Elaborei, tempos atrás, um pequeno artigo sobre as distinções que se impõem entre políticas de governo e políticas de Estado, pensando especificamente na política externa. Abordei o tema pelo lado do processo decisório, como pode ser visto aqui:
Sobre políticas de governo e políticas de Estado: distinções necessárias
Brasília, 11 julho 2009, 3 p. Exatamente o que diz o título.
Postado no blog Diplomatizzando (12.07.2009; link).
Revisto ligeiramente e adaptado para publicação no Instituto Millenium (13.08.2009; link).
Relação de Originais n. 2026; Publicados n. 914.
Tomo conhecimento agora deste artigo de uma colega acadêmica, que analisa a questão pelo lado das teorias relativas ao sistema mundial: estado-cêntrica e pluralista.
Política Externa: Política de Estado ou Política de Governo?
Ariane Cristine Roder Figueira
Mundorama, 10 junho 2010
Um tema recorrente no debate acadêmico contemporâneo sobre a política externa brasileira é a partidarização que esta vem sofrendo especialmente no governo Lula. Na visão de acadêmicos e alguns diplomatas, política externa deve ser encarada como política de Estado e não de governo, o que significa que as ações externas do país devem ser pensadas em longo prazo, com isenção de valores e regada de profissionalismo e pragmatismo. Em outras palavras, nessa visão, a política externa deve estar afastada dos interesses partidários de curto prazo, direcionada para grupos específicos da sociedade, base política do governo. Mas esses argumentos sugerem algumas questões, quais sejam: existe política isenta de valores? O insulamento dos assuntos da política externa garante a representatividade dos interesses da Nação? Quais os mecanismos de controle social e político existentes para assuntos decididos em âmbito internacional?
Para refletir sobre esse assunto recorreremos a um debate clássico entre as perspectivas tradicionalista (ou estadocêntrica) e pluralista, ambas com visões antagônicas sobre o modo de se fazer política externa.
A perspectiva tradicionalista (ou realista) trata os Estados como atores unitários e monolíticos, em que as decisões de política externa estão centradas exclusivamente nas mãos do Executivo, desconsiderando a interação entre os agentes domésticos como partícipes do processo de tomada de decisão. O pressuposto em que estiveram pautadas essas análises é que as decisões de política externa resguardam um diferencial significativo em relação às demais políticas públicas, devendo manter-se apartada dos interesses domésticos conflitivos para, com isso, tomar decisões que reflitam diretamente o interesse nacional. Por isso, o chefe de Estado e seu representante imediato para assuntos de política externa (o Ministro de Estado) teriam que manter concentrado em suas “mãos” essas decisões, visto que as mesmas deveriam preservar seu caráter de continuidade, afastando-se das influências geradas pelas mudanças políticas internas e pelos diferentes grupos de pressão.
Essas abordagens de cunho tradicionalistas (realistas) que caracterizam estudos de política externa apenas a partir da inserção da unidade (Estado) no macro sistema internacional, destacam os fatores negativos de uma possível politização da política externa, visto que observam na opinião pública e nos atores não-estatais um desprovimento da racionalidade e das informações técnicas necessárias para a tomada de decisão em política externa, uma vez que são agentes suscetíveis a emoções momentâneas, sem considerar e nem mesmo conhecer o passado e futuro que compõem as relações diplomáticas entre países e que influenciam diretamente na decisão do Estado em âmbito internacional.
Assim também, aos parlamentares não há espaço para participação em política externa, pois não provêem de informações técnicas e conhecimento especializado sobre o assunto, além de estarem muito próximos aos interesses conflitantes da sociedade, descaracterizando, portanto, o interesse nacional, o qual, segundo essa visão, deve ser representado pela Chancelaria. Portanto, processos de formulação e decisão na área de política externa são relativamente desconsiderados, tratando o interesse nacional como um consenso captado pelo governista que irá representá-los no âmbito internacional.
Para a abordagem realista das relações internacionais, o interesse nacional do Estado deve e está, portanto, orientado para o poder, sendo sua conduta permeada pelos constrangimentos e possibilidades externas. Desconsidera-se, com isso, as variáveis da política doméstica (interna) e sua relação com o ambiente internacional. Neste sentido, personificam a figura do Estado tratando-o, sob o ponto de vista analítico, como uma estrutura racional e monolítica, ou seja, uniforme e homogênea, análogo ao modelo das “bolas de bilhar” que interagem como outras estruturas dessa mesma natureza dentro de um sistema (Morgenthau, 2003).
Em oposição a essa visão, a tradição pluralista considera a multiplicidade de atores que interagem e influenciam as decisões internacionais adotadas pelos Estados, além de formarem uma rede complexa de relações transnacionais, ou seja, o Estado não pode ser considerado o único ator das relações internacionais. Com isso, observou-se a necessidade da formação de tradições teóricas que dessem conta de explicar qual o papel desses “novos” atores (Organizações Internacionais, organizações não-governamentais, empresas multinacionais, opinião pública, etc) para as relações internacionais e como os mesmos influenciam na formação da agenda externa dos Estados e na construção das preferências nacionais (ou do interesse nacional). Além disso, negam a tradição realista no que se refere ao foco de análise na segurança internacional e no desprezo a outros processos relevantes das relações internacionais, tais como os processos de cooperação entre os Estados cada vez mais freqüentes e institucionalizados.
Essas novas abordagens têm como origem comum a busca pela compreensão da política a partir de seu processo de constituição, considerando uma diversidade de variáveis que influenciam diretamente na formação da agenda, no processo de escolha entre as alternativas decisórias e no próprio processo de implementação da política, superando, com isso, as análises que consideram o Estado como um ator monolítico, em que o interesse nacional se confunde com o próprio interesse de Estado.
Nesta visão, o interesse nacional deve ser considerado como um vetor resultante flexível, mutável e fragmentado, sendo o interesse nacional interpretado como a somatória de interesses particulares em conflito, ou seja, toda decisão internacional do país irá gerar ganhadores e perdedores domesticamente. Nesta lógica, os pluralistas consideram como positiva a participação mais assertiva de parlamentares, opinião pública e atores não-estatais, já que as preferências nacionais constituídas no campo da política externa são resultantes das disputas internas e permeadas pelos constrangimentos e incentivos gerados pelo sistema internacional. Neste sentido, o processo decisório de política externa é um complexo jogo de interação entre diferentes atores permeados por uma imensa gama de estruturas, seja do sistema internacional, sejam do doméstico, envolvidos em um processo dinâmico de interação (Hudson; Vore,1995).
Neste sentido, a horizontalização decisória com o aumento da participação parlamentar nos assuntos de política externa passa a ser observada como um fator positivo, sendo garantia de representatividade democrática. Além disso, Lisa Martim (2000) e Helen Milner (1997) defendem que o Poder Legislativo passa também a ser considerado como um ator primordial no estabelecimento de cooperação entre os Estados, isto porque quanto maior a participação do Parlamento no processo decisório, maior a confiança que os outros Estados depositam no país para o estabelecimento de acordos, já que decisões tomadas pelo governo, com aprovação do Legislativo, demonstram ter sido fruto de debate doméstico nas devidas instâncias democráticas. Seriam também essas decisões mais estáveis, visto que não podem ser anuladas discricionariamente pelo Executivo, sendo elementos, portanto, que conferem maior credibilidade aos compromissos internacionais assumidos pelo Estado.
Outro ponto a ser considerado é o caráter “interméstico” cada vez mais predominante nas temáticas presentes nas agendas diplomáticas dos Estados, que dificulta uma apreensão muito clara sobre o que é interno e o que é externo. Exemplos disso são as questões de preservação ambiental, respeito aos direitos humanos, direitos da criança e do adolescente, políticas comerciais, financeiras entre outras diversas problemáticas. Neste sentido, a internacionalização e a expansão das agendas comercial e social têm trazido a política externa mais próxima às políticas públicas, dada suas características vinculantes, tais como os efeitos distributivos das políticas sobre a sociedade, bem como o nível de mobilização de atores estatais e não-estatais na busca por influenciar o resultado das decisões políticas tomadas em âmbito internacional.
Nesse ensejo, este debate permite-nos refletir sobre o melhor modo de se fazer e decidir política externa, seja ele centralizado e conduzido prioritariamente pela diplomacia, que garante sua continuidade e eficiência; seja ele horizontalizado, com influência de diversos atores, garantindo com isso maior representatividade democrática e credibilidade internacional, embora desse modo mais suscetível às descontinuidades e à ineficiência nas decisões.
Bibliografia
• CLARKE, Michael, WHITE, Brian (eds.) (1989). Understanding Foreign Policy: The Foreign Policy Systems Approach. Aldershot: Elgar.
• DEUTSCH, Karl W. (1982) “Como se Faz Política Externa” in Análise das Relações Internacionais. Brasília: Editora da UnB, 1982.
• HUDSON, Valerie M., VORE, Christopher S (1995). Foreign Policy Analysis Yesterday, Today and Tomorrow. Mershon International Studies Review, Vol. 39, nº 2, outubro.
• LIMA, Maria Regina Soares de (2000). “Instituições Democráticas e Política Exterior” in Contexto Internacional, vol 22, n. 2, julho-dezembro.
• MARTIN, Lisa (2000). “Democratic Commitments: legislatures and international cooperation”. Princeton, Princeton University Press
• MILNER, Helen V. (1997). “Interests, Institutions, and Information”. Princeton, Princeton University Press.
• MORGENTHAU, H. (2003) Política entre as Nações. Brasília: Editora UNB.
Ariane Cristine Roder Figueira é Doutora em Ciência Política pela Universidade de São Paulo – USP e professora dos cursos de Relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP e da Universidade Anhembi Morumbi (arianeroder@gmail.com).
