quarta-feira, 15 de abril de 2015

O Brasil e a agenda economica internacional: cenario atual - Paulo Roberto de Almeida

Ficha do mais recente trabalho publicado:
2807. “O Brasil e a agenda econômica internacional, 1: como se apresenta o cenário econômico internacional da atualidade?”, Hartford, 6 abril 2015, 4 p. Análise da situação econômica atual do mundo, em preparação para a discussão da posição e dos desafios para o Brasil. Mundorama (15/04/2015; link). Relação de Publicados n. 1172. 
Para outros artigos meus em Mundorama, ver: http://mundorama.net/?s=Paulo+Roberto+de+Almeida+
Paulo Roberto de Almeida  

O Brasil e a agenda econômica internacional: Como se apresenta o cenário econômico internacional da atualidade?, por Paulo Roberto de Almeida


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Depois de oito anos de deslanchada a crise imobiliária e bancária nos Estados Unidos, da qual eles se recuperam lenta mas seguramente, os demais países avançados (o Japão certamente, os países europeus em ritmo mais diversificado) continuam a trilhar o caminho da superação dos piores problemas acumulados na passagem da década, mas ainda no baixo crescimento e enfrentando a tradicional irresolução de políticos timoratos em conduzir um programa consistente de reformas estruturais. O mundo só não está pior porque uma parte das economias emergentes dinâmicas serve de motor limitado para a economia global. Aquela expectativa de que, funcionando de maneira simbiótica, EUA e China poderiam representar uma poderosa locomotiva de expansão contínua do comércio e dos investimentos internacionais não se confirmou, e a própria China parece acumular alguns desequilíbrios – nas áreas financeira e imobiliária justamente – que podem prolongar a atual lentidão na retomada de um ritmo mais sustentado da economia global.
Todos os países desenvolvidos podem ter exagerado nas medidas de “estímulo econômico” – ou seja, a velha injeção keynesiana de liquidez nos mercados – e de incentivo ao investimento – reduzindo as taxas de juros a praticamente zero, quando não são negativas em alguns – o que promete continuar desestimulando a poupança e agregar aos níveis já altos, até exagerados, de endividamento público. O consolo é que o custo dessas dívidas ainda é relativamente baixo, mas o retorno a condições normais de juros, combinado ao declínio demográfico em vários deles, não augura um futuro brilhante para a atual geração de entrantes no mercado e suas respectivas aposentadorias.
Uma eventual recessão na China – aparentemente improvável, mas não de todo impossível, ou descartável – pode piorar, e bastante, o cenário de médio prazo para os países que se tornaram parceiros comerciais privilegiados, em especial os exportadores de produtos primários da África e da América Latina, que se beneficiaram bastante bem do boom das commodities dos anos fastos, quando a China absorvia entre um quarto e um terço de várias mercadorias e insumos de base. O Brasil – o governo Lula em especial – foi um desses felizardos que se locupletaram de dólares com a soja a 600 dólares e o minério de ferro a 200 dólares a tonelada; ao que parece, esse tempo já passou, embora os preços dos agrícolas e das carnes não tenham declinado para profundezas tão tenebrosas quanto as dos fósseis e de alguns metálicos. Em todo caso, o mundo pode se beneficiar do petróleo barato e da nova demanda de manufaturados por parte das novas “classes médias” pipocando aqui e ali em diversos continentes (alô Apple, alô Samsung!).
No terreno do comércio internacional, as perspectivas não são entusiasmantes: as negociações da Rodada Doha estão em crise, seus resultados até aqui foram mais do que decepcionantes e não se vislumbra sua conclusão próxima ou mesmo hipotética, muito embora se tenha registrado a preservação do básico, que é um respeito mínimo pelas regras multilaterais, com salvaguardas e antidumping registrando estatísticas mais ou menos “normais” (com exceção de alguns recalcitrantes e protecionistas renitentes, como pode ser o caso aqui mesmo na América Latina); mas, pela primeira vez em décadas, a taxa de crescimento do comércio mundial fica abaixo da expansão do produto, ainda que com grandes desigualdades regionais (na Ásia Pacífico, por exemplo, a expansão comercial se mantém em ritmo razoável dentro da própria região).
No terreno das finanças e das moedas não se registraram as catástrofes que alguns profetas do apocalipse do passado – o da repetição da Grande Depressão dos anos 1930 – tinham anunciado quando das crises bancárias de 2008 e 2009, mas vários economistas falam da atual Grande Recessão com um prazer quase mórbido. Tensões e conflitos localizados se manifestam aqui e ali, a descoordenação é garantida nas políticas macroeconômicas dos integrantes do G20, mas não se tem mais a acrimônia de uma suposta “guerra cambial” do yuan contra as principais moedas ocidentais; aqueles que falavam de “tsunami financeiro” se preocupam agora com a retração dos fluxos de dinheiro fácil que, jorrando, alimentavam alguns belos déficits de transações correntes aqui e ali (não é keynesianos de botequim de conhecidos países equilibristas bêbados?).
