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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Minhas previsoes imprevisiveis para 2012: sempre otimista...

2012 vai ser um grande ano, como todos sabem e esperam. A começar que é bissexto, assim que teremos um dia a mais para não fazer nada, espichar na praia, ficar na rede, ou pensar em adotar um novo feriado nacional, desses feriados idiotas que o Congresso aprova todo ano, homenageando categorias profissionais, evangélicos ou qualquer heroi da pátria.
Aliás, começamos o ano comemorando -- se é o caso de dizer -- os cem anos da morte de um verdadeiro heroi da pátria, o Barão do Rio Branco, que teve a má sorte de morrer pouco antes do Carnaval de 1912. Como lembra meu amigo e historiador (mas uma coisa não está relacionada à outra) Luis Cláudio Villafañe Gomes Santos, autor de um excelente "O dia em que adiaram o Carnaval" (Unesp, 2011), o presidente Hermes da Fonseca resolveu adiar o Carnaval, em homenagem ao Barão, de fevereiro para abril. Não deu outra: o povo pulou carnaval duas vezes naquele ano: em fevereiro (que ninguém é de ferro) e em abril também, uma justa homenagem ao Barão (podia ser com "b" minúsculo, pois só tem um).
Bem, uma vez passado o Carnaval, e lembrando que continuaremos atrasados nos preparatrivos para a Copa, para as Olimpiadas, para os 200 anos de independência, em 2022, e que continuaremos atrasados para quase tudo, bem, como eu dizia, independentemente disso tudo, cabe, como é a tradição, e como é meu hábito, ainda assim registrar a passagem de mais um ano perdido para o futuro do Brasil por meio de previsões otimistas para o ano que se aproxima (ou que se abaterá sobre nós, conforme é sua disposição).
Como sabem muitos, todo final de ano eu faço minha previsões para o ano que se aproxima, com esta pequena peculiaridade que minha previsões NÃO SÃO para acontecer, são exatamente de coisas que não têm a mínima chance de se materializarem, de se transformarem em realizações práticas, uma vez que essa coisa de cumprir boas promessas não entra simplesmente nos hábitos nacionais.
Não, não vou prometer coisas simples como emagrecer ou arrumar meus livros, jogar papéis velhos fora, ou escrever aquele livro longamente planejado.
Minhas promessas, ou previsões, são grandiosas, elas atingem nada mais nada menos do que o orgulho nacional, daí a razão de expô-las em público, como faço agora:


1) O governo vai finalmente reduzir as despesas públicas abaixo do crescimento do PIB e da inflação.
2) Os deputados e senadores passarão a trabalhar mais de um dia e meio por semana.
3) Os mesmos deixarão de aumentar seus próprios salários até o limite constitucionalmente estabelecido (mas que representa apenas uma pequena parte do dinheiro que passa pelos gabinetes...).
4) O Brasil vai deixar de ser protecionista.
5) Um ex-presidente vai deixar de subir em palanques reais e virtuais e parar de ofender a inculta e bela.
6) O MST não vai mais invadir terras públicas e fazendas privadas.
7) Os estudantes da Fefelech vão parar de fumar maconha no campus.
8) Juizes vão reconhecer que ganham desproporcionalmente (inversamente) a sua produtividade.
9) Professores vão começar a dar aulas.
10) Um partido de espertos vai parar de fazer conferências nacionais sobre qualquer coisa e parar de pedir a "democratização da mídia."


Por fim, uma promessa pessoal, imprevisível, como tantas outras: prometo que vou parar de escrever besteirol neste blog.
Bom 2012 a todos...
Paulo Roberto de Almeida


PS.: Duas últimas previsões, estas não mais imprevisíveis, mas totalmente previsíveis: 


11) Anônimos Adesistas, governistas enragés, frustrados, medíocres, companheiros masoquistas, ignorantes ingênuos, mentirosos contumazes, antiglobalizadores esquizofrênicos, alternativos sem alternativas factíveis, chatos em geral, continuarão a vigiar cuidadosamente este blog, para corrigir cada falta de letra, cada erro digital, cada expressão dúbia ou equivocada, em função da pressa, da rapidez ou da distração deste blogueiro voluntário (mas também, por vezes, por culpa do corretor ortográfico, em inglês, deste blog, que come letras sem me avisar), e, incapazes de redigir três linhas de sua própria cabeça (enfim, existem outras partes do corpo também, mas eles usam para outras coisas), ou de manter um blog próprio, continuarão a comentar anonimamente, para xingar o autor destas linhas, expressando toda a sua raiva em relação às ideias aqui defendidas, ou à postura do autor. Eles vão continuar felizes assim, e eu agradeço a eles, sinceramente, por corrigirem os erros que invariavelmente aqui cometo.


12) Este que vos escreve continuará, também previsivelmente, a chatear e a provocar os acima mencionados, defendendo ideias que eles abominam, gozando de seus equívocos, condenando suas patifarias, denunciando suas mentiras, expondo seus crimes (de todos os tipos, sobretudo aqueles contra a inteligência dos demais leitores deste blog) e suas propostas risíveis e nefastas, para maior indignação desses mesmos indignados, que visitam o blog com propósitos masoquistas.

Um comentário:

Anônimo disse...

11) Um diplomata ignorante e rancoroso vai paraR de ofender a inculta e bela.

O senhor não sabe escrever o infinitivo do verbo "parar", e tem a pachorra de dizer que é o ex-presidente que ofende a língua portuguesa!!? E não diga que é um lapso de digitação (sua desculpa de sempre), pois ele se repetiu nos três itens abaixo:



"5) Um ex-presidente vai deixar de subir em palanques reais e virtuais e para de ofender a inculta e bela.
...
7) Os estudantes da Fefelech vão para de fumar maconha no campus.
...
10) Um partido de espertos vai para de fazer conferências nacionais sobre qualquer coisa e para de pedir a "democratização da mídia."