Economic Integration in Sub-Saharan Africa
Lisa Borgatti
21. Globalisation Challenges and New Arab Regionalism: Towards a New Deal of South–South Integration
Mohieddine Hadhri
22. Towards a Relance Arabe? Bilateral and Regional Economic Integration Initiatives in the Middle East and North Africa
Tomer Broude
Index
March 2011 560 pp Hardback 978 1 84844 370 9
General Issues and Regional Groups
Edited by Miroslav N. Jovanovic, Economic Affairs Officer, United Nations Economic Commission for Europe, Geneva, Switzerland and Lecturer, the European Institute of the University of Geneva, Switzerland
‘International Handbook of Economic Integration edited by Miroslav Jovanovic provides timely and rich academic contributions to considerations of the widest array of integration-related issues. European integration has been providing an inspiration to a number of academics and researchers. The Handbook is a recognition of the dynamic and strong solidarity of the European integration. At the same time, the European Union often provided an example for integration schemes throughout the world which spread enormously since the mid-1990s. Leading experts from all continents contributed to this Handbook which will be a valuable input into academic and policy-making discussions and actions.’
– José Manuel Barroso, President of the European Commission
‘Miroslav Jovanovic’s publication represents a rich contribution to the complex issue of regional integration, its benefits, its shortcomings, and its relationship with multilateral trade opening. It sheds light over an issue which is the subject of intense discussions in trade circles.’
– Pascal Lamy, Director-General of the WTO
‘Much has been written on trade agreements as a mechanism to integrate the markets of two of more countries – often inspired by the European example. In recent years, attention has increasingly focused on the importance of economic geography as a determinant of industrial location. This book combines the two strands of analysis, bringing together leading experts in the fields of economic geography and international trade. The result is an outstanding compilation of papers that illuminate how policies and economic forces affect the location of economic activity in an integrated Europe.’
– Bernard Hoekman, Director, The World Bank, US
‘The open multilateral trading system is a tremendous success of the past half century, and has contributed greatly to the world’s unprecedented rate of economic growth. Over the past two decades however, preferential trading arrangements have proliferated, raising questions as to how compatible they are with the open multilateral system, and what policies might be adopted to improve outcomes. The essays in this volume detail the emergence of PTAS and provide comprehensive and up-to-date analyses of the state of play of preferential arrangements in all regions of the world. The volume will provide a useful reference for all those wanting to understand existing preferential arrangements and their role in the international economy today.’
– Anne O. Krueger, Johns Hopkins University and Stanford University, US
‘Economic integration is a complex and multifaceted giant, with a myriad aspects ranging from regional and global concentration and dispersal of economic activity to social and political consequences for individuals and communities in developed and developing countries alike. This landmark, three volume collection of chapters by leading authors, drawn from many fields, is a worthy and timely contribution to the analysis of a phenomenon with profound implications for the future world economy - and its governance.’
– James Zhan, Director, Investment & Enterprise Division, UNCTAD
With this Handbook, Miroslav Jovanovic has provided readers with both an excellent stand-alone original reference book as well as the first volume in a comprehensive three-volume set. This introduction into a rich and expanding academic and practical world of international economic integration also provides a theoretical and analytical framework to the reader, presenting select analytical studies and encouraging further research.
International Handbook on the Economics of Integration, Volume I covers two broad themes: general integration issues and regional integration groups. The first part discusses topics that range from an overview of the regional integration deals registered with the World Trade Organization, to multilateralism and regionalism, hub-and-spoke integration networks, limits to integration, rules of origin, and globalization. The second part of the Handbook is devoted to an outline of the principal integration arrangements in Europe, the Mediterranean, North and Latin America, East Asia and sub-Saharan Africa, as well as economic integration efforts throughout the Arab world.
Contributors to this major reference work include eminent authors, some of whom contributed to the creation of economic integration theory from the outset. The authors not only survey the literature, but also present their own arguments and new ideas in order to offer a new perspective, as well as discussing the issues they believe are essential in the field. Each of the insightful chapters is approachable not only to graduate students, scholars, researchers and policymakers, but also to advanced undergraduate students.
