quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Empresas dos EUA levam ao governo Trump acusações contra Pix por 'competição desigual' - Circe Bonatelli (Estadão)

Empresas dos EUA levam ao governo Trump acusações contra Pix por 'competição desigual'

Por Circe Bonatelli

O Estado de São Paulo, 20/08/2025 - 

As empresas norte-americanas colocaram na mesa seus argumentos contrários ao Pix em um documento encaminhado ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês). As tratativas fazem parte do inquérito que investiga práticas comerciais brasileiras acusadas de irregularidades pelo governo de Donald Trump.


O documento foi produzido pelo Conselho da Indústria da Tecnologia da Informação (ITI), associação que reúne empresas de meios de pagamento, softwares, redes sociais, cibersegurança, processamento de dados e data centers, entre outras. A entidade tem voz ativa nos EUA desde sua fundação, em 1916, e conta hoje com 81 membros, incluindo gigantes como Visa, Mastercard, Amazon, Google, Apple, Microsoft, Meta, IBM, Intel, Dell e Nvidia, por exemplo.


A ITI criticou também o Brasil pelas políticas de moderação de conteúdo nas plataformas digitais, inteligência artificial e data centers, bem como pelas ameaças recentes do governo brasileiro de taxar as big techs.


Em relação ao Pix, a associação começou traçando elogios sobre como a ferramenta teve sucesso na inclusão financeira da população brasileira desde o seu lançamento pelo Banco Central, em 2020, e observou que as próprias empresas de lá fizeram parcerias para operar o Pix por aqui. "De fato, sua atuação e crescimento têm sido benéficos para todos os participantes, incluindo fornecedores de serviços de pagamento eletrônico dos EUA, que viram o volume de transações dobrar desde o lançamento do PIX", descreveu.

Já na sequência do documento, a ITI passou a elencar suas preocupações e tecer críticas ao Banco Central. O problema, em sua avaliação, está no fato de o BC tanto regular quanto competir com as empresas de meios de pagamento no País, o que cria uma situação de competição desigual, em sua opinião.


"Embora não seja incomum para bancos centrais operar um ou mais sistemas de pagamento e supervisionar o setor privado, o BC falhou em estabelecer procedimentos de governança que evitem conflitos de interesse e abafem o setor privado", afirmou a instituição.


A ITI apontou ao USTR que há uma infração da "neutralidade competitiva" por parte do BC, uma vez que a autarquia federal regula o sistema financeiro local, define padrões operacionais e condições para novos entrantes, ao mesmo tempo em que também opera o Pix, um concorrente das empresas de meios de pagamento. "Na prática, os fornecedores de serviços de pagamento eletrônico dos EUA estão sujeitos a uma competição desigual, uma vez que devem competir contra seu próprio regulador", denunciou a associação norte-americana.


"Isso contradiz as melhores práticas internacionais e a orientação de entidades multilaterais, que defendem uma separação clara entre funções de supervisão e atividades comerciais", frisou. O ITI reclamou também que o Pix não está sujeito à supervisão de um agente terceiro, ao contrário do que ocorre com as empresas privadas sob regulação do BC. O documento apresentou uma lista de práticas locais consideradas distorcidas (veja abaixo).


Nas suas argumentações, a associação não citou nomes de empresas, nem casos específicos. É sabido, porém, que o Pix teve impacto nos negócios de Visa e Mastercard, uma vez que o Pix é gratuito, enquanto os cartões de crédito e débito cobram taxas. O Pix também se tornou concorrente de big techs como a Meta, dona do WhatsApp, que também tem serviço de pagamento instantâneo.


Embora a manifestação da ITI tenha ocorrido na esteira de uma investigação formal conduzida pelo USTR, que pode desembocar em retaliações dos EUA ao Brasil, a associação sugeriu que as diferenças sejam resolvidas com base na conversa entre as autoridades dos dois países. "É crucial fortalecer os diálogos bilaterais", defendeu. 'O diálogo comercial entre EUA e Brasil provou ser uma plataforma bem sucedida para abordar barreiras não tarifárias ao comércio entre ambas as nações no passado."


Veja abaixo a lista de práticas ligadas ao PIX consideradas distorcidas, segundo o Conselho da Indústria da Tecnologia da Informação (ITI):


- Acesso a informações competitivas: O Banco Central do Brasil tem acesso a informações confidenciais e sensíveis de seus concorrentes privados (incluindo preços, desenvolvimento de produtos e planos de comercialização), e também gere o desenvolvimento e operação do Pix. Sem salvaguardas eficazes de governança, essa estrutura permite que o BC molde tanto a dinâmica do mercado quanto os padrões regulatórios de maneiras que favoreçam sua própria plataforma.


- Os bancos são obrigados a fazer investimentos nos sistemas e destacar a apresentação do Pix aos clientes nas suas plataformas, mas não existe o mesmo tipo de obrigação de se priorizar outras ferramentas privadas de meios de pagamento que concorrem com o Pix.


