sábado, 2 de março de 2013

Submarino nuclear: tecnologicamente interessante, militarmente semi-interessante

O tal de submarino nuclear brasileiro, que quando finalmente terminar de ser construído terá custado, provavelmente três vezes mais do que o anunciado nesta matéria e que já vai estar defasado tecnologicamente nesse "entonces" futuro, que ninguém sabe exatamente quando será, pode ser mais interessante no plano da capacitação tecnológica (não exatamente pelo submarino em si, mas pelo que se aprende fazendo) do que propriamente no plano militar, pois sua utilidade real será muito pouco e muito limitada (ainda que os militares e marinheiros possam dizer o contrário).
Vai ser um brinquedo muito caro, que quando ficar pronto provavelmente já estará em certa medida superado tecnologicamente, ainda assim nossos marinheiros e engenheiros navais terão aprendido alguma coisa, para fabricar outros brinquedos, mais úteis no plano da indústria civil, provavelmente.
O problema é que no Brasil os vínculos intra e intersetoriais são muito tênues, quase inexistentes, e os linkages tecnológicos também apresentam dificuldades para spill-over.
Acho que existem brinquedos mais úteis e mais baratos, mas ninguém pode impedir militares de desejar ter os seus brinquedos, caros, ou não, úteis ou não...
Sempre é assim...
Paulo Roberto de Almeida

Fábrica de componentes do submarino nuclear brasileiro começa a funcionar
Daniela Chiaretti
Valor Econômico, 1/03/2013

De acordo com o cronograma, a embarcação estará navegando em 2025
O Brasil está mais perto de ter seu submarino nuclear, um projeto dos militares há 40 anos. Se tudo andar conforme o cronograma da Marinha do Brasil, o SNBR, sigla para Submarino Nuclear Brasileiro, estará navegando em 2025. Hoje será inaugurada em Itaguaí, no Rio de Janeiro, a unidade de produção de onde sairão seus componentes internos e dos outros quatro submarinos convencionais que vão substituir a atual frota.

A presidente Dilma Rousseff inaugura hoje de manhã a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), iniciada em 2010. Trata-se de uma fábrica grande, com um galpão de 40 metros, 90 mil m2, sendo 53 mil m2 de área construída. Fica a três quilômetros da Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A Nuclep constrói os cilindros do casco, a parte do submarino onde ficam os tripulantes. Enquanto a Nuclep fabrica o corpo do submarino, a Ufem faz as estruturas mais leves e internas - os convés, as anteparas, as bases da tubulação e dos equipamentos além da proa e da popa.

O processo de construção dos submarinos acontece simultaneamente em várias unidades. A intenção é que cada um deles fique pronto em cinco anos, o prazo para que não estejam logo obsoletos, explica o almirante Alan Paes Leme Arthou, gerente do projeto e construção da base e do estaleiro de Itaguaí. O primeiro dos quatro submarinos convencionais - a família dos SBR que terá nome das batalhas navais da Guerra do Paraguai-, deve ficar pronto em 2015. Permanece dois anos em teste e será entregue em 2017. O segundo será entregue 1,5 ano depois e assim por diante até que o quarto fique pronto em 2020.

Cada um dos submarinos convencionais custa ? 500 milhões (quase R$ 1,3 bilhão). Substituirão a frota existente, de cinco submarinos (Tupi, Tamoio, Timbira, Tapajó e Tikuna), com vida útil entre 25 e 30 anos e baseados em projeto alemão. A nova família tem cinco metros a mais que os franceses Scorpène, da Direction des Constructions Navales et Services (DCNS). Ali cabem 40 tripulantes.

O submarino nuclear, que será batizado de Álvaro Alberto (homenagem ao militar que introduziu a energia nuclear no Brasil), é bem maior e custará ? 2 bilhões (R$ 5,19 bilhões). São cem tripulantes.

