Reposto, aqui, uma mensagem de um dos antigos vocacianos do GEVOA, tal como a postei da primeira vez:
O Velho Vocacional: mudamos nós ou mudaram as circunstâncias?
(título de Paulo Roberto de Almeida)
Mensagem do Antonio Carlos Gonçalves, de 7 de outubro de 2004:
Gente,
Estive ontem na escola junto com a
Gloria,a Mazé, para verificar os reparos necessários nas instalações do
refeitorio e confesso que fiquei meio chapado. Olhei a escola... aqueles corredores.. as salas de aulas .. , e me vieram lembranças, boas lembranças bons momentos que passamos e que vivemos.
As lembranças começam com aqueles
corredores de ceramica vermelha, sempre bem encerado, ( hoje trocado por
um piso cinza), das escadas de granilite com corrimão que faziamos de
escorregador, do local da cooperativa, hoje um vestiario juntamente com a
parede onde pintamos aquele mural . Na minha imaginação eu ainda
enxergo o mesmo naquele lugar.
Andei pelo patio externo observando os alunos tendo aula de Ed. fisica e enxerguei a nós mesmos. A sala do Frank e Ephigenia permanece
igual. A quadra , eu imaginava maior, bem como a arquibancada e
também a cobertura da mesma onde o Prof Frank nos "ajudava
" carinhosamente " a atravessar.
Lembranças da ginastica de solo, dos
colchões verdes, do ping pong , das apresentações de quadrilha , de
danças ,da montagem cenografica que fizemos de Santo Amaro. Gente foi
muito gostoso lembrar disso tudo, ali.
Dá tristeza ver as salas , na maioria
redivididas, perderam personalidade , o charme, olhei para a parede
onde estavam os armários de aço , como querendo vê-los naquele local, só lembranças da posição, da cor.
Me vi correndo pelos corredores como gostava de fazer, até atropelar , na curva em frente a sala de Praticas comerciais, uma professora, que não me lembro quem foi. Me vi afundando o piso do corredor, quando o mesmo estufava, fazendo trabalhos de madeira
em artes industriais, fazendo a vitrola, como eu gostava e até hoje
curto eletronica. Me vi em Artes Plasticas, pintando, trabalhando com linóleo(lembram-se) para fazer gravuras, preparando a "tempera" para fazer pintura, as aulas de pintura , os "a
fresco" ( não sei se se escreve assim ) preparando tinta com clara de
ôvo, a terebentina, etc quantas lembranças, gente, boas lembranças. Eu
dou graças a Deus por ter podido frequentar uma escola que realmente nos
preparava para a familia, para a comunidade e para o mundo.
Observei , porém os atuais alunos, com
tristeza. Pessoal , eles não tem nada a ver com o nosso passado, é muito
esquisito,é um comportamento muito diferente. Porque essa geração é tão
diferente da nossa?
Só sei uma coisa, com certeza, estou resgatando um passado que foi maravilhoso e que me ajudou a formar a pessoa que sou hoje.
Um grande abraço a todos
Toninho
Pela transcrição:
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 21/01/2016
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