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quarta-feira, 22 de junho de 2011
O problema do carro eletrico - Aluizio Gomes
Um post intreressante de um economista pernambucano, Aluizio Gomes, que se diz um "rebelde com causa" e que pretende ter o primeiro (ou o mais antigo) blog de Pernambuco. Não tenho condições de aferir se é verdade, mas tenho sim condições de atestar sua alta qualidade de analista econômico, sobre os mais diversos assuntos.
Transcrevo um de seus mais recentes posts, sobre o problema do carro elétrico, eliminando apenas alguns trechos que não têm a ver diretamente com a questão.
Paulo Roberto de Almeida
OS SABOTADORES DO FUTURO
Aluizio Gomes
22/06/2011
1.INTRÓITO
Apesar de toda evolução de Homo sapiens, fico em dúvida se Homo é realmente sapiens.
(...)
Quem são os sabotadores do futuro? Todos aqueles, que, por interesses pessoais, financeiros, corporativistas, se opõem tenazmente à inclusão de novas tecnologias que poderiam salvar o planeta de um colapso ambiental, genéricamente falando.Específicamente falando, no caso presente, o sabotador é a indústria do petróleo.
2.O PROBLEMA DO CARRO ELÉTRICO.
O portal www.slate.com publicou uma matéria sobre o problema da exequibilidade da bateria automotiva para substituir a gasolina. Foi muito criticada por ter uma série de erros técnicos, mas teve a vantagem de levantar a discussão do problema.Começa nos informando que:
By Farhad Manjoo
Posted Tuesday, June 21, 2011, at 10:39 AM ET
Já nos anos 70, a EXXON contratou um engenheiro, de nome Michael Stanley Whittingham, para descobrir uma fonte de energia que pudesse substituir o petróleo.
Após experimentar algumas ligas metálicas, Stanley descobriu que o lítio tinha uma grande capacidade de armazenar energia.O engenheiro comunicou a descoberta a seus superiores, mas logo veio uma recessão, o preço do petróleo caiu, e perdeu-se a oportunidade de avançar no tema.O laboratório de Stanley foi então fechado.
Seth Fletcher, um editor senior de Popular Science, relembra em seu novo livro, "Bottled Lightning": Os cientistas vêm trabalhando em superbaterias, carros elétricos, e a Nova Economia do Lítio desde mesmo antes dos tempos de Thomas Edison, o qual era ele também um dos que pesquisaram o tema. Se nós tivéssemos hoje um combustível que se equiparasse ao custo e desempenho dos combustíveis fósseis, não só teríamos carros mais limpos, mas também teríamos sido capazes de remodelar toda nossa infraestrutura.
O problema da energia eólica e solar é que sua geração é intermitente.Só quando venta ou faz sol é que há geração.Aí é que entra a importancia da bateria.Nas horas ociosas, a bateria pode fornecer energia.Realisticamente falando, não se deve achar que a bateria ideal vá aparecer de uma hora para outra.Quando a ciência achar a solução para um equipamento viável economicamente, haverá alteração na geopolitica, o planeta ficará mais limpo e haverá um novo boom econômico.
Contra a tecnologia do carro elétrico conspira a indústria petrolífera.Reconheçamos que a gasolina é um combustível de primeira, não foi por acaso que ela prevaleceu. A gasolina tem uma excelente densidade enrgética.Isto quer dizer que, em relação a seu peso, a quantidade de energia é grande.Mesmo com todas as crises, continua abundante e barata. Para se ter uma idéia, hoje, a melhor bateria a lítio pode armazenar 0,2kwh por kilograma de massa. Já a gasolina armazena 13kwh por kilo.
Agora, o motor a gasolina apresenta uma enorme desvantagem, ele é altamente ineficiente.A maior parte da energia resultante da combustão interna transforma-se em calor e não em energia mecânica.Não é à toa que todo motor à gasolina, diesel, gás, ou álcool precisa ser refrigerado, senão funde.Por outro lado, existe a facilidade de reabastecer, é mais rápido.Para recarregar uma bateria, necessita horas.
No mundo todo continuam as pesquisas para desenvolver uma bateria eficiente, confiável e de custo acessível. Devido à má vontade política, pode ser que esses resultados cheguem tarde demais.
Transcrevo um de seus mais recentes posts, sobre o problema do carro elétrico, eliminando apenas alguns trechos que não têm a ver diretamente com a questão.
Paulo Roberto de Almeida
OS SABOTADORES DO FUTURO
Aluizio Gomes
22/06/2011
1.INTRÓITO
Apesar de toda evolução de Homo sapiens, fico em dúvida se Homo é realmente sapiens.
(...)
Quem são os sabotadores do futuro? Todos aqueles, que, por interesses pessoais, financeiros, corporativistas, se opõem tenazmente à inclusão de novas tecnologias que poderiam salvar o planeta de um colapso ambiental, genéricamente falando.Específicamente falando, no caso presente, o sabotador é a indústria do petróleo.
2.O PROBLEMA DO CARRO ELÉTRICO.
O portal www.slate.com publicou uma matéria sobre o problema da exequibilidade da bateria automotiva para substituir a gasolina. Foi muito criticada por ter uma série de erros técnicos, mas teve a vantagem de levantar a discussão do problema.Começa nos informando que:
By Farhad Manjoo
Posted Tuesday, June 21, 2011, at 10:39 AM ET
Já nos anos 70, a EXXON contratou um engenheiro, de nome Michael Stanley Whittingham, para descobrir uma fonte de energia que pudesse substituir o petróleo.
Após experimentar algumas ligas metálicas, Stanley descobriu que o lítio tinha uma grande capacidade de armazenar energia.O engenheiro comunicou a descoberta a seus superiores, mas logo veio uma recessão, o preço do petróleo caiu, e perdeu-se a oportunidade de avançar no tema.O laboratório de Stanley foi então fechado.
Seth Fletcher, um editor senior de Popular Science, relembra em seu novo livro, "Bottled Lightning": Os cientistas vêm trabalhando em superbaterias, carros elétricos, e a Nova Economia do Lítio desde mesmo antes dos tempos de Thomas Edison, o qual era ele também um dos que pesquisaram o tema. Se nós tivéssemos hoje um combustível que se equiparasse ao custo e desempenho dos combustíveis fósseis, não só teríamos carros mais limpos, mas também teríamos sido capazes de remodelar toda nossa infraestrutura.
O problema da energia eólica e solar é que sua geração é intermitente.Só quando venta ou faz sol é que há geração.Aí é que entra a importancia da bateria.Nas horas ociosas, a bateria pode fornecer energia.Realisticamente falando, não se deve achar que a bateria ideal vá aparecer de uma hora para outra.Quando a ciência achar a solução para um equipamento viável economicamente, haverá alteração na geopolitica, o planeta ficará mais limpo e haverá um novo boom econômico.
Contra a tecnologia do carro elétrico conspira a indústria petrolífera.Reconheçamos que a gasolina é um combustível de primeira, não foi por acaso que ela prevaleceu. A gasolina tem uma excelente densidade enrgética.Isto quer dizer que, em relação a seu peso, a quantidade de energia é grande.Mesmo com todas as crises, continua abundante e barata. Para se ter uma idéia, hoje, a melhor bateria a lítio pode armazenar 0,2kwh por kilograma de massa. Já a gasolina armazena 13kwh por kilo.
Agora, o motor a gasolina apresenta uma enorme desvantagem, ele é altamente ineficiente.A maior parte da energia resultante da combustão interna transforma-se em calor e não em energia mecânica.Não é à toa que todo motor à gasolina, diesel, gás, ou álcool precisa ser refrigerado, senão funde.Por outro lado, existe a facilidade de reabastecer, é mais rápido.Para recarregar uma bateria, necessita horas.
No mundo todo continuam as pesquisas para desenvolver uma bateria eficiente, confiável e de custo acessível. Devido à má vontade política, pode ser que esses resultados cheguem tarde demais.
Democracia nos BRICS: Russia gosta de liberais
Na verdade, os russos gostam tanto dos liberais, que preferem mantê-los sob controle do poder. Nunca se sabe quando eles podem causar alguma turbulência política...
Russia rejects new opposition party registration
BBC World News, 22 June 2011
Officials said the application by the recently formed People's Freedom Party contained violations
"I am not surprised. I can actually state the following: there will be no opposition (parties) in the ballot papers at all”
Boris Nemtsov, Opposition leader
Russia has refused to register a new liberal political party led by four prominent opposition figures - in effect barring it from upcoming polls.
The People's Freedom Party failed to meet several of the legal requirements, the justice ministry said.
One opposition leader said it was because PM Vladimir Putin's ruling party feared a strong opposition bloc.
Parliamentary elections are due to take place in December, with presidential ones to follow in March.
The move came only days after President Dmitry Medvedev repeated his call for a greater political competition in Russia.
'Intimidate'
Documents for the party, also known as Parnas, were submitted by former prime minister Mikhail Kasyanov, former deputy prime minister Boris Nemtsov, and several other politicians last month.
But the justice ministry said it could not accept the application because it contained a number of violations, including listing members who were under age or no longer alive.
"The party's documents contain data about members of the public who died before the party's founding convention on December 13, 2010," the ministry said in a statement.
It also said that Parnas's charter did not provide for a rotation of its leadership as required by a new law.
However, Kremlin critics have said authorities use various technicalities to deny opposition parties registration.
US Secretary of State Hillary Clinton said she was "disappointed" by Russia's decision.
"We are troubled by reports of pressure from authorities in the regions designed to intimidate Parnas supporters, prompting them to resign positions or disavow their signatures on required lists," she said in a statement.
