O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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quarta-feira, 4 de março de 2015

Os paises campeoes do indice de miserabilidade de 2015: sorry brasileiros (Bloomberg)

Agradeçam aos companheiros pela distinção.
Paulo Roberto de Almeida

The 15 Most Miserable Economies in the World

Consumers in Venezuela are expected to suffer the most in 2015
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Here Are the Saddest Countries in the World

Inflation is a disease that can wreck a society, Milton Friedman, the late Nobel laureate economist, once said. Add rising unemployment to the diagnosis, and his profession ascribes a rather non-technical term to the debilitating effect on people: misery. 

That affliction this year will be most acute in Venezuela, Argentina, South Africa, Ukraine and Greece — the five most painful economies in which to live and work, according to Bloomberg survey data that make up the so-called misery index for 2015. (It's a simple equation: unemployment rate + change in the consumer price index = misery.) 

In Ukraine's case, war will exact greater economic casualties. Tension with Russia-backed rebels will prolong joblessness in the eastern-European nation, and inflation won't offer much relief, the surveys showed. The one-two punch means Ukrainian consumers are set to be the fourth-saddest among 51 economies (including the euro area) based on forecasts for the misery measure.

Adding to the agony is the relatively abysmal income growth that will fail to cushion Ukrainian households against the still-surging prices. At $8,494 gross domestic product per capita this year, Ukraine only edges out the Philippines among the countries surveyed and measured with the International Monetary Fund's proxy for resident income.

Unemployment probably will climb to 9.5 percent in Ukraine this year from its 8.9 percent rate as of the third quarter in 2014, the survey data show. Inflation is projected to rise at a 17.5 percent pace in 2015, compared with the 24.9 percent December year-over-year rate.

The depressing expectations for Ukraine still aren't quite as bad as what the embattled nation faced in 2014, when it finished second in the misery index. The 2015 projections, dismal as they are, would make Ukraine bright enough to jump past South Africa and Argentina from last year's misery-index readings.

The three countries that will probably see the most economic misery in 2015 — South Africa, Argentina and Venezuela — haven't budged much from their 2014 rankings, when they occupied three of the top four spots, the data showed.

At 78.5 percent, the estimated CPI inflation rate in back-to-back, most-miserable Venezuela more than quadruples Ukraine's inflation rate. The dire shortage of basic goods in Venezuela last week prompted neighboring Trinidad & Tobago to offer a tissue paper-for-oil swap.

Five years after investors popularized the term "PIIGS" to describe a handful of European countries with bloated budget deficits, four of those five countries remain in dire straits, according to their projected misery indexes.

Greece is 5th, Spain is 6th, Portugal is 10th and Italy is 11th in this year's ranking, though each show about average projected income levels relative to survey peers. (Ireland happily sits further down the chain at No. 16 in the misery ranking and with a much-better-than-average GDP per capita of $48,787. The 51 economies in our misery index average GDP per capita of $31,079.)

Enough of the sad news. For the glass-half-full take, stay tuned for our take on the most consumer-friendly economies in 2015.

Note: Figures reflect the latest research, private forecasts and survey data compiled by Bloomberg as of Feb. 27. 


Revista de Direito Internacional (Uniceub) - Brazilian Journal of International Law


A Revista de Direito Internacional (Brazilian Journal of International Law) acaba de publicar seu último número em http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/rdi

Convidamos a navegar no sumário da revista para acessar os artigos e itens de interesse.

O presente número versa sobre os 20 anos da OMC e foi publicado sob a responsabilidade dos professores Michelle Ratton Sanchez Badin, Nitish Monebhurrun, Alice Rocha da Silva e Gustavo Ribeiro.

Trata-se de um número com mais de 500 páginas, que conta com artigos do Brasil, China, Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Reino Unido, Portugal e Croácia, todos voluntariamente submetidos à revista por seus autores e submetidos a dupla avaliação cega por pares.

Sumário:

Editorial — Edição Especial: Avaliando vinte anos de OMC
Michelle Ratton Sanchez Badin

Crônicas da atualidade do Direito Internacional
Nitish Monebhurrun (org.)

