Tem gente que sofre de uma doença crônica, que por vezes recrudesce, e depois se retrai (ou é retraída por um excepcional ataque de lucidez).
As palavras acima se aplicam à extraordinária cegueira, que beira à estupidez pura e simples, de grão-petistas e petistas anões (em pensamento e moral) ao barrar, dez anos atrás, a tramitação de um acordo Brasil-EUA para a utilização comercial da base de Alcântara. Fizeram bobagem, e das grossas: se enrolaram na bandeira da soberania nacional e com isso atrasaram o programa espacial brasileira e a exploração comercial de Alcântara durante todo esse tempo.
Agora se arrependem: não sei se ocorreu algum retrocesso na estupidez ou na soberanite. Em qualquer dos casos é grave, pois pode voltar...
Paulo Roberto de Almeida
Brasil pode retomar acordo com EUA para uso do Centro de Lançamento de Alcântara
Inforel, 23/03/2011 - 15h05
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou que o Brasil poderá retomar as negociações com os Estados Unidos para que o país utilize o Centro de Lançamentos de Alcântara, no Maranhão.
Acordo de salvaguarda tecnológica neste sentido encontra-se parado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados desde 2002.
O acordo assinado em 2000 encontrou forte resistência política no Brasil.
Há época, a oposição entendeu que o Brasil teria sua soberania ameaçada e o acordo não andou mais.
O próprio Mercadante que era senador se opôs por entender que Alcântara estaria sendo alugada aos Estados Unidos que limitariam o avanço do Programa Espacial Brasileiro.
Para que um novo acordo seja assinado, o atual precisa ser retirado da Câmara onde chegou a passar em três comissões.
O ministro entende que a cooperação pode avançar se houver a exclusão de pontos polêmicos que dizem respeito à soberania nacional.
Para que a proposta avance, os Estados Unidos devem retirar a proibição para que o Brasil utilize os recursos arrecadados para o lançamento de foguetes próprios; a restrição ao uso do CLA por países classificados pelos norte-americanos como “terroristas”; ou a permissão para a assinatura de outros acordos de salvaguarda somente com os 36 países que participam do regime de controle de tecnologia de mísseis.
Segundo Mercadante, “nós estamos em um novo momento da relação bilateral. Não sinto hoje que a exigência norte-americana seria a exclusividade de lançamento, para nós abdicarmos da parceria com a China, com a Ucrânia e com outros países”.
No último sábado, os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama, assinaram um acordo-quadro (veja íntegra no InfoRel) para identificar áreas de interesse mútuo para desenvolver programas ou projetos de cooperação para a exploração e os usos pacíficos do espaço.
Atualmente, os Estados Unidos são responsáveis pela fabricação de 82% de equipamentos inteiros ou de componentes de satélites, sondas e naves lançados em todo o mundo.
Mercadante destacou que a exploração espacial e o lançamento de satélites movimenta US$ 206 bilhões anuais na economia internacional.
Para o novo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antônio Raupp, um acordo de salvaguarda na área espacial com os Estados Unidos parece ser “óbvio”.
Raupp vê muitas possibilidades e entende que a cooperação espacial com os Estados Unidos será aprofundada nos próximos anos.
VLS
A presidente Dilma Rousseff afirmou que o Programa Espacial Brasileiro não foi interrompido devido ao acidente que matou 21 cientistas em Alcântara em 2003.
Para Dilma, o Programa Espacial “tem importância estratégica para o Brasil”.
“O uso de satélites para monitorar o território, auxiliar na previsão do tempo e prevenir e mitigar danos causados por desastres naturais é imprescindível para que ações venham a ser tomadas no tempo devido. Da mesma forma, políticas públicas como as de defesa, segurança hídrica e alimentar e de comunicações de governo, por exemplo, dependem igualmente desses equipamentos”, afirmou.
Dilma Rousseff destacou que “ter a capacidade de construir satélites, lançar em órbita e operar é uma meta buscada pelo governo brasileiro. Especificamente em relação ao Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a Torre Móvel de Integração, destruída naquele acidente, foi inteiramente reconstruída seguindo os melhores padrões técnicos mundiais. O Centro de Controle, os radares e o sistema de telemetria do CLA foram modernizados”.
A presidente explicou que o Brasil vai investir no Programa Espacial Brasileiro por meio da contratação de novos profissionais para a AEB e para os órgãos executores do programa e pela injeção de recursos.
“A meta é ter um programa espacial autônomo, capaz de atender às demandas da sociedade brasileira e, adicionalmente, fortalecer a soberania do país”, concluiu.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 24 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Mercosul: comemorando os 20 anos (comme il faut...)
Bem, cada um comemora à sua maneira. Os argentinos, por exemplo, da melhor forma que podem, praticando seu esporte favorito, que é empurrar os prejuízos de seu não ajuste econômico para cima do Brasil, que aceita galhardamente e ainda pede mais.
Feliz Aniversário Mercosul!
Mais barreiras argentinas
Editorial - O Estado de S.Paulo
22 de março de 2011
As barreiras argentinas contra produtos brasileiros são cada vez maiores e mais difíceis de transpor. A escalada protecionista iniciada pelo governo da presidente Cristina Kirchner desmoraliza cada vez mais o Mercosul e ainda viola as normas da OMC. A tibieza do governo brasileiro estimula novos abusos, como se a tolerância à violação das boas normas comerciais fosse uma condição essencial à sobrevivência do Mercosul. Essa avaliação, já adotada no governo Lula, é um erro grave. Quanto maior a aceitação de restrições comerciais, mais fraco se torna o bloco regional e menores as suas possibilidades de ação no mercado global.
Desde o começo do ano o governo argentino ampliou de 400 para 600 0s produtos sujeitos à licença prévia de importação. A medida atinge indiscriminadamente os produtos do Mercosul e os de fora da região. Barreiras contra os vizinhos são determinadas em Buenos Aires há muitos anos e têm aumentado nos últimos dois anos e meio, desde o agravamento da crise internacional, no segundo semestre de 2008.
