terça-feira, 6 de agosto de 2013

O maior deficit comercial em 20 anos: a volta da "heranca maldita"?

Brasil registra pior resultado no comércio internacional em 20 anos

Em julho o país comprou mais do que vendeu bens e matérias-primas de outros países. No acumulado do ano, déficit de quase US$ 5 bilhões.


O país registrou, este ano, o pior resultado do comércio internacional em 20 anos. Só as exportações de petróleo caíram pela metade em julho. E não foi só isso: preços de produtos que o Brasil vende para o exterior também despencaram.
O prato dos importados ficou mais pesado, por causa do aumento das importações de petróleo e derivados. Já o outro prato, das exportações, ficou mais leve, com a queda nas vendas de produtos como o café, petróleo bruto e ferro. O resultado: déficit de quase US$ 5 bilhões.
Em julho o país comprou mais do que vendeu bens e matérias-primas de outros países. Assim, a balança comercial fechou com saldo negativo. No acumulado do ano, o déficit é histórico: chega a quase US$ 4,989 bilhões. Foram US$ 135,2 bilhões em exportações e US$ 140,2 bilhões em importações.
É o pior resultado desde 1993, quando o governo começou a divulgar os dados. No mesmo período de 2012, a balança teve superávit de US$ 9,92 bilhões.
Especialistas explicam que o comércio mundial está em queda por causa da crise financeira. Além disso, compras de petróleo e derivados feitas pelo Brasil ano passado foram contabilizadas este ano.
“Nós estamos consumindo mais, e a Petrobras provisoriamente está exportando menos. Mas estamos aumentando a produção de derivados e a produção da Petrobras está aumentando, então daqui a pouco voltaremos a exportar mais petróleo”, afirmou o ministro Guido Mantega.
Apesar de déficit na balança comercial, o governo decidiu reduzir o imposto de importação de cerca de 100 produtos, a maioria matéria-prima para as indústrias. O corte passa a valer a partir de primeiro de outubro. São itens como vidros, chapas de aço, cordas, que tiveram as alíquotas aumentadas no ano passado para proteger as indústrias dos artigos estrangeiros.
Segundo o governo, as tarifas voltaram ao patamar normal porque o dólar mais caro inibe as importações e o setor está fortalecido. A expectativa é que os produtos finais fiquem mais baratos.
Segundo o economista Renato Baumann, a medida não vai prejudicar a balança comercial. “A composição final do preço desses itens ainda é algo que desestimula as importações. Você tem dois componentes: imposto de importação e o dólar mais alto”, ressalta.
Na lista de importados mais baratos, dois podem ser comprados direto da prateleira: pneus e batatas fritas congeladas. A família Silva, que adora o petisco, comemorou. “Eu fiquei feliz, porque a gente pode comprar mais”.
O dólar fechou na quinta-feira (1) com a maior cotação dos últimos quatro anos: R$ 2,30.

Diario do Poder: mais diario que poder; tribulacoes diplomaticas - Claudio Humberto

Diário do Poder, Claudio Humberto, 6/08/2013

Amigos e familiares do ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) não entendem seu extremado apego ao cargo, submetendo-se a humilhações quase diárias e aos sinais frequentes de desprestígio da presidenta da República. A mais recente foi a recusa de Dilma de atender a indicação que ele fez do irmão Guilherme para a missão do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra.

·         AREIA DEMAIS…
O cargo pretendido por Patriota para o irmãozinho é hoje ocupado pelo embaixador Roberto Azevedo, recém-eleito diretor-geral da OMC.

·         COM QUEM ANDAS
Guilherme Patriota está lotado no Planalto: é assessor do aspone para Assuntos Internacionais Aleatórios, Marco Aurélio Top-Top Garcia.


·         O ESCOLHIDO

Para chefiar a missão brasileira na OMC, Dilma escolheu um embaixador respeitado na carreira: Marcos Galvão, hoje em Tóquio.