Nos principais países desenvolvidos se observa, nesse capítulo, a continuidade da livre movimentação de capitais, com os controles esperados nos emergentes, e com as paridades cambiais evoluindo gradualmente, embora surpresas desagradáveis não sejam de se descartar (o tango dólar-euro é um dos mais interessantes). A inflação baixa está garantida nos principais países responsáveis, e só malucos localizados conhecem taxas a dois dígitos (mas esses são casos terminais de esquizofrenia econômica); inovadores monetários – como alguns que achavam que uma expansão irrefletida do crédito poderia sustentar um boom de consumo e de investimentos – se encontram hoje em maus lençóis, tendo de suportar greves e o descontentamento dessa classe média alimentada na ilusão do crediário “sem juros”. Aprendizes de feiticeiros econômicos acabam aprendendo da pior maneira, tendo de administrar a velha conhecida estagflação, ou seja, a combinação da estagnação econômica, com baixo crescimento e alto desemprego e uma inflação persistente, como tinha sido o caso nas principais economias avançadas pós-choques do petróleo dos anos 1970. Seria agora a vez do Brasil?
Keynes deve ter escrito em algum lugar que nunca se é profeta duas vezes, mas tem gente que não lê nem orelhas dos manuais econômicos, quanto mais as obras completas do mais irreverente professor de Cambridge. Seus atuais seguidores de araque se contentam com as platitudes neo-Prebischianas de um coreano da mesma universidade, que também acha que existe um complô dos ricos contra os pobres, aqueles chutando a escada pela qual deveriam subir os novos desenvolvimentistas. Alguns até continuam repetindo as mesmas bobagens dos anos 1990 contra o Consenso de Washington, como se essas simples regras de bom senso reformista tivessem algo a ver com as agruras passadas ou com as angustias presentes dos neo-estagnacionistas.
A despeito de todos esses percalços, o regime econômico multilateral se mantém mais ou menos intacto, tal como concebido em Bretton Woods mais de setenta anos atrás e reformado aqui e ali com remendos de ocasião por quem podia fazê-los. Outros países se contentam em absorver os choques e aproveitam para dar continuidade às mesmas políticas oportunistas que foram as suas nas fases de industrialização triunfante, o que de toda forma lhes assegurou certo aumento no bolo da interdependência global. Alguns certamente avançaram, como os emergentes da Ásia Pacífico, bem mais, em todo caso, do que os saudosistas da América Latina, que parecem não sair do lugar, ou retroceder.
No terreno da segurança, que também tem impactos econômicos, em lugar da diminuição gradual dos focos de tensão entre as grandes potências, observa-se o que alguns chamam de retorno à Guerra Fria, não se sabe se como farsa, ou se como simples sobressaltos de suspiros imperiais, na antiga periferia soviética. O Oriente Médio nunca decepciona em confirmar as piores expectativas que sempre marcaram aquela região, com o longo impasse entre Israel e Palestina, e os novos problemas do fundamentalismo islâmico agora convertido em califado expansionista e guerreiro. Com isso, o rebrote de tensões e de conflitos civis ou inter-religiosos, em estados semifalidos (ou por completo, como parece ser o caso da Síria e do Iêmen) promete dar continuidade a velhos problemas de pobreza, de miséria e de desesperança em sociedades já de ordinário martirizadas – se o termo se aplica – por intratáveis contradições entre a manutenção da tradição e as explosões de modernidade na população juvenil e conectada.
No meio ambiente, finalmente, os compromissos são frágeis, as reconversões são difíceis e todos os atores prefeririam ter os custos da adaptação transferidos, segundo os casos, para os mais ricos, para os emergentes, para os poluidores históricos, para os novos poluidores, para os destruidores de florestas, etc. Se e quando alguns acordos forem ratificados, eles já estarão superados pelos esforços adaptativos dos agentes primários da globalização ambiental, que são as empresas de consumo de massa, no caso pressionadas pela opinião pública (atuando mais em função do politicamente correto do que de sólidos princípios econômicos relativos a preços de mercados de bens escassos).
Alguma esperança nisso tudo? Talvez. Afinal de contas, o novo papa, que parece ser peronista em economia, promete ao menos fazer um aggiornamento necessário nos “costumes” da sua Igreja e continuar o diálogo com as outras comunidades de fé, o que talvez suscite algum avanço por parte de certos representantes do Islã no sentido de dar início a um também necessário trabalho de exegese da palavra do profeta. Nunca é demais esperar um pouco de racionalidade da raça humana. Mas não façam apostas…