Ao oficializar a ampliação da lista, o governo argentino prometeu cuidados para não prejudicar os brasileiros. Além disso, propôs um acompanhamento das condições de comércio por funcionários dos dois países. A promessa de evitar problemas para os brasileiros foi descumprida. As autoridades argentinas foram apenas coerentes com seu estilo habitual de comportamento. O governo brasileiro manteve igualmente seu padrão de passividade em face dos abusos.
O governo argentino tem demorado mais de 60 dias para emitir licenças de importação, violando uma norma da OMC. Os governos do Mercosul nem deveriam adotar essas licenças no comércio com os vizinhos. Mas o governo da presidente Cristina Kirchner não só as adota, como ainda ultrapassa o prazo permitido pelos acordos globais de comércio. Máquinas agrícolas brasileiras não chegam à Argentina desde janeiro e alguns exportadores do setor têxtil esperam licenças há cerca de um ano.
O licenciamento, no entanto, é só uma forma de barrar a entrada de produtos. De modo muito mais ostensivo o comércio é dificultado também pela retenção de caminhões na fronteira. O governo argentino tem recorrido a esse expediente com frequência. Ao retardar o ingresso de caminhões, a autoridade alfandegária não só restringe o comércio, como também eleva arbitrariamente o custo de cada operação.
Além disso, a demora na liberação das mercadorias pode impedir a venda na época adequada. A comercialização de roupas depende da estação. Este detalhe foi lembrado por exportadores brasileiros no ano passado, diante da demora na concessão das licenças. Neste ano, as barreiras estão dificultando a entrega de produtos de chocolate para a Páscoa.
O governo argentino resolveu também aumentar a aplicação de sobretaxas a produtos brasileiros, alegando a prática de dumping, isto é, a concorrência desleal, baseada em preços inferiores aos considerados normais no mercado. Taxas antidumping foram aplicadas a algumas indústrias e outras estão em estudo.
Sobretaxas desse tipo são usadas frequentemente no comércio internacional. Com frequência, porém, a cobrança de direitos antidumping é baseada em argumentos distorcidos e atende apenas a interesses protecionistas, como já foi mostrado em muitos processos na OMC. No caso da Argentina, o recurso frequente a medidas protecionistas desmoraliza qualquer alegação de dumping, especialmente contra produtos brasileiros.
Protecionismo é a grande especialidade revelada até agora pela ministra da Indústria, Débora Giorgi. Mas ela não está sozinha na execução dessa política. É auxiliada pelo secretário do Comércio Interior, Guillermo Moreno, perito na fabricação de índices de inflação favoráveis ao governo especialista em pressionar importadores para deixarem de comprar produtos brasileiros. Quanto ao governo brasileiro, sua especialidade, nessa área, tem sido a tolerância à imposição de barreiras a produtos brasileiros pelos governos da região.
=========
PS: Escrevi um artigo chamado "Seria o Mercosul Reversível?", explorando justamente as possibilidades de reconversão do Mercosul em simples zona de livre comércio. Estou aguardando autorização para publicá-lo.
Aguardem.
Paulo Roberto de Almeida
Feliz Aniversário Mercosul!
Mais barreiras argentinas
Editorial - O Estado de S.Paulo
22 de março de 2011
As barreiras argentinas contra produtos brasileiros são cada vez maiores e mais difíceis de transpor. A escalada protecionista iniciada pelo governo da presidente Cristina Kirchner desmoraliza cada vez mais o Mercosul e ainda viola as normas da OMC. A tibieza do governo brasileiro estimula novos abusos, como se a tolerância à violação das boas normas comerciais fosse uma condição essencial à sobrevivência do Mercosul. Essa avaliação, já adotada no governo Lula, é um erro grave. Quanto maior a aceitação de restrições comerciais, mais fraco se torna o bloco regional e menores as suas possibilidades de ação no mercado global.
Desde o começo do ano o governo argentino ampliou de 400 para 600 0s produtos sujeitos à licença prévia de importação. A medida atinge indiscriminadamente os produtos do Mercosul e os de fora da região. Barreiras contra os vizinhos são determinadas em Buenos Aires há muitos anos e têm aumentado nos últimos dois anos e meio, desde o agravamento da crise internacional, no segundo semestre de 2008.
Ao oficializar a ampliação da lista, o governo argentino prometeu cuidados para não prejudicar os brasileiros. Além disso, propôs um acompanhamento das condições de comércio por funcionários dos dois países. A promessa de evitar problemas para os brasileiros foi descumprida. As autoridades argentinas foram apenas coerentes com seu estilo habitual de comportamento. O governo brasileiro manteve igualmente seu padrão de passividade em face dos abusos.
O governo argentino tem demorado mais de 60 dias para emitir licenças de importação, violando uma norma da OMC. Os governos do Mercosul nem deveriam adotar essas licenças no comércio com os vizinhos. Mas o governo da presidente Cristina Kirchner não só as adota, como ainda ultrapassa o prazo permitido pelos acordos globais de comércio. Máquinas agrícolas brasileiras não chegam à Argentina desde janeiro e alguns exportadores do setor têxtil esperam licenças há cerca de um ano.
O licenciamento, no entanto, é só uma forma de barrar a entrada de produtos. De modo muito mais ostensivo o comércio é dificultado também pela retenção de caminhões na fronteira. O governo argentino tem recorrido a esse expediente com frequência. Ao retardar o ingresso de caminhões, a autoridade alfandegária não só restringe o comércio, como também eleva arbitrariamente o custo de cada operação.
Além disso, a demora na liberação das mercadorias pode impedir a venda na época adequada. A comercialização de roupas depende da estação. Este detalhe foi lembrado por exportadores brasileiros no ano passado, diante da demora na concessão das licenças. Neste ano, as barreiras estão dificultando a entrega de produtos de chocolate para a Páscoa.