- Crônica 1: Um panorama sobre as negociações do Pacote de Bali e os seus desdobramentos no âmbito da OMC (Erika Braga)
- Crônica 2: incorporação do F.A.T.C.A. – Foreign Account Tax Compliance Act no ordenamento jurídico brasileiro e impactos jurisprudenciais no conceito de sigilo bancário (Carolina Reis Jatobá Coêlho) 
- Crônica 3: as sanções aplicadas pela união europeia à Rússia em razão da anexação da península da crimeia (Tiago Felipe de Oliveira) 
- Crônica 4: international law and the curious case of scottish independence (Eshan Dauhoo) 
-  Crônica 5: evolution or Procrastination? the ongoing debate(s) on the Recognition of the Palestinian state (Nitish Monebhurrun)

Crônicas da Jurisprudência Internacional
- Decisões da corte internacional de Justiça e do tribunal internacional sobre o direito do Mar (Nitish Monebhurrun José Eduardo Siqueira) 
- Questões relacionadas com a apreensão e detenção de certos documentos e dados (timor leste c/ austrália), Medidas Provisórias, 03 de março de 2014 (Gleisse Ribeiro Alves Alice Rocha da Silva) 
- O caso austrália c. Japão perante a corte internacional de Justiça, decisão, 31 de março de 2014 (Liziane Paixão Silva Oliveira Maria Edelvacy Marinho) 
- O caso do Parecer consultivo do tribunal internacional de direito do Mar de 1o de fevereiro de 2011 (Gabriela Garcia B. Lima) 
- Comentários ao caso m/v “virginia ” (Panamá c. Guiné-Bissau), 14 de abril de 2014 (Carina Costa de Oliveira Natália da Silva Gonçalves) 

Crônicas do Direito Internacional dos Investimentos

Tema 1: Reflexão sobre os (futuros) acordos brasileiros relativos à proteção dos investimentos: os acordos de cooperação e de facilitação de investimentos
Tema 2: A desapropriação 

ARTIGOS DESTA EDICAO – 20 Anos da OMC

Governança global e a Organização Mundial do Comércio: Desafios Impostos pelo Novo Mandato de Desenvolvimento
Ana Luísa Soares Peres, Leticia de Souza Daibert

A promoção da accountability na Organização Mundial do Comércio: uma análise horizontal e vertical
Celso Henrique Cadete de Figueiredo

Os mecanismos de indução ao cumprimento no âmbito da OMC
Fernando Lopes Ferraz Elias

A OMC e o regionalismo do século XXI: estratégia de imposição de modelos normativos?
Camilla Capucio

O redimensionamento da OMC no trato dos Acordos Comerciais Regionais
Alice Rocha da Silva

O acordo GATS e a sua aplicação aos servícios do comércio eletrônico
Gleisse Ribeiro-Alves

O problema da espionagem econômica internacional: seria a Organização Mundial do Comércio o foro adequado para sua apreciação?
Humberto Alves de Vasconcelos Lima, Naiana Magrini Rodrigues Cunha

La OMC y el proceso de globalización de la regulación alimentaria
María Eugenia Marichal

Um desafio na Organização Mundial do Comércio: viabilidade de um acordo plurilateral sobre energia
Matheus Linck Bassani

A relação entre os tratados multilaterais ambientais e os acordos da OMC: é possível conciliar o conflito?
Fabio Costa Morosini, Luisa Zuardi Niencheski

International Standards for Intellectual Property Rights Protection: A Reflection on Climate-friendly Technology Transfer
Jiang Jiani, Guihong Zhang, Can Wang

Dos contenciosos na OMC com enfoque em restrições às exportações da China
Marco Antônio Alcântara Nascimento

A Organização Mundial do Comércio e a China: direito de propriedade e propriedade intelectual no país
Lucas Costa dos Anjos

Export control as industrial policy on natural resources: Regulatory limitations on China – raw material and China - Rare earths cases
Gustavo Ribeiro