O projeto em curso pela Marinha inclui três frentes - a que vai construir o submarino nuclear, a que construirá os quatro submarinos convencionais e as instalações para fazer tudo isso. O plano prevê a construção do estaleiro e de uma base naval. O chamado Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos) é o maior contrato militar internacional do Brasil - são ? 6,7 bilhões (ou R$ 17 bilhões). Parcela desses recursos para o projeto de defesa brasileiro faz parte de um financiamento a ser pago pelo Brasil em 20 anos, até 2029, a um consórcio formado pelos bancos BNP Paribas, Societé Generale, Calyon Credit Industriel et Commercial, Natixis e Santander.

Cerca de 70 brasileiros estiveram nos estaleiros da DCNS, em Cherbourg, para transferência de tecnologia e capacitação. Uma empresa formada pela DCNS e pela Odebrecht, de propósito específico, constrói a base naval e o estaleiro em Itaguaí.

O projeto de construção dos submarinos faz parte de um acordo entre Brasil e França assinado em setembro de 2009 entre os então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy. A França não passa ao Brasil a tecnologia da propulsão nuclear. "Ninguém, no mundo, fornece tecnologia para enriquecer urânio, que é o combustível do submarino nuclear", diz o almirante. O Brasil já enriquece urânio desde 1985.

Hoje meia dúzia de países têm submarinos nucleares: Estados Unidos e Rússia (já tiveram cerca de 170 cada e agora possuem 70), Inglaterra e França (dez cada), e China (com quatro). A Índia também tem um projeto, como o Brasil.

O almirante Arthou dá uma ideia da complexidade de se fazer um submarino nuclear. "É o bem mais complexo que se pode produzir no mundo", diz. Um carro tem cerca de 3 mil peças, um avião caça, 100 mil. Um avião comercial de última geração, 150 mil peças. Na Challenger são 180 mil peças. "Um submarino nuclear tem entre 800 mil a 900 mil peças, dependendo do projeto." 

Limitacoes da PeD no Brasil e perspectivas dos Bricks...

Perfil de pesquisa no Brasil 'ameaça crescimento'
Portal G1, 1/03/2013

Foram analisados diversos indicadores ligados à pesquisa e à inovação no Brasil, Rússia, Índia, China e Coreia do Sul
A ausência de grandes avanços no Brasil em pesquisas em áreas como química, física, engenharia e geociências pode ser "um fator limitante no desenvolvimento econômico" do país, segundo um relatório do serviço de análise da Thomson Reuters.

O documento, assinado pelos pesquisadores Jonathan Adams, David Pendlebury e Bob Stembridge, analisou diversos indicadores ligados a pesquisa e inovação no Brasil, Rússia, Índia, China e Coreia do Sul - conjunto de países ao qual se refere pelo acrônimo "Bricks".

Sua conclusão é que os países emergentes estariam conseguindo reduzir o abismo que os separa do mundo rico na área de inovação, mas haveria grandes diferenças entre eles - e segundo dados levantado pelo relatório, o Brasil estaria ficando para trás em vários indicadores.

Em número de pesquisadores e total de patentes, por exemplo, o país seria o último colocado. A parcela dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento feitas pelo setor privado também seria "anomalamente baixa" no Brasil, segundo a Thomson Reuters.

O maior destaque, porém, é dado ao fato de que o Brasil seria "obviamente diferente dos outros Bricks" no que diz respeito a seu portfólio de pesquisas.

"Para Rússia, Índia, China e Coreia do Sul as áreas em foco são física, química, engenharia e estudos sobre os materiais", nota o relatório. Já no Brasil haveria mais avanços e esforços no que é definido como "economia do conhecimento da natureza" que inclui áreas como "ciências agrícolas", "estudo de plantas e animais" e "farmacologia e toxicologia".

"Para o Brasil seria possível dizer que a ausência de [pesquisas sobre] tecnologias e ciências físicas na lista de áreas prioritárias pode ser tornar um fator limitante para o desenvolvimento econômico", defende o documento.

A conclusão é tomada a partir do levantamento, em cada um desses países emergentes, das dez áreas de pesquisa responsáveis por uma maior parcela do total mundial de publicações em seu campo do conhecimento.

