quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Novo concurso público: medir circunferencias de ministras (talvez alguns ministros, tambem..)

Está aberta nova estação de vida saudável no cerrado central: medir circunferência, e peso, das ministras em função.
Eu pessoalmente acho que seria bem mais interessante do que certos "debates" no parlamente e mesmo no Executivo:

Ministro da Defesa Jobim chamou colega das Relações Institucionais de 'fraquinha' em entrevista à 'Piauí'
'Ideli é fraquinha', disse Jobim
'A Ideli não é fraquinha, é bem gordinha', diz Sarney


Agora precisamos iniciar outros debates relevantes: sobre se o ministro da Pesca anda pescando no litoral de Santa Catarina ou em Mangaratiba, por exemplo...

Ministro da Fazenda do Brasil justifica discriminacao argentina contra produtos brasileiros

Sim, repito: o Ministro Mantega está legitimando o protecionismo argentino e dizendo que eles podem, sim, continuar, e até expandir, o protecionismo que atualmente é exercido no mercado argentino contra produtos brasileiros.
Para o ministro Mantega, a Argentina pode e deve continuar a praticar as mesmas políticas que vem adotando desde vários anos para proteger o mercado argentino contra os aventureiros brasileiros que invadem o seu mercado com produtos mais baratos, prejudicando a indústria local, destruindo empregos e provocando déficit comercial.

Desculpem, leitores, não foi bem isso que disse o ministro da Fazenda do Brasil, mas é isso que se deduz logicamente de suas palavras, se aplicadas a um outro contexto.
Certas pessoas não pensam antes de falar. Aliás, existem pessoas que não pensam, ponto.
Paulo Roberto de Almeida

Mantega quer mercado em mãos brasileiras
Agência Estado, 3/08/2011

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que "o mercado brasileiro deve ser usufruído pela indústria brasileira, não por aventureiros", durante anúncio do programa "Brasil Maior".

Mantega afirmou que o programa é um conjunto de medidas para fortalecer a indústria nacional no momento em que o mundo está em dificuldades.

"A crise se arrasta há mais de dois anos e países avançados não dão sinais de resolução de problemas, ao contrário: os EUA estão à beira de um default, algo histórico", disse o ministro.

Para Mantega, este cenário internacional prejudica o setor manufatureiro brasileiro, que está em crise desde 2008.

"Houve uma compressão dos mercados. Os emergentes que saíram da crise dependem das exportações para cumprirem as metas de seu Produto Interno Bruto [PIB]. A indústria manufatureira está buscando mercado a qualquer custo. Eu diria que a concorrência é predatória", afirmou Mantega, em solenidade no Palácio do Planalto.

O ministro acrescentou que o mercado brasileiro está sendo apropriado por produtos importados em função da guerra cambial promovida por países que manipulam o câmbio.

"O dólar é a moeda que mais se desvalorizou nos últimos meses, e com isso os EUA estão tentando resolver sua crise para fora, por meio de exportações", analisou.

Para Mantega, o governo tem adotado medidas para evitar que o dólar ficasse abaixo deR$ 1,50 no Brasil. "Não aconteceu, mas sabemos que é uma luta difícil", afirmou.

Para o ministro, os países avançados continuarão com as mesmas políticas. Por isso, o Brasil deve adotar medidas para proteger o mercado nacional.

Pacote industrial decepciona - editorial Estadao

Pacote industrial decepciona
Editorial - O Estado de S.Paulo
03 de agosto de 2011

Corajoso, ousado e audaz foram os adjetivos impropriamente escolhidos pelo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, para qualificar a política industrial lançada nessa terça-feira pela presidente Dilma Rousseff. Bem ao contrário, a política industrial anunciada pela presidente Dilma Rousseff é caracterizada principalmente pela timidez das medidas fiscais, algumas provisórias e até em regime de teste.

O pacote inclui políticas de apoio setorial já testadas e já reprovadas em outras circunstâncias, como a concessão de benefícios ao setor automobilístico em troca de investimentos, inovação tecnológica e geração de empregos. Além de tudo, o chamado Plano Brasil Maior tem um forte viés defensivo, embora o real desafio para o produtor nacional seja competir em todos os mercados. Enfrentar o concorrente estrangeiro no mercado interno é apenas uma parte do problema - agravada pela forte perda de competitividade num cenário global especialmente desfavorável.