MST: um movimento anacronico, como as ideias de quem o sustenta - Xico Graziano

O País sem o MST

O Estdo de S.Paulo, 06 de agosto de 2013
XICO GRAZIANO *
Noutro dia, em seminário do PT na Bahia, Lula alisava seu ego político quando lançou um enigma: "Eu fico pensando o que seria o Brasil se não fosse o MST". A resposta me brotou fácil: haveria mais prosperidade e paz no campo. Explico o porquê.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) originou-se em 1979, motivado pela luta agrária dos colonos gaúchos nos municípios de Ronda Alta e Sarandi. O regime militar, que comandava o País na época, tentou desmantelar, pelas mãos do famigerado coronel Curió, aquela inquietação camponesa. Ao contrário, porém, sustentado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e apoiado por líderes da oposição democrática, o episódio prosperou, agigantando-se o acampamento de sem-terra.

Cinco anos depois, 8 mil pessoas invadiram a Fazenda Annoni, demonstrando uma ousadia que, de pronto, ganhou a simpatia da opinião pública. O sucesso da empreitada guindou a nova organização à liderança da ação "antilatifundiária" no campo. Seu antípoda, criado no debate da Constituinte, era a União Democrática Ruralista (UDR). Seu rival "interno", de quem procurou sempre se diferenciar, era a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), considerada "pelega" pela esquerda de então. A sociedade em mudança adotou o MST.

Assim, no estrebuchar da ditadura, renascia no País a tese da reforma agrária. Agora, porém, a causa vinha despida de sua lógica econômica, conforme fora idealizada nos anos 1960, para se carregar de conteúdo social. Com a bênção da Teologia da Libertação, um pedaço de terra redimiria os excluídos do campo. Nascia uma utopia agrária.

Ruíra em 1989 o Muro de Berlim. Por aqui, findos os anos de chumbo, avançava a redemocratização. Simultaneamente, avançava a modernização capitalista da agricultura, modificando a dinâmica do agro; antigos latifúndios viravam empresas rurais. Mais à frente, o Plano Real retirou da terra ociosa seu ganho especulativo, empurrando-a para a produção. Começava o império da tecnologia na agropecuária brasileira.

Nesse caminhar da História, a bandeira revolucionária do MST começou a perder seu brilho. Foi então que a organização decidiu, em 1995, mudar sua estratégia, partindo para o confronto direto com os fazendeiros do País: invadiu a Fazenda Aliança, situada em Pedra Preta (MT). Pertencente a um conceituado líder ruralista, a propriedade mantinha excelente rebanho, elevado rendimento, 29 casas de alvenaria, 160 quilômetros de cercas, 21 empregados registrados, reserva florestal intacta. Um brinco produtivo.

Acabou nesse momento o MST "do bem". Inaugurando a fase ulterior da crise agrária, as invasões de propriedades tomaram conta do Brasil, avançando especialmente contra as pastagens de gado. Incontáveis "movimentos" surgiram alhures, arrebentando cercas, roubando gado, fazendo "justiça" com as próprias mãos. Verdadeiras quadrilhas disfarçaram-se de pobres coitados e saquearam regiões, como no sul do Pará. Banditismo rural.

O MST militarizou-se. Seus quadros passaram a fazer treinamento centralizado, o comando definiu regras de comportamento e seleção. Centros passaram a oferecer cursos de capacitação, baseados na cartilha básica intitulada Como Organizar a Massa. Doutrinação pura. Nascido como "movimento social", o MST transformou-se em rígida organização, adentrando a cidade. Recrutando miseráveis urbanos, montou uma "fábrica de sem-terra" no País. Nunca mais a reforma agrária encontrou seu eixo.

Como teria sido a reforma agrária sem o terrorismo das invasões de terras?

Primeiro, seria certamente um programa mais bem planejado, articulado, e não um remendo açodado para resolver conflitos. Não trombaria com a agronomia nem com a ecologia, projetando assentamentos tecnicamente viáveis. Não faria da reforma agrária um foco de devastação ambiental, conforme se verifica em toda a Amazônia. Não confundiria remanescentes florestais com terra inculta, promovendo uma infeliz união da miséria com a depredação ecológica, como, entre tantos exemplos, provam a Fazenda Zabelê, no litoral de Touros (RN), ou a Fazenda Araupel, em Rio Bonito do Iguaçu (PR).