O governo argentino resolveu também aumentar a aplicação de sobretaxas a produtos brasileiros, alegando a prática de dumping, isto é, a concorrência desleal, baseada em preços inferiores aos considerados normais no mercado. Taxas antidumping foram aplicadas a algumas indústrias e outras estão em estudo.
Sobretaxas desse tipo são usadas frequentemente no comércio internacional. Com frequência, porém, a cobrança de direitos antidumping é baseada em argumentos distorcidos e atende apenas a interesses protecionistas, como já foi mostrado em muitos processos na OMC. No caso da Argentina, o recurso frequente a medidas protecionistas desmoraliza qualquer alegação de dumping, especialmente contra produtos brasileiros.
Protecionismo é a grande especialidade revelada até agora pela ministra da Indústria, Débora Giorgi. Mas ela não está sozinha na execução dessa política. É auxiliada pelo secretário do Comércio Interior, Guillermo Moreno, perito na fabricação de índices de inflação favoráveis ao governo especialista em pressionar importadores para deixarem de comprar produtos brasileiros. Quanto ao governo brasileiro, sua especialidade, nessa área, tem sido a tolerância à imposição de barreiras a produtos brasileiros pelos governos da região.
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PS: Escrevi um artigo chamado "Seria o Mercosul Reversível?", explorando justamente as possibilidades de reconversão do Mercosul em simples zona de livre comércio. Estou aguardando autorização para publicá-lo.
Aguardem.
Paulo Roberto de Almeida
Mister Chavez e o capitalismo galatico: a piada da semana
Nem sempre se pode contar com pensadores desse escopo planetário, talvez até mais, intergalático. Os exploradores da estratosfera ainda vão descobrir, em planetas perdidos, traços de antigas civilizações capitalistas, que declinaram e morreram em virtude da maldita ambição do lucro, que a todos consome e tudo consome. Os capitalistas acabaram com Marte.
Aí os trabalhadores pegaram uma nave socialista e emigraram para a Terra.
A despeito de viajarem à velocidade da luz, demorou tanto que todo mundo pode ler no caminho os três volumes do Capital de Marx e decorando o Programa de Gotha...
Pelo menos é o que pensa Chávez...
Paulo Roberto de Almeida
Chávez diz que capitalismo pode ter acabado com a vida em Marte
'Imperialismo chegou e acabou com o planeta', disse presidente venezuelano
Reuters, 22 de março de 2011
"O que era mar, virou deserto", relatou o presidente.
CARACAS - O capitalismo pode ter sido o culpado pela falta de vida em Marte, disse nesta terça-feira, 22, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. "Eu sempre digo, e ouço, que não seria estranho se tivesse existido uma civilização em Marte, mas talvez o capitalismo tenha chegado lá, o imperialismo chegou e acabou com o planeta", disse Chávez em discurso para marcar o Dia Mundial da Água.
Chávez, que também coloca no capitalismo a culpa por vários problemas do mundo, alertou que o abastecimento de água na Terra está acabando. "Cuidado! Aqui no planeta Terra, onde centenas de anos atrás ou menos havia grandes florestas, agora há desertos. Onde havia rios, há desertos", disse Chávez. Ele acrescentou que os ataques do Ocidente sobre a Líbia tinham como motivação fontes de água e reservas de petróleo.
O Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA recomendou neste mês que a principal prioridade da Nasa deveria ser construir um robô que ajudasse a determinar se já houve vida em Marte e que revelasse o histórico climático e geológico do planeta. Esse também seria o primeiro passo num esforço para trazer de volta à Terra amostras de Marte.
Aí os trabalhadores pegaram uma nave socialista e emigraram para a Terra.
A despeito de viajarem à velocidade da luz, demorou tanto que todo mundo pode ler no caminho os três volumes do Capital de Marx e decorando o Programa de Gotha...
Pelo menos é o que pensa Chávez...
Paulo Roberto de Almeida
Chávez diz que capitalismo pode ter acabado com a vida em Marte
'Imperialismo chegou e acabou com o planeta', disse presidente venezuelano
Reuters, 22 de março de 2011
"O que era mar, virou deserto", relatou o presidente.
CARACAS - O capitalismo pode ter sido o culpado pela falta de vida em Marte, disse nesta terça-feira, 22, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. "Eu sempre digo, e ouço, que não seria estranho se tivesse existido uma civilização em Marte, mas talvez o capitalismo tenha chegado lá, o imperialismo chegou e acabou com o planeta", disse Chávez em discurso para marcar o Dia Mundial da Água.
Chávez, que também coloca no capitalismo a culpa por vários problemas do mundo, alertou que o abastecimento de água na Terra está acabando. "Cuidado! Aqui no planeta Terra, onde centenas de anos atrás ou menos havia grandes florestas, agora há desertos. Onde havia rios, há desertos", disse Chávez. Ele acrescentou que os ataques do Ocidente sobre a Líbia tinham como motivação fontes de água e reservas de petróleo.
O Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA recomendou neste mês que a principal prioridade da Nasa deveria ser construir um robô que ajudasse a determinar se já houve vida em Marte e que revelasse o histórico climático e geológico do planeta. Esse também seria o primeiro passo num esforço para trazer de volta à Terra amostras de Marte.
terça-feira, 22 de março de 2011
Escola de Guerra Naval: chamada de artigos
Apenas anunciando:
Revista da Escola de Guerra Naval
Chamada para artigos
A Revista da EGN é um periódico especializado que tem o propósito de disseminar e promover o intercâmbio, em níveis nacional e internacional, de informações das seguintes áreas: Ciência Política; Geopolítica; Defesa; Estratégia; Relações Internacionais; Direito Internacional e Gestão. Desta forma, ela visa proporcionar maior integração entre a Marinha do Brasil e a sociedade, publicando textos científicos.
