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A política externa companheira e a diplomacia partidária: um contraponto aos gramscianos da academia, por Paulo Roberto de Almeidaby Coordenação, 4/10/2014 |
O término de um mandato presidencial sempre é uma boa ocasião
para se efetuar um balanço das coisas boas e das menos boas que
transcorreram durante o período. Por deformação de ofício, mas também
por inclinação pessoal, tenho feito esse tipo de avaliação ao final e até no início de novos mandatos, num terreno que por acaso é o meu pelas últimas três décadas, pelo menos:
os das relações internacionais do Brasil e da política externa dos
governos que se sucederam desde o final dos anos 1970 (em plena
ditadura, portanto), até a atualidade. Uma lista nominal de todos os ensaios de avaliação que escrevi a esse respeito ao longo dessas décadas seria provavelmente enfadonha, mas talvez possa ser útil aos que manifestem o desejo, e o interesse, de conhecer, ainda que seletivamente, o que produzi de mais relevante nessa área. Por isso, permito-me enumerar os mais representativos desse tipo de produção ao final deste breve ensaio.
Mas
o que me motiva a novamente realizar o mesmo tipo de exercício é a
publicação recente, no calor dos debates eleitorais, de dois ou três
artigos dentro da linha do continuísmo diplomático, ou seja, escritos
deliberadamente com a intenção de “provar” que a política externa
companheira, em curso desde o primeiro dia do regime lulo-petista – que
entrou para a história como a era do “Nunca Antes”, que aliás serviu de
título a meu livro mais recente – é a única suscetível de defender a
soberania do Brasil, e que ela deve ser preservada com todo o ativismo e
altivez que supostamente a caracterizam (segundo a figura de estilo, pro domo sua,
de um ex-chanceler). Como eu acho que esses artigos nada mais são do
que propaganda enganosa a serviço do partido no poder, publicidade
encomendada travestida de análise acadêmica, resolvi apresentar aqui outros elementos de discussão, ao alinhar alguns argumentos em favor de uma outra visão, que pelo menos tem a vantagem, sobre essas, de oferecer uma perspectiva “interna” da diplomacia companheira, e sem que ninguém me tivesse encomendado tal tarefa. Ni Dieu, ni maître, como diria um anarquista; e eu: nem mestre, nem patrão.
Primeiro: distinguir a política externa da diplomacia, stricto sensu
Cabe distinguir, primeiramente, entre política externa e diplomacia – que são assemelhadas mas não devem ser confundidas –, para, a partir daí, fazer uma avaliação de ambas ao longo do período recente. A primeira não se distinguiu muito, ou praticamente
nada, da política externa conduzida nos dois mandatos do presidente
Lula, ou seja, significou uma continuidade conceitual, em suas grandes
linhas, ainda que tenha representado certa
diminuição no ímpeto para novas iniciativas e no impulso para projeções
exageradas no plano internacional. A segunda, a diplomacia, foi
certamente diferente, ainda que ambas tenham apresentado
forte ênfase na chamada diplomacia presidencial, ou seja, o
envolvimento direto do chefe de Estado com certos temas, embora com
certa diminuição na intensidade das ações, como aliás ocorreu na
transição de uma para outra política externa. Foram estilos diferentes, digamos assim, na maneira de conduzir a política externa e a diplomacia: um pouco diferentes entre si, mais na forma do que no conteúdo, ainda que continuassem pertencendo e aderindo, ambos, aos mesmos princípios e modos de funcionamento.
Cabe,
portanto, examinar uma e outra em sua substância, e não apenas na forma
sob a qual foram respectivamente desenvolvidas. Quando se diz que a
política externa não se distinguiu muito entre os dois mandatos
anteriores do presidente Lula (2003-2006, e 2007-2010) e o mandato da sucessora, é porque esta preservou basicamente as mesmas orientações, as mesmas linhas essenciais
que estavam em curso desde o início do primeiro mandato lulo-petista,
do qual esta foi mera continuação, quando não foi uma simples projeção
no tempo, por pessoas interpostas, da mesma política externa.
