Um livro que já li e que tenho prazer em recomendar:
Empire: the rise and demise of the British world order and the lessons for global power
Niall Ferguson
Basic Books, 2004 - History - 351 pages
The British Empire was the largest in all history: the nearest thing to world domination ever achieved. By the eve of World War II, around a quarter of the world's land surface was under some form of British rule. Yet for today's generation, the British Empire seems a Victorian irrelevance. The time is ripe for a reappraisal, and inEmpire, Niall Ferguson boldly recasts the British Empire as one of the world's greatest modernizing forces.An important new work of synthesis and revision,Empireargues that the world we know today is in large measure the product of Britain's Age of Empire. The spread of capitalism, the communications revolution, the notion of humanitarianism, and the institutions of parliamentary democracy-all these can be traced back to the extraordinary expansion of Britain's economy, population, and culture from the seventeenth century until the mid-twentieth. On a vast and vividly colored canvas,Empireshows how the British Empire acted as midwife to modernity.Displaying the originality and rigor that have made him the brightest light among British historians, Ferguson shows that the story of the Empire is pregnant with lessons for today-in particular for the United States as it stands on the brink of a new era of imperial power, based once again on economic and military supremacy. A dazzling tour de force,Empireis a remarkable reappraisal of the prizes and pitfalls of global empire.
Review: Empire: The Rise and Demise of the British World Order and the Lessons for Global Power
Editorial Review - Reed Business Information (c) 2003
Acclaimed British historian Ferguson (The Pity of War) takes the revisionist (or perhaps re-revisionist) position that the British Empire was, on balance, a good thing, that it "impos[ed] free markets, the rule of law... and relatively incorrupt government" on a quarter of the globe. Ferguson's imperial boosterism differs from more critical recent scholarship on the empire, such as Linda Colley's Captives (Forecasts, Dec. 2, 2002) and Simon Schama's A History of Britain: The Fate of Empire (Forecasts, Dec. 23, 2002). Ferguson's gracefully written narrative traces the history of the empire from its beginnings in the 16th century. As Ferguson tells it, by the 18th century British consumers had developed a strong taste for sugar, tobacco, coffee, tea and other imports. The empire's role was to supply these commodities and to offer cheap land to British settlers. Not until the late 18th century did Britain add a "civilizing mission" to its commercial motives. Liberals in Britain, often fired by religious feelings, abolished the slave trade and then set out to Christianize indigenous peoples. Ferguson gives a wonderful account of the fabled career of missionary and explorer David Livingstone. The author admits that the British sometimes responded to native opposition with brutality and racism. Yet he argues that other empires, especially those of Germany and Japan, were far more brutal (a not entirely satisfying defense). Indeed, Ferguson contends that Britain nobly sacrificed its empire in order to defeat these imperial rivals in WWII. His provocative and elegantly written account will surely trigger debate, if not downright vilification, among history readers and postcolonial scholars. 25 color illus., b&w illus., maps. (Apr.) Forecast: The young and attractive Ferguson is something of a celebrity in Great Britain, where he's been called "the Errol Flynn of British history"; so expect additional media attention. He currently teaches at New York University.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sábado, 9 de abril de 2011
Politica Externa Brasileira: direitos humanos na China
Interessante essa afirmação: pelas palavras do embaixador do Brasil em Pequim, os dois dirigentes vão tratar da questão teoricamente, ou seja, cada país respeita dos direitos humanos, segundo seus princípios constitucionais e segundo suas realidades sociais, políticas e econômicas.
Segundo ele, "Os dois países enfrentam uma série de problemas nessa área, que refletem em parte o estágio de desenvolvimento em que se encontram".
Teoricamente, a polícia não deveria torturar presos nas delegacias brasileiras. Teoricamente, a China não deveria censurar a internet ou prender simples manifestantes políticos, expressando pacificamente sua opinião quanto ao regime em vigor no país, a falta de eleições diretas para os cargos dirigentes, o monopólio do Partido Comunista, etc.
Teoricamente, os dois dirigentes vão se felicitar pelo bom estado das relações bilaterais e vão continuar proclamando sua vontade de respeitar e defender os direitos humanos de seus cidadãos.
Teoricamente está tudo bem, tendo em vista o nível de desenvolvimento em que se encontram os dois países. Praticamente, esse nível de desenvolvimento dificulta a que os direitos humanos sejam plenamente respeitados em cada um deles.
Teoricamente, o mundo é perfeito, na visão panglossiana de certos dirigentes (e comentaristas).
Paulo Roberto de Almeida
Dilma vai tratar de direitos humanos em viagem oficial à China
Cláudia Trevisan - CORRESPONDENTE / PEQUIM
O Estado de S.Paulo, 09 de abril de 2011
Embaixador brasileiro em Pequim diz que assunto estará em pauta, em meio a onda de repressão do Partido Comunista - Governo prendeu pelo menos 27 dissidentes
A questão dos direitos humanos estará na agenda da visita da presidente Dilma Rousseff a Pequim, na próxima semana. A líder brasileira desembarca na China no momento em que o Partido Comunista empreende a mais violenta onda de repressão a críticos e dissidentes em dez anos, que levou à detenção ou ao desaparecimento de 27 pessoas e a dezenas de ordens de prisão domiciliar. A ênfase que Dilma dará ao tema será mais um teste para a política externa do governo, que elevou ao primeiro plano o respeito aos direitos humanos.
O embaixador do Brasil em Pequim, Clodoaldo Hugueney, disse que a presidente não deve tratar de casos específicos, como a prisão de Ai Wei Wei, um dos mais célebres artistas e dissidentes chineses. Mas ressaltou que o assunto estará na pauta. Para ele, a questão dos direitos humanos é importante para o Brasil e também para a China. "Os dois países enfrentam uma série de problemas nessa área, que refletem em parte o estágio de desenvolvimento em que se encontram", avaliou.
A atual onda repressiva teve início em meados de fevereiro, em resposta à convocação anônima para realização de protestos na China semelhantes aos que derrubaram regimes autoritários no mundo árabe. Além de prender dissidentes, o governo aumentou a censura na internet e restringiu a atuação de jornalistas estrangeiros no país - um retrocesso em relação a regras mais liberais adotadas na época da Olimpíada de 2008.