Table:
International Handbook On The Economics Of Integration, Volume I
General Issues and Regional Groups
Edited by Miroslav N. Jovanovic, Economic Affairs Officer, United Nations Economic Commission for Europe, Geneva, Switzerland and Lecturer, the European Institute of the University of Geneva, Switzerland
Contents:
Foreword
Nicolas Levrat
Introductory Note
Petko Draganov
Preface
Introduction
PART I: GENERAL ISSUES
1. The Never-ending Story of Regional Trade Agreements
Roberto V. Fiorentino
2. Multilateralising Regionalism: Spaghetti Bowls as Building Blocks on the Path to Global Free Trade
Richard E. Baldwin
3. Multilateral versus Regional Trading Arrangements: Substitutes or Complements?
Richard G. Lipsey and Murray G. Smith
4. Contemporary Regionalism
Wilfred J. Ethier
5. The World Trade Organization and International Economic Integration: Legal Aspects
Dencho Georgiev
6. Preferential Liberalisation in a Hub-and-Spoke Configuration versus a Free Trade Area
Ronald J. Wonnacott
7. The Economic Case for Reciprocal Trade Negotiations: Gains from Both Imports and Exports
Paul Wonnacott and Ronald J. Wonnacott
8. Understanding the Barriers to Entry Effects of Rules of Origin in Preferential Trading Arrangements with an Application to Asian FTAs
Olivier Cadot, Jaime de Melo and Alberto Portugal-Pérez
9. The Limits to Integration
Michele Fratianni and Francesco Marchionne
10. Technology and Globalisation
Richard G. Lipsey
11. Globalisation: An Anatomy
Miroslav N. Jovanovic
PART II: REGIONAL GROUPS
12. A New Era for Europe: The Lisbon Treaty – From Constitution to Lisbon Treaty
Dušan Sidjanski
13. EU Policies and Policy-making
Phedon Nicolaides
14. From the Barcelona Process to the Union for the Mediterranean: Rhetoric versus the Record
Yiannis Tirkides and Andreas Theophanous
15. The North American Free Trade Agreement: Fait Accompli?
Murray G. Smith
16. Regional Integration in East Asia
Richard Pomfret
17. East Asia’s Economic Integration and Institutional Cooperation for Further Integration
Daisuke Hiratsuka
18. Integration Efforts and Economic Dynamics in South America
Cláudio R. Frischtak
19. Structural Adjustment in Latin America: From Crisis to Ambiguity
Anil Hira
20. Economic Integration in Sub-Saharan Africa
Lisa Borgatti
21. Globalisation Challenges and New Arab Regionalism: Towards a New Deal of South–South Integration
Mohieddine Hadhri
22. Towards a Relance Arabe? Bilateral and Regional Economic Integration Initiatives in the Middle East and North Africa
Tomer Broude
Index
March 2011 560 pp Hardback 978 1 84844 370 9
Diplomacia evolutiva (agora seriamente...)
Lei de Darwin, talvez, mas a seleção natural nem sempre leva aos melhores resultados. Neste caso específico, se deve inteiramente à vontade dos novos responsáveis políticos, talvez até por incômodo com as posições vergonhosas e eticamente insustentáveis exibidas na administração anterior, que tinha um gosto especial por ditaduras e autocracias, de fato com gente da pior espécie em matéria de direitos humanos. Pelo menos nos livramos dessa situação deplorável.
Agora resta ver até onde vai levar a seleção darwiniana-diplomática...
Paulo Roberto de Almeida
Votação sobre Irã é 1º teste de Dilma na ONU
Por Jamil Chade
Estado de S.Paulo, 27/02/2011
A Organização das Nações Unidas (ONU) realiza amanhã em Genebra sua sessão mais importante de direitos humanos no ano, com a situação na Líbia, Oriente Médio e Irã na mesa de discussão. A expectativa é ver como a diplomacia brasileira vai se posicionar e qual será a mensagem que Dilma Rousseff enviará à comunidade internacional.
