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sábado, 5 de março de 2016

Mini-maxi reflexao sobre a decadencia de certos povos - Paulo Robertode Almeida


Mini-reflexão sobre países, líderes políticos e tragédias nacionais

Paulo Roberto de Almeida

Ibere Lopes Rest escreveu o que segue numa sua postagem:
 “O PT mostrou seu lado fascista nas ruas: atacou repórteres, quebrou câmeras, ameaçou jornalistas ao vivo. Lembra o inicio do nazismo na Alemanha.”
O que me motiva a refletir sobre o destino de certos povos, outrora bem sucedidos, e num determinado momento, ou conjuntura, condenados a decair ou a sofrer pelas mãos (e pés) de certos líderes messiânicos que precipitaram a sua desgraça, ou que conseguiram simplesmente destruir o país, por sua ação esquizofrênica.
O primeiro, na era contemporânea – que aliás foi inaugurada por Robespierre, logo seguido por Napoleão – foi Lênin, um gênio em política, um ignaro em economia, um espírito totalitário, que antes de destruir a economia de mercado na Rússia, mandou a Tcheka eliminar todos os inimigos de classe e todos os adversários políticos. Trotsky teria feito, e fez, igual, mas Stalin conseguiu fazer um trabalho mais completo e abrangente, matando mais ou menos 20 milhões dos seus próprios cidadãos, comunistas e russos comuns.
Mussolini, um socialista, imitou Lênin, e implantou um Estado totalitário, e mesmo se não matou tanta gente, proporcionalmente, quanto Lênin e Stalin, levou seu país ao desastre.
Hitler vem em seguida e não apenas admirava os três, como os superou na matança e na destruição do país com uma eficiência e produtividade totalmente germânicas. Foi possivelmente o maior tirano e o pior monstro da história humana, não tanto pelo número de mortos – Gengis Khan, proporcionalmente, e Mao, absolutamente, mataram muito mais – mas pelo caráter dos seus crimes: Stalin tinha propósitos "racionais", digamos assim, ao mandar matar aliados e supostos inimigos de classe; Hitler o fez por motivos raciais sem qualquer critério de utilidade para a sua própria estratégia de dominação; foi um monstro absoluto.
Mao Tsé-tung foi um tirano numa categoria própria, capaz de sacrificar dezenas de milhões do seu próprio povo, por simples caprichos de “déspota oriental”. Nunca a outrora tão avançada China desceu tão baixo na escala civilizatória.

Mais perto de nós, a outrora tão rica, próspera e educada Argentina enfrentou mais de 80 anos de decadência contínua, começando pela "década infame" -- imortalizada no tango Cambalache --, passando pelo Grupo de Oficiais Unidos, nazifascistas, e culminando no êmulo de Mussolini, que foi Perón, com sua alucinada e patética companheira, que virou Santa.
Os militares brasileiros dos anos 1950 e 60 temiam e tinham horror à República Sindical peronista, que eles pensavam que seria implantada pelo inepto Jango, um incompetente que se achava um reformador social.
Pois a República Sindical nos "caiu" em cima em 2003, com os companheiros, liderados por um Perón de botequim, sem qualquer doutrina, mas com a mesma esquizofrenia salvacionista e as mesmas táticas mafiosas dos peronistas e fascistas.
Os companheiros já cometiam crimes antes de assaltarem o poder, como neobolcheviques que sempre foram, enquadrados "teoricamente" por gramscianos da academia, mas foi no poder que eles puderam exercer no mais alto grau sua compulsão para o roubo, a patifaria, a mentira, o arbítrio, e, se pudessem, o extermínio dos inimigos políticos, ao estilo fascista ou nazista. Não o fazem porque não podem, não porque não tivessem vontade.
Esse é o Brasil atualmente, dominado por uma organização criminosa, altamente organizada e dispondo de imensos recursos, fruto do assalto sistemático ao Estado, da extorsão dos capitalistas e banqueiros, e por várias outras formas.

Estamos num momento crucial da nossa história. Vamos afundar como a Rússia bolchevique, a Itália mussoliniana, a Alemanha nazista, a China maoísta, a Argentina peronista?
Ou vamos conseguir evitar o desastre?
Tudo depende de nós, e de nenhum salvador da pátria, de juízes ou políticos, de qualquer líder messiânico como soe acontecer nessas conjunturas.
O que faremos do Brasil, o que vamos fazer de nós?

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 5 de março de 2016

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