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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Entenda como o Brasil e os outros Brics querem evitar o dólar nas transações - Camila Pati (Revista Veja)

Entenda como o Brasil e os outros Brics querem evitar o dólar nas transações

A ideia de criação de uma alternativa à moeda norte-americana enfureceu o presidente dos estados Unidos que, mais uma vez, ameaça impor barreiras tarifárias

Por Camila Pati

Veja, 2/02/2025

A ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar 100% dos produtos dos Brics caso os países membros do bloco passem a utilizar uma moeda comum alternativa ao dólar para as transações reacendeu um debate que teve início em 2023.

Tradicionalmente o dólar é a moeda utilizada nas transações comerciais entre os países membros do Brics, o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e que recebeu outros países nos últimos anos: Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e a Indonésia.

No mundo, 58% dos pagamentos internacionais, excluindo aqueles dentro da área do euro, utilizam o dólar, e 54% das faturas de comércio exterior são denominadas na moeda americana, segundo os dados do Brookings Institution de 2022.

No entanto, a ideia de criação de uma alternativa à moeda que tem dominado o comércio internacional desde o século passado, ganhou força em agosto de 2023 depois que a Rússia começou a propor mudanças nos pagamentos feitos a partir de transações comerciais entre os membros do bloco.

Isso porque os bancos russos foram excluídos do sistema SWIFT, que promove a comunicação entre bancos e outras instituições financeiras, como parte das sanções internacionais após a invasão da Ucrânia. O SWIFT permite que as transações internacionais sejam realizadas de forma segura, rápida e padronizada.

Uma das propostas dos russos é utilizar tokens. A Rússia propõe o uso de tecnologia de registro distribuído (DLT) ou uma plataforma multinacional para transações com tokens, destacando a eliminação do risco de crédito associado ao sistema bancário tradicional. Os argumentos são de que o uso dessa tecnologia agiliza e reduz custos, eliminando intermediários e verificações de conformidade. o que poderia gerar uma economia de até US$ 15 bilhões anuais para os países do Brics, caso metade das transações entre os membros do bloco fosse feita via DLT.

A ideia de substituir o dólar é apoiada pela China. Mas o país busca fortalecer a própria moeda e tem promovido o uso do yuan nas transações comerciais. Já o presidente Lula tem se posicionado em defesa de um sistema financeiro menos atrelado ao dólar. Em discurso por videoconferência durante reunião na cúpula dos Brics em Kazan, na Rússia, em outubro do ano passado, Lula defendeu novamente que o bloco avance nas discussões sobre o uso de uma moeda comum nas transações entre os países do bloco.

“Agora é chegada a hora de avançar na criação de meios de pagamento alternativos para transações entre nossos países. Não se trata de substituir nossas moedas, mas é preciso trabalhar para que a ordem multipolar que almejamos se reflita no sistema financeiro internacional. Donald Trump reagiu logo após vencer as eleições ameaçando tarifas de 100% contra países que apoiarem uma nova moeda do Brics e reiterou a ameaça nesta semana. Na prática,atéagoraodólarsemantémforte,apesardosesforçosdoBrics para reduzir a dependência da moeda.


quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

O Brasil e sua participação em certos blocos, como o BRICS - Paulo Roberto de Almeida