Este é o primeiro de uma série de quatro artigos. Os próximos serão os seguintes: 
  • Como o Brasil se insere nesse cenário, agora e no futuro próximo?
  • Como e qual seria uma (ou a) agenda ideal para o Brasil?
  • O que o Brasil deveria exatamente fazer para maximizar a “sua” agenda?
Paulo Roberto de Almeida é diplomata e professor do Centro Universitário de Brasília – Uniceub (@pauloalmeida53).

Desinteligencia brasileira: o pais retrocede assustadoramente: merecemos isso?

Estarrecedor, realmente, constatar como a estupidez avança assustadoramente no Bradil.
Um deputado, que não por ser de direita é um idiota completo, é acompanhado em sua indigência intelectual por uma representante dessa espécie florescente em nosso país que eu já chamei de juízes malucos. Eles pululam aqui e ali impondo as sentenças mais inusitadas, e impōem um custo enorme à sociedade com sua estupidez. 
Eles se merecem, o deputado, a juiza e os que processaram o deputado idiota.
Acho mesmo que o Brasil está recuando na inteligência.
Paulo Roberto de Almeida

Vamos lá. Todos sabem o que penso do que pensa o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) sobre as razões que explicam o fato de alguém ser gay. É tal a quantidade de tolices que ele diz que só posso achar que insiste em suas teses porque descobriu que isso rende votos. E, como se sabe, a cada pleito, cresce o seu público. É bem verdade que ele conta com um cabo eleitoral e tanto: Jean Wyllys, o deputado do PSOL. A cada vez que esse rapaz abre a boca, Bolsonaro fatura mais alguns eleitores. Mas vamos com calma aí.

Uma juíza do Rio, Luciana Santos Teixeira, da 6ª Vara Cível do Fórum de Madureira, condenou Bolsonaro a pagar uma indenização de R$ 150 mil em razão de declarações feitas por ele no programa CQC em 2011. Ainda cabe recurso, é claro, e duvido que o absurdo prospere.

Mas o que disse o deputado? Afirmou que jamais contou com a hipótese de seus filhos serem gays porque tiveram “boa educação” e porque ele sempre foi um “pai presente”. Também disse que não iria a uma parada porque não promoveria “maus costumes”, além de acreditar em Deus.

Bem, vamos lá. Sugerir que pessoas são gays porque filhas de pais ausentes ou porque lhes faltou educação adequada é de uma supina estupidez. É desinformação. É ignorância. É burrice. Já o critiquei aqui por isso — crítica que reitero na entrevista da mais recente edição da revista “Playboy”. Mas esperem aí: ele não tem o direito de pensar o que pensa, seja como indivíduo, seja como deputado?

Tenham a santa paciência! A doutora Luciana Santos Teixeira deveria ter aproveitado a sua sentença para escrever um manual sobre qual deve ser a opinião que as pessoas devem ter a respeito desse assunto. A decisão é absurda, e duvido que não seja reformada.