Vinte Anos de Crise para a África? Poder, Assimetrias e a Abordagem Liberal da OMC
Igor Abdalla Medina de Souza

Os vinte anos da OMC, suas conquistas e desafios: uma análise do Brasil e o Sistema de Soluções de Controvérsias
Luciano Meneguetti Pereira

O direito ao desenvolvimento e os vinte anos do acordo sobre compras governamentais da OMC: uma análise da política legislativa brasileira
André Jansen do Nascimento
  
ARTIGOS SOBRE OUTROS TEMAS

Interregional Organizations (IROs) in Europe: New Subjects
Davorin Lapas

Grupo de sociedades: instrumento jurídico de organização da empresa plurisocietária
Daniel Amin Ferraz

Los Derechos Humanos en la Realidad Actual
David Falcão

Imunidade de jurisdição do Estado e reparação civil pela prática de tortura: o caso Zahra Kazemi v. República Islâmica do Irã
Patrícia Maria Lara Abreu, Rodrigo Bastos Raposo

A Conexão entre a Corrupção e os Direitos Humanos
Gabriela Alves Mendes Vieira, Marcelo Dias Varella

Da nacionalidade como direito humano: da necessária ampliação das hipóteses de aplicação do critério do jus sanguinis nos casos de adoção internacional.
Hitala Mayara Pereira de Vasconcelos

Readers:
Revista de Direito Internacional (Brazilian Journal of International Law) has just published its latest issue at http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/rdi. We invite you to review the Table of Contents here and then visit our web site to review articles and items of interest.

Thanks for the continuing interest in our work,
Marcelo D. Varella
Programa de Mestrado e Doutorado em Direito, UniCEUB

Revista Intellector (Cenegri), n. 22 - Geopolitica e Relacoes Internacionais

Revista Intellector, n. 22
Editorial

A Intellector em sua edição nº 22 oferece ao público um amplo espectro de temas. Sendo assim, participam desta edição: Maria Cristina Cacciamali, Alexandre de Freitas Barbosa, Ângela Cristina Tepassê, Marina Neves Biancalana e Marcos Fávaro Martins com o trabalho Relações Econômica Brasil–China: o Padrão de Comércio e o Investimento da China no Brasil (Brazil-China Economic Relations: Trade Pattern and China Investment Profile in Brazil). O artigo analisa a dinâmica comercial sino-brasileira com a predominância de exportações de produtos primários brasileiros para a China e a importação de seus produtos manufaturados.

Cláudio Júnior Damin (Universidade Federal do Pampa) no artigo O Debate Teórico Sobre o Poder de Guerra nos Estados Unidos (The theoretical debate about the power of war in the United States) aborda a questão do chamado Poder de Guerra contido no desenho constitucional dos Estados Unidos.

No artigo A Episteme da Geografia das Relações Internacionais (Episteme of the Geography of International Relations), Elói Martins Senhoras (Universidade Federal de Roraima) apresenta o manifesto para uma episteme do subcampo científico intitulado como Geografia das Relações Internacionais.

Já em Geopolítica e desenvolvimento: notas sobre a inserção da África do Sul, Angola e Nigéria no sistema interestatal capitalista (Geopolitics and development: notes on the integration of South Africa, Nigeria and Angola in the interestate system), Hélio Farias (Universidade Federal do Rio de Janeiro) analisa os três grandes momentos de inclusão do continente na dinâmica global de acumulação de riqueza e poder.

Rodrigo Milindre Gonzalez (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) em A questão da soberania sobre a plataforma continental: implicações e ações do Brasil para ampliação até 350 milhas marítimas (The issue of sovereignty over the continental shelf: implications and actions of Brazil to expand up to 350 nautical miles), busca identificar as implicações e ações da expansão da soberania brasileira na Plataforma Continental em consonância com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), em especial, ao artigo 76°.

Do Uruguai temos pela primeira vez a presença de Ignacio Bartesaghi (Universidad Católica del Uruguay) com o artigo El Ascenso de China en el Escenario Internacional: un análisis desde las corrientes teóricas de las relaciones internacionales (The Rise of China in the International Scene: an analysis from the theories of international relations). Bartesaghi analisa as relações entre a China e os EUA, a partir do maior peso internacional de Pequim desde os anos 1970.