- Regulamentação que dita a posição prioritária do ícone do Pix dentro dos aplicativos bancários, garantindo destaque e experiência aprimorada para o usuário.


- Integração obrigatória de rede com o Pix, o que canaliza o comportamento de varejistas e consumidores para a plataforma governamental, restringindo oportunidades de crescimento para empresas dos EUA no ecossistema de pagamentos do Brasil.


- Padrões não equivalentes aplicáveis ao Pix como concorrente: os provedores de pagamento do setor privado devem oferecer segurança de alto nível o tempo todo. Isso significa estar sob supervisão constante do Banco Central e investir pesadamente para manter os sistemas seguros e resilientes. Os fornecedores de meios de pagamento também estão sujeitos a padrões técnicos, requisitos de coleta de impostos e custos de supervisão que não se aplicam ao Pix.


- Tratamento desigual das redes de cartões para iniciar transações no Pix: as redes de cartões dos EUA não estão autorizadas a usar suas credenciais para iniciar pagamentos via Pix. Como uma medida de boa-fé, o BC deveria expandir imediatamente o conceito de iniciação de pagamento para permitir que todas as redes de cartões e carteiras digitais iniciem pagamentos no Pix, e que isso seja feito de maneira que não requeira acesso contínuo ou retenção de dados de clientes e transações. Essa medida complementaria, mas não substituiria, as ofertas existentes do Pix e apoiaria uma adoção mais ampla.


Conteúdo traduzido com auxílio de inteligência artificial, revisado e editado pela redação da Broadcast


Contato: circe.bonatelli@estadao.com


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Perguntas em meio a um processo extremamente doloroso para quem cultiva simples virtudes morais: — Paulo Roberto de Almeida

Perguntas em meio a um processo extremamente doloroso para quem cultiva simples virtudes morais

Paulo Roberto de Almeida 

Quem, neste mundo que já é pequeno, totalmente devassado pela mídia onipresente e até pelos vídeos e registros individuais, com integral conhecimento de tudo o que se passa em qualquer parte, quem, nessas condições, pode ainda suportar, concordar, apertar a mão, falar amigavelmente com um monstro frio e assassino, capaz de mandar matar, continuamente, civis inocentes, mulheres, crianças, bebês, capaz de ordenar bombardeios maciços contra alvos não militares, especificamente destinados a matar e destruir o mais possível, quem é capaz  de se reunir pacificamente, de modo cortês e amigável com tamanho indivíduo monstruoso, desprovido de qualquer caráter minimamente aceitável num dirigente estatal, e ainda sorrir e aplaudir a sua presença? Quem?

Só pode ser um grande idiota, alguém que despreze claramente o dom da humanidade ou que coloque opções e preferências ideológicas acima de qualquer ética ou que tenha um comportamento moralmente aceitável. 

Quem é capaz de tratar urbanamente um individuo abjeto como esse acima descrito? Que ainda aceita negociar qualquer coisa com esse monstruoso ditador sanguinário? Quem consegue falar regularmente com ele ao telefone e quem consente em visitá-lo ou convidá-lo para a sua casa? Quem?

Alguém sabe me dizer de quem estou faando? Nem precisa ser versado em história ou conhecedor do mundo como ele é: basta olhar esse mesmo mundo, ver ou ler o que anda em toda a mídia, o que jornalistas e diplomatas são capazes de escrever e contar.

Quem é capaz de ignorar tudo isso?

Quem é capaz de persistir na mentira e na indiferença ao sofrimento humano. 

Tudo o que escrevi se aplica à Ucrânia, a Gaza, ao Darfur, a todos os cantos martirizados do planeta. O mundo às vezes se torna insuportável, ou sempre foi, e nós é que não sabíamos ou fingíamos não ver. Agora isso é impossível: está o tempo todos nas telas de TV, dos celulares, em todas as partes. Não consigo mais suportar os que suportam tudo isso.

O que fazer? Continuar com nossos protestos, nossos apelos à compaixão, nossa expressão de horror, nossa recusa de ficar calado, nossa condenação dos pequenos e grandes monstros coniventes. Eu me recuso a ficar calado, a encontrar qualquer justificativa política para a desumanidade.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 20/08/2025


terça-feira, 19 de agosto de 2025

Steven Levitsky, no Roda Viva da TV Cultura

 O 'Roda Viva' (TV Cultura, 18/08/2025) entrevistou o cientista político Steven Levitsky, professor de Harvard e diretor do Centro David Rockefeller para Estudos Latino-Americanos:

NOTA: Paulo Lyra fez um resumo do que Levitsky falou, transcreo so final.

https://www.youtube.com/post/Ugkx34s7ZZkhQI5E0IpNqdphsiUKChOXaiLA

(...)