Diálogo. O diálogo na área de direitos humanos está previsto no Plano de Ação Conjunta para o período 2010-2014, assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega Hu Jintao. A China já tem diálogos desse tipo com outros países - o mais amplo é com os Estados Unidos. Representantes dos dois países se reúnem periodicamente para discutir o tema.
A questão dos direitos humanos também é tema permanente da agenda dos encontros entre presidentes norte-americanos e seus pares chineses. O assunto foi tratado, por exemplo, durante a reunião que Jintao e Barack Obama tiveram em Washington, em janeiro.
O primeiro sinal de mudança da política externa brasileira nessa área veio no mês passado, quando o Brasil votou na Organização das Nações Unidas (ONU) a favor do envio de um relator ao Irã para investigar a situação dos direitos humanos no país. No domingo, o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, afirmou ao Estado que a política externa mudou em relação aos direitos humanos.
Segundo ele, "Os dois países enfrentam uma série de problemas nessa área, que refletem em parte o estágio de desenvolvimento em que se encontram".
Teoricamente, a polícia não deveria torturar presos nas delegacias brasileiras. Teoricamente, a China não deveria censurar a internet ou prender simples manifestantes políticos, expressando pacificamente sua opinião quanto ao regime em vigor no país, a falta de eleições diretas para os cargos dirigentes, o monopólio do Partido Comunista, etc.
Teoricamente, os dois dirigentes vão se felicitar pelo bom estado das relações bilaterais e vão continuar proclamando sua vontade de respeitar e defender os direitos humanos de seus cidadãos.
Teoricamente está tudo bem, tendo em vista o nível de desenvolvimento em que se encontram os dois países. Praticamente, esse nível de desenvolvimento dificulta a que os direitos humanos sejam plenamente respeitados em cada um deles.
Teoricamente, o mundo é perfeito, na visão panglossiana de certos dirigentes (e comentaristas).
Paulo Roberto de Almeida
Dilma vai tratar de direitos humanos em viagem oficial à China
Cláudia Trevisan - CORRESPONDENTE / PEQUIM
O Estado de S.Paulo, 09 de abril de 2011
Embaixador brasileiro em Pequim diz que assunto estará em pauta, em meio a onda de repressão do Partido Comunista - Governo prendeu pelo menos 27 dissidentes
A questão dos direitos humanos estará na agenda da visita da presidente Dilma Rousseff a Pequim, na próxima semana. A líder brasileira desembarca na China no momento em que o Partido Comunista empreende a mais violenta onda de repressão a críticos e dissidentes em dez anos, que levou à detenção ou ao desaparecimento de 27 pessoas e a dezenas de ordens de prisão domiciliar. A ênfase que Dilma dará ao tema será mais um teste para a política externa do governo, que elevou ao primeiro plano o respeito aos direitos humanos.
O embaixador do Brasil em Pequim, Clodoaldo Hugueney, disse que a presidente não deve tratar de casos específicos, como a prisão de Ai Wei Wei, um dos mais célebres artistas e dissidentes chineses. Mas ressaltou que o assunto estará na pauta. Para ele, a questão dos direitos humanos é importante para o Brasil e também para a China. "Os dois países enfrentam uma série de problemas nessa área, que refletem em parte o estágio de desenvolvimento em que se encontram", avaliou.
A atual onda repressiva teve início em meados de fevereiro, em resposta à convocação anônima para realização de protestos na China semelhantes aos que derrubaram regimes autoritários no mundo árabe. Além de prender dissidentes, o governo aumentou a censura na internet e restringiu a atuação de jornalistas estrangeiros no país - um retrocesso em relação a regras mais liberais adotadas na época da Olimpíada de 2008.
Diálogo. O diálogo na área de direitos humanos está previsto no Plano de Ação Conjunta para o período 2010-2014, assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega Hu Jintao. A China já tem diálogos desse tipo com outros países - o mais amplo é com os Estados Unidos. Representantes dos dois países se reúnem periodicamente para discutir o tema.
A questão dos direitos humanos também é tema permanente da agenda dos encontros entre presidentes norte-americanos e seus pares chineses. O assunto foi tratado, por exemplo, durante a reunião que Jintao e Barack Obama tiveram em Washington, em janeiro.
O primeiro sinal de mudança da política externa brasileira nessa área veio no mês passado, quando o Brasil votou na Organização das Nações Unidas (ONU) a favor do envio de um relator ao Irã para investigar a situação dos direitos humanos no país. No domingo, o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, afirmou ao Estado que a política externa mudou em relação aos direitos humanos.
Politica Externa Brasileira: os 100 dias da nova presidente
100 dias: Dilma imprime pragmatismo à política externa
Wladimir D'Andrade
O Estado de S.Paulo, 09 de abril de 2011
Para especialistas, ela tem conseguido reverter 'estragos' feitos na gestão Lula
Share http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,100-dias-dilma-imprime-pragmatismo-a-politica-externa,704000,0.htm on Twitter
The URL: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,100-dias-dilma-imprime-pragmatismo-a-politica-externa,704000,0.htm
O pragmatismo com que o Itamaraty tem trabalhado suas ações no cenário internacional desde que Antonio Patriota assumiu a chefia da chancelaria brasileira é uma das principais marcas deste início de gestão do governo Dilma Rousseff na área da política externa. A avaliação é de especialistas consultados pela Agência Estado para falar sobre os 100 dias de governo da petista. Segundo eles, Dilma mostra maior apreço às instituições, particularidade que advém de uma característica pessoal dela, e deixa de lado orientações de cunho mais ideológico que marcaram a gestão do ministro Celso Amorim no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O antagonismo entre o pragmático e o ideológico ficou claro no último dia 24, quando a representação do Brasil no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) mudou o rumo que vinha tomando até então e votou a favor do envio de um relator independente para investigar a situação das garantias individuais no Irã. "Com o novo posicionamento, o Brasil se reaproxima de sua essência democrática, distanciada no governo Lula, que fez com que o País atingisse seu status atual", afirma o cientista político e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Heni Ozi Cukier. "A relação entre países não pode ser guiada por filtros ideológicos dessa natureza e deve ser mais pragmática", acrescentou.