Não! Eu não acho que qualquer coisa pode ser dita, sem restrição. A liberdade de expressão não substitui Deus.  Notem que, na fala, Bolsonaro não defende restrição de direitos a homossexuais, não prega a segregação, não sugere ações coercitivas para “corrigir” comportamentos, nada disso. Ele apenas expressa uma convicção tosca e desinformada a respeito do assunto. A propósito: combateremos, agora, na Justiça todas as ignorâncias que as pessoas dizem e produzem ao longo de um dia? Vamos judicializar a burrice, é isso?

A propósito: corre na internet um quiproquó porque Jean Wyllys não aceitou viajar na poltrona ao lado de Bolsonaro num voo, parece, de Brasília para o Rio. O deputado do PP, ao perceber que seria companheiro de viagem de seu antípoda, ligou a câmera do celular. O outro, imediatamente, se levanta. Bolsonaro acusa Wyllys de “heterofobia” — como se isso existisse… O psolista aproveita, como é de seu feitio, para discursar uma vez mais na ribalta. Sim, imaginem se fosse o contrário: imaginem se Bolsonaro tivesse se recusado a viajar ao lado do adversário. Alguém iria tentar denunciá-lo à Comissão de Ética da Câmara. Afinal, assim como o parlamentar do PP inventa uma “heterofobia” que não existe, Wyllys transforma a homofobia em mero ativo eleitoral, a ser sacado a qualquer momento. A julgar por esses dois, o confronto entre homofóbicos e heterofóbicos seria o principal assunto do Brasil e do Parlamento. Que miséria intelectual, santo Deus!

Quanto à sentença da juíza, dizer o quê? Eu a convido a escrever um Manual das Boas Maneiras Politicamente Corretas, indicando o que a gente deve pensar para não ficar preso nas malhas de seu atilado senso de justiça.

Não pensem que só Bolsonaro é expressão de um Brasil primitivo e intolerante. A sentença também é. Trata-se de uma espécie de embate entre forças intelectualmente jurássicas.

terça-feira, 14 de abril de 2015

A vida como ela NAO deveria ser: memorias intimas do Palacio da Alvorada

Teatro com poucos personagens, todos pilantras (para usar uma expressão neutra, digamos assim).
Cenas rápidas, pano baixando a cada vez.
Não, não são as memórias sentimentais de João Miramar.
Está mais para teatro de Plínio Marcos, para quem sabe quem foi esse dramaturgo, não tão bom quanto Nelson Rodrigues, mas suficientemente escabroso para chocar a classe média.
Classe média que continua chocada com o festival de patifarias, desvios de conduta, roubalheira, corrupção, baixaria, inépcia e outros qualificativos que vocês queiram bem pespegar nesses personagens de baixa extração, típicos do bas-fonds de Brasília, do esterco da política, do esgoto do Estado, convivendo com ratos, escorpiões, cobras e lagartos do que há de pior na política nacional.
A crônica não é minha, tampouco é de um novo Nelson Rodrigues.
É apenas de um jornalista bem informado...
Paulo Roberto de Almeida

Lula em discussão com Dilma: "O que fiz de errado foi colocar voce aí"
Ricardo Noblat
O Globo, 13 de abril de 2015

UMA PESSOA QUE não ama seus semelhantes, ou que não sabe expressar seu amor por eles, não pode ser amada. Que o diga Jane, ex-criada do Palácio da Alvorada. Um dia, Dilma não gostou da arrumação dos seus vestidos. E numa explosão de cólera, jogou cabides em Jane. Que, sem se intimidar, jogou cabides nela. O episódio conhecido dentro do governo como "a guerra dos cabides" custou o emprego de Jane.

MAS ELA DEU sorte. Em meio à campanha eleitoral do ano passado, Jane foi procurada pela equipe de marketing de um dos candidatos a presidente com a promessa de que seria bem paga caso gravasse um depoimento a respeito da guerra dos cabides. Dilma soube. Zelosos auxiliares dela garantiram a Jane os benefícios do programa "Minha Casa, Minha Vida" uma soma em dinheiro e um novo emprego. Jane aceitou. Por que não?