Em seu artigo A Evolução da Ordem Internacional e os Emergentes: Uma Perspectiva Geopolítica e de Economia Política Internacional (The Evolution of International Order and The Emerging Countries: A perspective Geopolitics and International Economy Policy) de Marcela Tarter da Rosa (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), analisa o sistema internacional atual sob a ótica da economia política internacional com destaque para o papel da China e o Brasil.

Eliane Superti e Gutemberg Vilhena Silva (Universidade Federal Amapá) com Integração Internacional e Políticas Públicas de Defesa e Segurança na Fronteira Setentrional Amazônica: Reflexões sobre a Condição Fronteiriça Amapaense (International Integrations and Policies on defense and Security in Northern Border Amazon: Reflections on the Border Conditions of Amapá), analisam o atual cenário político-econômico da Amazônia setentrional brasileira, especificamente a fronteira internacional entre Amapá (Brasil) e Guiana Francesa (França).

Amine Ait-Chaalal (Université Catholique de Louvain-Bélgica) com o artigo Les relations du Brésil avec les Etats-Unis durant la Présidence Lula : l’affirmation d’un protagoniste majeur au niveau régional et international (Brazil’s relations with the United States during the Lula presidency: the affirmation of a major player at the regional and international) aborda o período do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o aumento do reconhecimento do Brasil como um protagonista no cenário internacional a partir da perspectiva europeia.

Finalizando com o artigo A Segurança Alimentar nas Organizações Regionais da América do Sul e a Cooperação internacional (The Food Security in the South American Regional Organizations and International Cooperation) de Claudete de Castro Vitte (Universidade de Campinas), temos a contribuição sobre um tema que vem ganhando destaque na América do Sul.

Uma edição com temas variados e com a colaboração de importantes pesquisadores.

Boa leitura!

Os Editores

http://www.revistaintellector.cenegri.org.br/
* Brazil-China Economic Relations: Trade Pattern and China Investiment Profile in Brazil

Relações Econômicas Brasil-China: o Padrão de Comércio e o Investimente da China no Brasil

Por Maria Cristina Cacciamali, Alexandre de Freitas Barbosa, Ângela Cristina Tepassê, Marina Neves Biancalana, Marcos Fávaro Martins

*O Debate Teórico sobre o Poder de Guerra nos Estados Unidos

The Theorical Debate about the Power of War in the United States

Por Claudio Júnior Damin

*A Episteme da Geografia das Relações Internacionais

Episteme of the Geography os International Relations

Por Elói Martins Senhoras

* Geopolítica e Desenvolvimento: Notas Sobre a Inserção da África do Sul. Angola e Nigéria no Sistema Interestatal Capitalista
The issue of sovereignty over the continental shelf: implications and actions of Brazil to expand up to 350 nautical miles

Por Rodrigo Milindre Gonzalez

*El Ascenso de China en el Escenario Internacional: un análisis desde las corrientes teóricas de las relaciones internacionales

The Rise of China in the International Scene: an analysis from the theories of international relations

Por Ignacio Bartesaghi

*A Evolução da Ordem Internacional e os Emergentes: Uma Perspectiva Geopolítica e de Economia Política Internacional

The Evolution of International Order and The Emerging Countries: A perspective Geopolitics and International Economy Policy

Por Marcela Tarter Rosa

* Integração Internacional e Políticas Públicas de Defesa e Segurança na Fronteira Setentrional Amazônica: Reflexões sobre a Condição Fronteiriça Amapaense

International Integrations and Policies on defense and Security in Northern Border Amazon: Reflections on the Border Conditions of Amapá

Por Eliane Superti e Gutemberg Vilhena da Silva

* Les relations du Brésil avec les Etats-Unis durant la Présidence Lula: l’affirmation d’un protagoniste majeur au niveau régional et international

Brazil’s relations with the United States during the Lula presidency: the affirmation of a major player at the regional and international

Por Amine Ait-Chaalal

*A Segurança Alimentar nas Organizações Regionais da América do Sul e a Cooperação internacional

The Food Security in the South American Regional Organizations and International Cooperation

Por Claudete de Castro Vitte

http://www.revistaintellector.cenegri.org.br/

Politica brasileira: o Brasil estaria doente? Talvez, mas nao parece facil encontrar solucao de emergencia...

