segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Fascismo corporativo atinge o MECsauro: logico!

Os companheiros no poder são fascistas sem perceber, sem se dar a mínima conta disso.
É que faz parte da natureza deles, vocês precisam compreender. 
Eles pensam que são de esquerda ou progressistas, e só conseguem ser fascistas...
Do mesmo tipo de fascismo corporativo que atinge várias instituições públicas brasileiras, e que não são constituídas apenas por companheiros no poder. A Receita Federal, por exemplo, é um órgão perfeitamente fascista, sem ser especialmente companheiro.
Mas temos várias outras agências públicas, como a Anvisa, por exemplo, que foram assaltadas pelos companheiros, e que se tornaram exuberantemente fascistas.
É o fascismo corporativo, que atinge o Brasil desde a era Vargas, mas que se combina perfeitamente com o fascismo natural, endógeno, cromossômico, dos companheiros ditos socialistas. Está no DNA deles, é mais forte do que a própria consciência.
Assim como Monsieur Jourdain fazia prosa sem o saber, os companheiros são fascistas sem o saber.
Mas tem mais: o MEC, que já está dominado pela pedagogia obscurantista e primitiva das "saúvas freirenas", ou seja, os pedagogos que crêem na bíblia esquizofrênica do atual (promovido pelos companheiros) "patrono da (des)educação brasileira", agora também está dominado pelo fascismo corporativo, o que é perfeitamente natural e esperado.
Abaixo, mais uma demonstração do fascismo instintivo dessas saúvas totalitárias que pululam, infestam, destroem a educação brasileira.
Paulo Roberto de Almeida 

Demagogia com a medicina

Editorial O Estado de S.Paulo, 11 de fevereiro de 2013

Em mais uma iniciativa centralizadora e intervencionista, o Ministério da Educação (MEC) agora quer decidir o local onde faculdades de medicina poderão ser instaladas. Para o governo, no Brasil não há falta de médicos, mas, sim, má distribuição desses profissionais pelo território nacional. Cerca de 70% dos médicos brasileiros vivem e trabalham nas Regiões Sul e Sudeste.
Para corrigir essa situação, o MEC só autorizará a criação de novos cursos de medicina onde há carência de médicos – especialmente nos Estados mais pobres, como Bahia e Maranhão, que têm as piores proporções de médicos por habitantes em todo o País. Com isso, o governo quer estimular os novos médicos a se fixarem em cidades do interior e nas regiões mais atrasadas e evitar a abertura de novas faculdades de medicina nas áreas onde há ampla oferta de matrículas – como no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Entre outras exigências, os editais deverão apontar as cidades que têm infraestrutura para receber alunos, como leitos de hospital e residência médica em áreas consideradas prioritárias pelo Ministério da Saúde, como ginecologia, pediatria, cirurgia e clínica médica. A demanda de médicos também vai nortear a ampliação das vagas nas faculdades de medicina já existentes. As instituições interessadas terão de comprovar a "demanda social" por profissionais médicos na região de saúde do curso. Segundo o Censo da Educação Superior 2011, o Brasil forma 17 mil médicos por ano. Atualmente, há 187 cursos de medicina em funcionamento, com 108 mil alunos matriculados. Em 1992, eram 83 cursos. No ano passado, a presidente Dilma Rousseff lançou o Plano Nacional de Educação Médica, para aumentar em 4,5 mil o número de médicos formados anualmente.
Introduzidas por uma portaria, as novas regras valerão apenas para as instituições privadas de ensino superior e para as universidades federais. As universidades estaduais têm autonomia garantida pela Constituição.
O governo também quer que as principais instituições de ensino superior e os hospitais de referência – como o Albert Einstein, Sírio Libanês e Oswaldo Cruz – elaborem projetos e se submetam às concorrências que serão abertas pelo MEC. "Gostaria que as melhores faculdades do Brasil, as excelentes universidades privadas e os hospitais de excelência concorressem. Seria fantástico", diz o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Na realidade, se há algo fantástico nessa iniciativa é seu caráter demagógico. A proposta de Mercadante agride o bom senso. Se há déficit de médicos em muitas cidades do interior, isso não decorre da localização das escolas de medicina, mas dos baixos salários oferecidos pelos municípios e Estados e da falta de condições de trabalho, como equipamentos, salas de cirurgia e residências médicas. Isso já foi evidenciado quando o governo federal tentou autorizar a revalidação automática dos diplomas expedidos por faculdades de medicina argentinas, bolivianas e cubanas, dispensando seus portadores do exame de proficiência e habilitação. A justificativa foi a de que eles atenderiam à demanda de profissionais de saúde em regiões pobres.
Na época, o Conselho Federal de Medicina e a Federação Nacional dos Médicos afirmaram que, uma vez autorizados a clinicar, os médicos formados no exterior migrariam para os centros mais desenvolvidos, onde os salários são mais altos e estão instalados os hospitais de referência. As duas entidades alegaram que o problema da má distribuição de médicos pelo País será vencido apenas quando o poder público criar uma "carreira de Estado" específica para os médicos do Sistema Único de Saúde e assegurar um mínimo de infraestrutura para os hospitais e Santas Casas das pequenas comarcas do interior.
Em vez de fazer o que não lhe cabe – usurpar prerrogativas de universidades e a liberdade de escolha da iniciativa privada e centralizar o ensino superior, a pretexto de "interiorizar" as escolas de medicina –, o governo deveria melhorar a qualidade do ensino das faculdades já existentes. No último exame do CRM, quase 55% dos formandos de São Paulo erraram 60% dos testes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.