LULA SE QUEIXA de Dilma porque ela não segue seus conselhos. Segue, sim. Só que às vezes demora. Para que abdicasse da maioria dos seus poderes, por exemplo, foi decisivo o bate-boca que teve com Lula no Palácio da Alvorada, em março último. A certa altura, Lula disse: "Eu lhe entreguei um país que estava bem..." Dilma devolveu: "Não, presidente. Não estava. E as medidas que estou tomando são para corrigir erros do seu governo"!

A RÉPLICA NÃO demorou. "Do meu governo? Que governo? O seu já tem mais de quatro anos"," disparou Lula. Os assessores de Dilma que aguardavam os dois para jantar e escutaram o diálogo em voz alta, não sabem dizer se ela nesse instante respondeu a Lula ou se preferiu calar. Um deles guardou na memória o que Lula comentou em seguida: "Você sabe a coisa errada que eu fiz, não sabe? Foi botar você aí"

FOI PRESSIONADA por Lula que Dilma entregou o comando da economia ao ministro Joaquim Levy, da Fazenda, que pensa muito diferente dela. Foi também pressionada por Lula que delegou o comando da política a Michel Temer, seu vice, a quem sempre desprezou. Levy está sujeito a levar carões públicos de Dilma, já levou. Temer, não. Levy pode ser trocado por outro banqueiro. Temer, não.

LULA INVENTOU o parlamentarismo à brasileira para tentar impedir o naufrágio de Dilma. É sua última cartada para salvar a chance de voltar à Presidência em 2018.

Impeachment: campanha "azucrine o seu deputado" (se ainda se lembra do nome dele...)

Mas, se não souber, não se preocupe: azucrine os líderes de todas as bancadas, cujos nomes e telefones figuram abaixo.
Acho que eles merecem, por tudo o que recebem, trabalhando pouco, têm mesmo que receber chamado da cidadania istando-os a cumprirem o seu dever...
Só ficou faltando mesmo o telefone da liderança do PT!
Ué, pode ser que alguém lá queira impichar o poste...
Paulo Roberto de Almeida 

Impeachment: só depende de você!

Este evento tem por objetivo mobilizar as pessoas para ligarem para o gabinete do Eduardo Cunha e de lideranças dos diversos partidos para exigir a abertura do Impeachment da Dilma.

Como proceder: telefone para os números abaixo. Em geral, um assessor irá atender. Você diga que quer manifestar o seu repúdio ao governo do PT e que exige que o deputado auxilie e apoie a abertura do processo de Impeachment da Presidente Dilma. Use o seu discurso próprio.

Ligue para quantos deputados da lista puder, mas em especial para o gabinete do Deputado Eduardo Cunha que é o presidente da casa, explicitando que o povo brasileiro quer a abertura de um processo de impeachment.

Se o assessor disser que muitas pessoas já ligaram, não desanime. Fale que não tem importância, mas que você também quer deixar registrada a sua manifestação.

Gente, é preciso que os assessores atendam telefone o dia inteiro. Escolha alguns deputados e ligue.

Se você quer mudar o país, você pode fazer isso.

Telefones das Lideranças:

Eduardo Cunha:
Presidente da Câmara:
(61) 3215-5510

Telefone das Lideranças:
LEONARDO PICCIANI
Bloco Parlamentar PMDB, PP, PTB, PSC, PHS, PEN
(61) 3215-9181/80