De acordo com ele, a escolha do governo Lula em se aproximar de "países problema", como Cukier define o Irã, a Venezuela e a Bolívia, e adotar uma posição de conflito com os Estados Unidos está diretamente ligada à questão ideológica e mancha a imagem do Brasil no exterior a troco de "ganhos nulos". "O Lula, sim, ganhou uma grande exposição. Mas o Brasil teve uma exposição negativa. E assim é na aproximação com o Chávez (Hugo Chávez, presidente venezuelano)", diz. Na análise do professor do curso de Relações Internacionais da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) Georges Landau, o Brasil pode ter se distanciado do seu objetivo de conseguir uma vaga permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Conseguimos antagonizar com os EUA e provavelmente comprometer por muito tempo qualquer aspiração no Conselho de Segurança. O Brasil foi considerado, após esse episódio, um país não confiável", afirma. Essa política, conforme Landau, teria impedido que o presidente Barack Obama declarasse apoio à demanda brasileira por um assento permanente no Conselho de Segurança durante sua visita ao País no mês passado. O norte-americano afirmou apenas que tem "apreço à aspiração do País". "A visita do Obama era a ocasião perfeita para que ele manifestasse apoio, como o fez na India (quando ele viajou ao país asiático em novembro de 2010). Porém, disse que só tinha ''apreço'' pela reivindicação por conta da iniciativa absolutamente cretina do Brasil em relação ao Irã", diz o especialista.
Reversão
No entanto, o governo da presidente Dilma tem conseguido reverter "os estragos" provocados pela política externa do ex-presidente Lula com os EUA. "A visita do Obama não deixou nada de concreto sob a ótica da política externa, mas elevou a relação com os EUA a um novo patamar, de respeito mútuo, diferente dos anos anteriores, quando o clima era de divergências mútuas", diz. Os especialistas destacam ainda a escolha de Antonio Patriota para o Ministério das Relações Exteriores, um diplomata de carreira, e não político.
"Patriota é um homem vinculado emocionalmente com os EUA (sua esposa é norte-americana) e vai trabalhar por esse relacionamento, o que é muito positivo para o Brasil". Outro desafio que se impõe à política externa do governo Dilma é estreitar relações com a China, hoje principal parceira comercial do País - o comércio entre os dois países movimentou no ano passado US$ 55 bilhões, conforme a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
A presidente Dilma vai desembarcar na próxima segunda-feira em Pequim junto com uma comitiva de empresários e suas reclamações por conta da manipulação chinesa da cotação do yuan e da discriminação de produtos brasileiros de maior valor agregado, entre outras questões.
Segundo o professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Coordenador do Grupo de Estudos Ásia-Pacífico da universidade, Henrique Altemani, o Brasil terá de enfrentar as dificuldades comerciais impostas pelos chineses por conta da elevação do país asiático à condição de potência mundial.
"Falta o Brasil definir como quer se relacionar com a China. Até que ponto estamos preparados para esse relacionamento?", questiona. "Temos que entender essa nova realidade e aprender onde vamos nos posicionar". Altemani afirma que a China hoje é um ator fundamental em todas as questões comerciais, políticas e estratégicas no mundo - o país asiático é, inclusive, uma das cinco nações que detêm um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU - e uma aproximação é "muito bem-vinda" para o Brasil.
"A China é demandada para todos os assuntos do planeta. Essa proximidade daria mais oportunidades de participar dessas discussões", afirma. Nesse sentido, ser cada vez mais protagonista das discussões mundiais é fundamental para as ambições do Brasil e uma boa relação com os chineses pode ajudar o País a atingir essas meta.
Economia
No entanto, há outro problema à vista: em 2004, durante a primeira visita oficial do presidente Hu Jin Tao ao País, o ex-presidente Lula prometeu reconhecer a China como economia de mercado. O professor Georges Landau explica que o maior número de ações antidumping impetradas pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) tem a China como alvo. "Se isso ocorresse, acabariam as ações antidumping e os produtos chineses invadiriam como nunca o Brasil a preço de banana", explica.
Wladimir D'Andrade
O Estado de S.Paulo, 09 de abril de 2011
Para especialistas, ela tem conseguido reverter 'estragos' feitos na gestão Lula
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O pragmatismo com que o Itamaraty tem trabalhado suas ações no cenário internacional desde que Antonio Patriota assumiu a chefia da chancelaria brasileira é uma das principais marcas deste início de gestão do governo Dilma Rousseff na área da política externa. A avaliação é de especialistas consultados pela Agência Estado para falar sobre os 100 dias de governo da petista. Segundo eles, Dilma mostra maior apreço às instituições, particularidade que advém de uma característica pessoal dela, e deixa de lado orientações de cunho mais ideológico que marcaram a gestão do ministro Celso Amorim no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O antagonismo entre o pragmático e o ideológico ficou claro no último dia 24, quando a representação do Brasil no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) mudou o rumo que vinha tomando até então e votou a favor do envio de um relator independente para investigar a situação das garantias individuais no Irã. "Com o novo posicionamento, o Brasil se reaproxima de sua essência democrática, distanciada no governo Lula, que fez com que o País atingisse seu status atual", afirma o cientista político e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Heni Ozi Cukier. "A relação entre países não pode ser guiada por filtros ideológicos dessa natureza e deve ser mais pragmática", acrescentou.
