quarta-feira, 16 de março de 2016

Dia da Infamia Politica: o 16o. Brumario de Dom Corleone - Paulo Roberto de Almeida


Dia da Infâmia Política: o 16o. Brumário de Dom Corleone

Paulo Roberto de Almeida
[notas postadas no Facebook, em 16/03/2016]

Aquilo que não se concebia possível, se consumou. Depois que as grandes massas se tivessem pronunciado, não em favor do proto-ditador, como na versão original da repetição da História, mas contra o demolidor de instituições, depois que um juiz de província pretendeu torná-lo réu de processos escabrosos, depois que juristas se tivessem revoltado ante o prometido escárnio, o chefão de milícias e de quadrilhas deu o seu passo à frente.
Não pensávamos que seria confirmado, mas eles ousaram desafiar toda a cidadania revoltada.
Já que o encantador de serpentes atravessou o Rubicão, nos idos de março, só lhe resta agora remodelar toda a república no seu padrão imperial mafioso.
A repetição sempre traz surpresas. Queremos das grandes...

Esse Brumário do Dom Corleone tupiniquim vai custar caro, primeiro pela rápida deterioração dos indicadores econômicos, o que vai atingir todos nós, depois pela reação que tal infâmia política provocará na sociedade e em certas corporações que ainda se esforçam para cumprir seu papel institucional. Repito aqui aquela frase da sabedoria popular: a esperteza quando é muita, cresce e engole o dono...

A deterioração econômica não tem nenhuma importância para o partido cleptocrata e para o seu chefe mafioso. A única coisa que lhes interessa, no momento, e da qual eles necessitam desesperadamente, é uma tábua de salvação para servir de sustentação para, pela ordem:
1) o chefão mafioso;
2) o governo inepto e corrupto;
3) o regime celerado dominado pelo partido totalitário;
4) o próprio partido neobolchevique e seus principais caciques, dirigentes de quadrilha.
A economia brasileira, a dignidade política, o próprio Brasil que se danem, nada mais lhes interessa. Como eles não podem continuar sozinhos, o fiel da balança vem a ser novamente o PMDB: dele depende a sobrevivência do governo, do regime bonapartista, dos seus dirigentes cleptocratas. Todo o resto depende da sociedade e de um pequeno punhado de lutadores da esfera da Justiça. Será possível reverter a queda do Brasil para o caos?

Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 16 de março de 2016
Notas diversas no Facebook.

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