Dois anos após “Como Salvar a Democracia”, Trump é eleito: o que explica sua vitória?
https://www.youtube.com/watch?v=2gVNuqZkug0

Desejo de alternância de poder e o crescimento dos movimentos antidemocráticos.
https://www.youtube.com/watch?v=NvpBU-xRb78

Como lidar com a interferência dos Estados Unidos de forma eficaz?
https://www.youtube.com/watch?v=T3zh92xlO4Y

Está ocorrendo uma nova guinada à direita na América Latina?
https://www.youtube.com/watch?v=dVwyBuYUOEk

Por que instituições civis cederam às manobras do governo Trump?
https://www.youtube.com/watch?v=7s_Y7-02jMY

Qual o papel do Partido Democrata como oposição principal ao governo Trump?
https://www.youtube.com/watch?v=6Qpttmb6AdY

Por que a Suprema Corte Americana permitiu o aumento de peso do poder Executivo?
https://www.youtube.com/watch?v=1e-2v_t5VJY

“A regra fundamental da democracia é aceitar a derrota nas eleições”, afirma Levitsky:
https://www.youtube.com/watch?v=PqtDXTCWPks

“Os governos terão que regulamentar as redes sociais” diz Levitsky:
https://www.youtube.com/watch?v=nou9fqgusag

Eleições e o Peronismo na Argentina:
https://www.youtube.com/watch?v=6qzTcPeGSOo

“Trump não se importa com o cenário global”, afirma Levitsky.
https://www.youtube.com/watch?v=yWo1KYB3hZQ

Trump tem um plano abrangente para ter a América Latina como aliada política?
https://www.youtube.com/watch?v=br0DzgmlS1E

Por que o Brasil pode ser um alvo político preferencial dos EUA?
https://www.youtube.com/watch?v=5TB5NA_yVgE

ALEXANDRE DE MORAES é MUITA COISA, mas não um TERRORISTA, diz STEVEN LEVITSKY.
https://www.youtube.com/watch?v=SYiScyAt3Xk

O governo TRUMP está desafiando a LEI dos ESTADOS UNIDOS, revela STEVEN LEVITSKY.
https://www.youtube.com/watch?v=XPosGtoawsI

"Somos a ÚNICA DEMOCRACIA no MUNDO em que o PERDEDOR da VOTAÇÃO POPULAR pode GANHAR a ELEIÇÃO".
https://www.youtube.com/watch?v=B-XGzcUmxw8

“A ÚNICA coisa que PREJUDICA TRUMP é a OPINIÃO PÚBLICA”.
https://www.youtube.com/watch?v=ZyUcDZZQ8dc

STEVEN LEVISTKY comenta sobre a DITADURA no EQUADOR.
https://www.youtube.com/watch?v=90h6_zbqzi4

“Trump ESTÁ se COMPORTANDO como HUGO CHAVÉZ”, diz STEVEN LEVITSKY.
https://www.youtube.com/watch?v=isffmLQ5USI

STEVEN LEVITSKY fala sobre RACISMO no BRASIL e nos ESTADOS UNIDOS.
https://www.youtube.com/watch?v=wftQA92Z71o

“O BRASIL vai GANHAR a COPA DO MUNDO de 2026” prevê STEVEN LEVITSKY.
https://www.youtube.com/watch?v=T3YO2xF5loE

“OS LATINO-AMERICANOS valorizam o DIREITO DO VOTO”, revela STEVEN LEVITSKY.
https://www.youtube.com/watch?v=l0xW5MJdQ4U

“SEMPRE existirá um CONFLITO entre ESQUERDA e DIREITA” prevê STEVEN LEVITSKY.
https://www.youtube.com/watch?v=VFppEPCeOL0

LEVITSKY sobre relação BRASIL e EUA: “Teremos que CAIR para APRENDER”.
https://www.youtube.com/watch?v=kiv8Y4qVgOo

Levitsky comenta riscos de alianças inéditas no segundo mandato de Trump.
https://www.youtube.com/watch?v=tpPb8bG7dMw

“Trump está se preparando para trapacear nesta eleição”, afirma Levitsky.
https://www.youtube.com/watch?v=b7ttWIhBLUQ

“Este governo está sozinho”, Levitsky critica silêncio internacional diante da crise venezuelana.
https://www.youtube.com/watch?v=mTaOQqjvfVo

Levitsky analisa embates de Trump com países do BRICS.
https://www.youtube.com/watch?v=6-eMKf4h0g4

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Resumo do que disse Levitsky por Paulo Lyra:

Embaixador, tomei a liberdade de resumir o que ele disse sobre a democracia nos Estados Unidos. Aqui vai: 