Cabe registrar, desde logo, que essa política externa (e sua diplomacia)
foi muito bem recebida pelas correntes ditas progressistas da opinião
pública, o que significa quase toda a academia, por ter sido considerada
como bastante inovadora em relação às linhas anteriormente conhecidas da política externa brasileira, que era influenciada
(se não determinada, em grande medida) pelo Itamaraty. Esta é a
principal característica da política externa lulo-petista, da qual a
política externa “dilmista” (se é possível, de fato, falar de uma) representa, como já se disse, mera continuidade.
Avaliação da política externa e da diplomacia de 2011 a 2014
A avaliação que se pode fazer, de uma e de outra, é, portanto, válida para todo o período lulo-petista e seus grandes traços são bastante conhecidos pelos observadores dos meios
de comunicação, tanto quanto pelos analistas acadêmicos. Se trata de
uma política que se pretende – numa espécie de classificação pro domo sua,
ou seja, em causa própria – “ativa e altiva”, e que se quer soberana,
ou mais exatamente defensora da soberania nacional. Como elogio em boca
própria pode ser vitupério, digamos que ela se conforma a certos traços
que seus próprios protagonistas selecionaram para si: uma diplomacia
voltada para o Sul – como se uma orientação para o Norte constituísse um
pecado original – e basicamente orientada a “mudar as relações de força” no cenário internacional, tido como prejudicial às novas aspirações do governo para o país.
Essa foi a intenção proclamada pelo anterior chefe de Estado, e confirmada pelo seu único chanceler mais de uma vez, que ainda acrescentava que se pretendia criar uma “nova geografia do comércio internacional”. Como
ocorreu em várias outras esferas da vida nacional, e de suas políticas
públicas, se pretendia romper com o universo anterior, considerado uma
“herança maldita” sob diversos aspectos, ainda que esta caracterização tenha mais de demagogia política do que de análise objetiva.
Na política externa, em todo caso, as pretensões eram bastante
ambiciosas, e em torno delas se mobilizou uma diplomacia que foi
convidada a “vestir a camisa” do novo governo.
Em síntese,
se acreditava que a ordem mundial anterior estava caracterizada por uma
“extraordinária concentração de poder econômico, militar, político,
ideológico, cultural” (e vários outros mais) nas mãos das antigas
potências coloniais europeias e, principalmente, do
império americano. Esta é a análise que o principal ideólogo daquela
diplomacia – o ex-Secretário-Geral do Itamaraty, Embaixador Samuel
Pinheiro Guimarães – fez de maneira
recorrente da situação internacional encontrada pela diplomacia
lulo-petista no início do milênio, e que seus protagonistas e principais
proponentes tentaram modificar. O caminho estaria numa aliança entre
potências emergentes e países do Sul de maneira geral, para se opor a
esse poder desmesurado do hegemonismo arrogante, de maneira a poder
“democratizar as relações internacionais”, redistribuindo aquelas fontes
de poder entre novos atores.
A Weltanschauung dos companheiros e seus objetivos táticos
Este
é o arcabouço mental, e o quadro conceitual, em torno do qual se
construiu a política externa lulo-petista, e em função do qual se
mobilizou uma diplomacia voltada essencialmente para esses grandes objetivos. As metas táticas para alcançá-los, pelo menos parcialmente, foram apresentadas, ao início daquele governo,
como estando integradas por três prioridades: (a) reforço e ampliação
do Mercosul e constituição de um espaço econômico integrado na América
do Sul; (b) conquista de um assento permanente no Conselho de Segurança
das Nações Unidas; (c) finalização das negociações comerciais
multilaterais da Rodada Doha, com aquela orientação de aliança com os
países do Sul, no sentido de criar a “nova geografia do comércio
internacional”. Qualquer
que seja a posição do observador jornalístico, ou do analista acadêmico,
pode-se avaliar, então, se esses objetivos foram alcançados, ou
cumpridos parcialmente, com base na diplomacia mobilizada para
atingi-los. Uma avaliação honesta diria que eles sequer foram
arranhados, ainda que os adeptos dos governos lulo-petistas sempre terão
motivos para se explicar quanto ao atingimento apenas parcial ou nulo de tais objetivos.