De acordo com ele, a escolha do governo Lula em se aproximar de "países problema", como Cukier define o Irã, a Venezuela e a Bolívia, e adotar uma posição de conflito com os Estados Unidos está diretamente ligada à questão ideológica e mancha a imagem do Brasil no exterior a troco de "ganhos nulos". "O Lula, sim, ganhou uma grande exposição. Mas o Brasil teve uma exposição negativa. E assim é na aproximação com o Chávez (Hugo Chávez, presidente venezuelano)", diz. Na análise do professor do curso de Relações Internacionais da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) Georges Landau, o Brasil pode ter se distanciado do seu objetivo de conseguir uma vaga permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Conseguimos antagonizar com os EUA e provavelmente comprometer por muito tempo qualquer aspiração no Conselho de Segurança. O Brasil foi considerado, após esse episódio, um país não confiável", afirma. Essa política, conforme Landau, teria impedido que o presidente Barack Obama declarasse apoio à demanda brasileira por um assento permanente no Conselho de Segurança durante sua visita ao País no mês passado. O norte-americano afirmou apenas que tem "apreço à aspiração do País". "A visita do Obama era a ocasião perfeita para que ele manifestasse apoio, como o fez na India (quando ele viajou ao país asiático em novembro de 2010). Porém, disse que só tinha ''apreço'' pela reivindicação por conta da iniciativa absolutamente cretina do Brasil em relação ao Irã", diz o especialista.
Reversão
No entanto, o governo da presidente Dilma tem conseguido reverter "os estragos" provocados pela política externa do ex-presidente Lula com os EUA. "A visita do Obama não deixou nada de concreto sob a ótica da política externa, mas elevou a relação com os EUA a um novo patamar, de respeito mútuo, diferente dos anos anteriores, quando o clima era de divergências mútuas", diz. Os especialistas destacam ainda a escolha de Antonio Patriota para o Ministério das Relações Exteriores, um diplomata de carreira, e não político.
"Patriota é um homem vinculado emocionalmente com os EUA (sua esposa é norte-americana) e vai trabalhar por esse relacionamento, o que é muito positivo para o Brasil". Outro desafio que se impõe à política externa do governo Dilma é estreitar relações com a China, hoje principal parceira comercial do País - o comércio entre os dois países movimentou no ano passado US$ 55 bilhões, conforme a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
A presidente Dilma vai desembarcar na próxima segunda-feira em Pequim junto com uma comitiva de empresários e suas reclamações por conta da manipulação chinesa da cotação do yuan e da discriminação de produtos brasileiros de maior valor agregado, entre outras questões.
Segundo o professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Coordenador do Grupo de Estudos Ásia-Pacífico da universidade, Henrique Altemani, o Brasil terá de enfrentar as dificuldades comerciais impostas pelos chineses por conta da elevação do país asiático à condição de potência mundial.
"Falta o Brasil definir como quer se relacionar com a China. Até que ponto estamos preparados para esse relacionamento?", questiona. "Temos que entender essa nova realidade e aprender onde vamos nos posicionar". Altemani afirma que a China hoje é um ator fundamental em todas as questões comerciais, políticas e estratégicas no mundo - o país asiático é, inclusive, uma das cinco nações que detêm um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU - e uma aproximação é "muito bem-vinda" para o Brasil.
"A China é demandada para todos os assuntos do planeta. Essa proximidade daria mais oportunidades de participar dessas discussões", afirma. Nesse sentido, ser cada vez mais protagonista das discussões mundiais é fundamental para as ambições do Brasil e uma boa relação com os chineses pode ajudar o País a atingir essas meta.
Economia
No entanto, há outro problema à vista: em 2004, durante a primeira visita oficial do presidente Hu Jin Tao ao País, o ex-presidente Lula prometeu reconhecer a China como economia de mercado. O professor Georges Landau explica que o maior número de ações antidumping impetradas pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) tem a China como alvo. "Se isso ocorresse, acabariam as ações antidumping e os produtos chineses invadiriam como nunca o Brasil a preço de banana", explica.
Salarios de diplomatas: nossos colegas de Portugal...
Confesso que não acompanho salários de diplomatas brasileiros: nunca me interessei pela matéria, pois de nada adiantaria. Simplesmente recebo o que me pagam, e ajusto minhas despesas em função disso. Já ganhei, já ganhamos, muito mal. Não digo que está uma maravilha agora, certamente não, mas tampouco é a miséria de tempos antigos, quando ganhávamos menos do que um ascensorista do Senado (talvez ainda se ganhe...).
Mas recebi uma mensagem de um colega português a este respeito.
Sem tempo para refletir, comparar, comentar a respeito, simplesmente posto sua mensagem, e deixo para voltar ao assunto mais adiante.
Talvez alguns dos meus leitores, de uma ou outra nacionalidade, queira comentar...
Paulo Roberto de Almeida
Nome: Xxxxxx Xxxxx
Cidade: Lisboa
Estado: Solteiro
Email: xxxxxxxx.xxxxx@gmail.com
Assunto: Opiniao
Mensagem: Boa Noite,
É com muito prazer que tenho acompanhado o seu Blog e louvo uma opinião tão sincera e louvável. Na nossa sociedade e tendo em conta a diferença de postura na cena internacional, deparámo-nos muitas vezes com os meus problemas... Sou do País Irmão Portugal...como tem conhecimento enfrentamos tempos internos dificeis. Com elevada austeridade, a carreira diplomática tem sofrido cortes tal como, os restantes corpos especiais da Administração Pública.
O actual estatuto Português resume-se assim:
SALÁRIOS DOS DIPLOMATAS EM 2010 (os únicos com desconto para a Segurança Social que garantem a reforma):
EMBAIXADOR
Escalão 1 - 3.729,57 euros
Escalão 2 - 3.910,04 euros
Escalão 3 - 4.090,05 euros
MINISTRO PLENIPOTENCIÁRIO
Escalão 1 - 3.007,72 euros
Escalão 2 - 3.248,34 euros
Escalão 3 - 3.368,64 euros
Escalão 4 - 3.488,95 euros
Escalão 5 - 3.609,25 euros
CONSELHEIRO DE EMBAIXADA
Escalão 1 - 2.165,55 euros
Escalão 2 - 2.285,87 euros
Escalão 3 - 2406,17 euros
Escalão 4 - 2.646,78 euros
SECRETÁRIO
Escalão 1 - 1.624 euros
Escalão 2 - 1.684,31 euros
Escalão 3 - 1.804,62 euros
Escalão 4 - 1.924,94 euros
Escalão 5 - 2.045,25 euros
ADIDO
Escalão 1 - 1.503,85 euros
ABONOS EM EMBAIXADAS E CONSULADOS
Os abonos de representação e de residência para diplomatas são isentos de imposto e variam de país para país, em função do risco e da importância estratégica do local. Espanha tem as compensações financeiras mais elevadas. Em contrapartida, Washington, uma das capitais mais caras do Mundo, e Tunes, que tem um nível de perigo mais elevado, têm abonos inferiores.