A Revista tem periodicidade semestral, é publicada em português, inglês e espanhol e encontra-se na base de dados QUALIS-PERIÓDIOCOS. Neste primeiro semestre, haverá uma edição especial sobre o tema: “Livro Branco da Defesa Nacional” e os assuntos que nele devam ser considerados.
Assim sendo, temos o prazer de convidar a todos os interessados que proponham artigos desse tema até 27 de maio de 2011.
Segue abaixo arquivo com as normas de publicação na Revista da Escola de Guerra Naval.
· link: http://www.egn.mar.mil.br/arquivos/revistaEgn/revistaEgn.htm
· informações e contato: revista@egn.mar.mil.br
ANDRÉ PANNO BEIRÃO
Capitão-de-Fragata
Secretário-Executivo
Centro de Estudos Político-Estratégicos
Escola de Guerra Naval
Revista da Escola de Guerra Naval
Chamada para artigos
A Revista da EGN é um periódico especializado que tem o propósito de disseminar e promover o intercâmbio, em níveis nacional e internacional, de informações das seguintes áreas: Ciência Política; Geopolítica; Defesa; Estratégia; Relações Internacionais; Direito Internacional e Gestão. Desta forma, ela visa proporcionar maior integração entre a Marinha do Brasil e a sociedade, publicando textos científicos.
A Revista tem periodicidade semestral, é publicada em português, inglês e espanhol e encontra-se na base de dados QUALIS-PERIÓDIOCOS. Neste primeiro semestre, haverá uma edição especial sobre o tema: “Livro Branco da Defesa Nacional” e os assuntos que nele devam ser considerados.
Assim sendo, temos o prazer de convidar a todos os interessados que proponham artigos desse tema até 27 de maio de 2011.
Segue abaixo arquivo com as normas de publicação na Revista da Escola de Guerra Naval.
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ANDRÉ PANNO BEIRÃO
Capitão-de-Fragata
Secretário-Executivo
Centro de Estudos Político-Estratégicos
Escola de Guerra Naval
Revista Brasileira de Política Internacional - 2/2010 disponivel no Scielo
Por acaso -- no caso deliberadamente, para dizer a verdade -- tenho duas matérias no número 2/2010 da RBPI
Caro leitor,
A Revista Brasileira de Política Internacional - RBPI acaba de publicar
seu último número em http://www.scielo.br/rbpi.
Agradecemos seu interesse em nosso trabalho,
Editoria RBPI
Revista Brasileira de Política Internacional
editoria@ibri-rbpi.org
Revista Brasileira de Política Internacional
Vol. 53, No 2 (2010)
Sumário
http://submission.scielo.br/index.php/rbpi/issue/view/187
Artigos
--------
Rupturas e continuidades no padrão organizacional e decisório do
Ministério das Relações Exteriores
Ariane Roder Figueira
Os Processos Constituintes de 1988 e 1946 e a definição do papel do
Congresso Nacional na Política Externa Brasileira
Marcelo Costa Ferreira
Intenções vs desempenho: o Brasil na política externa portuguesa
(1976-2007)
Carmen Sofia Fonseca
A lógica da construção de confiança: relações Brasil-Suriname entre
1975 e 1985.
João Nackle Urt
Brasil e China: uma nova aliança não escrita?
Henrique Altemani de Oliveira
Brazil: an emerging military power? The problem of the use of force
throughout the Brazilian international relations into the 21st century
João Fábio Bertonha
Sources of Brazil´s counter-hegemony
Marcos Aurelio Guedes de Oliveira
Rendering peacekeeping instrumental? The Brazilian approach to United
Nations peacekeeping during the Lula da Silva years (2003-2010)
Fernando Cavalcante
Never Seen Before in Brazil: Lula’s grand diplomacy
Paulo Roberto de Almeida
Brazil and the nuclear issues in the years of Lula (2003 – 2010)
Carlo Patti
Brazilian Enterprises: The difficult adaptation to Globalization
Virgílio Arraes
John Russell-Wood: obituário de um membro do Conselho da RBPI
Paulo Roberto de Almeida
__________________________
Revista Brasileira de Política Internacional - RBPI
http://www.scielo.br/rbpi
Caro leitor,
A Revista Brasileira de Política Internacional - RBPI acaba de publicar
seu último número em http://www.scielo.br/rbpi.
Agradecemos seu interesse em nosso trabalho,
Editoria RBPI
Revista Brasileira de Política Internacional
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Revista Brasileira de Política Internacional
Vol. 53, No 2 (2010)
Sumário
http://submission.scielo.br/index.php/rbpi/issue/view/187
Artigos
--------
Rupturas e continuidades no padrão organizacional e decisório do
Ministério das Relações Exteriores
Ariane Roder Figueira
Os Processos Constituintes de 1988 e 1946 e a definição do papel do
Congresso Nacional na Política Externa Brasileira
Marcelo Costa Ferreira
Intenções vs desempenho: o Brasil na política externa portuguesa
(1976-2007)
Carmen Sofia Fonseca
A lógica da construção de confiança: relações Brasil-Suriname entre
1975 e 1985.
João Nackle Urt
Brasil e China: uma nova aliança não escrita?
Henrique Altemani de Oliveira
Brazil: an emerging military power? The problem of the use of force
throughout the Brazilian international relations into the 21st century
João Fábio Bertonha
Sources of Brazil´s counter-hegemony
Marcos Aurelio Guedes de Oliveira
Rendering peacekeeping instrumental? The Brazilian approach to United
Nations peacekeeping during the Lula da Silva years (2003-2010)
Fernando Cavalcante
Never Seen Before in Brazil: Lula’s grand diplomacy
Paulo Roberto de Almeida
Brazil and the nuclear issues in the years of Lula (2003 – 2010)
Carlo Patti
Brazilian Enterprises: The difficult adaptation to Globalization
Virgílio Arraes
John Russell-Wood: obituário de um membro do Conselho da RBPI
Paulo Roberto de Almeida
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Teoria dos sapatos soberanos: você prefere revista pouco soberana, talvez?