Segundo, os beneficiários da reforma teriam aptidão reconhecida para a lide rural, jovens habilitados, filhos de agricultores familiares, jamais viriam dos excluídos da cidade. O vestibular da terra seria a capacitação, nunca a invasão. Os assentamentos rurais estariam baseados na produção tecnológica, integrada ao circuito de mercado, nunca firmada na roça de subsistência, isolada. Os novos produtores se emancipariam, seriam titulados, e não, como ocorre hoje, se tornariam subservientes ao poder.

Terceiro, e em decorrência dos anteriores, a reforma agrária seria menor em tamanho, porém muito maior em qualidade. Geraria produção e renda. Daria à sociedade retorno do investimento público. Hoje, acreditem, nem se avalia o custo-benefício dos assentamentos. Nunca se mediu sequer a produção agropecuária advinda das áreas reformadas no Brasil, que atingem 90 milhões de hectares, envolvendo 1,2 milhão de assentados. Ninguém sabe quanto nem o que produzem.

Conclusão: o distributivismo agrário resultou na mais onerosa e fracassada política social da História brasileira. Para se ter uma ideia, o custo médio de cada assentado beira os R$ 100 mil, valor que manteria uma família durante 13 anos recebendo um salário mínimo mensal. Com uma agravante: pelas mãos raivosas dos invasores de terra se criou no País um foco contínuo de encrenca, antipatias, inimizades. Cizânia agrária.

O que seria do Brasil se não fosse o MST? Respondo ao Lula, tranquilamente: mais produtivo e fraterno no campo.
* XICO GRAZIANO É AGRÔNOMO, FOI SECRETÁRIO DE AGRICULTURA E SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO. E-MAIL: XICOGRAZIANO@TERRA.COM.BR.

Uai! Cade a reducao da tarifa de energia eletrica que estava aqui? Eraconversa e nada mais?

Tarifa de energia elétrica terá reajuste de 13% em Santa Catarina
Mário Cesar Silva, 5/08/2013

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu nesta terça-feira, 30, o reajuste médio de 13,73% para as tarifas de energia elétrica dos 2,5 milhões de consumidores atendidos na área de concessão da Celesc Distribuição. O reajuste, que passa a ser praticado a partir de 7 de agosto, é diferenciado por classe de consumo.
O presidente da Celesc, Cleverson Siewert, explica que o reajuste reflete, basicamente, o novo perfil da energia comprada pelas distribuidoras, com presença cada vez maior de energia gerada em termelétricas, cujo custo é maior que a gerada em hidrelétricas. “Por questões ambientais, o Governo Federal está reduzindo a construção de usinas que necessitam de grandes reservatórios. Esse cenário tem favorecido a geração térmica. É uma nova tendência, que já impacta nos preços praticados pelo mercado. Na tarifa que a Celesc passa a praticar em agosto, o custo da energia é responsável por quase 80% do índice de reajuste em relação ao ano anterior”.
Na revisão tarifária de 2012, o custo previsto para compra de energia ficou aquém do realizado. Por conta disso, ao longo de doze meses, a Celesc foi onerada em R$ 569,5 milhões por conta dos despachos de térmicas, não previstos na tarifa. Esse valor está sendo ressarcido à Empresa via recursos da Conta de Desenvolvimento Energético, numa estratégia do Governo Federal para evitar um impacto ainda maior no índice de reajuste tarifário.
Como funciona - O reajuste tarifário é efetuado anualmente para todas as concessionárias de distribuição de energia elétrica e, no caso da Celesc D, acontece sempre no mês de agosto, de acordo com o contrato de concessão.
O custo do serviço de distribuição de energia elétrica é composto de duas parcelas:
Parcela A – incorpora os custos não gerenciáveis da Celesc Distribuição, como compra e transporte de energia elétrica e encargos setoriais resultantes de políticas de governo, sem margem de comercialização, cabendo apenas a cobertura dos custos.
Parcela B (Custo de Distribuição) – incorpora os custos gerenciáveis relacionados à atividade de distribuição de energia elétrica, como pessoal, materiais e serviços, remuneração dos investimentos e cota de reintegração regulatória, com margem de comercialização previamente estabelecida e vinculada à eficiência operacional e à prudência dos investimentos.
O gráfico abaixo mostra a composição da tarifa paga pelo consumidor de energia, onde se vê que o custo da energia responde por quase 46% da tarifa, que os tributos representam parcela de 25,5% e à Celesc cabe apenas 18%.