A desoneração da folha de pagamentos foi apresentada como experiência piloto por tempo limitado - até dezembro de 2012 - e beneficiará poucos setores. O material divulgado pelo Palácio do Planalto e pelo Ministério do Desenvolvimento menciona somente as indústrias de confecções, calçados, móveis e software. Os quatro segmentos foram escolhidos como representativos dos setores com uso intensivo de mão de obra. Como contrapartida, será cobrada uma contribuição sobre o faturamento, com alíquota "a partir de 1,5% de acordo com o setor". O governo se absteve de maiores esclarecimentos. Se houver perdas para a Previdência, o Tesouro cuidará da compensação.

A timidez é ostensiva em todo o pacote. A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) cobrado nas compras de máquinas e equipamentos, materiais de construção, caminhões e veículos comerciais leves será estendida por 12 meses. Ou seja, um incentivo já em vigor será simplesmente prorrogado, sem se tornar um componente de uma política industrial de longo prazo. Mas também isso é facilmente explicável: política industrial ou de competitividade, no Brasil, é força de expressão.

A desoneração de exportações, tal como apresentada, é quase uma brincadeira. O governo promete apressar o pagamento de créditos devidos a exportadores e acumulados há vários anos. Essa dívida equivale a uns R$ 24 bilhões e as empresas têm levado até cinco anos para receber o dinheiro - quando conseguem vencer os obstáculos burocráticos. Em outras palavras, cumprir a obrigação de pagar dívidas virou item de política industrial. As novas bondades incluirão "maior agilidade" no atendimento aos 116 maiores exportadores.

Mas o pacote inclui um mimo adicional - a restituição de 0,5% do valor da exportação de manufaturados a empresas até agora sem direito à recuperação de impostos pagos em etapas anteriores da produção. A presidente da República poderá elevar a alíquota a até 4%. O benefício, avisa o governo, é compatível com as normas internacionais. O aviso é feito, obviamente, porque o governo se julga exposto à contestação.

As medidas para o setor automobilístico "ainda estão em estudo", segundo a informação oficial, mas a indústria deverá atender a certas condições para merecer o benefício. Políticas desse tipo já foram tentadas e resultaram mais em privilégios do que em benefícios para o País.

O resto é pr0messa de crédito por meio de bancos oficiais. Nos últimos anos, os bancos oficiais foram usados amplamente para beneficiar empresas estatais e grandes companhias privadas escolhidas arbitrariamente.

A política defensiva inclui medidas normais de política comercial, até agora mal aplicadas por incompetência administrativa. Trata-se, mais uma vez, de cumprir a obrigação. Além disso, será concedida preferência de preço de até 25% a empresas brasileiras, em certas concorrências. Muito melhor e mais seguro para todos seria adotar uma efetiva política de competitividade - algo mais sério que o Plano Brasil Maior.

Mas isso envolveria mudanças fiscais para valer - com redução da gastança - e melhor aplicação do dinheiro público. Tudo isso está fora de cogitação.

FMI preocupado com a atividade economica no Brasil

Brasil: FMI ve señales de recalentamiento en el país
Infolatam/Reuters
Sao Paulo, 3 de agosto de 2011

Las claves
El FMI señaló que Brasil necesita mantener "una mayor vigilancia contra los riesgos financieros, dado el ritmo de crecimiento del crédito y la continua dependencia de los préstamos del exterior".
Reafirmó su previsión de un crecimiento del PIB de Brasil del 4,1 por ciento en 2011 y proyectó que los precios al consumidor se acelerarían a un 6,3 por ciento este año.


La economía de Brasil está mostrando señales de recalentamiento pese a una perspectiva ampliamente favorable, lo que aumenta la necesidad de una precisa mezcla de políticas económicas, dijo el miércoles el Fondo Monetario Internacional (FMI).

En su revisión anual de la mayor economía de Latinoamérica, el FMI también instó a las autoridades a reducir el gasto público para ayudar a mantener la inflación a raya sin elevar la ya alta tasa de interés del país.

El FMI también notó que, pese a las señales de solidez financiera, Brasil necesita mantener “una mayor vigilancia contra los riesgos financieros, dado el ritmo de crecimiento del crédito y la continua dependencia de los préstamos del exterior”.