Mr Nemtsov, one of the group's founders, accused Russia's ruling party of being "deadly afraid" of the opposition.
"I am not surprised. I can actually state the following: there will be no opposition (parties) in the ballot papers at all," he said.
"[The authorities] have actually made a major political mistake. Now the country and the world know that our elections are nothing but a farce. I don't think that these elections would be considered honest, transparent and legitimate both in our country and the world. And everything is pretty clear about these elections six months ahead of them."
Russia rejects new opposition party registration
BBC World News, 22 June 2011
Officials said the application by the recently formed People's Freedom Party contained violations
"I am not surprised. I can actually state the following: there will be no opposition (parties) in the ballot papers at all”
Boris Nemtsov, Opposition leader
Russia has refused to register a new liberal political party led by four prominent opposition figures - in effect barring it from upcoming polls.
The People's Freedom Party failed to meet several of the legal requirements, the justice ministry said.
One opposition leader said it was because PM Vladimir Putin's ruling party feared a strong opposition bloc.
Parliamentary elections are due to take place in December, with presidential ones to follow in March.
The move came only days after President Dmitry Medvedev repeated his call for a greater political competition in Russia.
'Intimidate'
Documents for the party, also known as Parnas, were submitted by former prime minister Mikhail Kasyanov, former deputy prime minister Boris Nemtsov, and several other politicians last month.
But the justice ministry said it could not accept the application because it contained a number of violations, including listing members who were under age or no longer alive.
"The party's documents contain data about members of the public who died before the party's founding convention on December 13, 2010," the ministry said in a statement.
It also said that Parnas's charter did not provide for a rotation of its leadership as required by a new law.
However, Kremlin critics have said authorities use various technicalities to deny opposition parties registration.
US Secretary of State Hillary Clinton said she was "disappointed" by Russia's decision.
"We are troubled by reports of pressure from authorities in the regions designed to intimidate Parnas supporters, prompting them to resign positions or disavow their signatures on required lists," she said in a statement.
Mr Nemtsov, one of the group's founders, accused Russia's ruling party of being "deadly afraid" of the opposition.
"I am not surprised. I can actually state the following: there will be no opposition (parties) in the ballot papers at all," he said.
"[The authorities] have actually made a major political mistake. Now the country and the world know that our elections are nothing but a farce. I don't think that these elections would be considered honest, transparent and legitimate both in our country and the world. And everything is pretty clear about these elections six months ahead of them."
Lista de trabalhos em ingles, frances e espanhol: Paulo R. Almeida
A lista diz tudo. Ou melhor, é apenas uma parte dos meus trabalhos.
Esta lista também pode ser vista neste link:
http://f.cl.ly/items/14091j0C22172T250E20/110605WorksPRAlmeidaEng2.pdf
PAULO ROBERTO DE ALMEIDA
A selection of works in English, in French, and Spanish (from 2007)
International Relations and Foreign Policy of Brazil
Up to date:
June 5, 2011
2234. “L’historiographie économique brésilienne, de la fin du XIXème siècle au début du XXIème: une synthèse bibliographique”, Brasília, 5 janeiro 2011, 14 p.; rev. Porto Alegre, 8/01/2011, 17 p. Contribution à la revue Matériaux pour l’histoire de notre temps (BDIC); Spécial Brésil: historiographie et histoire.
2207. “Never Seen Before in Brazil: Lula’s grand diplomacy”, Shanghai, 18 outubro 2010, 20 p. Revista Brasileira de Política Internacional (vol. 53, n. 2, 2010, p. 160-177; ISSN: 0034-7329; link: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292010000200009&lng=en&nrm=iso&tlng=en; pdf: http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v53n2/09.pdf). Relação de Publicados n 1013.
2202. “Now, an Economic Cold War: Old Realities, New Prospects”, Shanghai, 13 outubro 2010, 4 p. FRA, Revista de Ciencias y Humanidades de la Fundación Ramón Areces; Monográfico: “Mas Allá de la Crisis: El Futuro del Sistema Multilatearal (Madrid: Fundación Ramón Areces, Diciembre 2010, p. 116-120); blog Diplomatizzando (23/01/2011; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/01/economic-cold-war-artigo-pra-publicado.html). Relação de Publicados n. 1015.
2193. “Global Governance and Institutional Reform: a personal view”, Shanghai, 26 setembro 2010, 7 p. Joint Symposium: “Beyond the crisis: the future of the multilateral system” (Fundación Ramón Areces and OECD Development Centre; Madrid, 4-5 October 2010); blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/10/governanca-global-e-reformas.html e http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/10/governanca-global-e-reformas_06.html).
2184. “La diplomatie de Lula (2003-2010): une analyse des résultats”, Beijing-Shanghai, 28.06.2010; Shanghai, 4.07-18.09. 2010, 14 p. Analyse critique de la diplomatie brésilienne. Publié In: Denis Rolland, Antonio Carlos Lessa (coords.), Relations Internationales du Brésil: Les Chemins de La Puissance; Brazil’s International Relations: Paths to Power (Paris: L’Harmattan, 2010, 2 vols; vol. I: Représentations Globales – Global Representations, p. 249-259; ISBN: 978-2-296-13543-7); blog Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/10/relations-internationales-du-bresil.html). Relação de Publicados n. 998.
2172. “Brazil, from Emerging to an Emerged Country: A critical assessment of Lula’s diplomacy”, Shanghai, August 14, 2010, 22 p. Article prepared for a special number of Revista Brasileira de Política Internacional on Lula’s diplomacy. Not published.
2160. “Balance Énergétique du Brésil: interview à France Culture”, Shanghai, 1 julho 2010, 5 p. Interview with Thierry Garcin, Radio France Internationale, “Les Enjeux Internationaux”, Blog Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/07/balance-energetique-du-bresil-paulo-r.html). Relação de Publicados n. 980.
2148. “The Foreign Policy of Brazil under Lula”, Shanghai-Hangzhou, May 27-30, 2010, 9 p. Answers to a PhD. Candidate at LSE.
2134. “Política exterior: potencia regional o un actor global”, Shanghai, 14 abril 2010, 7 p. Colaboración a dossier especial de Vanguardia (Barcelona; www.vanguardiadossier.com) sobre Brasil. Diplomatizzando (28.06.2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/06/brasil-potencia-regional-o-ator-global.html).
2128. “Attraction and Repulsion: Brazil and the American world”, Shanghai, 8 abril 2010, 9 p. Debate by Sean Clark e Sabrina Hocque, What Lies Ahead?: Debating the Prospects for a ‘Post-American World’, commenting Fareed Zakaria:The Post-American World (New York: W.W. Norton, 2009). Publicado in: Clark, Sean and Sabrina Hoque (eds.). Debating a Post-American World: What Lies Ahead? (London: Routledge, 2011).
2112. “España y Brasil: reconocimiento y relaciones en el siglo XIX”, Brasília, 16 fevereiro 2010, 20 p. Ensayo para obra sobre la firma de los tratados de reconocimiento y amistad entre España y las repúblicas latinoamericanas en el siglo XIX, bajo la dirección de Carlos Malamud, del Instituto Elcano de Madrid. Para publicación en la série “América Latina en la historia contemporánea", patrocinada por Fundación Mapfre y Santillana”.
2060. “Brasil y su Política Exterior: una intervista periodistica”, Brasilia, 12 novembro 2009, 2 p. La Nación, Chile - Sección Internacional; blog Diplomatizzando (03.03.2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/03/1740-politica-exterior-de-brasil.html#links).
2043. “Entretien sur le président Lula”, Brasília, 9 setembro 2009, 8 p. revue Décideurs (http://www.magazine-decideurs.com/magazine/). Blog Textos PRA (17.09.2009; link: http://textospra.blogspot.com/2009/09/518-entrevista-revistda-francesa-sobre.html). Décideurs, Blog Diplomatizzando (17.09.2009; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2009/09/1380-entretien-sur-le-bresil-pour-la.html); “Lula: orateur par excellence”, Décideurs: Stratégie Finance Droit (Paris: n. 109, octobre 2009, p. 13; ISSN: 1764-6774). Relação de Publicados n. 930.
2028. “The question of Ossetia and Russian intervention: a personal Brazilian view”, Brasília, July 23, 2009, 8 p. Answers to questions submitted by Yulia Netesova, European Bureau Chief of the Russian Journal. Divulgado no blog Diplomatizzando (22.11.2009; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2009/11/1532-russina-intervention-in-south.html ).
2023. “Non-Intervention: a political concept, in a legal wrap: a historical and juridical appraisal of the Brazilian doctrine and practice”, Brasília, 8 Julho 2009, 17 p. (7.090 palavras). Blog Textos PRA (03.03.2010; link: http://textospra.blogspot.com/2010/03/569-brazil-and-non-intervention-paulo-r.html).
2020. “Le Brésil à deux moments de la globalisation capitaliste et à un siècle de distance (1909-2009)”, Brasília, 30 junho 2009, 25 p. International Symposium “Inequalities in the World System: Political Science, Philosophy, Law”, São Paulo, 3-6 de setembro de 2009; Cebrap. Blog Textos PRA (03.03.2010; link: http://textospra.blogspot.com/2010/03/570-le-bresil-deux-moments-de-la.html).
2008. “Financial Architecture of the Post-Crisis World: Efficiency of Solutions”, Brasília, 22 maio 2009, 7 p. Answers to questions presented by researcher from the Post-Crisis World Institute Foundation, Moscou (Michael Mizhinski). Blog Diplomatizzando (03.03.2010: link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/03/1741-financial-architecture-of-post.html).