No caso do Brasil, além das três áreas mencionadas acima, a lista também inclui "microbiologia", "ecologia", "ciências sociais", "medicina clínica", "biologia e bioquímica", "neurociências" e "imunologia".

Para uma comparação, as áreas de maior contribuição da China incluiriam "estudos dos materiais", "ciências da computação", "engenharia", "matemática", "geociências", "física" e "química".

O país asiático também estaria avançando mais rápido que os outro cinco emergentes em quase todos os indicadores de inovação e pesquisa analisados pela Thomson Reuters.

"Os dados não só confirmam e quantificam o novo status de países que não estão no G7 [na área de pesquisa e inovação", mas também revelam complexidades individuais que estão por trás do rótulo de 'emergente'", diz.

Banqueiros dancam enquanto tem musica (ou ate a crise chegar) - Book review (NYT)

Cause(s) and Effect(s)
‘After the Music Stopped,’ by Alan S. Blinder

By MATTHEW BISHOP
The New York Times Review of Books, March 1, 2013

AFTER THE MUSIC STOPPED
The Financial Crisis, the Response, and the Work Ahead

By Alan S. Blinder
476 pp. The Penguin Press. $29.95.

On March 12, 1933, shortly after temporarily closing the banks in order to clean them up, Franklin Delano Roosevelt held the first of his presidential “fireside chats” with the American people. He delivered this radio address in the belief that the actions of his government, thus far described only in the jargon of banking and law, “ought to be explained for the benefit of the average citizen.” He had three more chats that year, and two the following year. They played a crucial role in bringing the public with him as his government helped lead the economy out of the Great Depression.
Seventy-five and more years later, after the collapse of Lehman Brothers triggered a financial meltdown and deep recession, successive American administrations learned important lessons from Roosevelt, which helped the United States and the world avoid another Great Depression. However, they failed to learn the importance of communicating clearly with the public about what was happening and what the government was doing about it.

This communications failure is the most telling theme of “After the Music Stopped,” Alan S. Blinder’s terrific book on the crisis of 2008. It is a failure he feels viscerally, judging by the ferocity of his comments, particularly about leading members of the Obama administration, including the president, who “has rarely taken the time to give a speech of explanation — far less time than the American people need and deserve.” (As for his predecessor, Blinder writes, “Can you remember even a single Bush speech on the nation’s developing economic crisis?”) Likewise, the two Treasury secretaries during the crisis, Henry Paulson and Timothy Geithner (a “terrible orator”), between them have “barely given a single coherent speech explaining what happened and — perhaps more important — why they did what they did.” As a result, the policy response to the crisis was “an incoherent blur to most citizens — and not a very successful blur, at that.”

Yet, as Blinder argues persuasively, after the terrible blunder of letting Lehman Brothers collapse, both the Bush and Obama administrations did a decent job of stopping the economy’s fall into depression and helping it gingerly back onto its feet. If the public had only understood this, confidence would have returned sooner, and with it stronger growth, and Obama would not have had such a hellish time getting re-elected.

Although Blinder served on President Bill Clinton’s Council of Economic Advisers, and admits to Democratic leanings, this is not an ideological book. Rather, it is the work of a somewhat frustrated technocrat who has spent his career at the highest tables of academia and policy making, never entirely comfortable because of a tendency to speak his mind. His two-year tenure as vice chairman of the Federal Reserve probably would have been longer but for his habit of challenging the unquestioning cult of Alan Greenspan that had taken hold among Fed staff members under the chairman. (Ben Bernanke, Greenspan’s successor at the Fed, was a longtime and much-­admired colleague of Blinder at Princeton; perhaps the weakest aspect of the book is its tendency to give the central bank the benefit of the doubt.) After leaving the Fed in 1996, Blinder gave many speeches warning about the growing bubble in the financial markets, especially in credit, though he is honest enough to acknowledge that he never foresaw the scale of the crisis that was to follow the bursting of that bubble.

