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sábado, 6 de agosto de 2011

Amores e odios na Defesa: uma aposta na continuidade...

O comentarista abaixo parece ter certeza de que o novo ministro da Defesa não fica mais do que doze meses. Eu apostaria na tese da continuidade, mas talvez ele esteja mais bem informado do que eu. Eu me oriento apenas pela minha percepção das coisas, que é eminentemente subjetiva...
Paulo Roberto de Almeida

Amorim volta ao governo como ministro da Defesa
InfoRel, 06/08/2011 - 12h12

O ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, retornou ao governo sete meses depois de deixá-lo. Agora como ministro da Defesa, ele terá muito trabalho para ganhar a confiança do meio militar.

Com a demissão prá lá de anunciada do ministro Nelson Jobim, a presidente Dilma Rousseff surpreendeu ao chamar o ex-chanceler.

Celso Amorim já foi considerado o melhor diplomata do mundo, mas nos quartéis é odiado.

Ele deverá assumir o cargo na próxima semana.

Seu nome foi “sugerido” pelo ex-presidente Lula.

Cotado para o cargo e com apoio dos militares, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) foi ignorado pela presidente. Sua atuação durante a votação do Código Florestal pesou.

Na época, o deputado foi acusado de unir-se ao PSDB e ao DEM para aprovar seu relatório.

Celso Amorim chega ao ministério da Defesa com várias obras inacabadas como a licitação para a compra de caças para a FAB, a elaboração do Livro Branco da Defesa e a criação da Comissão da Verdade.

Além disso, terá pela frente o desafio de evitar mais cortes no orçamento militar.

No início do ano, a presidente anunciou que R$ 4,4 bilhões seriam cortados o que obrigou as Forças Armadas a readequarem seus gastos e prioridades.

Agora, Exército, Marinha e Aeronáutica, podem perder mais 50% do que sobrou. Caso isso se confirme, todos os projetos em curso sofrerão adiamentos e muitos terão de ser paralisados por completo.

Análise da Notícia
Marcelo Rech

Quando a presidente Dilma Rousseff assumiu em janeiro, já sabia que seu ministério passaria por uma reforma em no máximo dois anos.

Diferentemente de seu antecessor, ela viu caírem três ministros em sete meses (sem contar a quantidade de assessores de segundo e terceiro escalões colocados no olho da rua).

Ainda assim, uma reforma ministerial deverá ser realizada em abril de 2012 (é ano eleitoral e muita gente vai aproveitar para se mandar antes de serem demitidos).

Celso Amorim que não servia para continuar no Itamaraty chega para um mandato tampão.

Não deve ficar 12 meses no cargo.

Os militares não o toleram. Não gostam dele e não compactuam com seus gostos ideológicos.

Se não se mancar, saem com ele.

Foi uma péssima escolha da presidente.

Para piorar, Celso Amorim ainda fará sombra ao seu ex-Secretário-Geral, Antonio Patriota.

No cargo de ministro, Patriota tem conduzido vários assuntos de forma muito diferente da de seu antecessor.

Dilma ainda não conseguiu musculatura suficiente para imprimir sua marca ao seu governo.

Lula manda e desmanda e dissimulado, não assume.

O próprio ex-presidente não acredita na capacidade de sua pupila. Para Lula, apenas ele é capaz de governar.

"É permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte"
Fonte: www.inforel.org

Comentários
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2 comentários:

Anônimo disse...

De onde tiraram que Amorim é odiado nos quartéis? Cada falácia que falam sem no mínimo um argumento conciso. Por todas as notícias que vi sobre Amorim no Min. Defesa, começo a acreditar sobre um matéria que vi reproduzida em vários sites, de que a imprensa, digo rede globo, irá bater na tecla de que Amorim não é apto para o cargo e de que os militares o odeiam. Também acredito que Amorim dure no cargo, acredito que foi uma boa escolha, nada melhor do que alguém que entenda muito bem de relações exteriores e interesses nacionais para o cargo.

Mário Machado disse...

CQD do meu comentário anterior.

Abs,