La entidad mundial reafirmó su previsión de un crecimiento del Producto Interno Bruto (PIB) de Brasil del 4,1 por ciento en el 2011 y proyectó que los precios al consumidor se acelerarían a un 6,3 por ciento este año, cerca del techo del rango meta del Gobierno.

La inflación ha sido una gran preocupación para la presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, ya que ha amenazado con deteriorar su imagen pública en su base de votantes de menores ingresos.

Los precios al consumidor en Brasil se aceleraron a un 6,75 por ciento en los 12 meses hasta julio, por sobre la meta del Banco Central de un 4,5 por ciento anual con una tolerancia de más o menos dos puntos porcentuales.

Debido a eso, el Banco Central ya ha elevado la tasa de interés referencial, Selic, en las cinco reuniones que ha tenido el Comité de Política Monetaria (Copom) durante la presidencia de Alexandre Tombini.

La tasa Selic, de un 12,50 por ciento, es una de las más altas entre las grandes economías.

Rousseff ha prometido un recorte de alrededor de 30.000 millones de dólares del presupuesto del 2011 para ayudar a enfriar la economía sin tener que depender de la tasa de interés como herramienta para combatir la inflación.

Analistas afirman que el alto gasto público de Brasil pone más presión sobre la tasa de interés para mantenga equilibrada a la economía.

El Banco Central y el Gobierno también han aumentado el uso de medidas macroprudenciales, herramientas diseñadas para estabilizar al sistema financiero, como obligar a los bancos a reservar una mayor porción de depósitos en vez de que otorguen ese dinero en préstamo.

Algunos directores del FMI observaron que podría ser necesario que las medidas macroprudenciales sean “aplicadas más ampliamente para ganar fuerza”, según el informe.

En cuanto a las preocupaciones de Brasil con el tipo de cambio, el FMI calificó de “apropiado” el uso de medidas de flujos de capital.

El real brasileño se ha fortalecido cerca de un 6 por ciento en lo que va del año y alcanzó su mayor nivel frente al dólar en 12 años la semana pasada, lo que llevó al Gobierno a aplicar un impuesto sobre transacciones con derivados cambiarios.

La apreciación de la moneda ha sido una gran preocupación para la industria, que está compitiendo con una ola de importaciones baratas, principalmente desde China.

La producción industrial de Brasil cayó un 1,6 por ciento en junio, más de lo esperado por los analistas, mostraron datos oficiales divulgados el martes, y los expertos apuntaron como culpable al tipo de cambio.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Um pequeno retrato da "educacao" (ops) brasileira, ou carioca...

Escola com Criança Esperança e AfroReggae é a pior do Rio. É óbvio: criança precisa aprender matemática; ela já sabe bater lata
Reinaldo Azevedo, 3/08/2011

Escola boa ministra português, matemática, ciências etc, num ambiente de disciplina, de ordem, em que o professor ensina, e o aluno aprende. Trata-se de uma obviedade, de uma tautologia. Mas esse conteúdo tem de ser repetido dia após dia porque poucas áreas estão tão sujeitas à feitiçaria entre modernosa e esquerdopata como a educação. As crianças são pilotos de prova de ONGs que nem sequer são especializadas na área. A reportagem abaixo é um tanto chocante, especialmente porque toca numa das vacas sagradas dos descolados do morro e do asfalto: a tal AfroReggae. Estamos diante de um daqueles casos em que se pode até chutar o traseiro de Jesus Cristo, mas não ouse questionar o “intelectual” e “pensador” José Jr, o chefão da ONG. Ele opinou até sobre os assassinatos no Pará…

Sabem por que a escola em que funcionam o Criança Esperança e o AfroReggae é a pior do Rio? Eu explico: criança precisa aprender português, matemática e ciências. Ela não precisa aprender a bater lata e a dançar. Isso ela faz sozinha, sem a ajuda do professor. Experiências como a que há lá só servem à exibição turística e contentam a tese de alguns descolados. Escola não pode ser campo de concentração, mas também não é clube de recreação. A inversão de valores é tal no Morro do Cantagalo, como vocês verão, que há alunos por lá que acham tudo uma maravilha; só a escola é que atrapalha um pouco…

Por Raphael Gomide:
O Complexo Rubem Braga, no Morro do Cantagalo, em Ipanema, abriga o Espaço Criança Esperança, da Rede Globo, o AffroReggae, o projeto Dançando para não Dançar e o Ciep Presidente João Goulart, da Secretaria Municipal de Educação. Já visitaram o local, inúmeras vezes, o prefeito Eduardo Paes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidenta Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral. A primeira-dama da França, Carla Bruni já esteve no complexo, que recebe visitas diárias de turistas estrangeiros. O conjunto de favelas Cantagalo/Pavão-Pavãozinho recebeu R$ 71 milhões em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), um elevador panorâmico que virou ponto turístico e uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), instalada em 2009.