 O Brasil e sua participação em certos blocos, como o BRICS

Paulo Roberto de Almeida

Existem blocos de todos os tipos, formatos, tamanhos, sabores e cores, para todos os fins e objetivos que possam decidir os países: alianças políticas ou militares, cooperação fronteiriça, cultural ou tecnológica, acordos de livre comércio (mais numerosos) ou de união aduaneira (em menor número), de unificação monetária (moeda única ou comum), ou até de confederação ou de união política (como um dia poderá ser a União Europeia).
No plano do Direito Internacional e do sistema multilateral criado após a Segunda Guerra Mundial – grosso modo a ONU e suas agências especializadas –, é preciso distinguir entre, de um lado, organizações intergovernamentais, ou órgãos multilaterais congregando Estados soberanos para as finalidades estabelecidas em seus acordos constitutivos, que são em princípio universais, ou seja, congregando todos os Estados que aceitem seus princípios, estatutos e regras de funcionamento, e de outro lado, entidades mundiais ou regionais de menor escopo substantivo, com adesão restrita unicamente aos países ou Estados que partilham de objetivos comuns, como pode ser uma aliança militar como a OTAN, um órgão de consulta e coordenação econômica, como é a OCDE, ou blocos regionais, como são a OEA, a União Africana, a ASEAN, e todos acordos comerciais, bilaterais, plurilaterais ou regionais, como são o TPP e o RCEP. Cabe uma observação especial ao esquema europeu de integração, uma vez que ele transcende o simples nível multilateral ou interestatal, ou seja, o âmbito do Direito Internacional, para alcançar um caráter supranacional, ou supraestatal, ou seja, se situa no âmbito do Direito Comunitário.
Todos os acordos internacionais, de cooperação ou de integração, representam uma espécie de renúncia, ou perda de soberania, uma vez que os Estados partícipes consentem em não atuar, em suas políticas e objetivos domésticos, contrariamente às obrigações que eles contraíram no quadro dos acordos internacionais que assinaram, que possuem objetivos universais – como a paz, a segurança e o desenvolvimento integral de todos os países, como no caso da ONU e suas agências – ou mais limitados: de cooperação e integração econômica, de defesa, de combate ao crime organizado, etc. Os países europeus, por sua vez, ao empreender os primeiros acordos de integração – CECA (Tratado de Paris, 1951), Tratados do mercado comum (Roma, 1957) – renunciaram expressamente à soberania nacional sobre a produção de carvão e do aço e depois a todos os demais produtos na concepção do mercado comum, adotando estruturas supranacionais, como foram a Alta Autoridade (na CECA) e depois a Comissão Europeia (no caso dos tratados de Roma), preservando, por outro lado, uma entidade intergovernamental, que é o Conselho Europeu (de chefes de Estado ou de governo, ou de ministros setoriais). A União Europeia representa graus ainda mais elevados de desnacionalização de políticas nacionais, envolvendo fronteiras, segurança e defesa, moeda comum e outros aspectos que podem compreender opções para determinados países membros (por exemplo, nem todos os membros da EU aderiram ao euro).
O Brasil sempre teve uma postura inclusiva na maior parte dos acordos de caráter universal (ONU) ou mundial (Gatt, depois OMC, etc.), mesmo não tendo grande poder decisório em determinados organismos (possui apenas uma pequena cota parte no FMI, por exemplo). Mas no plano regional sempre esteve disposto a aderir, ou mesmo sugerir acordos e uniões políticas e econômicas: Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR, 1947, modelo de defesa coletiva que seria utilizado no Tratado do Atlântico, que criou a OTAN, em 1949), depois a OEA (1948), o Tratado de Montevidéu de 1960 (Alalc), o de 1980 (Aladi), o Tratado de Integração Argentina-Brasil (1988) e depois o de Assunção (1991, com Paraguai e Uruguai). Não ingressou na OCDE (1960) porque não foi convidado, mas tampouco estava preparado para aceitar determinadas obrigações dos países membros (como a liberalização dos investimentos estrangeiros e dos movimentos de capitais, por exemplo), mas agora se dispõe a aceitar essas regras e solicitou formalmente adesão (ainda não consumada). Também ingressou em bancos de desenvolvimento (como o BID, 1960), no Clube de Paris (entidade de países credores, que existe desde os anos 1960, mas à qual o Brasil só foi aceito em 2017) e no BIS (Banco de Compensações Internacionais, ou Banco de Basileia, cooperação entre bancos centrais).
Em outros termos, o Brasil pode decidir fazer parte, ou se tornar membro de diferentes entidades interestatais internacionais ou regionais, com cujos princípios constitutivos, estatutos e objetivos ele esteja de acordo, como determinar o governo e decidir o Congresso (embora alguns acordos tenham sido feitos no Estado Novo, quando não havia Parlamento funcionando). Em alguns casos, ele mesmo pode determinar o surgimento de uma nova entidade – como no caso dos diferentes esquemas de integração regional –, ou propor, com alguns sócios escolhidos a dedo, um novo bloco para preencher objetivos específicos ou interesses nacionais bem definidos.
Este não é o caso, contudo, do BRIC (este era o formato original, em 2006-2009) ou do BRICS (como se tornou a partir de 2011), que reputo como sendo uma entidade totalmente artificial, disfuncional e pouco propensa a consolidar um processo autônomo de afirmação internacional, de acordo a objetivos de desenvolvimento nacional especificamente brasileiros. O fato de que o BRICS tenha constituído um Novo Banco de Desenvolvimento – fundado aliás no Brasil, em 2014 – não me parece representar nenhum objetivo maior no quadro de nossa interface externa, apenas mais burocracia e contribuições mandatórias que são sempre custosas. Não é por falta de financiamento que a infraestrutura brasileira interna e para as exportações ainda é de péssima qualidade, e sim pela ausência de um bom ambiente regulatório e de bons projetos para captar recursos de diversas fontes externas e até internas, privadas ou de fundos e bancos existentes. O BRIC-BRICS foi uma construção política, reunindo a princípio quatro países, depois cinco, atualmente mais de dez (e outros associados); isso denota apenas que o Brasil está aberto a novos arranjos internacionais, mas cabe ressaltar que esses países possuem poucos pontos em comum, em suas respectivas diplomacias e quase nenhuma convergência explícita nas estratégias de desenvolvimento.