Um dos argumentos mais calhordas que eu já ouvi, pessoalmente, da boca de certos ministros preocupados com a defesa da soberania nacional, é o de que os sapatos que a gente usa constituem o repositório da soberania nacional.
Pois é, todo mundo sabe dos controles exigidos nos aeroportos americanos depois dos ataques terroristas de 11 de setembro. Eu mesmo acabo de voltar dos EUA, para uma reunião acadêmica e, como TODO e QUALQUER TURISTA OU VIAJANTE, tive de tirar os sapatos. Procedimento absolutamente rotineiro, destinado a salvar vidas, de TODOS.
Autoridades podem invocar sua condição para eximir-se da obrigação, mas é preciso avisar antes, para que a segurança determine essa isenção. Chegando assim de surpresa, todo mundo tira os sapatos em aeroportos americanos.
O importante é ressaltar que toda e qualquer autoridade nacional tem o direito de estabelecer regras de segurança, soberanamente.
Independentemente disso, os calhordas da soberania sapateira sempre aproveitaram um episódio com um ministro do governo neoliberal para invocar que, com eles era (ou seria) diferente. Não era, mas eles faziam tudo, antecipadamente para que algo do gênero não ocorresse, e para que depois continuassem invocando o argumento calhorda da soberania.
O presidente do nunca antes chegou até a dizer que ministro dele que tirasse os sapatos nos EUA já voltava para o Brasil destituído da condição de ministro.
Pois bem, tampouco foi, como verificamos agora no próprio território nacional.
Assim, seria interessante ouvir agora as mesmas pessoas a respeito do episódio ocorrido com ministros brasileiros NO BRASIL que foram SUBMETIDOS A REVISTA PESSOAL por agentes da segurança do presidente americano, quando da recente visita de Barak Obama ao Brasil. Constrangedor, não é mesmo? Pouco soberano, pois não?
Não vão invocar o princípio da soberania brasileira para defender o respeito à autoridade de ministros brasileiros no próprio Brasil?
Quem quiser saber o que penso a respeito dessa lamentável exploração de um ato corriqueiro de segurança por pessoas destituídas de caráter que adoram equiparar sapatos e soberania, pode ler este meu post:
Sapatos e soberania: um argumento idiota sempre repetido (14 Jul 2010)
Como alguém teve o mau-caratismo de invocar, pela enésima vez, a tal história dos sapatos, sempre contada com aquela baba de prazer indigno que acometem pessoas que não possuem argumentos melhores a esgrimir, permito-me republicar aqui...
Bem, vou esperar pelas explicações dos ministros revistados e pelos comentários daqueles que também acham que a soberania do país está depositada em seus sapatos (neste caso atual, nas roupas e até, quem sabe?, nas partes íntimas...).
Pois é, todo mundo sabe dos controles exigidos nos aeroportos americanos depois dos ataques terroristas de 11 de setembro. Eu mesmo acabo de voltar dos EUA, para uma reunião acadêmica e, como TODO e QUALQUER TURISTA OU VIAJANTE, tive de tirar os sapatos. Procedimento absolutamente rotineiro, destinado a salvar vidas, de TODOS.
Autoridades podem invocar sua condição para eximir-se da obrigação, mas é preciso avisar antes, para que a segurança determine essa isenção. Chegando assim de surpresa, todo mundo tira os sapatos em aeroportos americanos.
O importante é ressaltar que toda e qualquer autoridade nacional tem o direito de estabelecer regras de segurança, soberanamente.
Independentemente disso, os calhordas da soberania sapateira sempre aproveitaram um episódio com um ministro do governo neoliberal para invocar que, com eles era (ou seria) diferente. Não era, mas eles faziam tudo, antecipadamente para que algo do gênero não ocorresse, e para que depois continuassem invocando o argumento calhorda da soberania.
O presidente do nunca antes chegou até a dizer que ministro dele que tirasse os sapatos nos EUA já voltava para o Brasil destituído da condição de ministro.
Pois bem, tampouco foi, como verificamos agora no próprio território nacional.
Assim, seria interessante ouvir agora as mesmas pessoas a respeito do episódio ocorrido com ministros brasileiros NO BRASIL que foram SUBMETIDOS A REVISTA PESSOAL por agentes da segurança do presidente americano, quando da recente visita de Barak Obama ao Brasil. Constrangedor, não é mesmo? Pouco soberano, pois não?
Não vão invocar o princípio da soberania brasileira para defender o respeito à autoridade de ministros brasileiros no próprio Brasil?
Quem quiser saber o que penso a respeito dessa lamentável exploração de um ato corriqueiro de segurança por pessoas destituídas de caráter que adoram equiparar sapatos e soberania, pode ler este meu post:
Sapatos e soberania: um argumento idiota sempre repetido (14 Jul 2010)
Como alguém teve o mau-caratismo de invocar, pela enésima vez, a tal história dos sapatos, sempre contada com aquela baba de prazer indigno que acometem pessoas que não possuem argumentos melhores a esgrimir, permito-me republicar aqui...
Bem, vou esperar pelas explicações dos ministros revistados e pelos comentários daqueles que também acham que a soberania do país está depositada em seus sapatos (neste caso atual, nas roupas e até, quem sabe?, nas partes íntimas...).
segunda-feira, 21 de março de 2011
America Latina e os episodios militares na Libia: tentando entender...
Eu confesso que tive aulas de lógica formal, ainda no ensino secundário. E depois li uns tantos livros sobre argumentos lógicos, racionalidade intrínseca, consistência no discurso, enfim, tudo aquilo que vulgarmente se chama de "coisa com coisa".