BRUNO ARAÚJO
Liderança das Minorias
(61) 3215-9820

CARLOS SAMPAIO
Liderança do PSDB
(61) 3215-9345/9346

EDUARDO DA FONTE
Liderança do PP
(61) 3215-9426

ROGÉRIO ROSSO
Liderança do PSD
(61) 3215-9060/9070

MAURÍCIO QUINTELLA LESSA
Liderança do PR
(61) 3215-9550

FERNANDO COELHO FILHO
Liderança do PSB
(61) 3215-9650

JOVAIR ARANTES
Liderança do PTB
(61) 3215-9502/9503

MENDONÇA FILHO
Liderança do Democratas
(61) 3215-9265/9281

CELSO RUSSOMANNO
Liderança do PRB
(61) 3215-9880/9882/9884

ANDRÉ FIGUEIREDO
Liderança do PDT
(61) 3215-9700/9701/9703

ARTHUR OLIVEIRA MAIA
Liderança do Solidariedade
(61) 3215-5830

ANDRE MOURA
Liderança do PSC
(61) 3215-9762/9771/9761

DOMINGOS NETO
Liderança do PROS
(61) 3215-9990

RUBENS BUENO
Liderança do PPS
(61) 3215-9600

SARNEY FILHO
Liderança do PV
(61) 3215-9790 (Fax 3215-9794)

MARCELO ARO
Liderança do PHS
(61) 3215-5280

BACELAR
Liderança do PTN
(61) 3215-5381

HIRAN GONÇALVES
Liderança do PMN
(61) 3215-5274

JUSCELINO FILHO
Liderança do PRP
(61) 3215-5729

ALUISIO MENDES
Liderança do PSDC
(61) 3215-5931

JUNIOR MARRECA
Liderança do PEN
(61) 3215-5265

ULDURICO JUNIOR
Liderança do PTC
(61) 3216-9768

Problemas brasileiros, solucoes petralhas... Resolveu? Claro que nao...

- O pobre não entrava na faculdade.
  O que o PT fez? Investiu na Educação?
  Não, tornou a prova mais fácil.

- Os negros continuaram a não conseguir entrar na faculdade.
  O que o PT fez? Melhorou a qualidade do ensino médio?
  Não, destinou 30% das vagas nas universidades públicas aos negros para entrar com mais facilidades.

- O analfabetismo era grande.
  O que o PT fez? Incentivou a leitura?
  Não, passou a considerar como alfabetizado quem sabe escrever o próprio Nome.

- A pobreza era grande.
  O que o PT fez? Investiu em empregos e incentivos à produção e ao empreendedorismo?
  Não, baixou a linha DA pobreza e passou a considerar classe média quem ganha R$300,00.

- O desemprego era pleno.
  O que o PT fez? Deu emprego?
  Não, passou a considerar como empregado quem recebe o bolsa família ou não procura emprego.

- A saúde estava muito ruim.
  O que o PT fez? Investiu em hospitais e em infraestrutura de saúde, criou mais cursos na área de medicina?
  Não, importou um monte de cubanos que sequer fizeram a prova para comprovar sua eficiência e que aparentemente nem médicos são.
   (Um já foi identificado como capitão do exército cubano).
 
Alguém ainda duvida que esse governo é uma tremenda mentira?

Petrolao GIGANTESCO: impeachment JA!

Incrivel: para onde quer que se olhe, tem corrupção bilionária, asquerosa, estarrecedora. Só isso já justifica o impeachment. 
Paulo Roberto de Almeida
Outro ato vergonhoso das instituições aparelhadas pelo PT: CGU e Petrobras atuaram para esconder o petrolão e proteger Dilma antes das eleições. Depois ainda tem gente que se indigna quando o povo pede o impeachment da presidente reincidente:


O principal órgão de controle interno do governo federal recebeu durante a campanha eleitoral do ano passado provas de que a empresa holandesa SBM Offshore pagou propina para fazer negócios com a Petrobras, mas só abriu processo contra a empresa em novembro, após a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Em entrevista à Folha, o ex-diretor da SBM Jonathan David Taylor disse que prestou depoimento e entregou mil páginas de documentos internos da empresa à CGU (Controladoria-Geral da União) entre agosto e outubro de 2014.

O órgão só anunciou a abertura de processo contra a SBM em 12 de novembro, 17 dias após o segundo turno da eleição presidencial.

Taylor trabalhou durante oito anos e meio para a SBM na Europa e é apontado pela empresa como responsável pelo vazamento de documentos e informações sobre o caso publicadas na Wikipedia em outubro de 2013.

O vazamento levou a investigações sobre a SBM no Brasil e na África. Os documentos indicam que ela pagou US$ 139 milhões ao lobista brasileiro Julio Faerman para obter contratos na Petrobras.