Blocos e alianças estratégicas deveriam ser como esses remédios de tarja preta, que só podem ser receitados em condições especiais, depois de um bom exame do paciente, da avaliação de seus efeitos colaterais e com um bom seguimento regular por especialistas na questão. Tais agrupamentos têm sido sobre-estimados e sobretudo vendidos a um preço acima de seu valor de mercado. Ao longo da história, muitos desses grupos foram constituídos, geralmente com objetivos econômicos ou de defesa.
Os mais frequentes são os blocos de comércio, mas mesmo aqui as variedades são muitas, desde os analgésicos das áreas de preferências tarifárias (como os acordos da Aladi, e vários outros pelo mundo, sobretudo entre países em desenvolvimento), ao fortificante das zonas de livre comércio (são centenas e centenas já registradas na OMC, como a Efta, por exemplo, embora algumas fossem bem mais musculosas, como o antigo Nafta), à vitamina da união aduaneira (o próprio Mercosul é uma, mas parece uma colcha de retalhos, muito perfurada), à anfetamina do mercado comum (o que gostaria de ser o Mercosul, mas ainda não consegue, e que corresponde à Comunidade Europeia nos anos 1960), passando depois aos antibióticos das uniões econômicas e monetárias (só a União Europeia adentrou por essa via, não considerando os países que renunciaram a ter moeda própria), até chegar nos barbitúricos da união política (por vezes por incorporação voluntária ou consentida, em outras por absorção).
É possível que eles possuam virtudes estimulantes e fortificantes para os que deles fazem parte, mas também existem efeitos indesejados, como o fato de reduzirem os objetivos dos mais ambiciosos ao mínimo denominador comum; ou então levar os menos poderosos a agregar apoio às ambições dos mais fortes, que podem lograr, num caso ou noutro, alguma conquista que sozinhos não poderiam. A questão da confiança nesses blocos é fundamental, mas é difícil controlar a postura de cada um deles: existem os recalcitrantes até num bloco altamente institucionalizado, como o da União Europeia, ou manobras unilaterais que podem afastar parceiros formais do objetivo comum, como já tinha observado Tucídides, no caso da Liga Ateniense, que não impediu alguns membros de apoiarem Esparta na guerra do Peloponeso.
Quanto aos pontos positivos ou negativos, o leque de alternativas ou de interpretações contraditórias é muito amplo para ser tratado nos limites deste pequeno texto. Mas cabem as perguntas de praxe: o Mercosul ajuda ou prejudica o Brasil? – perguntam alguns; já escrevi muito sobre o Mercosul, e meus trabalhos podem ser encontrados em minhas plataformas de interação acadêmica. O Brics é uma boa coisa para o Brasil, ou para a África do Sul? E o Ibas, a primeira entidade da fábrica de experimentos externos da diplomacia lulopetista, trouxe resultados positivos? Se sim, por que não se reúne mais? A Unasul, o que trouxe de diferente que o Brasil não fazer por si mesmo, bilateralmente ou em acertos pragmáticos, para algum projeto ad hoc? Em resumo, todos esses blocos, grupos, foros entregam o que prometem e os seus benefícios superam os seus custos, políticos e financeiros? Pode ser, mas seria preciso uma avaliação independente dos governos para avaliar se é realmente bom para o país.
Por vezes, uma condução dos projetos nacionais em bases inteiramente autônomas, ou no plano estrito das relações bilaterais em caráter seletivo, pode oferecer um maior leque de opções ao país do que o pertencimento a um bloco arranjado de forma por vezes improvisada, no qual para conduzir qualquer nova iniciativa se deve sempre partir do mínimo denominador comum, uma vez que raramente projetos ambiciosos podem ser inteiramente compartilhados com três ou mais sócios do mesmo empreendimento. Creio que o Brasil é suficientemente instruído, sobretudo em sua diplomacia, para escolher ele mesmo suas melhores opções, tanto no plano formal – ou seja, em formato bilateral, regional ou plurilateral –, quanto no plano substantivo, ou seja, nos objetivos que pretende atingir em seu processo de desenvolvimento (se é que ele tem algum, realmente).