Ainda
que os fieis seguidores da causa companheira possam dizer, por exemplo,
que o Mercosul “deixou de ser apenas comercial, para também ser
político e social”, um critério honesto e objetivo de aferição teria de
reconhecer que o Mercosul é, sempre foi, um tratado de integração
comercial, e é isso que o define como instrumento de criação de um
espaço econômico comum no cone sul. O Mercosul está mais próximo, hoje,
das metas fixadas institucionalmente no Tratado de Assunção em 1991? Ou
seja, de um mercado comum? Sequer uma união aduaneira completa ou uma zona de livre comércio acabada foram realizadas;
ao contrário, a convergência interna diminuiu, para não dizer que as
divergências de política comercial, mas também em outras políticas
setoriais, só fizeram aumentar ao longo dos últimos doze anos. O
Mercosul é hoje uma sombra do que foi, e não se pode pretender que a
adesão política de países tão pouco propensos ao livre comércio, como
a Venezuela, a Bolívia e o Equador, o fará mais forte em seus objetivos
essenciais, que continuam sendo aqueles estipulados no artigo 1o do TA.
Quanto ao assento permanente no CSNU,
é óbvio que a reforma da Carta das Nações Unidas e a ampliação do seu
órgão de segurança não dependiam da postura assumida pelo Brasil, num
processo tão complexo quanto a ascensão e declínio de novos atores nos
cenários geopolíticos mundiais. Mas o ativismo da diplomacia lulista
pode ter contribuído, também, para o acirramento da rigidez
oposicionista de outros atores regionais, a começar pela própria
Argentina, preocupação sempre mantida pela anterior diplomacia – a de FHC – para não causar, justamente, desacertos públicos numa questão que merecia iniciativas mais discretas e profissionais.
Tampouco o terceiro objetivo dependia da capacidade negociadora do
Brasil, ou mesmo de seus muitos aliados no sistema de comércio
internacional, mas não houve, nesse terreno, realismo suficiente para
atuar nas duas vertentes: a do multilateralismo do sistema de comércio
regido pela OMC, e o minilateralismo dos blocos e acordos comerciais de
menor amplitude geográfica, e mais suscetíveis de serem implementados de
modo mais rápido e com objetivos práticos mais bem definidos, ainda que
mais limitados.
Quando o governo Dilma assumiu, porém, esses dois últimos objetivos já estavam praticamente “congelados”, e não cabiam mais iniciativas nesses dois terrenos. Mas a via do minilateralismo comercial continuava
sempre aberta para novas iniciativas brasileiras, muito embora o
Mercosul pudesse ser, como é, de fato, uma espécie de “pedra no sapato”
para a busca de acordos comerciais regionais. Não que o Mercosul possa
ser infenso a acordos de liberalização comercial com outros países e
blocos comerciais, mas é que a postura de alguns de seus sócios –
nomeadamente a da Argentina – tem dificultado sobremaneira a definição de posições comuns para permitir o avanço em
negociações desse tipo. Não se espera, a esse respeito, que o ingresso
político dos novos associados bolivarianos venha a facilitar as coisas
nesse terreno, muito pelo contrário: as
perspectivas, portanto, são as de um Mercosul paralisado e introvertido,
situação já configurada a partir do neoprotecionismo demonstrado pelos
países membros a partir da crise de 2008 (na Argentina desde sempre) e
que promete continuar vigente caso não ocorra uma mudança radical na política comercial.
Esta
é, portanto, a avaliação que se pode fazer da política externa dos
governos lulo-petistas, mas exclusivamente em relação aos objetivos
diplomáticos estabelecidos pelo próprio chefe de Estado e seu chanceler,
ao início do regime companheiro. Não é preciso, aqui, fazer menção a
diversos outros elementos de continuidade, igualmente
nítidos entre um governo e outro, e que tem a ver mais com a diplomacia
partidária do que com opções de política externa que pudessem
representar itens de uma agenda “normal” das relações exteriores do
Brasil. Alguns casos podem servir de ilustração.