1999. “The share of the United States and Brazil in the modern civilization: A centennial homage to Joaquim Nabuco’s commencement speech of 1909”, Urbana, 23 abril 2009, 15 p. Paper presented at the Symposium: Nabuco and Madison: A Centennial Celebration (Madison, WI: University of Wisconsin, April 24-25, 2009); Available at link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1999NabucoMadison.pdf.
1996. “Brazil’s role in South America and in the global arena”, Urbana, 13 abril 2009, 7 p. Answers to questions presented by a M.A. Candidate 2010 of the Latin American & Hemispheric Studies Elliott School of International Affairs - George Washington University. Blog Diplomatizzando (13.04.2009; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2009/04/1063-turismo-academico-13-brazils-role.html).
1983. “Mercosur-European Union Cooperation: A case study on the effects of EU activities and cooperation with Mercosur on regional democracy building”, Brasília, 2 fevereiro 2009, 26 p. Paper prepared for a Project of International IDEA to map out and analyze the perceptions on the European Union as an actor in democracy building, as seen from the EU's partner regions. Blog Textos PRA (03.03.2010; link: http://textospra.blogspot.com/2010/03/571-eu-activities-and-cooperation-with.html).
1950. “Les Brics et l’économie brésilienne : Interview pour la Chaire des Amériques – Université Paris I”, Brasília, 11 novembro 2008, 6 p. Links: (a) Brics: http://www.economie-et-societe.com/article-24982794.html; (b) Brésil: http://www.economie-et-societe.com/article-25122338.html.
1942. “La puissance américaine vue d'Amérique Latine”, Brasília, 21 outubro 2008, 2 p. Interview à Radio France Culture, journaliste Thierry Garcin (Paris: émission le 29.10.2008, à 7h15, 10 minutes; link: http://www.radiofrance.fr/chaines/france-culture2/emissions/enjeux_inter/fiche.php?diffusion_id=66840).
1902. “Brazil in the world context, at the first decade of the 21th century: regional leadership and strategies for its integration into the world economy”, Rio de Janeiro, 26 junho 2008, 22 p. Publishedo as “Brazil in the International Context at the First Decade of the 21st Century: Regional Leadership and Strategies for Integration”. In: Joam Evans (org.), Brazilian Defence Policies: Current Trends and Regional Implications (London: Dunkling Books, 2009, p. 11-26; ISBN: 978-0-9563478-0-0; link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1902BrForPolicyStrategies.pdf). Relação de Publicados n. 935.
1900. “Brazil: Mileposts to Responsible Stakeholdership”, Brasília-Tóquio, 24 junho 2008, 53 p. Joint text, written with Miguel Diaz, for the project “Mileposts to Responsible Stakeholdership” of the Stanley Foundation (http://www.stanleyfoundation.org/); published at the website of the Project “Powers and Principles: International Leadership in a Shrinking World” (November 3rd, 2008; link: http://www.stanleyfoundation.org/articles.cfm?ID=504), under the title: “Brazil's Candidacy for Major Power Status”, by Miguel Diaz and Paulo Roberto Almeida, with a reaction by Georges D. Landau (Muscatine, IA: The Stanley Foundation, Working Paper, November 2008, 24 p.; link: http://www.stanleyfoundation.org/powersandprinciples/BrazilCandidacyMPStatus.PDF). Published in book form as: “Brazil's Candidacy for Major Power Status”, with Miguel Diaz. In: Michael Schiffer and David Shorr (Eds.). Powers and Principles: International Leadership in a Shrinking World (Lanham, MD: Lexington Books, 2009, 328p.; Co-published with: The Stanley Foundation; ISBN Cloth: 978-0-7391-3543-3; $85.00; ISBN Paper: 978-0-7391-3544-0; $32.95; p. 225-250). Link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/109StanleyBook2009.html. Relação de Publicados n. 897.
1890. “Brazil and the G8 Heiligendamm Process”, 18 maio 2008, 31 p. Published with Denise Gregory, in Andrew F. Cooper and Agata Antkiewicz, Emerging Powers in Global Governance: Lessons from the Heiligendamm Process. Waterloo, Canada: Wilfrid Laurier University Press, Studies in International Governance Series, October 2008, p. 137-161; ISBN: 978-1-55458–057-6. © 2008 The Centre for International Governance Innovation (CIGI) and Wilfrid Laurier University Press; Available at: http://www.press.wlu.ca/Catalog/cooper.shtml).
1868. “Brazil’s Integration into Global Governance: The rise of the Outreach-5 countries to a G-8 (plus) status”, Brasília, 9 março 2008, 29 p. Published, with Denise Gregory , as “Brazil”: Growth and Responsibility: The positioning of emerging powers in the global governance system (Berlin: Konrad Adenauer Stiftung, 2009, 126 p.; ISBN: 978-3-940955-45-6; p. 11-30; link: http://www.kas.de/wf/en/33.15573/-/-/-/index.html?src=nl09-01). Trabalhos publicados n. 887.
1859. “Questionnaire on the G8 Summit Reform Process”, Brasília, 12 fevereiro 2008, 3 p. Answers and comments to a questionnaire on the Heiligendam Process (expansion of G-8 countries to the outreach 5) and global governance reform, presented by Prof. Colin I. Bradford, Jr. (Brookings Institution, Washington, and Centre for International Governance Innovation (CIGI), Waterloo, Canada). Not published.
1856. “Brazil and Global Governance”, Brasília, 30 janeiro 2008, 17 p. Colaboração a trabalho a ser apresentado pelo CEBRI para centro de estudos do Canadá (Centre for International Governance Innovation - CIGI). Not published.
1811. “The Foreign Policy of Brazil under Lula: Regional and global diplomatic strategies”, Brasília, 30 setembro 2007, 25 p. Published as “Lula’s Foreign Policy: Regional and Global Strategies”, chap. 9, In Werner Baer and Joseph Love (eds.), Brazil under Lula (New York: Palgrave-Macmillan, 2009, 326 p.; ISBN: 970-0-230-60816-0; p. 167-183; link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1811BrForPolicyPalgrave2009.pdf). Publicados n. 811.
1748. “Brazil as a regional player and as an emerging global power: Foreign policy strategies and the impact on the new international order”. Briefing Paper, series Dialogue on Globalization (Berlin: Friedrich Ebert Stiftung, July 2007; link: http://library.fes.de/pdf-files/iez/global/04709.pdf). Publicados n. 780bis.
=========
Existem outros, anteriores a 2007, mas creio que estes já bastam.
Para uma lista completa dos trabalhos, publicados ou originais, em quaisquer línguas faladas em nossa pequena babel, ver meu site...
Paulo Roberto de Almeida
Esta lista também pode ser vista neste link:
http://f.cl.ly/items/14091j0C22172T250E20/110605WorksPRAlmeidaEng2.pdf
PAULO ROBERTO DE ALMEIDA
A selection of works in English, in French, and Spanish (from 2007)
International Relations and Foreign Policy of Brazil
Up to date:
June 5, 2011
2234. “L’historiographie économique brésilienne, de la fin du XIXème siècle au début du XXIème: une synthèse bibliographique”, Brasília, 5 janeiro 2011, 14 p.; rev. Porto Alegre, 8/01/2011, 17 p. Contribution à la revue Matériaux pour l’histoire de notre temps (BDIC); Spécial Brésil: historiographie et histoire.
2207. “Never Seen Before in Brazil: Lula’s grand diplomacy”, Shanghai, 18 outubro 2010, 20 p. Revista Brasileira de Política Internacional (vol. 53, n. 2, 2010, p. 160-177; ISSN: 0034-7329; link: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292010000200009&lng=en&nrm=iso&tlng=en; pdf: http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v53n2/09.pdf). Relação de Publicados n 1013.
2202. “Now, an Economic Cold War: Old Realities, New Prospects”, Shanghai, 13 outubro 2010, 4 p. FRA, Revista de Ciencias y Humanidades de la Fundación Ramón Areces; Monográfico: “Mas Allá de la Crisis: El Futuro del Sistema Multilatearal (Madrid: Fundación Ramón Areces, Diciembre 2010, p. 116-120); blog Diplomatizzando (23/01/2011; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/01/economic-cold-war-artigo-pra-publicado.html). Relação de Publicados n. 1015.
2193. “Global Governance and Institutional Reform: a personal view”, Shanghai, 26 setembro 2010, 7 p. Joint Symposium: “Beyond the crisis: the future of the multilateral system” (Fundación Ramón Areces and OECD Development Centre; Madrid, 4-5 October 2010); blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/10/governanca-global-e-reformas.html e http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/10/governanca-global-e-reformas_06.html).
2184. “La diplomatie de Lula (2003-2010): une analyse des résultats”, Beijing-Shanghai, 28.06.2010; Shanghai, 4.07-18.09. 2010, 14 p. Analyse critique de la diplomatie brésilienne. Publié In: Denis Rolland, Antonio Carlos Lessa (coords.), Relations Internationales du Brésil: Les Chemins de La Puissance; Brazil’s International Relations: Paths to Power (Paris: L’Harmattan, 2010, 2 vols; vol. I: Représentations Globales – Global Representations, p. 249-259; ISBN: 978-2-296-13543-7); blog Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/10/relations-internationales-du-bresil.html). Relação de Publicados n. 998.
2172. “Brazil, from Emerging to an Emerged Country: A critical assessment of Lula’s diplomacy”, Shanghai, August 14, 2010, 22 p. Article prepared for a special number of Revista Brasileira de Política Internacional on Lula’s diplomacy. Not published.
2160. “Balance Énergétique du Brésil: interview à France Culture”, Shanghai, 1 julho 2010, 5 p. Interview with Thierry Garcin, Radio France Internationale, “Les Enjeux Internationaux”, Blog Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/07/balance-energetique-du-bresil-paulo-r.html). Relação de Publicados n. 980.