ONU (Nova Iorque)
Conselheiro - 15.159 euros
Secretário - 14.775 euros
WASHINGTON
Ministro - 12.934 euros
Secretário - 8.517 euros
SALVADOR DA BAHIA
Ministro - 11.971 euros
Conselheiro - 11.179 euros
REPER (Bruxelas)
Conselheiro - 10.647 euros
Secretário - 8.925 euros
NATO (Bruxelas)
Conselheiro - 10.647 euros
Secretário - 8.925 euros
LONDRES
Secretário - 10.329 euros
BARCELONA
Ministro - 14.803 euros
Conselheiro - 13.736 euros
RABAT
Conselheiro - 9.294 euros
Secretário - 8.384 euros
TUNES
Conselheiro - 8.198 euros
Secretário - 7.830 euros
ROMA
Secretário - 9.058 euros
ZAGREB
Conselheiro - 10.547 euros
Secretário - 8.773 euros
DUSSELDORF
Ministro - 12.291 euros
Conselheiro - 11.471 euros
Em Portugal, o estado custeia a educação até o limite máximo de 2244 euros e no estrangeiro 300 euros por filho... Automóvel fica isento de imposto até 3500cc se possuir mais que uma os dois não podem exceder o valor referido ( isto existe no Brasil???)
Parecem elevados no entanto, as falhas no custeio da educação dos filhos, a dupla exclusividade laboral para o conjuge e o facto, de o estado não segurar a saude têm prejudicado bastante a representação retendo nalguns casos, metade dos abonos.
Seria possível retratar do mesmo modo a situação dos diplomatas do País Irmão, não interessa aqui comparar mas, apenas ter noção de realidades distintas mas, que enfrentam os mesmos desafios e obstáculos.
Melhores Cumprimentos,
e Felicidades
Mas recebi uma mensagem de um colega português a este respeito.
Sem tempo para refletir, comparar, comentar a respeito, simplesmente posto sua mensagem, e deixo para voltar ao assunto mais adiante.
Talvez alguns dos meus leitores, de uma ou outra nacionalidade, queira comentar...
Paulo Roberto de Almeida
Nome: Xxxxxx Xxxxx
Cidade: Lisboa
Estado: Solteiro
Email: xxxxxxxx.xxxxx@gmail.com
Assunto: Opiniao
Mensagem: Boa Noite,
É com muito prazer que tenho acompanhado o seu Blog e louvo uma opinião tão sincera e louvável. Na nossa sociedade e tendo em conta a diferença de postura na cena internacional, deparámo-nos muitas vezes com os meus problemas... Sou do País Irmão Portugal...como tem conhecimento enfrentamos tempos internos dificeis. Com elevada austeridade, a carreira diplomática tem sofrido cortes tal como, os restantes corpos especiais da Administração Pública.
O actual estatuto Português resume-se assim:
SALÁRIOS DOS DIPLOMATAS EM 2010 (os únicos com desconto para a Segurança Social que garantem a reforma):
EMBAIXADOR
Escalão 1 - 3.729,57 euros
Escalão 2 - 3.910,04 euros
Escalão 3 - 4.090,05 euros
MINISTRO PLENIPOTENCIÁRIO
Escalão 1 - 3.007,72 euros
Escalão 2 - 3.248,34 euros
Escalão 3 - 3.368,64 euros
Escalão 4 - 3.488,95 euros
Escalão 5 - 3.609,25 euros
CONSELHEIRO DE EMBAIXADA
Escalão 1 - 2.165,55 euros
Escalão 2 - 2.285,87 euros
Escalão 3 - 2406,17 euros
Escalão 4 - 2.646,78 euros
SECRETÁRIO
Escalão 1 - 1.624 euros
Escalão 2 - 1.684,31 euros
Escalão 3 - 1.804,62 euros
Escalão 4 - 1.924,94 euros
Escalão 5 - 2.045,25 euros
ADIDO
Escalão 1 - 1.503,85 euros
ABONOS EM EMBAIXADAS E CONSULADOS
Os abonos de representação e de residência para diplomatas são isentos de imposto e variam de país para país, em função do risco e da importância estratégica do local. Espanha tem as compensações financeiras mais elevadas. Em contrapartida, Washington, uma das capitais mais caras do Mundo, e Tunes, que tem um nível de perigo mais elevado, têm abonos inferiores.
ONU (Nova Iorque)
Conselheiro - 15.159 euros
Secretário - 14.775 euros
WASHINGTON
Ministro - 12.934 euros
Secretário - 8.517 euros
SALVADOR DA BAHIA
Ministro - 11.971 euros
Conselheiro - 11.179 euros
REPER (Bruxelas)
Conselheiro - 10.647 euros
Secretário - 8.925 euros
NATO (Bruxelas)
Conselheiro - 10.647 euros
Secretário - 8.925 euros
LONDRES
Secretário - 10.329 euros
BARCELONA
Ministro - 14.803 euros
Conselheiro - 13.736 euros
RABAT
Conselheiro - 9.294 euros
Secretário - 8.384 euros
TUNES
Conselheiro - 8.198 euros
Secretário - 7.830 euros
ROMA
Secretário - 9.058 euros
ZAGREB
Conselheiro - 10.547 euros
Secretário - 8.773 euros
DUSSELDORF
Ministro - 12.291 euros
Conselheiro - 11.471 euros
Em Portugal, o estado custeia a educação até o limite máximo de 2244 euros e no estrangeiro 300 euros por filho... Automóvel fica isento de imposto até 3500cc se possuir mais que uma os dois não podem exceder o valor referido ( isto existe no Brasil???)