A notícia abaixo é exatamente de dois meses atrás, e depois disso não se sabe de outras notícias a respeito. Em todo caso, caberia levar isso em conta quando dizem que o atual governo já acabou, ou que os companheiros mais empolgados pretenderiam ter uma solução de substituição ainda antes de dois anos, para permitir a eleição triunfal do próprio.
Cabe verificar se seria verdade...
Paulo Roberto de Almeida

Lula já está sob tratamento de novo câncer, desta vez no pâncreas

O jornalista Leandro Mazzini, que assina coluna diária no jornal O Sul, Porto Alegre, informou neste domingo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva combateu de um ano para cá um novo câncer e o controlou, dizem fontes ligadas ao petista. Lula se curou da doença na laringe, mas foi acometido de um câncer no pâncreas, que teria sido descoberto no início de 2014. O ex-presidente passou a visitar esporadicamente o Hospital Sírio Libanês em São Paulo durante a madrugada, entrando de carro pela garagem privativa do corpo clínico para evitar boataria. E tomou um forte medicamento para evitar a quimioterapia.
 
Há dois meses o repórter teve acesso a informações sigilosas sobre o estado de saúde do ex-presidente, e desde então confirmou a informação com quatro fontes distintas, que pediram anonimato – um médico do Sírio, que não compõe a equipe que cuida de Lula; um diretor do PT; um assessor especial do Palácio do Planalto; e um parlamentar amigo de Lula.
O ex-presidente não faz tratamento intensivo no hospital – onde se curou do primeiro câncer – porque estaria tomando diariamente um medicamento importado dos Estados Unidos, que custa cerca de R$ 30 mil por mês (ainda não comercializado no Brasil). Seria sob o princípio do Bevacizumab, com uma versão mais recente e potente do popular Avastin, que ameniza o quadro clínico e a dor, e evita a quimioterapia.

O quadro de saúde impediu Lula de intensificar a agenda de campanha junto à presidente Dilma Rousseff, embora tenha feito visitas a algumas capitais, mas sempre sob orientação e cuidados médicos. A presença do médico Roberto Kalil na festa da vitória de Dilma, no Palácio da Alvorada, onde Lula se encontrava na noite do dia 26 de outubro, não seria mera visita à amiga que também combateu a doença sob os cuidados do mesmo médico de Lula.

Questionada há mais de um mês, a assessoria do Instituto Lula, que responde por assuntos pessoais do ex-presidente, negou veementemente a nova doença, e informou que só se comunicaria oficialmente diante de nota do Hospital Sírio e Libanês. Procurada para uma nota oficial, a assessoria do hospital informou que não vai se pronunciar – e assim não confirmou, mas também não negou.
Neste sábado (3), a Coluna conseguiu contato com mais dois médicos do Sírio. Um repórter colaborador conversou com o médico de Lula, Dr. Roberto Kalil. Indagado sobre a nova doença, ele avisou que não se pronunciaria, e citou o último boletim médico de Lula como o único informe oficial a respeito da saúde do líder petista e paciente.

O documento porém não cita novo câncer, e apenas informa que o quadro de Lula é bom. Uma outra fonte ligada ao hospital confirmou as visitas de Lula pela madrugada, e informou que o ex-presidente passará a fazer seus check-ups a cada seis meses a partir de agora.