Paulo Roberto de Almeida

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Brics: trabalhos selecionados de Paulo Roberto de Almeida

 A lista abaixo não é completa, sendo composta unicamente pelos textos específicos; muitas notas de ocasião ficaram dispersas neste blog ou em comentários e argumentos veiculados em outras ferramentas de comunicação social, sobretudo na fase recente, quando o Brics passou a ser Brics+, cujas implicações ainda vou analisar..

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Lista de trabalhos sobre o BRIC-BRICS, 2006-2023 - Paulo Roberto de Almeida

 Lista de trabalhos sobre o BRIC-BRICS, 2006-2023 

Paulo Roberto de Almeida

 [Objetivo: consolidar trabalhos temáticos numa única lista]

Atualizado em 22/07/2024

 

Apenas os que contêm BRIC ou BRICS no título (ordem cronológica inversa): 

 

4506. “Uma reflexão preventiva, e realista, sobre mundos alternativos”, Brasília, 6 novembro 2023, 2 p. Nota sobre a crença numa nova ordem global associada aos BRICS. Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2023/11/uma-reflexao-preventiva-e-realista.html).

 

4465. “O Brasil de Lula 3 no G20 da Índia”, São Paulo, 31 agosto 2023, 3 p. Artigo para a revista Crusoé sobre o G20 e o Brasil. Publicado em 1/09/2023 (link: https://oantagonista.com.br/mundo/crusoe-o-brasil-de-lula-3-no-g20-da-india/); divulgado parcialmente no blog Diplomatizzando (1/09/2023; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2023/09/the-dawn-of-bric-world-order.html). Relação de Publicados n. 1521.

 

4459. “A cúpula do Brics e o projeto mirabolante de uma moeda comum”, Brasília, 17 agosto 2023, 3 p. Artigo para a revista Crusoé, com base nos trabalhos 4343 (“Questões sobre Brics e Mercosul”, Brasília, 25 março 2023, 3 p.) e 4309 (“Sobre o “projeto mágico” da moeda comum do Mercosul”, Brasília, 22 janeiro 2023, 2 p.) Enviado a Ricardo Ortega. Publicado na revista Crusoé (edição 270, 18/08/2023; link: https://crusoe.com.br/edicoes/277/a-cupula-do-brics-e-o-projeto-mirabolante-de-uma-moeda-comum/). Relação de Publicados n. 1520. 

 

4421. “BRIC-BRICS: da pré-história à situação atual”, Brasília, 19 junho 2023, 19 p. Dossiê em torno de minha análise preliminar sobre o BRIC, antes de sua formalização em nível ministerial (2006) e de cúpula (2009), e antes que se transmutasse em BRICS (2011). Listas de trabalhos até junho de 2023, incluindo o prefácio do livro de 2022 e o índice. Divulgado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/103587411/4421_BRIC_BRICS_da_pré_história_à_situação_atual_2023_) e em Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/371697731_BRIC-BRICS_da_pre-historia_a_situacao_atual); postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2023/06/bric-brics-da-pre-historia-situacao.html).