Reajuste da tarifa X inflação – O reajuste da tarifa de energia elétrica tem resistido de forma firme aos índices de inflação no País. Nos últimos três anos, o reajuste médio da energia elétrica na área de concessão da Celesc D (entre 2011 e 2013) foi de 14,60%(+1,19 em 2011, - 0,32 em 2012 e 13,73 em 2013. Com o evento da revisão tarifária extraordinária em janeiro de 2013, quando a tarifa foi reduzida em 19,13%, esse índice cai para -4,53%. No mesmo período, o IGPM alcançou índice de 22,6%.


Valor do reajuste por classe de consumo
Subgrupo
Reajuste

Industrial
A1 (230.000V)
19,15%
Grande siderúrgica
A2 (88.000 a 138.000V)
10,85%
Cerâmico/siderúrgico/metalurgia/papel e celulose
A3 (69.000V)
16,62%
Cerâmico/carbonífero/têxtil
A3a (30.000V a 44.000V)
19,80%
Cooperativas/beneficiadoras de madeira/bovinos/cereais/papel e celulose
A4 (2.300V a 25.000V)
14,10%
Shoppings/comércio grande porte /condomínios
Residencial
B1
12,90%
Residencial e baixa renda
Rural
B2
17,98%
Rural
Comercial
B3
13,00%
Comércio de médio e pequeno porte
Iluminação Pública
B4
18,00%


Ah, essas bibliotecas escondidas de ratos de bibliotecas (como eu...)


CITY ROOM
A Library Where the Hush Is Over Its Very Existence
The New York Times, August 6, 2013
Nothing on the street outside says that it is there. First-time visitors must push through a revolving door of a court building in Lower Manhattan on faith, and hear their footsteps echo across a vast marble lobby before they finally glimpse a set of wooden double doors near a staircase leading down to a goblin-dark basement.
This is the entrance to the City Hall Library, open to all yet known to relatively few and visible to just about no one. “I didn’t even know this was here. Is it open to the public?” Ydanis Rodriguez, a City Council member from Manhattan, asked as he recently entered it for the first time, even though it is a short walk from his offices.
Relative obscurity is nothing new for this institution, which is actually housed inside the Surrogate’s Court building. It is over 100 years old, but in July 1898, The New York Times wrote of its predecessor, a hodgepodge of a library inside City Hall, “There are not many who know of its existence, and few who have heard of it know of its location.” An apt description for the current library, too.
Christine Bruzzese, the supervising librarian, said the library had 66,000 books on the shelves and in storage, and 285,000 periodicals, journals and volumes of clippings. The most popular request from the public is to research old land and property decisions by the city’s Board of Estimate, which ceased to exist in 1990.

But while book titles can be searched online, the books themselves cannot be downloaded or taken out. They must be read on site, in one of two large rooms: one is somewhat dark and filled with bookshelves and old newspaper clippings; the other has a few computers and the librarians.
The volumes stocked by the library are not the kinds of books most people would consider summer reading — “Financial Problems of the City of New York” is one title — and they also tend to be large and bulky.
“Sometimes they will say, ‘It’s a lot of reading.’ I always say, ‘Well, you know what, I wish I had time to sit and read it. I would love to do it,’” Ms. Bruzzese said. “I think a lot of people, too, are used to electronic things now, they expect to find something on a computer. They see a book this size, and they think, ‘Oh, it’s a lot to read.’”
Below the library are the cavernous storerooms and vaults that contain some of the maps, books, photographs and other items that are part of the Municipal Archives. They document the city’s government and leadership dating back to the unification of the boroughs into New York City in 1898, and back to the first mayor of the city, Thomas Willett, in 1665.