O lado obscuro da política externa companheira
O apoio incondicional a algumas das piores ditaduras do continente, e alhures, por exemplo,
não figuraria na “agenda normal” do Itamaraty, em circunstâncias
“normais” da política externa. O apoio irrestrito a vários candidatos
tidos por progressistas, ou de esquerda, na região e fora dela, foi
outra iniciativa que rompeu tradições bem assentadas no Itamaraty, e até
alguns princípios constitucionais muito claros
da tradição brasileira, como a não intervenção nos assuntos internos de
outros países. Como explicar de outro modo, senão por uma diplomacia
totalmente partidária, e ideologicamente comprometida com o chavismo
militante, o envolvimento no caso da crise política em Honduras?
Como
justificar o apoio repetido, continuado e incondicional, ao regime
chavista, e a seu sucessor, em face de tantas violações às cláusulas
democráticas da OEA e do próprio Mercosul? Como explicar a existência de
empréstimos secretos bilionários, e todos os tipos de apoio financeiro,
à mais velha ditadura do hemisfério americano, senão pelo
comprometimento de vários membros do partido hegemônico com a filosofia e
a história de um regime que encarna as piores violações dos direitos
humanos e dos princípios democráticos na região?
Em quais circunstâncias, exatamente, o Paraguai foi suspenso do Mercosul
– contrariamente, aliás, aos procedimentos determinados pela própria
cláusula democrático do bloco – e admitida a Venezuela no intervalo? O Itamaraty foi acatado em seus pareceres jurídicos e em sua análise política?
Estes
são elementos que também devem entrar em qualquer avaliação que se faça
da política externa seguida nos últimos doze anos, fruto de uma
diplomacia marcada pelas opções partidárias mais exacerbadas que foram dadas contemplar por um Itamaraty basicamente profissional, em toda a sua história, mas que foi submetido aos novos objetivos e opções do regime companheiro.
Se houve alguma novidade na diplomacia do terceiro mandato do regime
lulo-petista foi a perda da pirotecnia anterior que era garantida pelo
próprio chefe de Estado, com seu estilo peculiar de conduzir as relações exteriores do Brasil: diminuíram o ativismo, as iniciativas, e a diplomacia dita presidencial assumiu contornos mais discretos; mas não se podem apontar elementos realmente novos
nessa política externa. O que houve de novidade, como o ingresso
“pleno” da Venezuela no Mercosul, por exemplo, já estava embutido nas
propostas do governo anterior, cujas principais iniciativas diplomáticas
– como as reuniões de cúpula entre chefes de Estado e de governo da
América do Sul, por um lado, e seus contrapartes da África, e dos países
árabes, de outro – ficaram mais ou menos “congeladas”, ou pelo menos
sofreram sensível redução em seu ímpeto.
O Itamaraty foi ignorado pela presidência na gestão de 2011 a 2014?
Não
se pode ignorar simplesmente um ministério que conduz uma agenda
relevante nas políticas públicas do país. Talvez essa impressão seja o
reflexo do modo de ser da presidente, que também não parece se
relacionar muito bem com os líderes congressuais, com os representantes partidários, com
empresários e líderes sindicais e de movimentos populares, como fazia,
por exemplo, e com grande sucesso, seu antecessor. São traços de
personalidade que definem toda uma gestão, e não apenas o relacionamento
com o Itamaraty. Provavelmente uma menor empatia pelos temas
internacionais tenha gerado essa imagem de um distanciamento entre a
presidente e o Itamaraty, e claramente não havia, nunca
houve, entre ela e seus dois chanceleres, o mesmo tipo de intimidade
que ela pode ter exibido em relação a alguns de seus ministros mais
próximos. Mas deve-se levar em conta, também, o fato de que a presidente
nunca foi uma petista “fundadora”, e não parece ter gozado das mesmas
alavancas de apoio no partido de que dispunham alguns companheiros
“históricos”. Ou seja, outros ministérios setoriais podem também ter se ressentido do mesmo tratamento “distante” registrado, provavelmente, no caso do Itamaraty.