Why did the crisis happen? Blinder subscribes to the “perfect storm” theory, in which many unfortunate things occurred simultaneously, producing an outcome far worse than would have resulted from just one or even a few of those things. The culprits ranged from a widespread faith in the academic efficient-market hypothesis to the feeble standards at credit rating agencies, which allowed bundles of subprime mortgages to be treated as “investment grade,” to regulators and policy makers who did not understand the severity of the situation until it was too late. The catastrophic decision to let Lehman Brothers go bust, Blinder argues, was taken in large part because Paulson and Bernanke believed that the markets had used the six months since Bear Stearns was rescued to prepare for Lehman’s failure — though how they came to hold such a naïvely optimistic belief is anyone’s guess. As for the bankers, they exhibited a failure of leadership succinctly reflected in the quotation that inspired the title of Blinder’s book. Charles O. Prince III, then the boss of Citigroup, justified the bank’s lax lending standards by saying: “As long as the music is playing, you’ve got to get up and dance. We’re still dancing.”

Blinder’s criticism of communications failure rests on his view that the response to the post-Lehman meltdown was far better than the public realizes. He points out that the now notorious Troubled Asset Relief Program, known as TARP, which lent billions to the banks to keep them alive, ultimately generated a profit to the American taxpayer as the banks returned to health and repaid what they owed. The stress tests of the banks in early 2009 also helped restore confidence, and Obama’s fiscal stimulus helped end the recession. (Here, Blinder says, the communications failure began to take its toll, because Obama did not make the case for a big enough stimulus or for a necessary additional stimulus later.) Blinder is also fairly satisfied with the controversial Dodd-Frank Act of 2010 that overhauled American financial regulation — although perhaps his praise is largely a reflection of his low expectations. He does not think Dodd-Frank will make financial crises a thing of the past, and is not even sure it will make them rarer. However, Blinder claims, it should reduce the severity and costs of future financial excesses. Well, let’s hope so.

Yet Blinder does find Washington guilty of one grievous blunder, so big that it almost explains the public’s unhappiness more plausibly than a presidential communications failure. The foreclosure crisis that has caused millions of Americans to lose their homes was unnecessarily painful, he believes. A series of government interventions to help struggling homeowners was consistently too little, too late. In February 2008, he argued for the creation of a large program for refinancing borrowers, along lines similar to the Depression-­era Home Owners’ Loan Corporation. Had that been done — and he thinks no one in power was trying hard enough — the United States would now be experiencing “a shortage of housing, rising house prices and a homebuildingboom — which would be helping the economy recover.”

What the economy is now experiencing is a debt crisis, though Blinder explains clearly why this will become really bad only in a decade or so, as health care costs get out of hand. Spending cuts will be essential. Unlike many Democrats, Blinder accepts that “the government can cover no more than a small fraction of the projected deficits by raising taxes.” The sooner America gets control of its government spending, the better, he says. Given a divided Congress and a confused public, making the case for the right fiscal reforms will require a master communicator. Time for Obama to throw a few logs on the White House fire and start talking.

Matthew Bishop is the United States business editor of The Economist and the author of several books on economics.
A version of this review appeared in print on March 3, 2013, on pageBR16 of the Sunday Book Review with the headline: Cause(s) and Effect(s).

sexta-feira, 1 de março de 2013

Petrobras: negocio nebuloso, talvez criminoso...

Que tal, leitor amigo, você intermediar um negócio, usando suas antigas relações, e embolsar alguns milhões de dólares, asi no más, como quem não quer nada, tendo feito quase nada, ou nada mesmo, para a valorização do negócio, ou a criação de riqueza?
Pois é, quando digo que os companheiros são Midas ao contrário, ainda acham que estou exagerando.
Paulo Roberto de Almeida 