The history of the city is celebrated in old sepia photographs, wall-size topographical maps and reproduction manuscripts on display within the library and in a visitor center next to the library.
Yet there is not a hint of any of this on the granite exterior of the imposing Beaux-Arts building at 31 Chambers Street, behind City Hall. The sign says only “Surrogate’s Court,” with just a small brass plaque explaining that it once was the Hall of Records. That was the building’s original purpose when it was completed — at a cost of $7 million — in 1907.
The librarians who work for the City Hall Library, like the workers for the Municipal Archives, are employees of the city’s Department of Records and Information Services. The librarians say the courthouse’s status as a designated landmark means that they are not allowed to hang a sign on the building’s exterior.
Since April 2012, the city has made available online nearly 900,000 digitized images and other material from the archives and plans to add 1.5 million more items. A new era looms in December, with the end of Mayor Michael R. Bloomberg’s tenure. He will be the first mayor to provide his official documents in digital form.
The process of digitization — there are 840,000 annual visits to the Records Department Web sites — means that the obscurity of the site’s physical location is becoming less of an issue. Still, the library does attract visitors to its quarters.
Nicole Richer, 20, a British student, traveled from England to research organized crime during the Prohibition era. She found the library easy to find, despite the lacks of signs. “I used Google Maps,” she said.

Uai! Cade o Pibao que estava aqui? Sobrou essa merrequinha de PIB?

Projeção de crescimento da economia brasileira cai para 2,24%

A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia, este ano, foi ajustada para baixo. De acordo com a pesquisa semanal do Banco Central (BC) ao mercado financeiro, a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu de 2,28% para 2,24%, este ano. Para 2014, a projeção foi mantida em 2,60%.

. A estimativa para a expansão da produção industrial foi ajustada de 2,10% para 2%, este ano, e mantida em 3%, em 2014. A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB segue em 35%, este ano, e foi ajustada de 35% para 34,90%, no próximo ano.

. A expectativa para a cotação do dólar foi mantida em R$ 2,25, ao final deste ano, e em R$ 2,30, ao fim de 2014.

Uai! Cade o pacto fiscal que estava aqui? O gato comeu? Sobrou a farrafiscal?

Tesouro emite R$ 800 mi em títulos para bancar corte na conta de luz

Veja.com, 5/08/2013

Medida foi adotada depois de o governo ter desistido de antecipar recebíveis da Usina de Itaipu

O Tesouro Nacional autorizou o repasse de 800 milhões de reais, em agosto, para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), cujos recursos vêm sendo utilizados para garantir os descontos na conta de luz, prometidos pela presidente Dilma Rousseff no ano passado.
De acordo com a portaria 440, publicada na edição desta segunda-feira no Diário Oficial da União (DOU), o subsecretário da dívida pública, Paulo Fontoura Valle, autorizou a emissão 891.002 títulos na quinta-feira, 1º de agosto. Os papéis têm vencimento em 1º de outubro de 2014.
Inicialmente, o governo pretendia bancar os descontos - que serão em média de 18% - antecipando recebíveis da Usina Binacional de Itaipu até 2023, de acordo com a Medida Provisória 615, publicada em maio deste ano. A decisão foi recebida pelo mercado com críticas por ser mais uma das manobras fiscais, que têm sido adotadas pelo Tesouro para garantir o cumprimento da meta fiscal, atualmente de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), que consiste na economia feita pelo governo para o pagamento dos juros da dívida pública. 
Diante das críticas, o governo recuou de tal medida e anunciou, junto ao corte orçamentário de10 bilhões de reais, que os recursos para a CDE virão diretamente do Tesouro Nacional. Isto é, em vez de o dinheiro sair de receitas futuras, ele sairá dos cofres públicos. Contudo, essas despesas não foram incorporadas no relatório de reprogramação orçamentária divulgado no dia 22 de julho. Esses gastos só serão divulgados no próximo relatório - em 22 de setembro. 

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Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...