O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sábado, 10 de abril de 2010

2065) Todos sao bem vindos, mesmo os que tropecam nas palavras

Blogs, por definição, estão abertos a todos, jovens, aborrecentes, maduros, estudantes e aqueles que ainda deveriam estudar...
Digo isto porque de vez em quando recebo um comentário que não sei se devo publicar ou simplesmente rejeitar. Em nome da democracia, do potencial educativo do meu blog, acredito que todos devem ter uma chance de se expressar, desde que os comentários sejam pertinentes ao tema em questão.
Mas, por vezes hesito sinceramente em fazê-lo, tendo em vista certas coisas que pessoas normais normalmente teriam certa dificuldade em aceitar, como agressões muito claras à língua pátria. Mas, como não sou guardião da pureza da lingua.
Vejam apenas dois exemplos num comentário que me chegou recentemente (não importa o tema):

"...essas bousas (Familia, Gás, Reclusão e etc...) isso na minha opinião é apenas uma forma de compra de Votos, pois acho que quando se você quer ajudar uma pessoa que precisa, nunca você deve dar o "Peixe" mais sim uma "vara e ensinar a pescar", e quando algum politico foi até a familia de trabalhador (que quando voltava do trabalho foi assaltado e morto por uma bandido que hoje esta preso e Comendo, bebendo, dormindo e recebendo "Salario", Pago por nós e pela familia de quem ele matou) perguntar se estão passando por dificuldades finaceiras, sem pedir seu voto em troca... (pensem nisso)

Agora Esse Blog é muito entereçante por abordar..."

Bem, o resto não estava tão estropiado quanto essas duas passagens acima, mas elas são de doer, confessemos tout de suite...

Cada vez que eu vejo coisas como essa, assusta-me o futuro do Brasil, que será ainda um pouquinho (ou talvez bastante) pior do que o atual em matéria de ensino, refletindo as políticas que estão sendo praticadas atualmente.
Sorry, meus jovens, vocês vão continuar a ter uma educação miserável, do kindergarten à universidade, e quem sabe até o mestrado?!!

Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 11 de abril de 2010)

2 comentários:

José Marcos disse...

TODOS NÓS COMETEMOS ERRUS – FAVOR NÃO PUBLICAR ESTA VERSÃO

A língua portuguesa não é fácil de ser assimilada na totalidade de suas nuances gramaticais. Por mais que nos esforcemos em cultivar cuidadosamente a última flor do Lácio, não são poucos os espinhos que nos machucam com seus barbarismos, solecismos e outros ismos característicos da complexidade da língua materna. Em 1960, de acordo com dados do IBGE (http://www.fapesp.br/indct/cap02/tb_gr/gr0202.html), o analfabetismo na população de 15 anos ou mais era de 40%. Esse número diminuiu sensivelmente nas décadas seguintes. Dessa forma, analisando apenas pelo aspecto quantitativo, houve uma considerável melhoria no ensino do país ao possibilitar que inúmeras pessoas conseguissem aprender a ler e a escrever. Entretanto, quanto mais aprendemos, mais temos ainda o que aprender. O senhor pertence a uma elite do país que domina a língua portuguesa em nível avançado. Ainda assim, é comum encontrarmos erros de português em seus textos. Apenas para citar um exemplo, o senhor sempre utiliza de forma equivocada a locução conjuntiva “posto que”. Seu uso adequado relaciona-se a ideia de concessão, equivalendo a “embora”, “ainda que”, “conquanto”, e assim por diante. A conjunção concessiva inicia uma oração que indica contradição em relação a um fato, sem impedir que esse fato se realize. Por exemplo: “Espírito dinâmico, posto que fisicamente inválido, João escreveu muitos livros.” Em seus textos, essa locução conjuntiva tem sido utilizada erroneamente como causal ou explicativa. Seria irracional de minha parte utilizar os seus erros de português para afirmar que o Itamaraty está em decadência, ou que o ensino brasileiro é uma miséria. Todos nós cometemos errus. Eu, pessoalmente, tenho consciência de que cometo muitos errus de português e agradeço a todos aqueles que colaborarem para o meu aperfeiçoamento. O aprendizado não se limita aos anos de escola. Prossegue pela vida inteira. Peço-lhe a gentileza de não publicar esta versão do meu comentário sobre este post. Estou enviando a versão que gostaria de ver publicada a seguir. Adquiri uma grande admiração pelo senhor com a leitura de seu blog, posto que não concorde com todas as suas opiniões. Admiro o fato de o senhor consentir na publicação de opiniões contrárias a sua, respeitando os limites de civilidade e racionalidade delas. Desejo que o seu blog se torne cada vez melhor. Com grande estima, José Marcos.

José Marcos disse...

TODOS NÓS COMETEMOS ERRUS

A língua portuguesa não é fácil de ser assimilada na totalidade de suas nuances gramaticais. Por mais que nos esforcemos em cultivar cuidadosamente a última flor do Lácio, não são poucos os espinhos que nos machucam com seus barbarismos, solecismos e outros ismos característicos da complexidade da língua materna. Em 1960, de acordo com dados do IBGE (http://www.fapesp.br/indct/cap02/tb_gr/gr0202.html), o analfabetismo na população de 15 anos ou mais era de 40%. Esse número diminuiu sensivelmente nas décadas seguintes. Dessa forma, analisando apenas pelo aspecto quantitativo, houve uma considerável melhoria no ensino do país ao possibilitar que inúmeras pessoas conseguissem aprender a ler e a escrever. Entretanto, quanto mais aprendemos, mais temos ainda o que aprender. Todos nós cometemos errus. Eu, pessoalmente, tenho consciência de que cometo muitos errus de português e agradeço a todos aqueles que colaborarem para o meu aperfeiçoamento. O aprendizado não se limita aos anos de escola. Prossegue pela vida inteira.