Um negócio nebuloso

28 de fevereiro de 2013 | 2h 10
Editorial O Estado de S.Paulo
 
A representação contra a Petrobrás apresentada ao Tribunal de Contas da União (TCU) pelo procurador do Ministério Público junto ao TCU, Marinus Marsico, pedindo que seja investigada a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pode ser o primeiro passo de um processo formal a respeito desse negócio tecnicamente injustificável e que, pelas informações disponíveis, e não contestadas pela empresa, pode resultar em prejuízo bilionário para o País.
Além de provocar a ação do Ministério Público, o caso - sobre o qual o Estado vem há tempos publicando reportagens - já vem sendo acompanhado por congressistas, entre os quais o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), que pediu investigação da Procuradoria-Geral da República. Pode, por todas as evidências já conhecidas, tornar-se um caso de polícia.
Depois de coletar, nos últimos meses, informações a respeito da compra, pela Petrobrás, de metade do controle acionário da refinaria texana em 2006 e, depois, da totalidade das ações por meio de acordo extrajudicial com a antiga sócia, o procurador Marinus Marsico decidiu encaminhar ao ministro José Jorge, relator da questão no TCU, pedido para que apure as responsabilidades da empresa nesse negócio, de grandes proporções e nenhuma transparência.
Na opinião do procurador, houve gestão temerária e prejuízo aos cofres públicos nessa compra. Caso o ministro aceite o pedido, técnicos do TCU examinarão a questão e poderão identificar responsáveis. O relatório técnico será depois julgado em plenário.
Ao anunciar a aquisição da refinaria de Pasadena, a Petrobrás - cujo Conselho de Administração era presidido pela então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - afirmou que, desse modo, iniciaria sua participação no mercado de refino de petróleo e comercialização de derivados no mercado americano. A meta então anunciada era de, por meio de novos investimentos, duplicar a capacidade da refinaria, que, na época, podia processar 100 mil barris de petróleo por dia. Era parte de seu plano estratégico, que previa também investimentos em pesquisa e produção de petróleo em áreas do Golfo do México.
Quando se conheceram os números do negócio, porém, o valor "estratégico" da refinaria para a empresa brasileira começou a ser contestado. A refinaria de Pasadena fora adquirida no início de 2005 pela empresa belga Astra Oil Company por apenas US$ 42,5 milhões. Os entendimentos da Astra com a Petrobrás começaram alguns meses depois e foram concluídos em setembro de 2006, quando a estatal brasileira confirmou a compra de 50% da refinaria por US$ 360 milhões.
Ou seja, a Astra - da qual um ex-funcionário da Petrobrás era um dos principais executivos - recebia esse valor pela metade da refinaria, que lhe custara US$ 21,25 milhões. Seu ganho, portanto, fora de praticamente 1.600%. O negócio já seria totalmente injustificado se tivesse ficado só nisso. Mas não ficou.
Desentendimentos entre os sócios levaram a parte belga a recorrer à Justiça americana para obrigar a Petrobrás a comprar sua parte. Depois de perder na Justiça, a Petrobrás decidiu fazer um acordo extrajudicial com os belgas. Fechado em junho do ano passado, esse acordo previu que, para encerrar todos os litígios, deveria pagar mais US$ 820 milhões. Em resumo, a Astra vendeu para a Petrobrás, por US$ 1,18 bilhão, uma refinaria que lhe custara US$ 42,5 milhões.
O plano estratégico de 2012-2016 da Petrobrás prevê a venda de US$ 14 bilhões de ativos, sobretudo no exterior, operação indispensável para equilibrar suas finanças e executar o ambicioso plano de investimentos no pré-sal. A Refinaria de Pasadena estava entre os ativos que a estatal pretendia vender para fazer caixa, mas seu valor de mercado certamente é muito menor do que o desembolsado para adquiri-la.
Vendê-la pelo valor oferecido pelos poucos interessados implicaria à Petrobrás o reconhecimento de pesadas perdas financeiras, razão pela qual a empresa agora diz que fará investimentos para torná-la mais atraente. As perdas poderão aumentar. E quem é o responsável por essas perdas?

Enganando muitos durante algum tempo...

