Antes do final do ano, o pais cai no precipício econômico.
Só consigo prever violência, caos, disturbios e alguns mortos...
Paulo Roberto de Almeida
Venezuela
Governo da Venezuela ocupa rede de lojas Daka
Gerentes das cinco lojas da rede foram presos, e a empresa foi forçada a fazer uma espécie de "liquidação bolivariana"
Centenas de venezuelanos lotaram as lojas da rede Daka em Caracas para comprar eletrodomésticos a preços reduzidos, neste sábado (09) após determinação do presidente Nicolás Maduro de que a rede havia sido alvo de intervenção e sancionada por aumentar seus preços de forma irregular - Miguel Gutiérrez/EFE
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou uma ocupação militar na cadeia de lojas de produtos eletrônicos Daka, em uma ofensiva contra o que o governo afirma ser uma manipulação de preços lesiva à economia do país. Gerentes das cinco lojas da rede foram presos, e a empresa foi forçada a fazer uma espécie de liquidação bolivariana. Uma multidão de venezuelanos lotou as lojas Daka neste sábado em busca de eletrodomésticos a preços camaradas.
A intervenção ocorreu após uma inspeção determinada na quarta-feira pelo presidente para, segundo a paranoia bolivariana, combater a guerra econômica organizada pela oposição e o setor privado. A rede Daka, segundo o governo, se aproveita do câmbio oficial – de 6,30 bolívares o dólar –, mas pratica preços com base no câmbio paralelo. O país estabelece um rígido controle cambial, que gerou um mercado negro em que o dólar supera em mais de oito vezes a taxa oficial.
"Estamos fazendo isso para o bem da nação", afirmou Maduro. "Eu ordenei a ocupação imediata desta rede de lojas para oferecer seus produtos a preços justos. Não deixe nada sobrar no estoque... Vamos vasculhar toda a nação na próxima semana. Esse roubo ao povo tem de parar", esbravejou o sucessor de Hugo Chávez.
Após ouvir o discurso de Maduro pelo rádio na tarde de sexta-feira, uma multidão de venezuelanos começou a se concentrar nos arredores das lojas da rede Daka, duas em Caracas e três no interior, para aproveitar a "liquidação bolivariana" de aparelhos de televisão, geladeiras, liquidificadores, ferros de passar, entre outros artigos domésticos, com mais de 50% de desconto.
Segundo AFP, na loja da cidade de Valencia, terceira do país, situada 170 km a oeste de Caracas, houve um início de confusão quando homens quebraram uma vidraça e quiseram levar os produtos sem pagar – e acabaram detidos pela Guarda Nacional.
(Com Reuters e AFP)
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