Paulo Roberto de Almeida
Uruguai comemora acordo com Brasil que eliminará barreiras não-tarifárias
Uruguai – AFP – 28/09/2011
O ministro da Indústria uruguaio, Roberto
Kreimerman, classificou de “muito bom” o acordo através do qual o
Brasil se comprometeu a isentar o Uruguai do aumento de 30% nas tarifas
de importação de veículos fixada há 15 dias e eliminar gradualmente
outras barreiras não-tarifárias.
“Foi
alcançado um acordo que é muito bom”, disse Kreimerman à AFP, destacando
que é “o reconhecimento do Brasil ao isentar o Uruguai deste imposto,
que coloca o país em igualdade de condições para poder continuar
exportando” ao país.
O aumento do imposto será eliminado para o Uruguai “em 15 dias, aproximadamente”, acrescentou.
Segundo um acordo binacional anterior, as
montadoras uruguaias podem exportar anualmente ao Brasil uma quota de
20 mil veículos, sempre que os produtos tenham 35% de componentes locais
(peças produzidas no Uruguai ou no Mercosul).
Mas no dia 15 de setembro, o Brasil
decidiu aumentar em 30% o imposto sobre os carros importados para
proteger sua indústria dos veículos asiáticos, isentando aqueles que
cumprem com requisitos como inovação tecnológica, 65% de conteúdo
regional ou empresas importadoras com produção no Brasil.
As montadoras instaladas no Uruguai que
vendem automóveis ao Brasil são Chery-Socma – que exporta os modelos
Tiggo e Face-, Chongqing-Effa Motors – com os modelos Lifan-, e Nordex,
associada a Kia Motors, Dongfeng Motor e Renault Trucks.
A maior parte da produção destas
companhias está dirigida ao mercado brasileiro, que, com 25% das
exportações totais uruguaias, é o principal sócio comercial do Uruguai.
Para Kreimerman, o ponto positivo do
acordo é que “também foram aprofundadas as bases para um maior
desenvolvimento produtivo e uma maior industrialização de ambos os
países, (e) foi decidido incentivar mecanismos para que sejam realizados
mais investimentos em autopeças a fim de alcançar um conteúdo regional
maior”.
As partes também decidiram nos casos em
que existem barreiras não-tarifárias, “trabalhar em uma diminuição
progressiva das mesmas”, destacou.
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