Confesso também que sempre procuro interpretar o mundo, e os seus problemas, à luz de argumentos lógicos, de um raciocínio mais ou menos consistente, que se mantém de pé, mesmo quando a gente dá uma quantas voltas em torno do assunto, indicando assim que não corremos o risco de cair em contradição, que não seremos objeto de algum comentário maldoso de um observador mais exigente com relação a essas coisas da linguagem e do pensamento, enfim, essas velharias, que nos bons tempos eram levada a sério.
Acho (e aproveito para confessar) que estou errado, pelo menos pelo que vejo do que aparece (e que deveria desaparecer imediatamente) na América Latina: dirigentes políticos falando os que lhes dá na telha, e até o que NÃO lhes dá na cabeça, com julgamentos impressionantes e impressionistas em relação aos critérios de lógica formal enunciados acima.
Leiam o que vai abaixo e depois voltamos a comentar. Não riam, por favor; estou fazendo um exercício de lógica formal, não um julgamento político.
Eu apenas ajudo, destacando o que me parece destacável, com perdão da expressão um tanto quanto ambígua...
Paulo Roberto de Almeida
Gobernantes de América Latina se manifiestan a favor y en contra de ataque en Libia
Agencia EFE, 20/03/2011
Bogotá, 20 mar (EFE).- Los gobernantes de América Latina tomaron hoy partido a favor y en contra de la intervención militar en Libia, en una jornada en la que según la coalición internacional, ya se ha conseguido imponer una zona de exclusión aérea en el país magrebí.
La intervención militar internacional para proteger a la población libia comenzó este sábado, según acordaron representantes de 22 países que se reunieron ayer en París para definir las medidas para hacer cumplir la resolución 1937 del Consejo de Seguridad de la ONU.
En ese sentido, fuerzas de EE.UU., Francia y Gran Bretaña lanzaron ataques aéreos contra los sistemas de defensa antiaérea libios, además, se establecieron patrullas de combate aéreo sobre Bengasi para que las tropas leales al líder libio Muamar el Gadafi no marchen sobre el bastión rebelde en la zona oriental del país.
Brasil, que fue uno de los cinco miembros del Consejo de Seguridad de la ONU que se abstuvo en la votación de la resolución 1973, que crea una zona de exclusión aérea en Libia, no se ha pronunciado sobre el comienzo de las operaciones militares, que coincidió con una visita a Brasilia del presidente estadounidense, Barack Obama.
"Hoy he autorizado a las Fuerzas Armadas de Estados Unidos que lancen una acción limitada contra Libia", señaló Obama, después de su encuentro con la mandataria brasileña, Dilma Rousseff.
El presidente venezolano, Hugo Chávez, quien había propuesto que se creará una comisión internacional de paz para ayudar a resolver el conflicto interno en Libia y que contó con el respaldo de Gadafi, pidió hoy un cese de "la agresión", a la que tildó como una "locura imperial".
Al tiempo, el canciller de Venezuela, Nicolás Maduro, dijo que lo ocurrido desatará "una situación de guerra en el Mediterráneo con consecuencias inimaginables".
En sus apreciaciones lo secundó el expresidente cubano Fidel Castro, quien consideró que el "poderío" militar de la OTAN sobra y es "estúpido" porque "no se usaría, ni puede usarse. Solo sirve para demostrar el derroche y el caos engendrados por el capitalismo".
Cuestionó, asimismo, la existencia del Consejo de Seguridad y "el veto, antiveto, mayoría, minoría, abstención, discursos, demagogia y los solemnes alegatos de (el secretario general de la ONU) Ban Ki-moon".
De igual forma, el presidente de Nicaragua, Daniel Ortega, criticó a las Naciones Unidas por convertirse en "un instrumento de esas potencias al servicio de la guerra, de la muerte" y agregó que "ahora viene una guerra externa (contra Libia) buscando cómo arrebatar el petróleo" porque "lo de democracia es puro cuento".
Lo anterior fue apoyado por el canciller argentino, Héctor Timerman, al cuestionar que el ataque haya sido resuelto por el Consejo de Seguridad sin un debate amplio por parte de la Asamblea General de la ONU, lo que, apostilló, "muestra que hay que modificar el poder de veto".
En el mismo sentido, el mandatario boliviano, Evo Morales, quien reiteró su "condena, repudio y rechazo" a la intervención, aclaró que si bien no acepta "que se violen los derechos humanos en Libia" y que por ello "deben ser investigados y sancionados" quienes lo hicieron, las "potencias" no deben aprovechar esa situación para una intervención militar.
Desde Ecuador, la Cancillería manifestó que "es inadmisible" lo sucedido, pues la "intrusión lamentablemente promueve la escalada de violencia".
En un comunicado indicó que la nación andina "siempre ha defendido la paz y la solución de las controversias de manera pacífica", por lo que, sostuvo, el ataque "no contribuye a la salida de los problemas más aun cuando los mismos grupos que reclaman al Gobierno libio han pedido a Occidente que no haya intervención de fuerzas extranjeras en su país".
Fernando Lugo, por su parte, afirmó que para Paraguay "ningún tipo de violencia es justificable", lamentó la autorización de la ONU para el empleo de la fuerza y se declaró esperanzado en que "la racionalidad, cordura, equidad y sobre todo el principio de autodeterminación de los pueblos, que son dueños de sus propios procesos, puedan ser respetados".
El mandatario uruguayo, José Mujica, dijo que los ataques son "lamentables" y "dan ganas de llorar", porque "salvar vidas a bombazos es un contrasentido inexplicable".
Por el contrario, el que sí se mostró a favor de la intervención fue el colombiano Juan Manuel Santos al sostener que el régimen de Libia "se ha burlado" de la resolución de la ONU que exige un inmediato alto el fuego en ese país.
Colombia, que es en la actualidad miembro no permanente del Consejo de Seguridad, "siempre va a apoyar las posiciones que defiendan la libertad y la democracia", enfatizó el jefe de Estado.
