quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Republica Mafiosa do Brasil (4): a Receita da mae Joana (coitada das Joanas...)

A expressão é do jornalista Reinaldo Azevedo, autor do que vai abaixo, na simples continuidade de minhas transcrições sobre o que considero já ser uma república mafiosa.
Atenção: apenas digo o que me vai pela cabeça, e pela alma (para os que acreditam nisso). Quando eu digo uma coisa, qualquer coisa, I mean it, como diriam os americanos.
É o que penso, e acredito que ninguém me impede de pensar. Quanto a expressar o que penso, bem, tem gente que não tem esse tipo de iniciativa.
Como eu pretendo, e gostaria de, viver num país digno, e não numa república mafiosa, permito-me este tipo de liberdade neste meu blog público. É o que tinha a dizer...
Paulo Roberto de Almeida

Receita-da-mãe-Joana – Um governo sem pudor nem limites
Reinaldo Azevedo, 1.09.2010

Alexandre Padillha: ele só tem 38 anos, mas é muito, muito antigo!
{foto do indigitado suprimida deste meu post, que não merece isto...PRA]

Leiam o que informa Andrea Jubé Vianna, da Agência Estado. Volto em seguida:

Padilha: Oposição transforma denúncia contra Receita em ‘palanque eleitoral’
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, voltou a acusar o PSDB de transformar em “palanque eleitoral” o episódio da violação dos sigilo fiscal de dirigentes do partido e de criar “factoides” em torno das investigações conduzidas pela Receita Federal.

“Eles não conseguem fazer palanques nos Estados, ficam criando palanques fictícios”, alfinetou Padilha, em alusão à debandada de aliados da oposição para a campanha presidencial da candidata do PT, Dilma Rousseff, diante da escalada dela nas pesquisas. O ministro fez as declarações ao deixar o Congresso, onde acompanhou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, na entrega do projeto de Lei Orçamentária para 2011.

Padilha afirmou, ainda, que a Receita Federal vai cumprir todos os procedimentos relativos à investigação da denúncia de ampla violação de sigilos fiscais, que atingiu pessoas ligadas ao alto comando do PSDB, bem como outras alheias à esfera política, como a apresentadora da Rede Globo, Ana Maria Braga.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, não teve acesso à íntegra dos autos da sindicância interna conduzida pela Receita Federal para investigar o caso, apesar da determinação da Justiça Federal. O jornal revelou que 13 volumes do processo não foram entregues ao dirigente tucano.

“A Receita vai cumprir todas as determinações do juiz. O governo não admite irregularidades como essas”, assegurou Padilha, em alusão ao esquema de violação generalizada de sigilos fiscais que veio à tona, após a denúncia de Eduardo Jorge.

Entretanto, embora o órgão tenha passado a sustentar a existência de um “suposto balcão de compra e venda de informações” e “pagamento de propina” na delegacia do Fisco em Mauá, na região do ABC paulista, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que essa versão não constou do relatório entregue ontem ao Ministério Público. O documento pediu o indiciamento de duas funcionárias daquela delegacia investigadas por violar o sigilo fiscal de quatro tucanos.

Comento [Reinaldo Azevedo]:
É claro que aparência nem sempre quer dizer alguma coisa. Mas, às vezes, é uma boa metáfora. Acabo de ver esse Padilha na televisão. Acreditem: ele ainda vai fazer 39 anos — no próximo dia 14. É o ministro mais novo de Lula. Parece ter, sei lá, uns 20 anos a mais. Digo que sua aparência envelhecida é uma metáfora porque não pode haver nada mais antigo do que este senhor. O que se vê acima é o governo no auge da indignidade.

Culpar a vítima é a essência do despotismo. Não por acaso, há fábulas a respeito — e a mais conhecida é a do lobo que come o cordeiro depois de acusá-lo de turvar as águas do rio em que ambos bebem. A vítima provou que a acusação era falsa, já que bebia rio abaixo. O lobo só queria um pretexto, não um argumento racional. Essa fábula é a síntese da truculência.

Isso evidencia quão antigo é este rapaz.

Todos já sabemos que o sigilo de Eduardo Jorge estava em mãos de petistas envolvidos com a campanha de Dilma. Isso é fato. Todos sabemos que dados distorcidos daquele domingo circulavam nos blogs que trabalham para o PT — alguns deles financiados com dinheiro que é público. Isso também é fato. E por que os tucanos foram alvos da canalha? Ora, por que ousaram beber água no mesmo rio em que bebia o PT, vale dizer: porque ousaram se opor ao partido. Se é assim, então tem de ser engolidos. E Padilha não tem pejo em acusá-los, já que são as vítimas, entenderam?

Este é mesmo um governo sem pudor nem limites. E escalaram o mais jovem dos ministros para ser a face visível do lobo ancestral. Não sei qual será o resultado das eleições — “eles” e alguns coleguinhas meus dizem saber… O que sei, aí sim, é que, seja qual for o desfecho DESTA DISPUTA, a luta continua, como se dizia antigamente… Qual luta? Em defesa da democracia e do estado de direito. E isso significa enfrentar o lobo e devolve-lo à floresta.

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