Entre abril e junho do ano passado, Taylor depôs e entregou documentos ao Ministério Público da Holanda. Segundo a própria SBM, ele participara de um grupo que conduzira uma investigação interna sobre o caso em 2012.

Na entrevista à Folha, a primeira a um veículo brasileiro, o delator disse que foi sua a iniciativa de procurar a CGU, que abrira uma sindicância para apurar o caso no Brasil.

Em 27 de agosto, ele repassou ao órgão o relatório de uma auditoria interna da SBM, mensagens eletrônicas, contratos com o lobista, extratos de depósitos em paraísos fiscais, a gravação de uma reunião da empresa e uma lista com nomes da Petrobras.

O material foi enviado por email ao diretor de Acordos e Cooperação Internacional da CGU, Hamilton Cruz, que no dia seguinte atestou o recebimento e informou que passaria as informações para o chefe da investigação.

No dia 3 de outubro, dois dias antes do primeiro turno, Taylor recebeu no Reino Unido a visita de três funcionários da controladoria, entre eles Hamilton Cruz. "Contei tudo o que sabia", afirma o delator.

A CGU nunca divulgou dados sobre a viagem e o depoimento. Para Taylor, a demora do órgão em anunciar o processo contra a empresa holandesa teve motivação política.

"A única conclusão que posso tirar é que queriam proteger o Partido dos Trabalhadores e a presidente Dilma ao atrasar o anúncio dessas investigações para evitar impacto negativo nas eleições", diz.

Os valores pagos ao lobista Julio Faerman, segundo Taylor, são bem maiores do que os divulgados até aqui: "Era muito mais. O comprometimento [da SBM] era de pelo menos US$ 225 milhões".

Em 12 de novembro, a SBM fechou acordo com as autoridades holandesas e aceitou pagar US$ 240 milhões para se livrar de punições na Holanda. Na tarde do mesmo dia, a CGU anunciou a abertura de processo contra a empresa no Brasil. "Todas as partes esperaram cinicamente até o fim das eleições", afirma Taylor.

No momento, a SBM negocia com a Controladoria um acordo de leniência, em que poderá colaborar com as investigações sobre corrupção na Petrobras para se livrar de punições e continuar fazendo negócios com o setor público.

O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, um dos delatores da Operação Lava Jato, disse que a SBM doou US$ 300 mil à campanha de Dilma nas eleições de 2010 e apontou Faerman como o operador que fez o dinheiro chegar ao PT. (FSP).