Antes de Trump
• EUA tinham um sistema bipartidário sólido (Democratas e Republicanos), que oferecia estabilidade mas poucas alternativas ao eleitor descontente.
• O país nunca havia perdido sua democracia nem experimentado regimes autoritários, o que gerou excesso de confiança nas instituições.
• Elites políticas, mídia e sociedade civil não estavam treinadas para resistir a autoritarismo.
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Durante o governo Trump (2016–2020)
• Surgiu um governo personalista, comandado por um presidente que não respeita normas democráticas, sem visão de longo prazo e com práticas de bullying político.
• Trump prometeu abertamente usar o Estado contra adversários (investigar rivais, perseguir mídia, deportações em massa, repressão a protestos).
• Sociedade civil (universidades, empresas, imprensa) reagiu de forma fragmentada e individual, sem coordenação, tornando-se vulnerável.
• Suprema Corte (de maioria conservadora) fortaleceu o Executivo, subestimando a ameaça de Trump.
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Golpe de 2020 e depois
• Trump tentou reverter o resultado eleitoral — uma violação da regra fundamental da democracia: aceitar a derrota.
• As instituições falharam:
o Senado não o condenou no impeachment.
o Justiça foi lenta e depois limitada pela decisão da Suprema Corte de ampliar imunidade presidencial.
o Partido Republicano o renomeou como candidato mesmo após a tentativa de golpe.
• Levitsky avalia que, a partir daí, os EUA entraram em um regime de autoritarismo competitivo: ainda há eleições, mas com uso do Estado para desequilibrar o jogo.
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Situação atual
• Levitsky considera que os EUA já perderam a democracia — o sistema está deteriorado.
• Polarização extrema bloqueia reformas (ex.: fim do Colégio Eleitoral, limitar gerrymandering).
• Base eleitoral de Trump é fiel (30–35%), o que torna improvável sua derrota definitiva apenas por má gestão ou crise econômica.
• A sociedade civil e o Partido Democrata não estão liderando a resistência; atuam de modo hesitante, enquanto o trumpismo avança.

Fim de transcrição.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Lista atualizada de trabalhos sobre o Mercosul e a integração regional - Paulo Roberto de Almeida

Lista atualizada de trabalhos sobre o Mercosul e a integração regional

Paulo Roberto de Almeida
Relação de todos os trabalhos vinculados aos conceitos referidos no título. Atualizado em 18/08/2025, a partir do trabalho 4655, de 06/05/2024, e de relações de trabalhos feitos em 31/01/2021 e em 01/05/2020, com integração de todas as listas, parcialmente diferentes.

Livros:

- O Mercosul e o regionalismo latino-americano: ensaios selecionados, 1989-2020, Edição Kindle, 453 p.; 1567 KB; ASIN: B08BNHJRQ4; ISBN: 978-65-00-05970-0; disponível neste link da Amazon); Sumário e Prefácio e índice detalhado divulgados no blog Diplomatizzando (23/06/2020; links: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/06/o-mercosul-e-o-regionalismo-latino.html) e https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/06/o-mercosul-e-o-regionalismo-latino_23.html). Relação de Originais n. 3702.


- A ordem econômica mundial e a América Latina: ensaios sobre dois séculos de história econômica, Brasília, 1 julho 2020, 308 p. Livro com textos de história econômica. Sumário no blog Diplomatizzando (link: https://www.academia.edu/43494964/A_ordem_economica_mundial_e_a_America_Latina_ensaios_sobre_dois_seculos_de_historia_economica_2020_). Publicado em Edição Kindle, 363 p.; 2029 KB; ASIN: B08CCFDVM2; ISBN: 978-65-00-05967-0; disponível neste link da Amazon). Relação de Originais n. 3706.

- Integração Regional: uma introdução (São Paulo: Saraiva, 2013, 174 p.; ISBN: 978-85-02-19963-7; Academia.edu: https://www.academia.edu/5550117/19_Integra%C3%A7%C3%A3o_Regional_uma_introdu%C3%A7%C3%A3o_2013_).

- Le Mercosud: un marché commun pour l’Amérique du Sud, Paris: L’Harmattan, 2000, 160 p.; ISBN: 2-7384-9350-5; Academia.edu: https://www.academia.edu/5546907/07_Le_Mercosud_un_march%C3%A9_commun_pour_l_Am%C3%A9rique_du_Sud_2000_).

- Mercosul: Fundamentos e Perspectivas (São Paulo: Editora LTr, 1998, 160 p.; ISBN: 85-7322-548-3; Academia.edu: https://www.academia.edu/42290608/Mercosul_fundamentos_e_perspectivas_1998_ )

- O Mercosul no contexto regional e internacional (São Paulo: Edições Aduaneiras, 1993, 204 p.; ISBN: 85-7129-098-9; Brasília, 23 março 2020, 143 p. Reformatação completa do livro para fins de livre acesso nas redes de intercâmbio acadêmico. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/03/mercosul-fundamentos-e-perspectivas.html); Academia.edu: https://www.academia.edu/42007009/O_Mercosul_no_Contexto_Regional_e_Internacional_1993_).