2148. “The Foreign Policy of Brazil under Lula”, Shanghai-Hangzhou, May 27-30, 2010, 9 p. Answers to a PhD. Candidate at LSE.
2134. “Política exterior: potencia regional o un actor global”, Shanghai, 14 abril 2010, 7 p. Colaboración a dossier especial de Vanguardia (Barcelona; www.vanguardiadossier.com) sobre Brasil. Diplomatizzando (28.06.2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/06/brasil-potencia-regional-o-ator-global.html).
2128. “Attraction and Repulsion: Brazil and the American world”, Shanghai, 8 abril 2010, 9 p. Debate by Sean Clark e Sabrina Hocque, What Lies Ahead?: Debating the Prospects for a ‘Post-American World’, commenting Fareed Zakaria:The Post-American World (New York: W.W. Norton, 2009). Publicado in: Clark, Sean and Sabrina Hoque (eds.). Debating a Post-American World: What Lies Ahead? (London: Routledge, 2011).
2112. “España y Brasil: reconocimiento y relaciones en el siglo XIX”, Brasília, 16 fevereiro 2010, 20 p. Ensayo para obra sobre la firma de los tratados de reconocimiento y amistad entre España y las repúblicas latinoamericanas en el siglo XIX, bajo la dirección de Carlos Malamud, del Instituto Elcano de Madrid. Para publicación en la série “América Latina en la historia contemporánea", patrocinada por Fundación Mapfre y Santillana”.
2060. “Brasil y su Política Exterior: una intervista periodistica”, Brasilia, 12 novembro 2009, 2 p. La Nación, Chile - Sección Internacional; blog Diplomatizzando (03.03.2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/03/1740-politica-exterior-de-brasil.html#links).
2043. “Entretien sur le président Lula”, Brasília, 9 setembro 2009, 8 p. revue Décideurs (http://www.magazine-decideurs.com/magazine/). Blog Textos PRA (17.09.2009; link: http://textospra.blogspot.com/2009/09/518-entrevista-revistda-francesa-sobre.html). Décideurs, Blog Diplomatizzando (17.09.2009; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2009/09/1380-entretien-sur-le-bresil-pour-la.html); “Lula: orateur par excellence”, Décideurs: Stratégie Finance Droit (Paris: n. 109, octobre 2009, p. 13; ISSN: 1764-6774). Relação de Publicados n. 930.
2028. “The question of Ossetia and Russian intervention: a personal Brazilian view”, Brasília, July 23, 2009, 8 p. Answers to questions submitted by Yulia Netesova, European Bureau Chief of the Russian Journal. Divulgado no blog Diplomatizzando (22.11.2009; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2009/11/1532-russina-intervention-in-south.html ).
2023. “Non-Intervention: a political concept, in a legal wrap: a historical and juridical appraisal of the Brazilian doctrine and practice”, Brasília, 8 Julho 2009, 17 p. (7.090 palavras). Blog Textos PRA (03.03.2010; link: http://textospra.blogspot.com/2010/03/569-brazil-and-non-intervention-paulo-r.html).
2020. “Le Brésil à deux moments de la globalisation capitaliste et à un siècle de distance (1909-2009)”, Brasília, 30 junho 2009, 25 p. International Symposium “Inequalities in the World System: Political Science, Philosophy, Law”, São Paulo, 3-6 de setembro de 2009; Cebrap. Blog Textos PRA (03.03.2010; link: http://textospra.blogspot.com/2010/03/570-le-bresil-deux-moments-de-la.html).
2008. “Financial Architecture of the Post-Crisis World: Efficiency of Solutions”, Brasília, 22 maio 2009, 7 p. Answers to questions presented by researcher from the Post-Crisis World Institute Foundation, Moscou (Michael Mizhinski). Blog Diplomatizzando (03.03.2010: link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/03/1741-financial-architecture-of-post.html).
1999. “The share of the United States and Brazil in the modern civilization: A centennial homage to Joaquim Nabuco’s commencement speech of 1909”, Urbana, 23 abril 2009, 15 p. Paper presented at the Symposium: Nabuco and Madison: A Centennial Celebration (Madison, WI: University of Wisconsin, April 24-25, 2009); Available at link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1999NabucoMadison.pdf.
1996. “Brazil’s role in South America and in the global arena”, Urbana, 13 abril 2009, 7 p. Answers to questions presented by a M.A. Candidate 2010 of the Latin American & Hemispheric Studies Elliott School of International Affairs - George Washington University. Blog Diplomatizzando (13.04.2009; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2009/04/1063-turismo-academico-13-brazils-role.html).
1983. “Mercosur-European Union Cooperation: A case study on the effects of EU activities and cooperation with Mercosur on regional democracy building”, Brasília, 2 fevereiro 2009, 26 p. Paper prepared for a Project of International IDEA to map out and analyze the perceptions on the European Union as an actor in democracy building, as seen from the EU's partner regions. Blog Textos PRA (03.03.2010; link: http://textospra.blogspot.com/2010/03/571-eu-activities-and-cooperation-with.html).
1950. “Les Brics et l’économie brésilienne : Interview pour la Chaire des Amériques – Université Paris I”, Brasília, 11 novembro 2008, 6 p. Links: (a) Brics: http://www.economie-et-societe.com/article-24982794.html; (b) Brésil: http://www.economie-et-societe.com/article-25122338.html.
1942. “La puissance américaine vue d'Amérique Latine”, Brasília, 21 outubro 2008, 2 p. Interview à Radio France Culture, journaliste Thierry Garcin (Paris: émission le 29.10.2008, à 7h15, 10 minutes; link: http://www.radiofrance.fr/chaines/france-culture2/emissions/enjeux_inter/fiche.php?diffusion_id=66840).
1902. “Brazil in the world context, at the first decade of the 21th century: regional leadership and strategies for its integration into the world economy”, Rio de Janeiro, 26 junho 2008, 22 p. Publishedo as “Brazil in the International Context at the First Decade of the 21st Century: Regional Leadership and Strategies for Integration”. In: Joam Evans (org.), Brazilian Defence Policies: Current Trends and Regional Implications (London: Dunkling Books, 2009, p. 11-26; ISBN: 978-0-9563478-0-0; link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1902BrForPolicyStrategies.pdf). Relação de Publicados n. 935.
1900. “Brazil: Mileposts to Responsible Stakeholdership”, Brasília-Tóquio, 24 junho 2008, 53 p. Joint text, written with Miguel Diaz, for the project “Mileposts to Responsible Stakeholdership” of the Stanley Foundation (http://www.stanleyfoundation.org/); published at the website of the Project “Powers and Principles: International Leadership in a Shrinking World” (November 3rd, 2008; link: http://www.stanleyfoundation.org/articles.cfm?ID=504), under the title: “Brazil's Candidacy for Major Power Status”, by Miguel Diaz and Paulo Roberto Almeida, with a reaction by Georges D. Landau (Muscatine, IA: The Stanley Foundation, Working Paper, November 2008, 24 p.; link: http://www.stanleyfoundation.org/powersandprinciples/BrazilCandidacyMPStatus.PDF). Published in book form as: “Brazil's Candidacy for Major Power Status”, with Miguel Diaz. In: Michael Schiffer and David Shorr (Eds.). Powers and Principles: International Leadership in a Shrinking World (Lanham, MD: Lexington Books, 2009, 328p.; Co-published with: The Stanley Foundation; ISBN Cloth: 978-0-7391-3543-3; $85.00; ISBN Paper: 978-0-7391-3544-0; $32.95; p. 225-250). Link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/109StanleyBook2009.html. Relação de Publicados n. 897.
1890. “Brazil and the G8 Heiligendamm Process”, 18 maio 2008, 31 p. Published with Denise Gregory, in Andrew F. Cooper and Agata Antkiewicz, Emerging Powers in Global Governance: Lessons from the Heiligendamm Process. Waterloo, Canada: Wilfrid Laurier University Press, Studies in International Governance Series, October 2008, p. 137-161; ISBN: 978-1-55458–057-6. © 2008 The Centre for International Governance Innovation (CIGI) and Wilfrid Laurier University Press; Available at: http://www.press.wlu.ca/Catalog/cooper.shtml).
1868. “Brazil’s Integration into Global Governance: The rise of the Outreach-5 countries to a G-8 (plus) status”, Brasília, 9 março 2008, 29 p. Published, with Denise Gregory , as “Brazil”: Growth and Responsibility: The positioning of emerging powers in the global governance system (Berlin: Konrad Adenauer Stiftung, 2009, 126 p.; ISBN: 978-3-940955-45-6; p. 11-30; link: http://www.kas.de/wf/en/33.15573/-/-/-/index.html?src=nl09-01). Trabalhos publicados n. 887.
1859. “Questionnaire on the G8 Summit Reform Process”, Brasília, 12 fevereiro 2008, 3 p. Answers and comments to a questionnaire on the Heiligendam Process (expansion of G-8 countries to the outreach 5) and global governance reform, presented by Prof. Colin I. Bradford, Jr. (Brookings Institution, Washington, and Centre for International Governance Innovation (CIGI), Waterloo, Canada). Not published.
1856. “Brazil and Global Governance”, Brasília, 30 janeiro 2008, 17 p. Colaboração a trabalho a ser apresentado pelo CEBRI para centro de estudos do Canadá (Centre for International Governance Innovation - CIGI). Not published.
1811. “The Foreign Policy of Brazil under Lula: Regional and global diplomatic strategies”, Brasília, 30 setembro 2007, 25 p. Published as “Lula’s Foreign Policy: Regional and Global Strategies”, chap. 9, In Werner Baer and Joseph Love (eds.), Brazil under Lula (New York: Palgrave-Macmillan, 2009, 326 p.; ISBN: 970-0-230-60816-0; p. 167-183; link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1811BrForPolicyPalgrave2009.pdf). Publicados n. 811.