Para saber se o Itamaraty foi realmente “ignorado” seria preciso fazer um levantamento preciso, primeiro, das dotações orçamentárias, e de sua
distribuição e evolução ao longo deste mandato, depois dos compromissos
inscritos na agenda do Itamaraty que a presidente eventualmente
desdenhou ou não pretendeu assumir. Apenas a partir de uma avaliação
objetiva desse tipo seria possível defender a tese explicitada na
questão, a de que o Itamaraty foi “ignorado” na gestão Dilma. Em
relação aos recentes cortes de verbas, aparentemente lineares e válidos
para todos os ministérios, seria preciso saber se eles foram mais
profundos no caso do Itamaraty do que nos demais órgãos da administração
direta. Registre-se que o Itamaraty possui um perfil de gastos bastante
modesto no conjunto da administração pública, mas que a maior parte
deles é quase rígida, pois que correspondendo a compromissos e
obrigações externas que não podem ser suprimidos ou reduzidos
facilmente, sem mencionar o fator cambial, que pode ser muito negativo em caso de desvalorização da moeda nacional.
Caberia
também considerar que os dois mandatos anteriores foram tão vistosos,
tão resplandecentes, tão eloquentes em matéria de política externa e de
diplomacia, que seria muito difícil, senão impossível, tentar estabelecer uma postura equivalente em qualquer outro governo, passado, presente ou futuro. Nunca antes na história do Brasil tivemos um presidente tão eloquente, tão verborrágico, tão envolvido em questões internacionais,
talvez por gosto, mais provavelmente por alguma obsessão de fundo
psicológico, alguma necessidade de afirmação, desejo de ganhar algum
Prêmio Nobel – ao lado das dezenas de doutorados honoris causae jamais acumulados por qualquer outro político na face da Terra – ou
outros sentimentos ainda mais obscuros para nossa condição de simples
observadores da diplomacia lulista. Frente a ela, todas as demais se
apagam em sua normalidade ou mediocridade: este é um fato da história
política recente do Brasil, independentemente do julgamento que se faça
sobre o conteúdo daquela diplomacia e da avaliação objetiva que se tenha quanto aos resultados (ou falta de) de sua política externa.
Não
obstante, considerados todos esses fatores, é muito provável, sim, que
em função de peculiaridades individuais e pessoais, tenha ocorrido
alguma falta de sintonia entre o Itamaraty e a presidente, inclusive
porque existem certos rituais do cerimonial diplomático, ademais de
constrangimentos derivados de situações externas que não podem ser
facilmente administrados por apenas uma das partes, que reforçaram essa
impressão de distanciamento entre a Casa de Rio Branco e a presidente. Pode-se dizer, em suma, numa linguagem goethiana e weberiana, que nunca existiram suficientes “afinidades eletivas” entre a presidente e a Casa de Rio Branco, embora isso possa ter ocorrido com outros presidentes também. Mas, o fato é que, vindo logo após o mais pirotécnico de todos os nossos presidentes, travestido de diplomata,
ficava realmente difícil igualar certos padrões de comportamento, e até
de compostura, no plano das relações exteriores do Brasil.
Lista seletiva de trabalhos do autor sobre política externa do Brasil:
- Nunca Antes na Diplomacia...: A política externa brasileira em tempos não convencionais (Curitiba: Appris, 2014, p. 289; ISBN: 978-85-8192-429-8; link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/NuncaAntes2014.html).
- “O Brasil e a integração regional, da Alalc à Unasul: algum progresso?”, Mundorama (11/06/2014; ISSN: 2175-2052; link: http://mundorama.net/2014/06/11/o-brasil-e-a-integracao-regional-da-alalc-a-unasul-algum-progresso-por-paulo-roberto-de-almeida/).
- “Mercosul, do otimismo à resignação”, Boletim de Economia e Política Internacional (Ipea: n. 16, jan.-abr. 2014, p. 43-56; ISSN: 2176-9915; link: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/boletim_internacional/140512_boletim_internacional016.pdf).
- “Rumos adequados à política externa brasileira na próxima década”, blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/07/rumos-adequados-politica-externa.html).
- “Pensamento diplomático brasileiro: introdução metodológica às ideias e ações de alguns dos seus representantes”, in: José Vicente Pimentel (org.), Pensamento Diplomático Brasileiro: Formuladores e Agentes da Política Externa (1750-1964). (Brasília: FUNAG, 2013, 3 vols.; ISBN: 978-85-7631-462-2; vol. 1, p. 15-38; link: http://funag.gov.br/loja/download/1057-1058-1059-pensamento-diplomatico-brasileiro-colecao.epub).