Parecem elevados no entanto, as falhas no custeio da educação dos filhos, a dupla exclusividade laboral para o conjuge e o facto, de o estado não segurar a saude têm prejudicado bastante a representação retendo nalguns casos, metade dos abonos.
Seria possível retratar do mesmo modo a situação dos diplomatas do País Irmão, não interessa aqui comparar mas, apenas ter noção de realidades distintas mas, que enfrentam os mesmos desafios e obstáculos.
Melhores Cumprimentos,
e Felicidades
sexta-feira, 8 de abril de 2011
O Mundo em Transição: Para Onde Vamos? - FECAP-SP
Recebi um convite para inaugurar um curso voltado para executivos, organizado pelo Embaixador Rubens Antonio Barbosa, atualmente presidente do Conselho de Comércio Exterior da FIESP, depois de ter representado o Brasil junto à Aladi, o Reino Unido e os Estados Unidos. Servi com ele em Montevidéu e em Washington.
Com muito prazer vou inaugurar o curso, cujos dados básicos figuram abaixo.
Paulo Roberto de Almeida
O MUNDO EM TRANSIÇÃO: PARA ONDE VAMOS?
Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC) e FECAP
São Paulo, de 25 de abril a 13 de junho de 2011
site: http://www.fecap.br/hotsites/ifhc/
A FECAP e o IFHC somaram esforços para organizar um curso de especialização para executivos de companhias brasileiras que se internacionalizaram ou que tem projetos de intercionalização. O curso terá a duração de dois meses e compreenderá palestras, ministradas por professores e especialistas, que focalizarão países, regiões e temas globais com relevante interesse para o setor privado brasileiro. O objetivo é examinar o que ocorre no mundo em profunda transformação e discutir temas importantes para a experiência de trabalho dos ouvintes.
25 de abril - 9h
Regiões em transformação: Estados Unidos e Europa
Paulo Roberto de Almeida
Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Livre de Bruxelas, Mestre em Planejamento Econômico pelo Colégio dos Países em Desenvolvimento da Universidade de Estado de Antuérpia, diplomata de carreira desde 1977. Autor de numerosos trabalhos e livros publicados sobre relações internacionais e política externa do Brasil.
02 de maio - 9h
Regiões em transformação: a América do Sul (Integração regional, Mercosul, Argentina e Venezuela)
Pedro da Motta Veiga
Diretor do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (CINDES) e Sócio-diretor de EcoStrat Consultores. Especialista em questões de comércio, políticas e negociações comerciais, é consultor permanente da Confederação Nacional da Indústria. É ainda consultor regional da Agência Suíça de Cooperação para o Desenvolvimento na América do Sul, coordena o Trade Knowledge Network do International Institute for Sustainable Development na América do Sul e é membro do Steering Committee da Latin American Trade Network - LATN, por cujas atividades é responsável no Brasil. Foi Diretor da FINAME/BNDES, Chefe de Gabinete da Presidência do BNDES e Diretor Geral da Funcex - Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior.
09 de maio - 9h
O mundo asiático e as oportunidades para as empresas brasileiras
Ministro Francisco Mauro Holanda (MRE)
16 de maio - 9h
A transição energética global e as implicações para a economia e as empresas brasileiras
Roberto Furian Ardenghy
Diretor de Assuntos Corporativos da BG Brasil e Diretor da Câmara Americana de Comércio (AMCHAM), no Rio de Janeiro. Membro do Comitê Organizador da Rio Oil & Gas 2010.
Ex-diplomata de carreira (atualmente licenciado) com vasta experiência em diversos órgãos governamentais, tendo ocupado posições de destaque em vários Ministérios em Brasília. Foi professor de Direito Internacional Público do curso de graduação em Direito da Universidade Cândido Mendes-Ipanema onde também orientou monografias nas área de regulação em petróleo e gás natural, e professor dos cursos de pós-graduação em Direito e Economia do Petróleo do Instituto Brasileiro do Petróleo-IBP/UERJ e da MBP/COPPE-Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.
23 de maio - 9h
Efeitos da crise financeira sobre a economia global
Cristiana Pereira
Cristiana Pereira é Diretora de Desenvolvimento de Empresas da BM&FBOVESPA – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros desde setembro de 2010. Nessa função, ela lidera as atividades de fomento ao empreendedorimo, prospecção de empresas para listagem em bolsa e relacionamento e desenvolvimento de serviços voltados a companhias abertas. Após a fusão das duas empresas em maio de 2008, liderou a equipe que conduziu os trabalhos para integração administrativa e operacional da BM&F e Bovespa. De 2004 a 2008, foi Diretora de Projetos e Relações Internacionais da Bovespa, responsável pela elaboração e implementação da estratégia internacional de divulgação do mercado e desenvolvimento de novos negócios, produtos e serviços. Cristiana Pereira possui MBA pela Harvard Business School e Mestrado em Economia pela Fundação Getúlio Vargas. Ela é economista formada pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp.
30 de maio - 9h
Os desafios da mudança climática para a economia e para as empresas brasileiras
Mário Malzoni
06 de junho - 9h
Um mundo em transformação: novo balanço de forças políticas, econômicas e financeiras
Ernesto Lozardo
Administrador de empresas e economista. Formou-se em Administração na New York University, onde se graduou com honra, e obteve o mestrado - MBA. Pelo seu desempenho acadêmico tornou-se membro da Honor Society of Phi Alpha Kappa. Formou-se em economia na Columbia University da Cidade de Nova Iorque. Foi bolsista da New York University e da OEA. Lozardo é professor de economia na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.
É autor de vários livros e seu último tem como título "Globalização: a certeza imprevisível das nações".
Foi secretário de Planejamento, Economia e Gestão do Estado de São Paulo. Na época desenvolveu o primeiro plano de desenvolvimento estratégico do Estado de São Paulo. Foi presidente da PRODESP e criou o InfoSão Paulo, o qual mudou de nome, hoje se chama Poupa Tempo. Como economista, trabalhou no Banco Mundial; como administrador, dirigiu empresas públicas e privadas, foi membro do Conselho de Administração de empresas privadas; e atualmente é consultor de empresas.