A nau sem rumo da economia brasileira: ou como fritar ministros em seis meses - Octavio Costa

Ministro da Fazenda Joaquim Levy já vai pular do barco?
Octávio Costa
O Dia (Rio), 3/03/2015

Ao formar seu governo em 1979, o general João Figueiredo, último presidente da ditadura militar, ficou sem saber exatamente o que fazer com a economia e deu uma no cravo e outra na ferradura. Manteve Mário Henrique Simonsen à frente da política econômica, como ministro do Planejamento, mas nomeou Antonio Delfim Netto para o Ministério da Agricultura. Simonsen, que havia chefiado a Fazenda no governo Geisel, foi encarregado de contornar os efeitos da segunda crise do petróleo. Optou por um tratamento de choque, com corte dos gastos públicos e superávit primário de 1% do PIB, ao preço de desaquecimento da indústria e do risco de recessão.

Nos bastidores, Delfim atirava no colega e criticava as medidas de austeridade. Garantia que, apesar de tudo, era possível adotar uma política que garantisse o crescimento. As pressões aumentaram até que Simonsen pediu o boné com apenas cinco meses no cargo. E Delfim assumiu o Planejamento sob aplausos dos empresários.

Para conhecer melhor esta história, vale a pena ler estudo do professor José Pedro Macarini, da Unicamp, sobre o período Figueiredo. O que mais impressiona é, sem dúvida, a semelhança entre o isolamento de Mário Simonsen e o rápido desgaste que enfrenta hoje o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

PEIXE FORA D’ÁGUA
A exemplo de Simonsen, Levy parece um peixe fora d’água no governo Dilma. Se ele representa a ultra-conservadora Universidade de Chicago, os demais membros da equipe econômica aproximam-se, sem dúvida, do pensamento desenvolvimentista (ao qual a presidenta Dilma também se filia).

A ortodoxia de Levy nada tem a ver com com a visão heterodoxa do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e da presidente da Caixa Econômica, Miriam Belchior. Mais importante: não se afina com a formação keynesiana da economista Dilma Rousseff, avessa ao liberalismo de Milton Friedman, Prêmio Nobel e guru do Chicago.

Substituto de Guido Mantega, Levy foi incumbido de pôr a casa em ordem, pois, como diz a presidenta, “quando a realidade muda, a gente muda”. Agiu rápido e baixou um pacote de ajuste fiscal, que minou as expectativas e faz de 2015 um ano perdido. Mas não encontrou sustentação sequer entre os parlamentares do PT, partido do governo. As medidas que mudam as regras da pensão de viúvas e do seguro-desemprego dificilmente passarão no Congresso.

ERROS DA PRÓPRIA DILMA

Ao defender a freada de arrumação na economia, Levy ataca sem piedade erros da política econômica do primeiro mandato de Dilma. Após afirmar que houve uma “escorregadinha” no controle das contas públicas, foi ainda mais longe e disse que a desoneração da folha de pagamento de empresas foi “um negócio muito grosseiro”. Segundo ele, “essa brincadeira nos custa R$ 25 bilhões por ano” e não protege, nem cria empregos.

Desta vez, Dilma reagiu: “A desoneração foi importantíssima e continua sendo. Se não fosse importante, tínhamos eliminado. Acho que o ministro foi infeliz no uso do adjetivo”. Levy levou o pito e ficou calado. Comentou com assessores que exagerou no “coloquialismo”. Ele já se corrigiu de outras vezes, mas começa a dar a impressão de que se prepara para pular do barco em poucos meses. Ao deixar o governo de João Figueiredo, Simonsen não deu grande importância: “O cargo de ministro é apenas mais uma linha no meu curriculum”. Joaquim Levy já tem esta linha no seu curriculum.

Como diria Roberto Campos, a burrice no Brasil tem um futuro promissor... - Reinaldo Azevedo