- “A diplomacia da era Lula: balanço e avaliação”, Política Externa (vol. 20, n. 3, dez./jan./fev. 2011-2012, p. 95-114; ISSN: 1518-6660; link: www.pralmeida.org/05DocsPRA/2344DiplomEraLulaBalRevPolitcaExterna.pdf).
- Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização (Rio de Janeiro: LTC, 2012, 330 p.; ISBN 978-85-216-2001-3; http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/RelaIntPExt2011.html)
- “Continuidade e Mudança na Política Externa Brasileira”, Mundorama (1/04/2011; link: http://mundorama.net/2011/04/01/continuidade-e-mudanca-na-politica-externa-brasileira-por-paulo-roberto-de-almeida/).
- “A diplomacia brasileira numa nova conjuntura política”, Mundorama (29.12.2010; link: http://mundorama.net/2010/12/29/a-diplomacia-brasileira-numa-nova-conjuntura-politica-por-paulo-roberto-de-almeida/).
- “Never Seen Before in Brazil: Lula’s grand diplomacy”, Revista Brasileira de Política Internacional (vol. 53, n. 2, 2010, p. 160-177; ISSN: 0034-7329; link: http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v53n2/09.pdf).
- “La diplomatie de Lula (2003-2010): une analyse des résultats”, In: Denis Rolland, Antonio Carlos Lessa (coords.), Relations Internationales du Brésil: Les Chemins de La Puissance; (Paris: L’Harmattan, 2010, vol. 2: Représentations Globales, p. 249-259; ISBN: 978-2-296-13543-7). Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/10/relations-internationales-du-bresil.html).
- “Pensamento e ação da diplomacia de Lula: uma visão crítica”, Política Externa (vol. 19, n. 2, set.-out.-nov. 2010, p. 27-40; ISSN: 1518-6660; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/09/pensamento-e-acao-da-diplomacia-de-lula.html).
- “Lula’s Foreign Policy: Regional and Global Strategies”, In: Werner Baer and Joseph Love (eds.), Brazil under Lula (New York: Palgrave-Macmillan, 2009, 326 p.; ISBN: 970-0-230-60816-0; chap. 9; p. 167-183; link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1811BrForPolicyPalgrave2009.pdf).
- “A diplomacia do governo Lula em seu primeiro mandato (2003-2006): um balanço e algumas perspectivas”, Carta Internacional (São Paulo: Nupri-USP, vol. 2, n. 1, jan-mar 2007, p. 3-10; ISSN: 1413-0904; link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1733DiplomLula1roMandCartaInter2007.pdf).
- “¿Una nueva ‘arquitectura’ diplomática? Interpretaciones divergentes sobre la política exterior del Gobierno Lula (2003-2006)”, Entelequia: revista interdisciplinar (2, Otoño 2006, p, 21-36; ISSN: 1885-6985; link: http://www.eumed.net/entelequia/es.art.php?a=02a02);
- “A política internacional do PT e a diplomacia do governo Lula”, In: Guilhon de Albuquerque,
José Augusto; Seitenfus, Ricardo; Nabuco de Castro, Sergio Henrique (orgs.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990) (2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006, ISBN: 85-7387-909-2; v. I: Crescimento, Modernização e Política Externa; p. 537-559),
“La politique internationale du Parti des Travailleurs: de la fondation du parti à la diplomatie du gouvernement Lula”, In: Denis Rolland et Joëlle Chassin (orgs.), Pour Comprendre le Brésil de Lula (Paris: L’Harmattan, 2004, ISBN: 2-7475-6749-4; p. 221-238; link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/73BresilLula.html).
“A política internacional do Partido dos Trabalhadores: da fundação do partido à diplomacia do governo Lula”, Sociologia e Política (Curitiba: UFPR; n. 20 jun. 2003, p. 87-102; ISSN: 0104-4478; link: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-44782003000100008).
Paulo Roberto de Almeida é diplomata e professor no Centro Universitário de Brasília – Uniceub (pralmeida@mac.com )
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