sábado, 11 de fevereiro de 2012

Refinaria Abreu e Lima: enrolacoes bolivarianas infinitas...

Faz pelo menos cinco ou seis anos que a atual presidente, enquanto ministra da Casa Civil -- mas talvez a decisão já tenha sido tomada quando era ainda ministra das Minas e Energia -- renunciou à soberania brasileira para anunciar que a nova refinaria de petróleo da Petrobras teria a sua localização decidida não pelo Brasil, ou pela própria Petrobras, mas pelo presidente Chávez. 
Jamais se viu, no Brasil, a tamanha renúncia de soberania como essa dos companheiros: algo do interesse direto do Brasil sendo decidido pela palavra de um presidente estrangeiro. Inacreditável.
Agora, o dito presidente ainda decide como, quando, com qual dinheiro ela vai ser construída, e ele mesmo estabelece os prazos para integralizar capital, decisão que já devia ter sido tomada vários anos atrás. De fato, o foi, por Petrobras, mas sob constrangimentos "bilaterais" de toda ordem. Inacreditável.
Os companheiros vivem falando em soberania, mas não tem a mais mínima ideia do que seja, e renunciam facilmente quando um suposto aliado impõe prazos e locais ao Brasil.
Inacreditável...

REFINARIA DE PERNAMBUCO! EMPRESA DE PETRÓLEO DA VENEZUELA QUER RESOLVER PENDÊNCIAS APENAS COM POLÍTICA!
Editorial Estado de SP, 09/02/2012

Sem apresentar ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e O Social (BNDES) a comprovação de que tem as garantias financeiras para ser admitida na sociedade que constrói em Pernambuco a Refinaria Abreu e Lima, a petroleira venezuelana PDVSA tenta resolver o problema de maneira política. A empresa sustenta que tem o aval da presidente Dilma Rousseff para prorrogar até o último dia de março o prazo de entrega da documentação ao banco.  
        
A estatal da Venezuela não aceita a data de 31 de janeiro dada pela Petrobrás para admiti-la como sócia. Ela se baseia no resultado da reunião ocorrida em 1.º de dezembro do ano passado, em Caracas, entre Dilma e o presidente venezuelano Hugo Chávez. No encontro, Chávez pediu a Dilma, em nome da unidade latino-americana, que o prazo fosse estendido até 31 de março, segundo apurou o Estado em conversa com um dirigente da PDVSA na Venezuela, que pediu anonimato.

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