13 de junho - 9h
Regiões em transformação: o grande Oriente Médio e o Brasil
Embaixador Affonso Ouro Preto
Formado pelo Instituto de Ciências Políticas de Paris em 1959. Instituto Rio Branco em 62-63. Diplomata em Washington,Genebra Viena Angola. Embaixador em Guiné Bissau em 83. Embaixador em Estocolmo em 90 a 93. Chefe de Gabine do Ministro do Exterior em 93-95. Embaixador em Viena 95-99, Embaixador na China 99-2004. Embaixador Especial para o Oriente Médio de 2004-2009.
FECAP Campus Pinheiros
Rua Artur de Azevedo, 1637 - Pinheiros
Área de Relacionamento Institucional
(11) 3272-2222
relacionamento@fecap.br
Com muito prazer vou inaugurar o curso, cujos dados básicos figuram abaixo.
Paulo Roberto de Almeida
O MUNDO EM TRANSIÇÃO: PARA ONDE VAMOS?
Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC) e FECAP
São Paulo, de 25 de abril a 13 de junho de 2011
site: http://www.fecap.br/hotsites/ifhc/
A FECAP e o IFHC somaram esforços para organizar um curso de especialização para executivos de companhias brasileiras que se internacionalizaram ou que tem projetos de intercionalização. O curso terá a duração de dois meses e compreenderá palestras, ministradas por professores e especialistas, que focalizarão países, regiões e temas globais com relevante interesse para o setor privado brasileiro. O objetivo é examinar o que ocorre no mundo em profunda transformação e discutir temas importantes para a experiência de trabalho dos ouvintes.
25 de abril - 9h
Regiões em transformação: Estados Unidos e Europa
Paulo Roberto de Almeida
Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Livre de Bruxelas, Mestre em Planejamento Econômico pelo Colégio dos Países em Desenvolvimento da Universidade de Estado de Antuérpia, diplomata de carreira desde 1977. Autor de numerosos trabalhos e livros publicados sobre relações internacionais e política externa do Brasil.
02 de maio - 9h
Regiões em transformação: a América do Sul (Integração regional, Mercosul, Argentina e Venezuela)
Pedro da Motta Veiga
Diretor do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (CINDES) e Sócio-diretor de EcoStrat Consultores. Especialista em questões de comércio, políticas e negociações comerciais, é consultor permanente da Confederação Nacional da Indústria. É ainda consultor regional da Agência Suíça de Cooperação para o Desenvolvimento na América do Sul, coordena o Trade Knowledge Network do International Institute for Sustainable Development na América do Sul e é membro do Steering Committee da Latin American Trade Network - LATN, por cujas atividades é responsável no Brasil. Foi Diretor da FINAME/BNDES, Chefe de Gabinete da Presidência do BNDES e Diretor Geral da Funcex - Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior.
09 de maio - 9h
O mundo asiático e as oportunidades para as empresas brasileiras
Ministro Francisco Mauro Holanda (MRE)
16 de maio - 9h
A transição energética global e as implicações para a economia e as empresas brasileiras
Roberto Furian Ardenghy
Diretor de Assuntos Corporativos da BG Brasil e Diretor da Câmara Americana de Comércio (AMCHAM), no Rio de Janeiro. Membro do Comitê Organizador da Rio Oil & Gas 2010.
Ex-diplomata de carreira (atualmente licenciado) com vasta experiência em diversos órgãos governamentais, tendo ocupado posições de destaque em vários Ministérios em Brasília. Foi professor de Direito Internacional Público do curso de graduação em Direito da Universidade Cândido Mendes-Ipanema onde também orientou monografias nas área de regulação em petróleo e gás natural, e professor dos cursos de pós-graduação em Direito e Economia do Petróleo do Instituto Brasileiro do Petróleo-IBP/UERJ e da MBP/COPPE-Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.
23 de maio - 9h
Efeitos da crise financeira sobre a economia global
Cristiana Pereira
Cristiana Pereira é Diretora de Desenvolvimento de Empresas da BM&FBOVESPA – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros desde setembro de 2010. Nessa função, ela lidera as atividades de fomento ao empreendedorimo, prospecção de empresas para listagem em bolsa e relacionamento e desenvolvimento de serviços voltados a companhias abertas. Após a fusão das duas empresas em maio de 2008, liderou a equipe que conduziu os trabalhos para integração administrativa e operacional da BM&F e Bovespa. De 2004 a 2008, foi Diretora de Projetos e Relações Internacionais da Bovespa, responsável pela elaboração e implementação da estratégia internacional de divulgação do mercado e desenvolvimento de novos negócios, produtos e serviços. Cristiana Pereira possui MBA pela Harvard Business School e Mestrado em Economia pela Fundação Getúlio Vargas. Ela é economista formada pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp.
30 de maio - 9h
Os desafios da mudança climática para a economia e para as empresas brasileiras
Mário Malzoni
06 de junho - 9h
Um mundo em transformação: novo balanço de forças políticas, econômicas e financeiras
Ernesto Lozardo
Administrador de empresas e economista. Formou-se em Administração na New York University, onde se graduou com honra, e obteve o mestrado - MBA. Pelo seu desempenho acadêmico tornou-se membro da Honor Society of Phi Alpha Kappa. Formou-se em economia na Columbia University da Cidade de Nova Iorque. Foi bolsista da New York University e da OEA. Lozardo é professor de economia na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.
É autor de vários livros e seu último tem como título "Globalização: a certeza imprevisível das nações".
Foi secretário de Planejamento, Economia e Gestão do Estado de São Paulo. Na época desenvolveu o primeiro plano de desenvolvimento estratégico do Estado de São Paulo. Foi presidente da PRODESP e criou o InfoSão Paulo, o qual mudou de nome, hoje se chama Poupa Tempo. Como economista, trabalhou no Banco Mundial; como administrador, dirigiu empresas públicas e privadas, foi membro do Conselho de Administração de empresas privadas; e atualmente é consultor de empresas.