La decisión encontró respaldo también en el Gobierno de Chile, cuyo Ministerio de Relaciones Exteriores deploró las "acciones armadas ejecutadas por el Gobierno libio" contra "su propio pueblo" y manifestó su esperanza de que se que se ponga término a la violencia.
Igualmente, la Secretaría de Relaciones Exteriores de México pidió a las autoridades libias "detener de manera inmediata las violaciones graves y masivas a los derechos humanos de la población civil" y solicitó que se continúe trabajando coordinadamente con la Liga Árabe y la Unión Africana, a fin de que el papel y sus voces sean plenamente tomados en cuenta.
En cabeza de su gobernante, Alan García, Perú, primer país en romper relaciones diplomáticas con Libia tras los ataques aéreos que Gadafi lanzó sobre los que reclaman su salida del poder, saludó la intervención.
El presidente afirmó que "se está demostrando que el derecho internacional es fundamental para la convivencia de los pueblos y defender los derechos humanos" y que consideró "que ha dado resultado", y ya se verá "cómo en poco tiempo la situación cambiará en favor de la democracia".
Finalmente, la Iglesia salvadoreña, en voz del arzobispo de San Salvador, José Luis Escobar Alas, expresó su preocupación por la muerte de civiles y pidió que el conflicto se resuelva de la mejor manera para que pueden "vivir en paz y en libertad".
=================
Voltei(PRA), como diria alguém [RA]:
O que me chamou a atenção foi:
1) O chanceler de Venezuela, Nicolás Maduro, para quem haverá "una situación de guerra en el Mediterráneo con consecuencias inimaginables".
Não consigo imaginar esse conflito cobrindo todo o Mediterrâneo, e não tenho ideia de como ele se desenvolverá. Caberia perguntar ao próprio, em todo caso.
2) Fidel Castro aproveitou para atacar -- que diria? -- o capitalismo, mas disse que o "poderío" militar da OTAN é "estúpido" (sic; !!??) porque "não poderia ser usado" Confesso que não entendi. Para que, então, se tem uma aliança militar: só para fazer de conta?
3) O chanceler argentino, Héctor Timerman, disse que seria preciso "modificar o poder de veto" . Mas, como? Se ele justamente não foi usado desta vez!?
4) Para o presidente do Paraguay "nenhum tipo de violencia é justificável", e lamentou a "autorização dada à ONU para o emprego da força". Mas, se o CSNU não serve para impedir outras violências, ele serviria para o quê, exatamente?
5) Para o presidente uruguaio, José Mujica, "salvar vidas a bombardeios é um contrasenso inexplicável". Mas como ele pretendia fazer com o mandatario líbio, que estava justamente "salvando" a golpes de canhão e de mísseis aéreos?
Todos eles são, supostanmente a favor do diálogo, das boas palavras, das soluções pacíficas. Só esquecem de dizer como fazer com quem não erspeita essas regras.
Eu não consigo entender.
Se alguém souber explicar...
Paulo Roberto de Almeuida
Confesso também que sempre procuro interpretar o mundo, e os seus problemas, à luz de argumentos lógicos, de um raciocínio mais ou menos consistente, que se mantém de pé, mesmo quando a gente dá uma quantas voltas em torno do assunto, indicando assim que não corremos o risco de cair em contradição, que não seremos objeto de algum comentário maldoso de um observador mais exigente com relação a essas coisas da linguagem e do pensamento, enfim, essas velharias, que nos bons tempos eram levada a sério.
Acho (e aproveito para confessar) que estou errado, pelo menos pelo que vejo do que aparece (e que deveria desaparecer imediatamente) na América Latina: dirigentes políticos falando os que lhes dá na telha, e até o que NÃO lhes dá na cabeça, com julgamentos impressionantes e impressionistas em relação aos critérios de lógica formal enunciados acima.
Leiam o que vai abaixo e depois voltamos a comentar. Não riam, por favor; estou fazendo um exercício de lógica formal, não um julgamento político.
Eu apenas ajudo, destacando o que me parece destacável, com perdão da expressão um tanto quanto ambígua...
Paulo Roberto de Almeida
Gobernantes de América Latina se manifiestan a favor y en contra de ataque en Libia
Agencia EFE, 20/03/2011
Bogotá, 20 mar (EFE).- Los gobernantes de América Latina tomaron hoy partido a favor y en contra de la intervención militar en Libia, en una jornada en la que según la coalición internacional, ya se ha conseguido imponer una zona de exclusión aérea en el país magrebí.
La intervención militar internacional para proteger a la población libia comenzó este sábado, según acordaron representantes de 22 países que se reunieron ayer en París para definir las medidas para hacer cumplir la resolución 1937 del Consejo de Seguridad de la ONU.
En ese sentido, fuerzas de EE.UU., Francia y Gran Bretaña lanzaron ataques aéreos contra los sistemas de defensa antiaérea libios, además, se establecieron patrullas de combate aéreo sobre Bengasi para que las tropas leales al líder libio Muamar el Gadafi no marchen sobre el bastión rebelde en la zona oriental del país.
Brasil, que fue uno de los cinco miembros del Consejo de Seguridad de la ONU que se abstuvo en la votación de la resolución 1973, que crea una zona de exclusión aérea en Libia, no se ha pronunciado sobre el comienzo de las operaciones militares, que coincidió con una visita a Brasilia del presidente estadounidense, Barack Obama.
"Hoy he autorizado a las Fuerzas Armadas de Estados Unidos que lancen una acción limitada contra Libia", señaló Obama, después de su encuentro con la mandataria brasileña, Dilma Rousseff.
El presidente venezolano, Hugo Chávez, quien había propuesto que se creará una comisión internacional de paz para ayudar a resolver el conflicto interno en Libia y que contó con el respaldo de Gadafi, pidió hoy un cese de "la agresión", a la que tildó como una "locura imperial".
Al tiempo, el canciller de Venezuela, Nicolás Maduro, dijo que lo ocurrido desatará "una situación de guerra en el Mediterráneo con consecuencias inimaginables".