...e enganando alguns durante muito tempo, sobretudo aqueles que querem se deixar enganar, como são os companheiros de carteirinha.
Não há maior tolo que...
Enfim, chega de frases de efeito. Vamos ao que interessa, a comparação entre personagens históricos.
Agora fica faltando quem?
Paulo Roberto de Almeida

Lula, aliás Lincoln
01 de março de 2013 | 2h 09
Editorial O Estado de S.Paulo – pág. A3

Lula deu agora para se comparar com Abraham Lincoln. A maior afinidade com o presidente responsável pela abolição da escravatura nos Estados Unidos, Lula a vê diretamente relacionada com a postura crítica da imprensa em relação a ambos: "Esses dias eu estava lendo o livro do Lincoln. E fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860, igualzinho bate em mim". Com seu habitual descompromisso com a seriedade, Lula pretendeu ombrear-se com um dos maiores vultos da História e, ao mesmo tempo, mais uma vez desqualificar o trabalho da imprensa, a quem acusa do imperdoável crime de frequentemente contrariar suas opiniões e interesses. Foi um dos melhores momentos de seu show de meia hora durante as comemorações dos 30 anos da CUT, na última quarta-feira em São Paulo.

Essa nova bravata do Grande Chefe do Partido dos Trabalhadores (PT) não chega a ser novidade. É apenas mais uma a enriquecer a já alentada antologia das melhores pérolas de seu sofisticado pensamento político-filosófico. Novidade é a revelação de que Lula anda lendo livros. Confessou-o explicitamente, em tom de blague, dirigindo-se ao ministro Gilberto Carvalho, que fazia parte da mesa. "Estou lendo muito agora, viu Gilberto? Só do Ricardo Kotscho e do Frei Betto, li mais de 300", exagerou, em simpática referência a dois ex-colaboradores com quem já manteve relações mais estreitas.

Depois de falar mal da imprensa, Lula sugeriu que, diante da "falta de espaço" para as questões de interesse dos assalariados na mídia "conservadora", os sindicatos de trabalhadores se articulem para ampliar e tornar mais eficazes seus próprios meios de comunicação. Uma recomendação um tanto ociosa, pelo menos do que diz respeito à CUT, que dispõe de uma ampla rede de comunicação integrada por uma emissora de televisão, três de rádio, dois sites de notícias, dois jornais e uma revista mensal. Mas o verdadeiro problema não é exatamente a existência ou não de veículos de comunicação abertos às questões de interesse das organizações sindicais, mas o nível de credibilidade e, consequentemente, de audiência e leitura desses veículos.

Na verdade, o que o lulopetismo ambiciona para a consolidação de seu projeto de poder é dispor de mecanismos de controle da grande mídia, dos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão que atingem o grande público e por essa razão têm maior peso na formação de opinião. Por entenderem que a maior parte da grande mídia está comprometida com interesses das "elites" e, por essa razão, é "antidemocrática", o PT e seus aliados à esquerda defendem a criação de mecanismos que permitam a "democratização dos meios de comunicação". Trata-se de um argumento absolutamente falacioso, pela razão óbvia de que, se a grande mídia tivesse realmente o viés que lhe é atribuído pela companheirada, o petismo, que se diz discriminado e perseguido por ela, não venceria três eleições presidenciais consecutivas e não estaria comemorando 10 anos de hegemonia política no plano federal.

Ocorre que o pouco que existe de pensamento político em Lula e seus companheiros está hoje quase todo vinculado estritamente à garantia das vantagens materiais que o poder proporciona. O que vai além disso se deixou impregnar pelo autoritarismo que sustenta regimes como os do Irã, Coreia do Norte e China, no Oriente, e Cuba e as repúblicas "bolivarianas" da Venezuela, Equador, Bolívia e Nicarágua, no Ocidente. Ou seja, as autocracias às quais a diplomacia do governo petista se aliou.

Lula, a bem da verdade, não tem formação marxista - ou qualquer outra. Foi sempre um pragmático, avesso a dogmatismos. Forjado na luta sindical, seu pensamento se resume ao confronto de interesses entre empregados e patrões. O resultado desse pragmatismo é a indigência de valores que, como nunca antes na história deste país, predomina hoje na vida política nacional e tem seu melhor exemplo no nosso desmoralizado Parlamento.

Mas Lula é líder popular consagrado, glória que lhe subiu à cabeça e lhe permite acreditar no que quiser, inclusive que se parece com Abraham Lincoln.