O Brasil será representado pela ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, escalada para apresentar pela primeira vez no novo governo a visão do Palácio do Planalto na ONU. A ministra discursará no Segmento de Alto Nível do Conselho. O encontro com a cúpula da ONU terá a presença da secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, da chefe da diplomacia da Europa, Catherine Ashton, e de ministros do Irã, Venezuela, China e Rússia.
Votação. O mais importante teste virá com a votação de um projeto sobre os direitos humanos no Irã. “Ainda que nos anos mais recentes o Brasil tenha apresentado justificativas de voto em que ressalta sua preocupação com situações específicas, isso não substitui um voto condenatório”, disse Iradj Roberto Eghrari, representante da Comunidade Bahá”í do Brasil. “Se Dilma de fato mudar o voto brasileiro, o País voltará à posição que defendia de 1996 a 1999, quando votava de maneira coerente com os valores e princípios da sociedade brasileira.”
Ao Estado, o embaixador da França na ONU, Jean Baptiste Mattei, afirmou que já vê mudança no comportamento do Brasil. “Parece que estão evoluindo”, disse, desculpando-se em seguida pelo uso da palavra. “Não quero dizer que não estavam evoluídos. Apenas que agora parece haver maior cooperação.” Um negociador britânico revelou a “satisfação” da Europa em ver o Brasil adotando posições mais próximas às democracias ocidentais. “Essa é uma grande notícia.”
“Estamos finalmente acordando”, ironizou Julie de Rivero, da Human Rights Watch. Peter Spindler, da Anistia Internacional, destacou a posição positiva do Brasil em se aliar ao grupo de democracias ocidentais e pedir uma reunião de emergência para lidar com a Líbia, na sexta-feira.
Agora resta ver até onde vai levar a seleção darwiniana-diplomática...
Paulo Roberto de Almeida
Votação sobre Irã é 1º teste de Dilma na ONU
Por Jamil Chade
Estado de S.Paulo, 27/02/2011
A Organização das Nações Unidas (ONU) realiza amanhã em Genebra sua sessão mais importante de direitos humanos no ano, com a situação na Líbia, Oriente Médio e Irã na mesa de discussão. A expectativa é ver como a diplomacia brasileira vai se posicionar e qual será a mensagem que Dilma Rousseff enviará à comunidade internacional.
O Brasil será representado pela ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, escalada para apresentar pela primeira vez no novo governo a visão do Palácio do Planalto na ONU. A ministra discursará no Segmento de Alto Nível do Conselho. O encontro com a cúpula da ONU terá a presença da secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, da chefe da diplomacia da Europa, Catherine Ashton, e de ministros do Irã, Venezuela, China e Rússia.
Votação. O mais importante teste virá com a votação de um projeto sobre os direitos humanos no Irã. “Ainda que nos anos mais recentes o Brasil tenha apresentado justificativas de voto em que ressalta sua preocupação com situações específicas, isso não substitui um voto condenatório”, disse Iradj Roberto Eghrari, representante da Comunidade Bahá”í do Brasil. “Se Dilma de fato mudar o voto brasileiro, o País voltará à posição que defendia de 1996 a 1999, quando votava de maneira coerente com os valores e princípios da sociedade brasileira.”
Ao Estado, o embaixador da França na ONU, Jean Baptiste Mattei, afirmou que já vê mudança no comportamento do Brasil. “Parece que estão evoluindo”, disse, desculpando-se em seguida pelo uso da palavra. “Não quero dizer que não estavam evoluídos. Apenas que agora parece haver maior cooperação.” Um negociador britânico revelou a “satisfação” da Europa em ver o Brasil adotando posições mais próximas às democracias ocidentais. “Essa é uma grande notícia.”
“Estamos finalmente acordando”, ironizou Julie de Rivero, da Human Rights Watch. Peter Spindler, da Anistia Internacional, destacou a posição positiva do Brasil em se aliar ao grupo de democracias ocidentais e pedir uma reunião de emergência para lidar com a Líbia, na sexta-feira.
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