Artigos, capítulos, papers, entrevistas, questionários:

4864. “Ilusão de Milei, trapaça de Trump e terremoto no Mercosul”, Brasília, 3 março 2025, 2 p. Nota sobre o anúncio de um acordo de livre comércio entre os EUA e a Argentina e seus efeitos sobre o Mercosul. Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2025/03/ilusao-de-milei-trapaca-de-trump-e.html).

4829. “Mercosul e União Europeia: a longa marcha da cooperação à associação”, Brasília, 18 janeiro 2025, 21 p. Revisão e atualização do trabalho 4322 (15 fevereiro 2023).

4810. “Disfuncionalidades da União Aduaneira do Mercosul: comentários a texto de Sandra Rios e Pedro da Motta Veiga”, Brasília, 8 dezembro 2024, 6+5 p. (original). Inserções sumárias ao texto “As disfuncionalidades do modelo de união aduaneira do MERCOSUL”, de Sandra Rios e Pedro da Motta Veiga, recebido dia 7/12/2024, com o objetivo de levantar questões adicionais sobre o difícil processo de reformas ou de correções a essas disfuncionalidades.

(...)

Ler a íntegra desta relação, de 33 páginas, na plataforma Academia.edu: 

União Europeia, relações com o Brasil e acordo com o Mercosul - Paulo Roberto de Almeida

Uma bibliografia antiga mas talvez ainda útil aos muito necessitados:

União Europeia, relações com o Brasil e acordo com o Mercosul

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.
Subsídios para apresentação a alunos candidatos à carreira diplomática (16/02/2024)

Três questões relativamente complexas e mutáveis, segundo as épocas:
(a) UE: história, estrutura e funcionamento;
(b) Relações Brasil-UE: comércio, protecionismo, parceria estratégica;
(c) Relações Mercosul-UE: etapas, negociações de acordo de associação, situação

(a) União Europeia:
    A literatura sobre a União Europeia é vasta, mas cabe começar pelo próprio site, abundante em informações de todos os tipos: https://european-union.europa.eu/index_pt; mesmo se apresentado em português de Portugal, a maior parte dos textos está em inglês.
    Da mesma forma, existem muitos livros que tratam da sua evolução e funcionamento, inclusive na Biblioteca Digital da Funag. Especificamente sobre a sua história e evolução, ver este link: https://european-union.europa.eu/principles-countries-history/history-eu/1960-69_pt. Sobre o processo decisório e suas modalidades, consultar este link: https://european-union.europa.eu/institutions-law-budget/decision-making-process_en.
    Sobre sua política externa, a recomendação é esta: Olivier Costa: A União Europeia e sua política exterior: história, instituições e processo de tomada de decisão (Brasília: Funag, 2017; disponível: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-411-uniao_europeia_e_sua_politica_exterior_historia_instituicoes_e_processo_de_tomada_de_decisao_a).
        Sobre o mesmo tema, mas focando o interesse do Brasil: Bernard J. L. de G. Klingl: A Evolução do Processo de Tomada de Decisão na União Europeia e sua Repercussão para o Brasil (Brasília, Funag, 2014; link: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-164-evolucao_do_processo_de_tomada_de_decisao_na_uniao_europeia_e_sua_repercussao_para_o_brasil_a)

(b) Relações Brasil-UE: comércio, protecionismo, parceria estratégica:
        A Fundação Konrad Adenauer, vinculada ao Partido Democrata Cristão, que tem representação no Brasil publica anualmente um relatório sobre o estado das relações bilaterais. Cabe consultar o seu site: https://www.kas.de/pt/home.
        Sobre as relações bilaterais, ver o volume 13 desta série: As relações Brasil-Europa diante do mundo em transformação (Rio de Janeiro: Konrad Adenauer, Stiftung, 2023; link: https://www.kas.de/documents/265553/265602/SRBE+13+web.pdf/33bc3f02-0a0d-43c2-eca2-41e54d456921?version=1.0&t=1707240764794); Arquivo disponível.
        Um livro já antigo, mas ainda válido em muitas das análises feitas, é este: Estevão C. de Rezende Martins e Miriam G. Saraiva (orgs.): Brasil - União Europeia - América do Sul: Anos 2010-2020 (Rio de Janeiro: Fundação Konrad Adenauer, 2009; disponível neste link: https://www.kas.de/c/document_library/get_file?uuid=6bdb38b1-0d0b-6f17-c112-42df5631bc0a&groupId=252038 ).
        Sobre as questões econômico-comerciais, uma tese de CAE ainda pertinente: Ricardo Guerra de Araújo: O jogo estratégico nas negociações Mercosul-União Europeia (Brasília: Funag, 2018; link: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/todos/0?busca=Ricardo+Guerra+de+Ara%C3%BAjo&filtro=3&ord=1).