13 de junho - 9h
Regiões em transformação: o grande Oriente Médio e o Brasil
Embaixador Affonso Ouro Preto
Formado pelo Instituto de Ciências Políticas de Paris em 1959. Instituto Rio Branco em 62-63. Diplomata em Washington,Genebra Viena Angola. Embaixador em Guiné Bissau em 83. Embaixador em Estocolmo em 90 a 93. Chefe de Gabine do Ministro do Exterior em 93-95. Embaixador em Viena 95-99, Embaixador na China 99-2004. Embaixador Especial para o Oriente Médio de 2004-2009.
FECAP Campus Pinheiros
Rua Artur de Azevedo, 1637 - Pinheiros
Área de Relacionamento Institucional
(11) 3272-2222
relacionamento@fecap.br
A frase (idiota) da semana: Bresser Pereira
"O capitalismo é essencialmente um sistema corrupto e os capitalistas estão permanentemente corrompendo o setor público."
Luiz Carlos Bresser Pereira
Caderno Valor Fim de Semana, 8-9-10/04/2011
Pois é, parece que só tem corruptos no capitalismo. São eles que corrompem políticos e os coitados dos funcionários públicos, pois capitalistas só sabem viver num mundo de corrupção.
Seria tão bom viver num regime socialista, sem nenhum tipo de corrupção, desvio de recursos públicos, com toda aquela riqueza sendo distribuída igualitariamente...
Poucas vezes em minha vida eu encontrei um capitalista tão idiota como esse. Claro, existem muitos outros tão ou mais idiotas, mas nenhum que seja também professor de academia e respeitado como suposto intelectual.
Até onde chegamos...
Paulo Roberto de Almeida
Luiz Carlos Bresser Pereira
Caderno Valor Fim de Semana, 8-9-10/04/2011
Pois é, parece que só tem corruptos no capitalismo. São eles que corrompem políticos e os coitados dos funcionários públicos, pois capitalistas só sabem viver num mundo de corrupção.
Seria tão bom viver num regime socialista, sem nenhum tipo de corrupção, desvio de recursos públicos, com toda aquela riqueza sendo distribuída igualitariamente...
Poucas vezes em minha vida eu encontrei um capitalista tão idiota como esse. Claro, existem muitos outros tão ou mais idiotas, mas nenhum que seja também professor de academia e respeitado como suposto intelectual.
Até onde chegamos...
Paulo Roberto de Almeida
Quem paga para mediar o conflito na Libia?
Já que estamos falando dele, que fala dele na terceira pessoa, como a majestade em pessoa, aqui vai mais uma matéria sobre a grandiloquência do personagem.
A questão estaria em saber quanto custaria essa intermediação, e quem pagaria.
No caso da Microsoft, é fácil saber: ela pagou para ouvir algumas banalidades (na verdade, sabemos que é para continuar tendo acesso ao, e dispondo das compras do, governo brasileiro).
A Líbia é um caso mais sério, e talvez custe um pouco mais caro do que apenas 100 mil dólares...
Paulo Roberto de Almeida
Lula se oferece para negociar fim do conflito na Líbia
Agência Estado, 7/04/2011
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou disposição ontem para intermediar uma solução para o conflito na Líbia. Depois de palestra remunerada no Fórum de Líderes do Setor Público, promovido em Washington pela Microsoft, Lula garantiu não ter sido designado para a função pela presidente Dilma Rousseff, mas disse ter interesse em ajudar.
"Ninguém me chamou. Não sei se ninguém quer. Se a minha presidente ou alguém achar necessário e disser que o Lula pode contribuir, eu contribuiria tranquilamente", afirmou.
O Brasil tem mantido uma posição discreta em relação ao conflito na Líbia. No Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), votou a favor da condenação do regime líbio por violações dos direitos humanos e se absteve na resolução que aprovou a intervenção militar. Nenhuma atitude voluntária de intermediação foi apresentada pelo Planalto ou pelo Itamaraty.
Em dezembro de 2003, em visita oficial à Líbia, Lula referiu-se ao ditador Muamar Kadafi como "companheiro e amigo" durante jantar em sua homenagem do qual participaram Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, e Mohamed Ben Bella, líder da independência da Argélia.
Questionado sobre o tratamento dado ao ditador, Lula se defendeu. "Não fale uma sandice dessa. Conheço as pessoas e sei como me referir a elas", disse. "Jamais falaria isso por uma razão muito simples: porque eu tenho discordância política e ideológica (com Kadafi)."
A questão estaria em saber quanto custaria essa intermediação, e quem pagaria.
No caso da Microsoft, é fácil saber: ela pagou para ouvir algumas banalidades (na verdade, sabemos que é para continuar tendo acesso ao, e dispondo das compras do, governo brasileiro).
A Líbia é um caso mais sério, e talvez custe um pouco mais caro do que apenas 100 mil dólares...
Paulo Roberto de Almeida
Lula se oferece para negociar fim do conflito na Líbia
Agência Estado, 7/04/2011
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou disposição ontem para intermediar uma solução para o conflito na Líbia. Depois de palestra remunerada no Fórum de Líderes do Setor Público, promovido em Washington pela Microsoft, Lula garantiu não ter sido designado para a função pela presidente Dilma Rousseff, mas disse ter interesse em ajudar.
"Ninguém me chamou. Não sei se ninguém quer. Se a minha presidente ou alguém achar necessário e disser que o Lula pode contribuir, eu contribuiria tranquilamente", afirmou.
O Brasil tem mantido uma posição discreta em relação ao conflito na Líbia. No Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), votou a favor da condenação do regime líbio por violações dos direitos humanos e se absteve na resolução que aprovou a intervenção militar. Nenhuma atitude voluntária de intermediação foi apresentada pelo Planalto ou pelo Itamaraty.
Em dezembro de 2003, em visita oficial à Líbia, Lula referiu-se ao ditador Muamar Kadafi como "companheiro e amigo" durante jantar em sua homenagem do qual participaram Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, e Mohamed Ben Bella, líder da independência da Argélia.
Questionado sobre o tratamento dado ao ditador, Lula se defendeu. "Não fale uma sandice dessa. Conheço as pessoas e sei como me referir a elas", disse. "Jamais falaria isso por uma razão muito simples: porque eu tenho discordância política e ideológica (com Kadafi)."
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