Defesa: uma questao de seguranca nacional - Rubens Antonio Barbosa


Rubens Barbosa
O Estado de S.Paulo, 14/04/2015

A defesa nacional e as relações exteriores, dois setores de crucial importância para resguardar os interesses do Estado, foram relegadas a um perigoso segundo plano nos últimos anos. A perda de relevância política associada à decisão governamental de reduzir a participação do Ministério da Defesa e do Itamaraty no Orçamento Geral da União estão trazendo grandes problemas operacionais que põem em questão a própria segurança nacional.
Neste artigo vou limitar-me à área da Defesa, identificando concretamente alguns problemas que afetam as atividades das três Forças e tornam mais difíceis o exercício, de forma eficiente, de suas missões constitucionais e o desenvolvimento dos projetos em execução, alguns dos quais urgentes e de grande significado para a projeção externa do Brasil.
O Orçamento Geral da União atribui ao Ministério Defesa apenas 1,3%, abaixo das necessidades das Forças Armadas. A redução de recursos para o PAC trouxe um corte de R$ 1,6 bilhão para alguns dos projetos mais importantes da Defesa. O forte contingenciamento em 2015 trará sérios prejuízos à manutenção das estruturas físicas, à aquisição de armamentos convencionais, à qualidade dos serviços prestados, incluindo, o que é mais preocupante, as atividades de formação, treinamento e aperfeiçoamento de pessoal, que no caso das Forças Armadas é altamente especializado e relevante para a segurança do País.
No Exército, a escassez de recursos é sentida não só na modernização dos equipamentos, como na execução de sete projetos estratégicos e vários projetos e programas setoriais em andamento. Os projetos Guarani (família de blindados sobre rodas), Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), Defesa Antiaérea, Astros 2020 (sistema de artilharia), Defesa Cibernética e Recop (Recuperação da Capacidade Operacional da Força Terrestre) têm recebido verbas abaixo da previsão, atrasando sua implantação.
Também por causa dos cortes orçamentários impostos às três Forças, o prazo final de entrega das 50 aeronaves EC-725 (Caracal) que estão sendo montadas na Helibras para o Exército, a Marinha e a Aeronáutica passou de 2017 para 2019.
Quanto à Marinha, a esquadra está próxima de um colapso inaceitável. A fragata brasileira Constituição, navio-capitânia da força multinacional que patrulha o litoral do Líbano, quebrou na costa libanesa no fim do mês passado. A avaria é tão grave (a fragata vai completar 37 anos de uso!) que foi preciso despachar um navio-patrulha (menor em tamanho e em capacidades) para substituí-lo na missão. Com isso - em outro vexame nacional - o Brasil se arrisca a perder a liderança da missão, integrada por 15 países.
Por falta de recursos a Marinha deixou de fazer a manutenção necessária nas suas corvetas da classe Inhaúma, que se encontram paradas há mais de dois anos. Noticia-se também a desativação de duas das três fragatas Tipo 22 (classe Greenhalgh), de procedência britânica. Todos esses navios têm, aproximadamente, 30 anos de uso.
Alguns esquadrões navais da Marinha - como o da Flotilha da Amazônia e o da Força de Minagem e Varredura - estão completando 40 anos com os mesmos navios e nenhuma perspectiva de renovação desses seus meios. Isso implica, naturalmente, defasagem tecnológica e adestramento das tripulações fora da realidade da guerra moderna.
Para um país das dimensões e dos interesses do Brasil, a Marinha, na prática, está reduzida a 10 navios: 1 submarino, 3 fragatas da classe Niterói, 2 fragatas Tipo 22), 1 corveta e 3 navios-patrulha. O programa Prosuper, que incorporaria novas embarcações (5 fragatas e 5 navios-patrulha) está paralisado.
No tocante à Força Aérea, a modernização dos 43 jatos de ataque A-1 (AMX) da FAB - serviço liderado pela Embraer com a participação de empresas brasileiras e estrangeiras - está praticamente parada. Até agora foram entregues apenas dois A-1M. O cronograma dessa remodelação já está com sete anos de atraso. Agora há rumores de que a FAB não fará o upgrade em todas as aeronaves - talvez só em 30 delas.
Também falta dinheiro para que a FAB possa contratar entre 8 e 12 caças Gripen C (versão anterior à do Gripen NG, vencedor do programa FX-2) a fim de prover a capital da República de alguma proteção aérea atualizada. As aeronaves também seriam muito importantes para ir familiarizando os pilotos de combate brasileiros no manejo do jato sueco. O leasing de cada Gripen C custa US$ 10 milhões por ano.
Por falta de recursos nossa Força Aérea também adiou sine die o projeto de comprar um lote de jatos de treinamento para pilotos de combate. Diante dessa dificuldade, os aviadores precisam passar diretamente da fase de adestramento no avião de treinamento Tucano - um monomotor turboélice - para o manejo do caça supersônico F-5.
Empresas líderes no atendimento aos programas das Forças Armadas, como Embraer, Helibras e a Itaguaí Construções Navais (construção de submarinos) já sentem os efeitos dos atrasos nos pagamentos que deveriam receber em 2014. O caso da Embraer é ainda mais grave. Diante da falta de repasses de dinheiro pelo Comando da Aeronáutica, a empresa - que fechou 2014 com um cash flow negativo em razão dos atrasos nos recebíveis do governo - está tendo de bancar com recursos próprios o desenvolvimento do segundo protótipo do jato cargueiro KC-390.
A falta de recursos adequados está prejudicando programas de significado estratégico e político, como o conjunto de atividades relacionadas com o Programa Espacial Brasileiro: o aproveitamento comercial da Base de Alcântara, o desenvolvimento do projeto para o veiculo lançador de satélites e a fabricação de satélites comerciais.
*Rubens Barbosa é membro do Conselho Superior de Defesa da FIESP 

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