Eu, de vez em sempre, não me surpreendo, mas fico confirmado em minha crença fundamental nessa frase do Bob Fields: a estupidez, no Brasil, tem um passado glorioso e um futuro promissor.
A Petrobras, ou a Petralhabras, e tudo o que fizeram com ela, e com o regime de exploração do petróleo, desde o início, mas sobretudo com a mudança da lei de 1997, é o exemplo mais claro disso, sem falar de todos os crimes econômicos e sobretudo os crimes comuns que foram cometidos dentro, fora, em volta dela pelos companheiros mafiosos.
Cada vez que se ouve um comentário dos companheiros sobre a Petrobras, podem ter certeza: lá vem estupidez da grossa.
A última foi aquele manifesto surrealista que fala em golpe militar e em sinistras conspirações geopolíticas estrangeiras contra o nosso petróleo.
Além de ser patético, o conjunto dos argumentos é de uma desonestidade só inferior à estupidez congenital do texto (que já me ofenderam, convidando-me para assinar em nome da presidência da república).
O texto abaixo, do conhecido e mais odiado jornalista brasileiro, revela mais um pouco da estupidez dos companheiros no caso da Petrobras.
Paulo Roberto de Almeida

Ser burro ou mau-caráter deve ser gostoso… Ou: O PCC do B — Partido dos Companheiros com Cagaço de Banânia

Reinaldo Azevedo, 3/03/2015
 
Santo Deus! Ser burro deve ser gostoso, ou não haveria tantos. A espécie humana é a única que parece fazer a seleção às avessas. Multiplicam-se os menos aptos. Ou não: os idiotas são mais adaptados e adaptáveis à cultura em voga, a segunda natureza. Vai ver a falta de sorte da nossa espécie está justamente nessa segunda pele. Dependemos pouco da natureza bruta. Aí se multiplicam os cretinos e os carentes de caráter. Por que o desabafo inicial?
As ações da Petrobras subiram nesta terça, depois que a empresa anunciou a venda de mais de US$ 15 bilhões em ativos. Esculhambei o PT por isso, ironizei, lembrei a quantidade de besteiras e safadezas que os companheiros fizeram por lá. Mas era evidente que as ações subiriam.
Aí alguns seres relinchantes, do PCC (Partido dos Companheiros com Cagaço de Banânia), vieram encher meu saco: “Ah, tá vendo? Você criticou a venda, mas as ações subiram…”. Até algumas bestas que pensam ser liberais — um tipo que vem se multiplicando, estranhamente — vieram me patrulhar, como se eu estivesse contra a venda dos ativos por princípio.
É próprio da besta ao quadrado tirar as patinhas do chão e agitá-las nervosamente antes de ler um texto até o fim. Relembro como termina aquele meu post:
“Já tracei o meu plano para a Petrobras. Anunciaria a privatização de toda a empresa em 2017. As ações disparariam. Em vez da privatização petista a preço de banana, teríamos uma a peso de ouro”.
A Petrobras quer que as ações subam ainda mais? Basta anunciar novos “desinvestimentos”. Se, por exemplo, o regime de partilha do pré-sal mudasse para o de concessão, a exemplo do que vigora no pós-sal, e a estatal não fosse obrigada a ser sócia de todos os campos, haveria novo ciclo de valorização.
Sim, meus caros: a Petrobras não está na pindaíba apenas por causa da roubalheira. Não desprezem o peso que tem a tacanhice ideológica quando aliada à incompetência.

terça-feira, 3 de março de 2015

Petroleo barato: seus efeitos na América Latina (FMI)


How will Latin America be affected by low oil prices?