Fabuloso crescimento do PIB em 2012, de 0,9%

Caro leitor, contemple primeiro o seguinte quadro:

Agora veja a manchete do jornal:

PIB do País fecha 2012 com crescimento de 0,9%, o menor patamar dos últimos três anos

Setor de Serviços foi o único a registrar crescimento, de 1,7%. Maior queda foi de agropecuária, 2,3%. Consumo das famílias, apesar de ser o menor desde 2003, ajudou a segurar o Produto Interno Bruto em alta.

Pode parecer que graças ao "Consumo do governo" fomos salvos de um PIB ainda menor, não é mesmo?
O leitor inteligente também deve saber que o governo não produz um grama, um centavo de riqueza e que tudo de que ele dispõe é arrancado da sociedade, dos empresários e dos trabalhadores que produzem todas as riquezas, criam renda e empregos úteis. Tudo o que governo "produz" são despesas (muitas inúteis, terrivelmente inúteis ou perdulárias) e déficit público (porque ainda gasta mais do que arranca da sociedade, aumentando continuamente a dívida pública e gravando a sociedade com o pagamento de juros extorsivos, que só são altos, justamente, porque se trata de um gastador contumaz e um potencial inadimplente, que não pode contar com o beneplácito de risco baixo).
Portanto, meu caro leitor, é fácil deduzir que se o consumo do governo não fosse tão alto, sobrariam mais recursos para investimentos e consumo da própria sociedade, não é mesmo?
O mais preocupante, porém, é registrar a queda brutal na Formação Bruta de Capital Fixo, ou seja, a taxa de investimento. Isso significa que além do baixo crescimento atual, conjuntural, não haverá capacidade produtiva, no médio prazo, para aumentar a oferta de bens e serviços, o que significa que o Brasil vai estacionar no baixo crescimento, numa taxa medíocre de aumento de renda (se houver) e numa inflação crescente, pois os agentes econômicos já não confiam mais na capacidade do governo de manter a estabilidade.
Ou seja, se descontarmos do crescimento do PIB a inflação e o crescimento demográfico, o que sobra para você, caro leitor? Nada, ou menos do que nada: o governo lhe tungou pelo menos 5% do seu poder de compra em 2012, e bem mais no caso da classe média, que paga por mais serviços do que a média da população e estes provavelmente têm uma taxa de inflação maior.
Esse é o resultado que os companheiros podem apresentar na frente econômica, já que estão comemorando não se sabe bem o quê. Se trata também de uma herança maldita, que eles deixam para toda a sociedade: menor crescimento, mais inflação, perda de confiança, baixo investimento, desindustrialização e, claro, aumento exponencial da corrupção.
Agora leia a matéria completa, caro leitor:

SÃO PAULO - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro fechou 2012 com crescimento de 0,9%, o pior desempenho desde o pico da crise, em 2009, quando encolheu 0,3%. O resultado ficou abaixo do PIB de 2011, que avançou 2,7%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu que os números vieram abaixo das expectativas do governo. Os dados divulgados nesta sexta-feira, 1º, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o País teve o menor PIB entre os Brics e só superou os países europeus, combalidos pela crise. 
No ano, o desempenho foi puxado, pelo lado da oferta, pelo setor de serviços, que avançou 1,7%, contra quedas de  2,3% na agropecuária e de 0,8% da indústria. A participação do setor de serviços no PIB atingiu 68,5%, a maior registrada desde 2000, influenciada, sobretudo, pelo consumo das famílias, avaliou o IBGE.

Pelo lado da demanda, o consumo das famílias desacelerou e subiu 3,1% no ano passado, o pior desempenho desde 2003, quando caiu 0,8%. A despesa do consumo do governo avançou 3,2%. Em valores correntes, o PIB somou R$ 4,4 trilhões.