1748. “Brazil as a regional player and as an emerging global power: Foreign policy strategies and the impact on the new international order”. Briefing Paper, series Dialogue on Globalization (Berlin: Friedrich Ebert Stiftung, July 2007; link: http://library.fes.de/pdf-files/iez/global/04709.pdf). Publicados n. 780bis.
=========
Existem outros, anteriores a 2007, mas creio que estes já bastam.
Para uma lista completa dos trabalhos, publicados ou originais, em quaisquer línguas faladas em nossa pequena babel, ver meu site...
Paulo Roberto de Almeida
Invasao economica estrangeira: ainda bem que o governo esta atento...
Eu sempre digo que o brasileiro em geral adora capital estrangeiro e detesta o capitalista estrangeiro, no sentido em que ele pretende se beneficiar das "bondades" trazidas pelo know-how e tecnologia estrangeiros (algumas vezes até o savoir-faire, embora os franceses sejam um pouco molengas atualmente), mas não gosta da sensação de ter de ser "ensinado" por algum estrangeiro sobre como se pode fazer melhor e mais barato certas coisas. Brasileiro acha que sabe tudo, em especial em matéria de malandragem, e não precisa aprender muita coisa com estrangeiros (sobretudo se tiver de pagar royalties por isso).
O governo, então, sabe tudo, realmente, ou pensa que sabe. Em todo caso, ele é o defensor último (e até principal) da soberania nacional, que parece estar sendo sempre ameaçada e atacada por forças malignas de potências estrangeiras, ou pelos instintos perversos de dominação do grande capital monopolista multinacional. Ainda bem que o governo está aí para zelar pela nossa independência e soberania cultural, do contrário já teríamos sido condenados a virar importadores alienados de todo e qualquer modismo nefasto vindo do estrangeiro (vocês sabem, essa mania de comer barris de pipoca e baldes de refrigerante nos cinemas).
O preço da liberdade é a eterna vigilância, como diriam alguns, sobretudo em se tratando de terras, que podem ser facilmente retiradas do nosso controle e desfrute. Por isso cabe, sim, impor limites a essa aquisição desenfreada de terras por estrangeiros, como relatado abaixo.
Ufa, fico mais aliviado e posso agora dormir tranquilo, sabendo que o governo zela pela minha segurança espiritual, material e até intelectual, e está sempre atento a essas hordas de bárbaros asiáticos, ou de loiros de olhos azuis, que pretendem vir aqui roubar as nossas terras, saquear as nossas riquezas e levar toda a nossa substância material e cultural de um povo alegre, cordial, até aberto às boas coisas do exterior, mas que detesta que lhe surripiem seus recursos naturais.
Bem faz o governo a proibir estrangeiros de comprar mais do que cinco hectares de terras. Ele deveria, aliás, aproveitar a oportunidade para expropriar aqueles estrangeiros que têm mais do que isso e entregar tudo para a reforma agrária (reservado, é claro, aquelas fazendas com piscina para o pessoal do MST, que também é gente e precisa de algum refresco no ardor de suas batalhas pela justiça social e o socialismo agrário).
Grato governo, acho que esta é mais uma garantia de que continuaremos atrasados, mas pelo menos seremos capazes de preservar nossa soberania...
Paulo Roberto de Almeida
Estrangeiro que comprar mais de 5 hectares precisará de aval do governo
Por Rui Nogueira e Tânia Monteiro
O Estado de S.Paulo, 22/06/2011
Empresas e pessoas estrangeiras que quiserem comprar terras no Brasil com área superior a 5 hectares terão de pedir autorização do governo. A compra de áreas até 500 mil hectares será avaliada e autorizada por um órgão especial, o Conselho Nacional de Terras (Conater). Acima de 500 mil hectares, a compra precisa ser aprovada pelo Congresso.
Nos dois casos, a minuta do projeto de lei em estudo no governo para definir “limites à aquisição de imóveis rurais por estrangeiros”, diz que “pessoa física estrangeira residente no país e pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no País” terá de construir uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) para comprar as terras e oferecer uma golden share ao governo. Na prática, significa que o governo será sócio de todos os negócios agrícolas de estrangeiros.
Golden share é uma ação especial que a SPE oferece ao governo como forma de ele participar das decisões estratégicas da empresa - concedendo-lhe, inclusive, o direito de veto na decisões.
Pessoas físicas estrangeiras e empresas estrangeiras que não estejam autorizadas a funcionar no País simplesmente não poderão comprar terras. Empresa brasileira controlada direta ou indiretamente por estrangeiros ou que receba recursos de fundos estrangeiros de investimentos também ficarão submetidas às regras da nova lei.
Um assessor da presidente Dilma Rousseff disse ontem ao Estado que a lei a ser enviada ao Congresso “não vai criar nenhuma barreira para os investimentos estrangeiros”.
O objetivo, acrescentou, “é criar um instrumento de controle e uma supervisão do Estado sobre o uso da terra”. A lei, adiantou, será “bem curta” e com “regras claras”, evitando que haja uma área limite em cada região do País para a notificação da compra ao poder público.
Chácara. O governo reconhece que 5 hectares é uma área equivalente a uma chácara de tamanho médio na periferia das áreas urbanas, mas diz que esses 50 mil metros quadrados servirão apenas como referência para definir que acima disso o estrangeiro está querendo comprar terra para investir.
“Se a compra envolve investimento, então, o Estado tem de fazer uma administração estratégica das terras vendidas a estrangeiros”, resumiu um assessor do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
O governo, então, sabe tudo, realmente, ou pensa que sabe. Em todo caso, ele é o defensor último (e até principal) da soberania nacional, que parece estar sendo sempre ameaçada e atacada por forças malignas de potências estrangeiras, ou pelos instintos perversos de dominação do grande capital monopolista multinacional. Ainda bem que o governo está aí para zelar pela nossa independência e soberania cultural, do contrário já teríamos sido condenados a virar importadores alienados de todo e qualquer modismo nefasto vindo do estrangeiro (vocês sabem, essa mania de comer barris de pipoca e baldes de refrigerante nos cinemas).
O preço da liberdade é a eterna vigilância, como diriam alguns, sobretudo em se tratando de terras, que podem ser facilmente retiradas do nosso controle e desfrute. Por isso cabe, sim, impor limites a essa aquisição desenfreada de terras por estrangeiros, como relatado abaixo.
Ufa, fico mais aliviado e posso agora dormir tranquilo, sabendo que o governo zela pela minha segurança espiritual, material e até intelectual, e está sempre atento a essas hordas de bárbaros asiáticos, ou de loiros de olhos azuis, que pretendem vir aqui roubar as nossas terras, saquear as nossas riquezas e levar toda a nossa substância material e cultural de um povo alegre, cordial, até aberto às boas coisas do exterior, mas que detesta que lhe surripiem seus recursos naturais.
Bem faz o governo a proibir estrangeiros de comprar mais do que cinco hectares de terras. Ele deveria, aliás, aproveitar a oportunidade para expropriar aqueles estrangeiros que têm mais do que isso e entregar tudo para a reforma agrária (reservado, é claro, aquelas fazendas com piscina para o pessoal do MST, que também é gente e precisa de algum refresco no ardor de suas batalhas pela justiça social e o socialismo agrário).
Grato governo, acho que esta é mais uma garantia de que continuaremos atrasados, mas pelo menos seremos capazes de preservar nossa soberania...
Paulo Roberto de Almeida
Estrangeiro que comprar mais de 5 hectares precisará de aval do governo
Por Rui Nogueira e Tânia Monteiro
O Estado de S.Paulo, 22/06/2011
Empresas e pessoas estrangeiras que quiserem comprar terras no Brasil com área superior a 5 hectares terão de pedir autorização do governo. A compra de áreas até 500 mil hectares será avaliada e autorizada por um órgão especial, o Conselho Nacional de Terras (Conater). Acima de 500 mil hectares, a compra precisa ser aprovada pelo Congresso.
Nos dois casos, a minuta do projeto de lei em estudo no governo para definir “limites à aquisição de imóveis rurais por estrangeiros”, diz que “pessoa física estrangeira residente no país e pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no País” terá de construir uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) para comprar as terras e oferecer uma golden share ao governo. Na prática, significa que o governo será sócio de todos os negócios agrícolas de estrangeiros.
Golden share é uma ação especial que a SPE oferece ao governo como forma de ele participar das decisões estratégicas da empresa - concedendo-lhe, inclusive, o direito de veto na decisões.
Pessoas físicas estrangeiras e empresas estrangeiras que não estejam autorizadas a funcionar no País simplesmente não poderão comprar terras. Empresa brasileira controlada direta ou indiretamente por estrangeiros ou que receba recursos de fundos estrangeiros de investimentos também ficarão submetidas às regras da nova lei.
Um assessor da presidente Dilma Rousseff disse ontem ao Estado que a lei a ser enviada ao Congresso “não vai criar nenhuma barreira para os investimentos estrangeiros”.
O objetivo, acrescentou, “é criar um instrumento de controle e uma supervisão do Estado sobre o uso da terra”. A lei, adiantou, será “bem curta” e com “regras claras”, evitando que haja uma área limite em cada região do País para a notificação da compra ao poder público.
Chácara. O governo reconhece que 5 hectares é uma área equivalente a uma chácara de tamanho médio na periferia das áreas urbanas, mas diz que esses 50 mil metros quadrados servirão apenas como referência para definir que acima disso o estrangeiro está querendo comprar terra para investir.