By Robert Rennhack and Fabián Valencia


The plunge in world oil prices—from $105 to about $50 per barrel since mid-2014—has been a boon for oil-importing countries, while presenting challenges for oil exporters.
In general, oil importers will enjoy faster growth, lower inflation, and stronger external positions, and most will not encounter any significant fiscal pressures. Oil exporters will tend to face slower growth and weaker external current account balances and some will run into fiscal pressures, since many rely on direct oil-related revenues. One country that stands out is Venezuela, which had been experiencing severe economic imbalances before oil prices began to fall and now finds itself in an even more precarious position.
ENG.WHD Blog.Lower Oil Prices in LAC.chart 1
A new reality
Many countries are adapting well to this new global environment by allowing lower world oil prices to pass through into lower domestic energy costs. This increases the disposable income of consumers and businesses through cheaper costs for transportation and electricity. This policy supports growth and eases inflationary pressures. It also helps stabilize the external current account balance by stimulating demand for non-oil imports, which can partly offset the decline in oil imports. In Latin America and the Caribbean, our estimates suggest that 60 percent of these countries—such as Barbados, Costa Rica and Guatemala—will allow for a full pass through from world to domestic fuel prices by end 2015, while less than 30 percent will not allow any pass through.
ENG.WHD Blog.Lower Oil Prices in LAC.chart 2
Cuts both ways: impact on fiscal balances 
For net oil importers, world oil prices can affect fiscal balances in several ways that may offset each other. The value of taxes on oil imports (both value-added taxes as well as ad valorem import duties) will probably decline, but the costs of fuel subsidies may decline as well, especially if the government does not allow full pass through of the decline in world oil prices. Our analysis suggests that the fiscal position in most net oil importing countries would strengthen moderately by the decline in world oil prices. The fiscal position in some of these countries is improving because the governments are not allowing the full pass through of lower world oil prices into domestic fuel prices.
But the effect of world oil prices on the fiscal position in net oil exporters (Bolivia, Colombia, Ecuador, Mexico, Trinidad and Tobago, and Venezuela) is negative. In most of these countries, a state-owned oil company dominates this sector, which provides fiscal revenues through income taxes, dividends, and royalties paid to the government. These companies may hold monopolies on domestic sales of petroleum products and may bear the costs of domestic fuel subsidies.
Ecuador, Mexico, and Trinidad and Tobago have already begun to curb spending to offset the decline in hydrocarbons-related revenues. The Mexican government is raising the domestic price of gasoline by 1.9 percent in 2015, which will enhance the revenues from domestic sales, and it purchased insurance from the market that helped limit the decline in oil-related revenues in 2015. The government will need to undertake additional fiscal adjustment in 2016, since this insurance provided a hedge for just 2015.
ENG.WHD Blog.Lower Oil Prices in LAC.chart 3Colombia relies on a fiscal rule that spreads out the adjustment to shifts in world oil prices. This means the fiscal deficit will widen in 2015, with the fall in oil-related revenues. However, in the coming years the government will need to raise non-oil revenues to reach the legal targets for the structural fiscal balance while protecting key expenditure programs.
Bolivia will experience a significant loss in revenues, since the price of its natural gas exports are linked to spot world oil prices, but the government has built up considerable buffers of deposits and net international reserves to give itself room for maneuver in the near team.
The fiscal position of Venezuela will suffer the most from the decline in world oil prices, as its public sector derives a large share of its fiscal revenues from oil exports. In addition, the domestic price of gasoline is expected to remain close to zero, which virtually eliminates any potential revenues from domestic sales.
Fiscal difficulties in Venezuela could create pressures on countries that import oil from Venezuela through the Petrocaribe arrangement—a Venezuelan energy-assistance program for some Central American and Caribbean countries. In many of these countries, the decline in the value of oil imports exceeds the projected financing from Petrocaribe. However, many countries use the subsidy component of Petrocaribe financing to support long-term spending, and could face a difficult fiscal adjustment if this source of financing were to be cut.
Policy implications
The new outlook for world oil prices will benefit some countries, while presenting challenges for others. In general, this new outlook does not pose a threat to macroeconomic stability in the region, because most countries will continue to maintain sound policy frameworks. The notable exception is Venezuela, where the significant loss in oil export revenues will aggravate a situation that was already tenuous.
For those countries that have not done so already, the drop in oil prices provides a good opportunity to eliminate poorly targeted subsidies and to establish pricing mechanisms that allow for an automatic adjustment of domestic prices to changes in international fuel prices. The new global environment also underscores the importance of diversifying the sources of fiscal revenue to avoid an overreliance on fiscal income from either oil exports or imports.
This article is published in collaboration with IMFDirect. Publication does not imply endorsement of views by the World Economic Forum.
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Author: Robert Rennhack is Deputy Director in the Western Hemisphere Department of the International Monetary Fund. Fabián Valencia is a Senior Economist in the IMF’s Western Hemisphere Department covering Mexico.
Image: A general view of the Petrobras refinery plant in Cubatao February 25, 2015. REUTERS/Paulo Whitaker