Os sindicatos, como se sabe, são máquinas para provocar desemprego. Centrais sindicais, como se sabe, são máquina corruptas de extração de dinheiros dos sindicatos filiados (que elas tentam seduzir) e diretamente da máquina do Estado, já devidamente assaltada pelas corporações mafiosas que se pretendem representantes de trabalhadores, quando já são da chamada "nova classe", a
nomenklatura (muitos não deve saber o que é isso; recomenda-se um pouco de Google ou Wikisearch) que já se apossou do Estado, submetendo todos os demais cidadãos às suas práticas extorsivas e extrativistas.
Os jovens esquerdistas, isso não se sabia até agora, são as novas milícas fascistas das forças reacionárias descritas acima, que acreditam estar defendendo não se sabe quais causas "populares", mas que só estão atrasando o Brasil, com sua defesa do atraso.
O que agora também se percebe é que, não contentes de se manifestar -- como jornalistas complacentes, e talvez coniventes, escrevem --, eles também urlam, gritam, batem, chutam, enfim praticam intimidações e até violência, como uma tribo de trogloditas fascistas que são.
O Brasil, por falta de autoridade -- ou a simples aplicação do velho princípio segundo o qual "cacete não é santo, mas de vez em quando faz milagres" -- está sendo contaminado pelo ódio, serviços estão sendo paralisados, atividades econômicas sendo perdidas, o tempo dos cidadãos sendo gasto inutilmente, e até recursos e ativos sendo colocados em perigo pelo novos reacionários fascistas.
Até quando isso vai continuar?
Quando é que as autoridades vão aplicar, democraticamente (ou seja, para todo mundo), o milagre do cacete corretor das violências dos trogloditas?
Paulo Roberto de Almeida
Meu momento Yoani
MERVAL PEREIRA
O Globo, 03/03/2013
Na sexta-feira à noite,
na inauguração do museu MAR na Praça Mauá, passei por rápidos instantes a
mesma situação que enfrentou a blogueira Yoani Sanchez quando esteve no
país recentemente. Havia diversas manifestações nos arredores do museu,
onde participavam da inauguração a presidente Dilma Rousseff, o
governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes. O barulho era
insuportável dentro do museu, que, com seu lindo teto ondulado, criou um
inesperado efeito acústico dentro do prédio.
Uma era contra o
fechamento dos teatros do Rio depois da tragédia de Santa Maria. Muitos
teatros, que funcionavam sem as medidas de segurança necessárias,
continuam fechados e os artistas estavam ali protestando. Mas
protestavam contra o quê? Deveriam mesmo protestar contra o fato de
terem passado todo esse tempo trabalhando e recebendo pessoas em lugares
sem condições de segurança adequadas. Deveriam protestar contra a
prefeitura, mas pelo que ela não fez, e não pelo que está fazendo,
embora tardiamente.
Havia um pequeno grupo
reclamando casas prometidas e não entregues. E um terceiro grupo, mais
barulhento e agressivo, que protestava contra a Medida Provisória dos
Portos que, em boa hora, a presidente Dilma enviou ao Congresso.
Aparentemente, não havia no grupo nenhum estivador ou operário. Eram
todos jovens estudantes com máscaras e cartazes que alertavam: "Gestão
mata".
O que esses jovens do
PT, do PCdoB, da Juventude Socialista, do PDT queriam dizer é que a nova
legislação sobre os portos trará prejuízos aos trabalhadores. O que
está por trás dos protestos, no entanto, é uma nada estranhável, embora
exótica, aliança entre órgãos sindicais e empresários que operam os
portos sem competição beneficiando-se de uma reserva de mercado tão
ultrapassada quanto prejudicial à economia.
Os jovens radicais
estavam ali protestando contra a possibilidade de os novos
administradores de portos disputarem cargas com os terminais já
existentes e contratarem mão de obra pelo regime da CLT, à qual estão
subordinados todos os trabalhadores brasileiros.
Sindicatos liderados
pelo Paulinho da Força Sindical, deputado federal (PDT), querem impedir a
modernização dos portos, obrigando os novos terminais a contratarem os
estivadores pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo). E têm o apoio de
concessionários dos portos que querem tudo menos competição para
melhorar a produtividade.
No entanto, dar
competitividade ao setor portuário é fundamental para a retomada do
crescimento, reduzindo o chamado custo Brasil. E lá estavam os jovens
esquerdistas não apenas protestando, como seria normal em uma
democracia, mas agredindo verbal e quase fisicamente as pessoas que
passavam por uma espécie de corredor polonês que a polícia deixou que
fizessem.
As pessoas que saiam da
festa de inauguração forçosamente tinham que passar pelos manifestantes
para pegar seus carros, e houve momentos em que as agressões verbais
chegaram às raias da agressão física. Uma senhora que ia à nossa frente
foi chamada de "fascista"por um manifestante que gritou tão perto do seu
rosto que quase houve contato físico.
Passei pelo grupo com
minha mulher sob os gritos dos manifestantes, e um deles me reconheceu.
Gritou alto: "Aí, Merval fdp". Foi o que bastou para que outros
cercassem o carro em que estávamos, impedindo que saísse. Chutaram-no,
socaram os vidros, puseram-se na frente com faixas e cartazes impedindo a
visão do motorista. Só desistiram da agressão quando um grupo de PMs
chegou para abrir caminho e permitir que o carro andasse.
Foram instantes de
tensão que permitiram sentir a violência que está no ar nesses dias em
que, como previu o ministro Gilberto Carvalho, "o bicho vai pegar". É
claro que o que aconteceu com a blogueira cubana Yoani Sanchez nem se
compara, mas o ocorrido na noite de sexta-feira mostra bem o clima
belicoso que os manifestantes extremistas estão impondo a seus atos
supostamente de protesto.
E é impressionante que
jovens ditos revolucionários se empenhem em defender um sistema arcaico
que só interessa às corporações sindicais que já estão instaladas nos
portos e a empresários que se beneficiam de privilégios que emperram a
economia brasileira. A presidente Dilma está certa ao não aceitar as
pressões políticas para mudar a medida provisória dos portos, essencial
para a revitalização da economia.
ResponderExcluirBrazucas "à gogo"!
http://www.ft.com/intl/cms/s/0/ac4340e0-84f9-11e2-891d-00144feabdc0.html#axzz2McIks6aB
Vale!
O problema do autor é essa alma direita-militar que deixa transparecer. Na verdade, esse é O problema do diplomatizzando. Comentários direitistas e republicanos reclamando do governo, que não sou não gosto, mas sem apresentar qualquer contribuição à melhoria, apenas demagogias que adolescentes de 16 anos, em escolas republicanas, escrevem. Em qualquer vírgula sente-se a imparcialidade e a mediocridade do republicano sem argumentos.
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