“Se a compra envolve investimento, então, o Estado tem de fazer uma administração estratégica das terras vendidas a estrangeiros”, resumiu um assessor do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Mas tem gente que gosta (precisa) de segredos...
Como qualquer pessoa sensata poderia constatar, não existem grandes dramas no nosso passado histórico que justificassem o segredo eterno de papéis diplomáticos.
Mas provavelmente existem grandes dramas ordinários de nosso presente político que precisam ser mantidos eternamente em segredo.
Sempre é assim: os dramas mais ordinários inspiram as grandes peças, desde Shakespeare...
Não sei, realmente, se o governo teve um surto repentino de lucidez e resolveu liberar (quase) tudo, ou se foi levado a fazer isso pela pressão da cidadania, e porque o assunto estava ficando sumamente ridículo para ele.
Paulo Roberto de Almeida
Governo desiste de manter sigilo eterno de documentos
Portal G1, 21/06/2011
Depois de protestos e de muitas críticas, o governo anunciou nesta terça (21) que não é necessário renovar indefinidamente o sigilo de documentos ultrassecretos. Na semana passada, após assumir o Ministério das Relações Institucionais, a ministra Ideli Salvatti havia dito que o governo pretendia repor no Senado as mudanças realizadas pela Câmara no projeto que trata do sigilo eterno de documentos oficiais.
Mas o Ministério de Relações Exteriores fez uma análise detalhada dos documentos diplomáticos classificados como ultrassecretos e concluiu que o Brasil não tem nada a temer. Segundo o Itamaraty, registros oficiais de momentos marcantes da história do país, como a Guerra do Paraguai, não precisariam ficar em segredo por tempo indeterminado.
Diante da posição do Ministério de Relações Exteriores, a presidente Dilma Rousseff não vai mais pressionar o Congresso pela aprovação de uma lei que mantenha o sigilo eterno para documentos que tratem das fronteiras, relações internacionais e segurança nacional.
A presidente já havia defendido o fim do segredo para os documentos relacionados aos direitos humanos, como os que contêm informações sobre o período da ditadura militar.
O recuo do governo favorece o projeto de lei já aprovado na Câmara e que está pronto para ser votado no plenário do Senado. O projeto estabelece prazo máximo de 50 anos para a divulgação de todos os documentos oficiais ultrassecretos.
O projeto conta com o apoio dos partidos de oposição e da maioria dos senadores do PT e do PMDB. O governo decidiu manter o pedido de urgência para votação desse projeto.
“A situação das delicadezas e das questões teve uma evolução, até com manifestações de órgãos, como foi o caso do Itamaraty hoje. Por isso, que da parte da presidenta, é mais numa linha de respeitar o debate que está sendo feito no Congresso, voltando a afirmar que em hipótese alguma permitirá que modifique a questão do acesso a documentos dos direitos humanos”, declarou a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
Mas provavelmente existem grandes dramas ordinários de nosso presente político que precisam ser mantidos eternamente em segredo.
Sempre é assim: os dramas mais ordinários inspiram as grandes peças, desde Shakespeare...
Não sei, realmente, se o governo teve um surto repentino de lucidez e resolveu liberar (quase) tudo, ou se foi levado a fazer isso pela pressão da cidadania, e porque o assunto estava ficando sumamente ridículo para ele.
Paulo Roberto de Almeida
Governo desiste de manter sigilo eterno de documentos
Portal G1, 21/06/2011
Depois de protestos e de muitas críticas, o governo anunciou nesta terça (21) que não é necessário renovar indefinidamente o sigilo de documentos ultrassecretos. Na semana passada, após assumir o Ministério das Relações Institucionais, a ministra Ideli Salvatti havia dito que o governo pretendia repor no Senado as mudanças realizadas pela Câmara no projeto que trata do sigilo eterno de documentos oficiais.
Mas o Ministério de Relações Exteriores fez uma análise detalhada dos documentos diplomáticos classificados como ultrassecretos e concluiu que o Brasil não tem nada a temer. Segundo o Itamaraty, registros oficiais de momentos marcantes da história do país, como a Guerra do Paraguai, não precisariam ficar em segredo por tempo indeterminado.
Diante da posição do Ministério de Relações Exteriores, a presidente Dilma Rousseff não vai mais pressionar o Congresso pela aprovação de uma lei que mantenha o sigilo eterno para documentos que tratem das fronteiras, relações internacionais e segurança nacional.
A presidente já havia defendido o fim do segredo para os documentos relacionados aos direitos humanos, como os que contêm informações sobre o período da ditadura militar.
O recuo do governo favorece o projeto de lei já aprovado na Câmara e que está pronto para ser votado no plenário do Senado. O projeto estabelece prazo máximo de 50 anos para a divulgação de todos os documentos oficiais ultrassecretos.
O projeto conta com o apoio dos partidos de oposição e da maioria dos senadores do PT e do PMDB. O governo decidiu manter o pedido de urgência para votação desse projeto.
“A situação das delicadezas e das questões teve uma evolução, até com manifestações de órgãos, como foi o caso do Itamaraty hoje. Por isso, que da parte da presidenta, é mais numa linha de respeitar o debate que está sendo feito no Congresso, voltando a afirmar que em hipótese alguma permitirá que modifique a questão do acesso a documentos dos direitos humanos”, declarou a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
Segredo nao combina com democracias...
Não tenho a menor ideia do que está sendo publicado na imprensa bolivariana (se é que existe uma), na pátria do socialismo do século 21, mas na terra do capitalismo selvagem é isto que está sendo publicado:
Venezuelans Puzzle Over Their Leader's Health
By EZEQUIEL MINAYA And JOSÉ DE CÓRDOBA
The Wall Street Journal, JUNE 22, 2011
European Pressphoto Agency/Cubadebate
Cuban authorities provided this photo on Saturday of Fidel Castro, left, Hugo Chávez, center, and Raúl Castro.
CARACAS—Venezuela's voluble and ubiquitous President Hugo Chávez hasn't returned to the public eye after a surgery in Cuba that has friends and foes alike speculating about the state of his health and the future of his rule.
Mr. Chávez has been in Cuba since June 8, when he was felled by a pelvic abscess for which he underwent an operation two days later. Soon after, Venezuelan officials said the flamboyant leader was in good health but would recuperate in Havana for a "few days."
Those few days have stretched to 11, punctuated by false alarms over the date of his return. On Monday, a ruling party lawmaker said Mr. Chávez was hours from touching down in Caracas and urged his supporters to prepare a "tremendous" welcome for him. The claim was quickly refuted on the Twitter account of Venezuela's Communications Minister Andres Izarra.
On Tuesday, Mr. Chávez made another virtual appearance. In a statement posted on Mr. Izarra's Twitter account, he lamented the death of another Venezuelan official who had sought medical treatment in Cuba.
"We don't know very much about [Chávez's] health, there is no official news, only partial reports," said Chávez critic Teodoro Petkoff, a former presidential candidate and current editor of the opposition newspaper Tal Cual.
Mr. Chávez raised concerns when he said, during a call to a Venezuelan television station two days after his operation, that there were no "malignant" signs found, a former top Venezuelan health official said.
The former official, who asked not to be named, pointed out that a pelvic abscess—a pus-filled cavity that can result from injury or infection—is a reaction to a condition. "His choice of words was a red flag," the official said.
The former official also said there was a possibility that Mr. Chávez would be hospitalized when he returned to Venezuela, another potential sign of the severity of his ailment. If it was a matter of simply treating an abscess, Mr. Chávez would likely not need a hospital at that point, the official said.
Once a slender tank commander and would-be major-league baseball pitcher, Mr. Chávez has cultivated an image as a health-conscious sportsman. But 12 years in power have taken their toll.
Mr. Chávez, 56 years old, has gained a lot of weight since his days on the mound, works long hours and is known for drinking quarts of coffee daily. Nevertheless, he seemed poised to resume a full schedule in early June after a knee injury had sidelined him, when he left Venezuela for visits to Brazil, Ecuador and Cuba.
In Cuba, he suffered acute pain during a meeting with former Cuban leader Fidel Castro and was rushed into surgery.
Since then, Mr. Chávez has been nearly invisible, except for a phone call into a Venezuelan television station on June 12, two days after his operation, and photographs of Mr. Chávez wearing a tracksuit in the colors of the Venezuelan flag as he is flanked by Fidel and Raul Castro, published in the state newspaper Granma on June 18.
In a three-paragraph note, Granma assured its readers that Mr. Chávez was in close communication with top Venezuelan officials and was "on top of the principal issues of his country."
The mystery surrounding Mr. Chávez's health is a throwback to the Cold War secrecy which persists in Cuba, one of the last Communist governments left standing.
In Cuba, the health of Mr. Castro and other important figures is treated as a state secret. Five years after Mr. Castro was forced to step down from power after undergoing an emergency operation, the exact nature of his illness has never been divulged by the Cuban state.
During normal times, Mr. Chávez dominates Venezuela's airwaves and public space. He is prone to break into television broadcasts of baseball games and Venezuelans' favorite soap operas to opine at length about matters such as local news events and the latest manifestation of U.S. imperialism.
Perhaps following Mr. Castro's advice to get some rest, Mr. Chávez has been noticeably silent about the week's events in Venezuela, where 5,000 troops are fighting to squelch a prison rebellion that so far has taken some 40 lives.
Romer Guevara, a 41-year-old court bailiff, said he didn't have any problem with Chávez governing from Cuba while recuperating. Mr. Guevara, who said he was politically neutral, added there was one thing he is sure he hasn't missed during Chávez's absence. "We don't like those long speeches," Mr. Guevara said. "We get tired of all that talking. He interrupts our shows all the time. He cuts in all the time when I'm watching baseball or a basketball game."