(d) Relações Mercosul-UE: etapas, negociações de acordo de associação, situação
        Um livro mais abrangente com um capítulo histórico e analítico de Paulo Roberto de Almeida: “Mercosul e União Europeia: a longa marcha da cooperação à associação”, In: André Pires Gontijo, Camilo Negri; Elisa de Sousa Ribeiro (orgs.). (Cor)Relações entre Europa e América Latina: atualidades e perspectivas Curitiba: CRV, 2023, 290 p.; p. 21-40; Divulgado no blog Diplomatizzando (3/06/2023: link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2023/06/mercosul-e-uniao-europeia-longa-marcha.html) e na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/102774811/4247_Mercosul_e_União_Europeia_a_longa_marcha_da_cooperação_à_associação_2022_).
        Outro livro com prefácio de Paulo Roberto de Almeida sobre o acordo de associação: “Mercosul-UE: uma relação estrutural que supera um acordo institucional”, In: Elisa de Sousa Ribeiro, O que você gostaria de saber sobre o acordo de associação entre o Mercosul e a União Européia, mas não tinha para quem perguntar: a questão ambiental explicada (Curitiba: Editora CRV, 2021, 256 p.; Prefácio, p. 19-26). Divulgado em Academia.edu; link: https://www.academia.edu/49590499/3945_Mercosul_UE_uma_relação_estrutural_que_supera_um_acordo_institucional_2021_) e no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/07/trabalhos-sobre-mercosul-e-uniao.html).


        Lista pessoal de trabalhos sobre a União Europeia, o Brasil, o Mercosul e os processos de integração: “Lista de trabalhos sobre Mercosul, União Europeia e integração”, Brasília, 31 janeiro 2021, 17 p. Listagem seletiva em torno dos conceitos referidos, de 1987 a 2020. Postado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/45068630/Trabalhos_PRAlmeida_sobre_Mercosul_Uniao_Europeia_e_integracao_1987_2020); anunciado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/02/lista-de-trabalhos-sobre-mercosul-uniao.html).

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 4583, 14 fevereiro 2024, 2 p.



Onde buscar o interesse nacional nos programas de governo? Nas mensagens presidenciais ao Congresso - Paulo Roberto de Almeida (portal Interesse Nacional)

Trabalho mais recente publicado:

1591. “Onde buscar o interesse nacional nos programas de governo? Nas mensagens presidenciais ao Congresso”, portal Interesse Nacional (18 agosto 2025, Relação de Originais n. 5007)
Onde buscar o interesse nacional nos programas de governo?
Nas mensagens presidenciais ao Congresso
Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.
Artigo sobre um aspecto da governança pouco estudado na historiografia.
Portal Interesse Nacional (18/08/2025); link:

Interesse Nacional é uma expressão chamativa, mas pouco clara quanto ao que ela realmente representa do ponto de vista dos diferentes grupos, eventualmente partidos, que disputam o poder numa democracia. Nas ditaduras, o “interesse nacional” é o que deseja o ditador, ou o grupo que o sustenta no poder. Nas democracias, o interesse nacional varia conforme o tipo de oligarquia que conquista o poder em eleições razoavelmente legítimas (não nos enganemos: o poder sempre está com oligarquias, independentemente de eleições regulares ou de um processo revolucionário, quando uma nova oligarquia conquista o poder).
Uma maneira de identificar o que representa o interesse nacional em condições normais de governabilidade, num país mais ou menos organizado, consiste em seguir o teor das mensagens anualmente encaminhadas ao poder legislativo pelo chefe de Estado ou chefe de governo (no caso de regimes parlamentares, quando o chefe de Estado lê o que foi preparado pelo gabinete). Na mais longa democracia do mundo moderno, a britânica, o soberano real lê uma mensagem à legislatura que geralmente é preparada pelo gabinete, com alguns toques pessoais mais literários do que propriamente operacionais. No Brasil imperial, tínhamos as Falas do Trono anuais, minuciosamente recolhidas ao longo dos anos e hoje disponíveis em alguma publicação digital de uma das casas do Legislativo. Passemos...
Desde o golpe da República, ou melhor, desde o governo provisório de Deodoro, passando pela “ditadura” temporária de Floriano Peixoto, tivemos mensagens presidenciais enviadas regularmente ao Congresso, a cada abertura de sessões anuais da legislatura. Elas foram todas compiladas “religiosamente” (se ouso dizer) pelo então presidente da Câmara Marco Maciel, nos anos 1970, digitadas e publicadas, depois digitalmente, em grossos volumes, desde Deodoro da Fonseca, passando por Artur Bernardes, até chegar a Washington Luís, quando a série se interrompe com a Revolução de 1930 e o governo “provisório” (durou 4 anos, incluindo a revolução de São Paulo contrária a) Getúlio Vargas. As mensagens foram retomadas em 1933, depois da curta guerra civil de 1932, e a primeira do “curto período de 15 anos” sob Vargas foi feita em 15 de novembro de 1933, quando da instalação da Assembleia Nacional Constituinte.
A despeito da tradição instalada desde o início da República (que depois virou “velha” na historiografia) sempre houve uma tradição federalista – que foi o que levou o monarquista Rui Barbosa a virar republicano – e de governos representativos nos governos oligárquicos do Brasil, até 1937, quando se consuma o golpe do Estado Novo e se interrompe o federalismo e a própria representação parlamentar. A despeito de todo o ideário republicano propagandeado por Getúlio, seja no governo provisório, seja no constitucional, de 1934 a 1937, e muito menos depois, na ditadura quase fascista do Estado Novo, os grandes princípios federalistas das constituições de 1891 e de 1934 não foram observados meticulosamente nesses anos; é o mínimo que se poderia dizer sobre a década de 1930.
O “interesse nacional” era exatamente o que dizia o chefe do governo provisório até 1933, depois o presidente eleito pela Assembleia Constituinte em 1934 (para presidir eleições livres em 1938), finalmente o chefe absoluto do Estado, de 1937 a 1945, mais os seus auxiliares imediatos, entre eles os chefes militares que o mantiveram no poder nos primeiros anos e, depois, na ditadura personalista dos “anos de chumbo” (os primeiros, antes do AI-5 do regime militar de 1964). Havia, contudo, uma noção razoável do que seria o “interesse nacional”, num país que saía de uma agricultura atrasada para um esforço industrializador, num contexto de grandes desafios externos, evidenciados nos regimes fascistas militaristas e expansionistas daquela década (especialmente a Alemanha nazista e a Itália mussoliniana). Em algum momento, poderemos examinar o conceito e o conteúdo do “interesse nacional” nas quatro mensagens presidenciais que Vargas enviou ao parlamento entre 1933 e 1937.
Digamos que o Brasil tenha tido governos “normais” a partir da República de 1946, ainda que perturbados por várias crises políticas colocando em confronto o Congresso e o Executivo: em 1954 (que levou ao suicídio do Vargas “constitucional), em 1955 (quando da eleição contestada de JK), culminando com o impasse de 1961 (na renúncia de Jânio). Em todos esses governos tivemos mensagens presidenciais ao Congresso, de 1947 a 1964: quatro de Dutra (1947 a 1950), de Vargas (1951-54), uma de Café Filho (1955), cinco de Kubitscheck (1956-1960), uma de Jânio Quadros (1961) e três de João Goulart (1962-1964). Em todas elas, burocraticamente redigidas, a noção do “interesse nacional” perpassa, com grande sinceridade, todos os problemas e dificuldades que cada presidente apontava ao tomar posse ou ao iniciar um novo ano e um novo exercício orçamentário. Elas são altamente elucidativas sobre o “estado da nação” em cada um desses 17 anos de federação e de representação relativamente normais, ainda que sempre agitados por crises políticas (derivadas da oposição entre a maioria presidencial derivada do voto popular para o presidente e a representação proporcional consolidada num Congresso oligárquico).
Compulsei um daqueles grossos volumes impressos nos anos da presidência Marco Maciel à frente da Câmara dos Deputados, as mensagens de 1947 a 1964, e saí com a impressão de que o “interesse nacional” estava razoavelmente bem expresso e explicado em cada uma delas, o que não quer dizer que ele tenha sido traduzido em programas de governo compatíveis com os diagnósticos feitos a cada ano, e com as intenções e desejos expressos pelos chefes do Executivo e declarados aos líderes parlamentares, numa República que contava com três grandes partidos majoritários – PSD, PTB e UDN –, mais uma miríade crescente de pequenos partidos trabalhistas, democratas cristãos e até um que era resíduo do “integralismo” da década de 1930. A instabilidade política era frequente, mas as mensagens deixavam transparecer um ambiente de calma e de perfeito entendimento entre os poderes.
Li com maior atenção a parte relativa aos “assuntos internacionais”, ou de “relações exteriores”, e seus principais problemas, tal como expostos didaticamente, burocraticamente, delicadamente, pelos “barões” da diplomacia profissional desses anos, com alguma intervenção circunstancial do chanceler em cada ocasião, que eram parlamentares (João Neves da Fontoura, por exemplo), magistrados (Vicente Rao), políticos consagrados (Macedo Soares, que já tinha sido ministro de Vargas em 1936, mas voltou para servir Kubitschek), ou líderes empresariais (como Horácio Lafer, já ministro da Fazenda, antes de ser chamado ao final do governo JK). Jânio teve um excelente político constitucionalista e “diplomata de nascença”, Afonso Arinos de Melo Franco, que infelizmente ficou seis meses em seu governo e depois mais dois num dos primeiros gabinetes parlamentaristas do governo Goulart.
O conturbado governo Goulart também teve um brilhante chanceler, San Tiago Dantas, vetado pelo Congresso para ser chefe de governo, mas depois ministro da Fazenda no governo presidencialista de Jango. Morreu logo depois do golpe de 1964, com o que o Brasil perdeu uma das grandes personalidades políticas que o teriam ajudado a escapar da polarização que infernizou o Brasil desde os anos 1930: varguismo e os seus opositores, depois substituídos pelos adesistas e os contrários à ditadura militar, finalmente representados em polarizações ainda mais nefastas nas últimas décadas, e que perduram até hoje.
Em todas as 17 mensagens presidenciais dos anos 1947-1964, o interesse nacional consistiu numa espécie de conciliação entre a maioria popular presidencial e a maioria oligárquica do Congresso, depois substituída pela vontade predominante nas Forças Armadas (em primeiro lugar o Exército), com sua orientação bismarckiana von Oben, ou pelo alto, de 1964 até 1985, quando se realiza a transição negociada a um governo civil. A partir de 1986, Sarney, e os demais presidentes, enviam mensagens ao Congresso, nas quais está expresso o chamado “interesse nacional”, sempre desejado, nem sempre realizado.
Pretendo examinar, na continuidade desta série, os grandes elementos dos diversos “interesses nacionais” expressos nas mensagens presidenciais ao Congresso Nacional de 1947 a 1964, com especial atenção para os temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia do Brasil, que são os que me interessam mais particularmente. Existe, se ouso adiantar, uma não surpreendente similaridade entre os problemas detectados – déficit público, inflação, grandes planos de desenvolvimento, dificuldades externas de dívida, investimentos estrangeiros, dependência do grande líder hemisférico – e as grandes ambições na agenda internacional: o desejo de preservar a autonomia decisória na política externa, o de contribuir para um ambiente de paz e de segurança segundo os grandes princípios do Direito Internacional, a necessidade de cooperação bilateral, regional e multilateral em favor do desenvolvimento nacional e a imparcialidade em face dos conflitos interimperiais.
Esses objetivos constituíam o nosso interesse nacional, e eles foram seguidos, pelo menos no papel, também a partir de 1985. Sua realização prática é o que parcialmente nos faltou, o que veremos com maior grau de detalhe no seguimento desta série.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 5007, 20 julho 2025, 4 p.