Paradoxalmente, apesar da permanente atividade cultural, da estrutura, da projeção e da atenção política, a escola municipal de Ipanema foi a que teve pior desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre as 970 avaliadas da rede municipal do Rio, 1,8 nos anos finais do Ensino Fundamental. No ano anterior, a nota havia sido 3,7. Na Prova Rio, feita em 2010, o resultado também foi ruim: 3,6, deixando a João Goulart em 683º, ainda no pior terço das escolas municipais. Nos anos iniciais do Ideb, resultado também decepcionante: é a segunda pior nota, 3,1, entre os colégios do município; no Ide-Rio (Índice de Desenvolvimento de Educação Rio), teve a 960ª posição, com 3,4.

“Os professores não passam muito as coisas. Não me surpreende em nada essa nota. É ruim. Os alunos não prestam atenção, por isso não sabemos nada. Os professores saem da sala quando os alunos estão fazendo bagunça. Só às vezes tem dever de casa. A aula é boa, mas os alunos bagunçam. Depois da refeição, todo mundo joga tangerina, fruta, um no outro, jogam comida debaixo da mesa, pegam a colher e a fazem de catapulta para jogar arroz…”, conta Joice Santos.

A entrada da João Goulart é uma porta de vidro, ladeada por uma bandeira do Brasil em um mastro. Dali, vêem-se uma escada com corrimão e, à direita, andaimes, carrinhos de transporte de material de obra, uma escada desmontável e tapumes - provavelmente restos de uma obra recente. A cinco metros da porta da escola está o projeto Criança Esperança, da Rede Globo; a outros 10 metros, o projeto Dançando para não Dançar; no andar de baixo, o grupo cultural Affroreaggae. Na sexta-feira (29), um grupo de cerca de 30 estrangeiros estava no local, rotina quase diária desde a instalação do elevador.

Caroline Corrêa, 14 anos, estudou na escola João Goulart até a 3ª série, mas saiu porque “não estava aprendendo nada”. Foi para a Escola Municipal Roma, uma das mais bem colocadas no município, com Ideb de 5,4 nos anos finais, o triplo da nota do ex-colégio. “É muita diferença”, disse Caroline.

“É curioso, mas nem tão surpreendente. Há muito preconceito no Brasil, muita desigualdade. O governo não está nem aí para a educação. Se a economia está bem, então está tudo ótimo. Mas educação é chave para um país. Parecem estar fazendo o mesmo que a Austrália: evitam educar os aborígenes para não perderem poder”, disse Ruth Hienna, de origem afro-aborígene.

A secretária de Educação, Cláudia Costin, afirmou ao iG que o mau resultado da João Goulart, divulgado em julho de 2010, também deixou todos no órgão “chocados”, por conta do “ambiente cultural rico” que cerca a escola. A secretaria mudou a direção e a coordenação pedagógica da escola este ano e instituiu uma série de programas de reforço e estendeu o horário de funcionamento para sete horas diárias.

Senado faz audiencia sobre sistema financeiro internacional: dia 8/08, 18hs (TV Senado)

Um debate importante e necessário, do qual vou participar: TV Senado, Segunda-Feira, dia 8, as 18hs.
Paulo Roberto de Almeida

SENADO - COMISSÕES - RELAÇÕES EXTERIORES
Debate sobre sistema financeiro internacional reabre ciclo de audiências da CRE
Comissão de Relações Exteriores do Senado, 3/08/2011