En sus apreciaciones lo secundó el expresidente cubano Fidel Castro, quien consideró que el "poderío" militar de la OTAN sobra y es "estúpido" porque "no se usaría, ni puede usarse. Solo sirve para demostrar el derroche y el caos engendrados por el capitalismo".
Cuestionó, asimismo, la existencia del Consejo de Seguridad y "el veto, antiveto, mayoría, minoría, abstención, discursos, demagogia y los solemnes alegatos de (el secretario general de la ONU) Ban Ki-moon".
De igual forma, el presidente de Nicaragua, Daniel Ortega, criticó a las Naciones Unidas por convertirse en "un instrumento de esas potencias al servicio de la guerra, de la muerte" y agregó que "ahora viene una guerra externa (contra Libia) buscando cómo arrebatar el petróleo" porque "lo de democracia es puro cuento".
Lo anterior fue apoyado por el canciller argentino, Héctor Timerman, al cuestionar que el ataque haya sido resuelto por el Consejo de Seguridad sin un debate amplio por parte de la Asamblea General de la ONU, lo que, apostilló, "muestra que hay que modificar el poder de veto".
En el mismo sentido, el mandatario boliviano, Evo Morales, quien reiteró su "condena, repudio y rechazo" a la intervención, aclaró que si bien no acepta "que se violen los derechos humanos en Libia" y que por ello "deben ser investigados y sancionados" quienes lo hicieron, las "potencias" no deben aprovechar esa situación para una intervención militar.
Desde Ecuador, la Cancillería manifestó que "es inadmisible" lo sucedido, pues la "intrusión lamentablemente promueve la escalada de violencia".
En un comunicado indicó que la nación andina "siempre ha defendido la paz y la solución de las controversias de manera pacífica", por lo que, sostuvo, el ataque "no contribuye a la salida de los problemas más aun cuando los mismos grupos que reclaman al Gobierno libio han pedido a Occidente que no haya intervención de fuerzas extranjeras en su país".
Fernando Lugo, por su parte, afirmó que para Paraguay "ningún tipo de violencia es justificable", lamentó la autorización de la ONU para el empleo de la fuerza y se declaró esperanzado en que "la racionalidad, cordura, equidad y sobre todo el principio de autodeterminación de los pueblos, que son dueños de sus propios procesos, puedan ser respetados".
El mandatario uruguayo, José Mujica, dijo que los ataques son "lamentables" y "dan ganas de llorar", porque "salvar vidas a bombazos es un contrasentido inexplicable".
Por el contrario, el que sí se mostró a favor de la intervención fue el colombiano Juan Manuel Santos al sostener que el régimen de Libia "se ha burlado" de la resolución de la ONU que exige un inmediato alto el fuego en ese país.
Colombia, que es en la actualidad miembro no permanente del Consejo de Seguridad, "siempre va a apoyar las posiciones que defiendan la libertad y la democracia", enfatizó el jefe de Estado.
La decisión encontró respaldo también en el Gobierno de Chile, cuyo Ministerio de Relaciones Exteriores deploró las "acciones armadas ejecutadas por el Gobierno libio" contra "su propio pueblo" y manifestó su esperanza de que se que se ponga término a la violencia.
Igualmente, la Secretaría de Relaciones Exteriores de México pidió a las autoridades libias "detener de manera inmediata las violaciones graves y masivas a los derechos humanos de la población civil" y solicitó que se continúe trabajando coordinadamente con la Liga Árabe y la Unión Africana, a fin de que el papel y sus voces sean plenamente tomados en cuenta.
En cabeza de su gobernante, Alan García, Perú, primer país en romper relaciones diplomáticas con Libia tras los ataques aéreos que Gadafi lanzó sobre los que reclaman su salida del poder, saludó la intervención.
El presidente afirmó que "se está demostrando que el derecho internacional es fundamental para la convivencia de los pueblos y defender los derechos humanos" y que consideró "que ha dado resultado", y ya se verá "cómo en poco tiempo la situación cambiará en favor de la democracia".
Finalmente, la Iglesia salvadoreña, en voz del arzobispo de San Salvador, José Luis Escobar Alas, expresó su preocupación por la muerte de civiles y pidió que el conflicto se resuelva de la mejor manera para que pueden "vivir en paz y en libertad".
=================
Voltei(PRA), como diria alguém [RA]:
O que me chamou a atenção foi:
1) O chanceler de Venezuela, Nicolás Maduro, para quem haverá "una situación de guerra en el Mediterráneo con consecuencias inimaginables".
Não consigo imaginar esse conflito cobrindo todo o Mediterrâneo, e não tenho ideia de como ele se desenvolverá. Caberia perguntar ao próprio, em todo caso.
2) Fidel Castro aproveitou para atacar -- que diria? -- o capitalismo, mas disse que o "poderío" militar da OTAN é "estúpido" (sic; !!??) porque "não poderia ser usado" Confesso que não entendi. Para que, então, se tem uma aliança militar: só para fazer de conta?
3) O chanceler argentino, Héctor Timerman, disse que seria preciso "modificar o poder de veto" . Mas, como? Se ele justamente não foi usado desta vez!?
4) Para o presidente do Paraguay "nenhum tipo de violencia é justificável", e lamentou a "autorização dada à ONU para o emprego da força". Mas, se o CSNU não serve para impedir outras violências, ele serviria para o quê, exatamente?
5) Para o presidente uruguaio, José Mujica, "salvar vidas a bombardeios é um contrasenso inexplicável". Mas como ele pretendia fazer com o mandatario líbio, que estava justamente "salvando" a golpes de canhão e de mísseis aéreos?
Todos eles são, supostanmente a favor do diálogo, das boas palavras, das soluções pacíficas. Só esquecem de dizer como fazer com quem não erspeita essas regras.
Eu não consigo entender.
Se alguém souber explicar...
Paulo Roberto de Almeuida
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