But Mr. Chávez has continued to enact major legislation from Havana, over the complaints of opposition lawmakers who unsuccessfully insisted he cede presidential duties during the extended and unplanned absence from Venezuela.
A long absence from Caracas would raise political uncertainty as the nation prepares for presidential elections next year. Mr. Chávez has no heir apparent, and a long absence due to health reasons could touch off a succession struggle between prominent Chavistas who belong to different and competing factions.
"It's revealing how Venezuela depends on one man rule," said Michael Shifter, president of the Inter-American Dialogue, a Washington-based think tank. "There is nobody else. He makes all the decisions. There's a real risk the government won't work if he's out for a long time."
Mr. Chávez is the most prominent existing example of a common Latin American phenomenon—the caudillo—rulers who base their legitimacy not on any sort of allegiance to institutions, but rather on developing a strong and emotional bond with Latin America's masses, especially the poor. During his decade-long rule, Mr. Chávez, who combines many of the qualities of a television evangelist with the authoritarian values of a soldier, has weakened many of Venezuela's already feeble institutions.
Now his illness could weaken his movement as it prepares to face a determined opposition in elections.
"Its a classic case of caudillos where there is no heir apparent," said Eric Olson, a Latin American expert at Washington's Woodrow Wilson Center. "His emphasis has been on building up the caudillo and on tearing down institutions."
Mr. Chávez' health is no doubt a major concern in Cuba. Any instability in Venezuela would have a major impact on the economically distressed island, which depends on cut-rate Venezuelan oil and on the personal connection struck with Mr. Chávez, for its economic survival.
Some analysts believe Mr. Chávez' long absence could be a sign his government is entering a crisis, especially if his health deteriorates. "There's nobody that one can see that can take his place," said Claudio Loser, president of Centennial Group Latin America advisory firm and former head of Western Hemisphere affairs for the International Monetary Fund. "As strong as his movement is...it is very much caudillo-oriented, very much linked to the leader in power."
But others believe a healthy Mr. Chávez will soon be back giving orders from Venezuela's presidential palace. The down time in Cuba will not be long enough to disrupt Chávez's legislative agenda or his 2012 reelection bid, says Boris Segura, senior Latin American economist at Nomura Securities.
Venezuelans Puzzle Over Their Leader's Health
By EZEQUIEL MINAYA And JOSÉ DE CÓRDOBA
The Wall Street Journal, JUNE 22, 2011
European Pressphoto Agency/Cubadebate
Cuban authorities provided this photo on Saturday of Fidel Castro, left, Hugo Chávez, center, and Raúl Castro.
CARACAS—Venezuela's voluble and ubiquitous President Hugo Chávez hasn't returned to the public eye after a surgery in Cuba that has friends and foes alike speculating about the state of his health and the future of his rule.
Mr. Chávez has been in Cuba since June 8, when he was felled by a pelvic abscess for which he underwent an operation two days later. Soon after, Venezuelan officials said the flamboyant leader was in good health but would recuperate in Havana for a "few days."
Those few days have stretched to 11, punctuated by false alarms over the date of his return. On Monday, a ruling party lawmaker said Mr. Chávez was hours from touching down in Caracas and urged his supporters to prepare a "tremendous" welcome for him. The claim was quickly refuted on the Twitter account of Venezuela's Communications Minister Andres Izarra.
On Tuesday, Mr. Chávez made another virtual appearance. In a statement posted on Mr. Izarra's Twitter account, he lamented the death of another Venezuelan official who had sought medical treatment in Cuba.
"We don't know very much about [Chávez's] health, there is no official news, only partial reports," said Chávez critic Teodoro Petkoff, a former presidential candidate and current editor of the opposition newspaper Tal Cual.
Mr. Chávez raised concerns when he said, during a call to a Venezuelan television station two days after his operation, that there were no "malignant" signs found, a former top Venezuelan health official said.
The former official, who asked not to be named, pointed out that a pelvic abscess—a pus-filled cavity that can result from injury or infection—is a reaction to a condition. "His choice of words was a red flag," the official said.
The former official also said there was a possibility that Mr. Chávez would be hospitalized when he returned to Venezuela, another potential sign of the severity of his ailment. If it was a matter of simply treating an abscess, Mr. Chávez would likely not need a hospital at that point, the official said.
Once a slender tank commander and would-be major-league baseball pitcher, Mr. Chávez has cultivated an image as a health-conscious sportsman. But 12 years in power have taken their toll.
Mr. Chávez, 56 years old, has gained a lot of weight since his days on the mound, works long hours and is known for drinking quarts of coffee daily. Nevertheless, he seemed poised to resume a full schedule in early June after a knee injury had sidelined him, when he left Venezuela for visits to Brazil, Ecuador and Cuba.
In Cuba, he suffered acute pain during a meeting with former Cuban leader Fidel Castro and was rushed into surgery.
Since then, Mr. Chávez has been nearly invisible, except for a phone call into a Venezuelan television station on June 12, two days after his operation, and photographs of Mr. Chávez wearing a tracksuit in the colors of the Venezuelan flag as he is flanked by Fidel and Raul Castro, published in the state newspaper Granma on June 18.
In a three-paragraph note, Granma assured its readers that Mr. Chávez was in close communication with top Venezuelan officials and was "on top of the principal issues of his country."
The mystery surrounding Mr. Chávez's health is a throwback to the Cold War secrecy which persists in Cuba, one of the last Communist governments left standing.
In Cuba, the health of Mr. Castro and other important figures is treated as a state secret. Five years after Mr. Castro was forced to step down from power after undergoing an emergency operation, the exact nature of his illness has never been divulged by the Cuban state.
During normal times, Mr. Chávez dominates Venezuela's airwaves and public space. He is prone to break into television broadcasts of baseball games and Venezuelans' favorite soap operas to opine at length about matters such as local news events and the latest manifestation of U.S. imperialism.
Perhaps following Mr. Castro's advice to get some rest, Mr. Chávez has been noticeably silent about the week's events in Venezuela, where 5,000 troops are fighting to squelch a prison rebellion that so far has taken some 40 lives.
Romer Guevara, a 41-year-old court bailiff, said he didn't have any problem with Chávez governing from Cuba while recuperating. Mr. Guevara, who said he was politically neutral, added there was one thing he is sure he hasn't missed during Chávez's absence. "We don't like those long speeches," Mr. Guevara said. "We get tired of all that talking. He interrupts our shows all the time. He cuts in all the time when I'm watching baseball or a basketball game."
But Mr. Chávez has continued to enact major legislation from Havana, over the complaints of opposition lawmakers who unsuccessfully insisted he cede presidential duties during the extended and unplanned absence from Venezuela.
A long absence from Caracas would raise political uncertainty as the nation prepares for presidential elections next year. Mr. Chávez has no heir apparent, and a long absence due to health reasons could touch off a succession struggle between prominent Chavistas who belong to different and competing factions.
"It's revealing how Venezuela depends on one man rule," said Michael Shifter, president of the Inter-American Dialogue, a Washington-based think tank. "There is nobody else. He makes all the decisions. There's a real risk the government won't work if he's out for a long time."
Mr. Chávez is the most prominent existing example of a common Latin American phenomenon—the caudillo—rulers who base their legitimacy not on any sort of allegiance to institutions, but rather on developing a strong and emotional bond with Latin America's masses, especially the poor. During his decade-long rule, Mr. Chávez, who combines many of the qualities of a television evangelist with the authoritarian values of a soldier, has weakened many of Venezuela's already feeble institutions.
Now his illness could weaken his movement as it prepares to face a determined opposition in elections.
"Its a classic case of caudillos where there is no heir apparent," said Eric Olson, a Latin American expert at Washington's Woodrow Wilson Center. "His emphasis has been on building up the caudillo and on tearing down institutions."
Mr. Chávez' health is no doubt a major concern in Cuba. Any instability in Venezuela would have a major impact on the economically distressed island, which depends on cut-rate Venezuelan oil and on the personal connection struck with Mr. Chávez, for its economic survival.
Some analysts believe Mr. Chávez' long absence could be a sign his government is entering a crisis, especially if his health deteriorates. "There's nobody that one can see that can take his place," said Claudio Loser, president of Centennial Group Latin America advisory firm and former head of Western Hemisphere affairs for the International Monetary Fund. "As strong as his movement is...it is very much caudillo-oriented, very much linked to the leader in power."
But others believe a healthy Mr. Chávez will soon be back giving orders from Venezuela's presidential palace. The down time in Cuba will not be long enough to disrupt Chávez's legislative agenda or his 2012 reelection bid, says Boris Segura, senior Latin American economist at Nomura Securities.
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Liberando um artigo que passou um ano no limbo: Mercosul e União Europeia: a longa marcha da cooperação à associação Recebo, em 19/12/2025,...
-
Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
-
Homeric Epithets: Famous Titles From 'The Iliad' & 'The Odyssey' Word Genius, Tuesday, November 16, 2021 https://www.w...
-
O destino do Brasil? Uma tartarug a? Paulo Roberto de Almeida Nota sobre os desafios políticos ao desenvolvimento do Brasil Esse “destino” é...
-
ÚLTIMO ENCONTRO DO CICLO DE HUMANIDADES 2025- 🕊️ A Paz como Projeto e Potência! 🌎 Acadêmicos, pesquisadores e todos os curiosos por um ...
-
Desde el post de José Antonio Sanahuja Persles (Linkedin) Con Camilo López Burian, de la Universidad de la República, estudiamos el ascens...
-
Quando a desgraça é bem-vinda… Leio, tardiamente, nas notícias do dia, que o segundo chanceler virtual do bolsolavismo diplomático (2019-202...