No momento em que diversas economias europeias enfrentam sérias dificuldades e os Estados Unidos acabam de afastar o risco de calote, com a ampliação do teto de sua dívida, a saúde do sistema financeiro internacional será o tema da primeira audiência pública do semestre da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). A partir das 18h de segunda-feira (8) a comissão debaterá o tema "O Sistema Financeiro Internacional: do Pós-Guerra aos dias de hoje".
Entre os convidados para o debate estão o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Makhtar Diop; o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva; o diplomata Paulo Roberto de Almeida, professor do Uniceub; e a secretária de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.
Outras audiências
Cinco outras reuniões já estão marcadas pela comissão para as próximas semanas, dentro do ciclo de audiências sobre "Os Rumos da Política Externa Brasileira", iniciado no primeiro semestre. A experiência dos espaços econômicos internacionais, como a União Europeia e a Área de Livre Comércio da América do Norte (conhecida pela sigla inglesa Nafta) será o tema da segunda audiência, no dia 15. Na semana seguinte serão discutidas as negociações comerciais internacionais, com foco na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), com a presença de dois ex-ministros, Celso Lafer e Pratini de Morais.
Nas semanas seguintes os senadores da comissão ainda debaterão temas como a crise econômica mundial de 2008, as dificuldades enfrentadas por economias europeias como as de Grécia e Portugal e o panorama do setor de energia em todo o mundo. Um dos convidados para esta última audiência, prevista para 19 de setembro, é o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli. Ao longo do primeiro semestre, foram realizadas oito audiências públicas dentro do mesmo ciclo, com a presença de 35 convidados.

Marcos Magalhães / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Ministros viajados: diarias e passagens dos ministros do governo Dilma

Pura transcrição, inclusive porque faltam as informações sobre as trajetórias dos ministros. Gostaríamos de pensar que foram todas viagens a trabalho, por exemplo...

Viagens e diárias dos ministros do governo Dilma
Luciana Marques
VEJA Online, 3/08/2001

Em maio deste ano, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, passou por um constrangimento: por recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU), teve que devolver aos cofres públicos gastos com diárias no Rio de Janeiro durante fins de semana. Nos casos relatados, a ministra não cumpria agenda oficial. Ainda assim, Ana não freou a gastança: ela é a recordista nas despesas com diárias na Esplanada dos Ministérios.

Foram mais de 45.000 reais para pagar hospedagem e alimentação de Ana de Hollanda em viagens no primeiro semestre de 2011. O valor é três vezes superior à média aritmética dos gastos dos ministros para essa finalidade, que é de cerca de 13.000 reais. No total, os 38 ministros do governo federal gastaram 502.222,67 reais com diárias. O levantamento realizado pelo site de VEJA contou com dados repassados pelas assessorias dos ministros e também com informações divulgadas no Portal da Transparência, administrado pela CGU.

Dezessete ministros gastaram acima da média, sendo que sete deles consumiram mais de 20.000 reais em diárias este ano, além de Ana de Hollanda: o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (35.132 reais); o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota (30.649, 02 reais); o presidente do Banco Central, ministro Alexandre Tombini (26.248 reais); a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira (26.277 reais); o ministro da Defesa, Nelson Jobim (22.220,66 reais); a ministra de Diretos Humanos, Maria do Rosário (21.614,30 reais); e a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (20.997,37 reais).

Cabe ressaltar que os gastos com diárias do ministro Patriota disponíveis no Portal da Transparência, de 3.653,07 reais, referem-se apenas às viagens nacionais do ministro. O Itamaraty informou ao site de VEJA que o ministro fez este ano 36 viagens ao exterior, e recebeu para tanto o total de 15.879,97 dólares em diárias. Com base na cotação do câmbio de turismo desta quarta-feira, os gastos do ministro em diárias nacionais e internacionais somam 30.649, 02 reais. Ainda que as despesas sejam elevadas em relação aos demais ministros, elas se justificam diante da natureza do cargo do chanceler.

À exceção de Ideli, que atuava no Ministério da Pesca, os ministros mais próximos da presidente Dilma não costumam inaugurar programas de governo em outros estados - geralmente estão presentes nos lançamentos realizados no próprio Palácio do Planalto, onde trabalham em Brasília. E, em casos de viagens, costumam integram a comitiva da presidente. Entre eles, estão a ministra da Secretaria de Comunicação, Helena Chagas, e o ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho.

A titular da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que tomou posse há cerca de dois meses, foi a única entre os ministros que não teve gastos com diárias. Gleisi fez viagens na comitiva da presidente Dilma - nas quais não precisou se hospedar - e abriu mão das diárias nas duas vezes que foi para Curitiba (PR), onde tem residência.

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Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...