Livro: Vidas Paralelas: Rubens Ricupero e Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil - Paulo Roberto de Almeida (Ateliê de Humanidades)

Vidas Paralelas: Rubens Ricupero e Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil

Paulo Roberto de Almeida 

(Rio de Janeiro: Ateliê de Humanidades, 2025, 364 p.)

 Índice:

Prefácio
Fernando de Mello Barreto

A título de apresentação:
Uma nota pessoal sobre minhas afinidades eletivas

1. Uma história intelectual: paralelas que se cruzam
Por que uma história intelectual paralela?
Por que vidas paralelas numa história intelectual?
Quão “paralelos” são Rubens Ricupero e Celso Lafer?
A importância de Ricupero e de Lafer nas relações internacionais do Brasil
O sentido ético de uma vida dedicada à construção do Brasil

2. Rubens Ricupero: um projeto para o Brasil no mundo
Do Brás italiano para o Rio de Janeiro cosmopolita
Um começo desconcertante na vida diplomática
Uma carreira progressivamente ascendente, pela via amazônica
Afinidades eletivas com base no estudo do Brasil e no conhecimento do mundo
Professor de diplomatas e de universitários, no Instituto Rio Branco e na UnB
O assessor internacional e o Diário de Bordo da viagem de Tancredo Neves
O Brasil no sistema multilateral de comércio
O mais importante plano de estabilização da história econômica brasileira
Unctad: a batalha pela redução das desigualdades globais
Um pensador internacionalista, o George Kennan brasileiro
A figura incontornável de Rio Branco, o paradigma da ação diplomática
Brasil: um futuro pior que o passado?
O Brasil foi construído pela sua diplomacia? De certo modo, sim
Quais as grandes leituras de Rubens Ricupero?

3. Celso Lafer: um dos pais fundadores das relações internacionais no Brasil
A abertura de asas de um intelectual promissor
A tese de Cornell sobre o Plano de Metas de JK
Irredutível liberal: ensaios e desafios
As relações econômicas internacionais: reciprocidade de interesses
A trajetória de Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil
Direitos humanos: a dimensão moral do trabalho intelectual
Um diálogo permanente com Hannah Arendt
Norberto Bobbio: afinidades eletivas com o sábio italiano
A aventura da revista Política Externa e seu papel no cenário editorial
A diplomacia na prática: a primeira experiência na chancelaria, 1992
A diplomacia na prática: a segunda experiência na chancelaria, 2001-2002
No templo dos imortais: “intelectual militante” e “observador participante”
O judaísmo laico de Lafer e a unidade espiritual do mundo de Zweig
Uma coletânea dos mais importantes artigos num amplo espectro intelectual

4. Paralelas convergentes: considerações finais
Bildung pessoal nas relações internacionais do Brasil
A dupla dimensão das vidas paralelas
Dois “professores” e não só de política externa
A République des Lettres do Itamaraty e dois dos seus representantes

Bibliografia

Disponível na Amazon (link) ou diretamente no Ateliê de Humanidades: 

Postagem em destaque

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Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...