No quarto trimestre de 2012, o PIB cresceu 0,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Na comparação com o quarto trimestre de 2011, o PIB apresentou alta de 1,4%. Entre o setores, o de serviços também liderou a expansão, com alta de 1,1% ante o trimestre anterior, enquanto a indústria subiu 0,4% e a agropecuária recuou 5,2%. 
O ano foi marcado também pela queda do investimento, medido pela Formação Bruta de Capital Fixo (FCBF), que encerrou 2012 com recuo de 4%. No quarto trimestre, contudo, a FBCF apresentou melhora e subiu 0,5% ante o trimestre imediatamente anterior, quebrando uma sequência de cinco quedas seguidas nessa análise. Era a maior sequência desse tipo de comparação desde as cinco quedas registradas entre o terceiro trimestre de 1998 e o terceiro de 1999.
"É um fato que eu não esperava. As contas que tínhamos no Ibre ainda apontavam retração no quarto trimestre", disse o chefe do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), Samuel Pessôa. Para ele, virar o ano já com aumento na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) é uma "excelente notícia, pois sugere que a retomada de investimento começou já no quarto trimestre do ano passado, mesmo que timidamente".
A taxa de investimento teve o segundo recuo anual seguido em relação ao PIB e ficou em 18,1%, ante 19,3% em 2011 e contra 19,5% em 2010. Em 2009, a taxa foi de 18,1%, a mesma de 2012.
Expectativa. Para 2013, a expectativa é que a economia volte a crescer com mais força, impulsionada por uma safra recorde de grãos e pela retomada da indústria. A maioria dos economistas projeta avanço de 3% do PIB, embora existam apostas de até 4%.

É o caso do Credit Suisse, mesmo banco que, em junho do ano passado, cortou a projeção do PIB de 2012 para 1,5% e causou reação de Mantega. "É uma piada. Vai ser muito mais que isso", disse o ministro à época. A previsão da Fazenda, em fevereiro de 2012, era bem mais otimista: avanço de 4,5%.

Preocupado com a fraqueza da economia, o governo tem adotado algumas medidas para tentar dar impulso ao PIB. Entram na lista o programa de concessões para ferrovias, aeroportos e portos, a desoneração da folha de pagamentos para 40 setores e o programa de redução do custo da energia elétrica para consumidores e indústria, entre outros.

E veja, finalmente, o comentário de um leitor do Estadão online, que faço questão de destacar em bold, pois se trata da única parte mais agradável de toda essa história lamentável:


1 de Março de 2013 | 14h08
por Luis Oliveira

Em caso de despressurização da economia narizes de palhaço cairão automaticamente a sua frente. Puxe firmemente o mais próximo de você para iniciar o fluxo de desculpas petistas esfarrapadas e cobrindo nariz e boca e aceite-as normalmente. Se estiver acompanhado de um financiamento de automóvel, casa, ou bens de consumo lembre-se de pagar seus impostos primeiro. Em caso de pouso forçado em um mar de inflação os acentos desta economia são depreciantes. Esta economia conta com saídas de emergência para os passageiros com contas na Europa, Estados Unidos ou detentores de maquininhas de remarcação. Luzes indicativas vermelhas com estrelinhas brancas apontarão para armadilha lullopetista mais próxima. Sabemos que a opção de governo tem a ver com o nível intelectual do eleitorado. Obrigado por voar Quadrilhas Petralhas e esperamos você na próxima eleição.

Não gostaria de ser pessimista e reclamão, mas você vê motivos para outras atitudes, caro leitor?
Eu, sinceramente, não...
 Paulo Roberto de Almeida

2005: o ano esquecido pelos companheiros; eu lembro...

Parece que, nas comemorações dos 33 anos do partido dos companheiros, e dos 10 anos dos governos dos companheiros, eles se esqueceram completamente do ano de 2005.
Só pode ter sido por distração.
Vocês sabem como é: tanta coisa boa para lembrar, e eles vão justo esquecer o melhor ano da vida deles, o ano que ainda não terminou.
Dava para fazer um filme: "Os melhores anos de nossas vidas", estreando....
quem mesmo?
Ah, já sei o guia genial dos povos, que ficou fora do script.

Enfim, para ajudar os companheiros, eu me permito colocar algunas souvenirs aqui:


2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão;

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...