 

4420. “O que impede os diplomatas de pensarem com suas próprias cabeças?”, Brasília, 19 junho 2022, 2 p. Nota sobre um equívoco monumental da diplomacia presidencial, a criação do BRIC-BRICS. Postado no blog Diplomatizzando(link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2023/06/o-que-impede-os-diplomatas-de-pensarem.html).

 

4204. “O BRICS na Ordem Mundial: a formação do bloco e a política do Brasil”, Brasília, 23 julho 2022, 16 slides. Apresentação para palestra no grupo Ubique no dia 29/07/2022, às 20h30. Disponível em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/103586658/4204_O_BRICS_na_Ordem_Mundial_a_formação_do_bloco_e_a_política_do_Brasil_2022_).

 

4203. “Bibliografia seletiva sobre o BRICS e os Brics”, Brasília, 22 julho 2022, 4 p. Seleção de artigos e livros sobre o grupo e seus membros, para fins de palestra. Disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/83574390/4203BibliografiaseletivasobreoBRICSeosBrics2022) e informado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/07/bibliografia-seletiva-sobre-o-brics-e.html).

 

4189. “O futuro do grupo BRICS”, Brasília, 30 junho 2022, 9 p. Texto conceitual sobre os caminhos enviesados do BRICS pós-guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, e reflexivo sobre as ordens alternativas no campo econômico e político. Elaborado a propósito de webinar promovido pelo IRICE sobre “O futuro do grupo Brics” (30/06/2022), na companhia do presidente do NDB, Marcos Troyjo, e da representante da Secretaria de Comércio Exterior do Itamaraty, Ana Maria Bierrenbach. Postado no Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/06/o-futuro-do-grupo-brics-ensaio-por.html). Vídeo do evento disponível no canal do IRICE no YouTube (link: https://www.youtube.com/watch?v=9Q9l8i4gyX4 ). Relação de Publicados n. 1464.

 

4188. “O Brics e o Brasil: quem comanda?”, Brasília, 28 junho 2022, 3 p. Artigo para a revista Crusoé. Publicado na revista Crusoé (1/07/2022; link: https://crusoe.uol.com.br/secao/reportagem/a-ampliacao-do-brics-e-o-interesse-nacional/); transcrito no blog Diplomatizzando (1/07/2022; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/07/a-ampliacao-do-brics-e-o-interesse.html). Relação de publicados n. 1461.

 

4170. “Sumário do livro A Grande Ilusão do Brics”, Brasília, 12 junho 2022, 1 p. Breve resumo, em inglês e português, para preencher demanda do KDP, a partir da publicação do livro A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2022; ISBN: 978-65-00-46587-7; ASIN: B0B3WC59F4; Preço: R$ 25,00; disponível no link da Amazon.com: https://www.amazon.com/grande-ilus%C3%A3o-Brics-diplomacia-brasileira-ebook/dp/B0B3WC59F4/ref=sr11?keywords=A+grande+ilus%C3%A3o+do+Brics+e+o+universo+paralelo+da+diplomacia+brasileira&qid=1656513882&sr=8-1). Relação de Publicados n. 1455.

 

4168. “O Brics depois da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia”, Brasília, 9 junho 2022, 6 p. Posfácio ao livro A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da diplomacia brasileira, e revisão geral, eliminando todas as tabelas, agora com 187 p. Apresentação no blog Diplomatizzando (11/06/2022; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/06/meu-proximo-kindle-sobre-miragem-dos.html). Publicado em 12/06/2022 Brasília: Diplomatizzando, 2022; ISBN: 978-65-00-46587-7; ASIN: B0B3WC59F4.

 

4167. A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da diplomacia brasileira, Brasília, 6 junho 2022, 191 p. Livro sobre o Brics. Revisão em 8/06, para retirada de todas as tabelas estatísticas, reduzindo o livro a 185 páginas. Acréscimo do posfácio (trabalho n. 4168), ampliando o volume a 187 p. Apresentação no blog Diplomatizzando (11/06/2022; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/06/meu-proximo-kindle-sobre-miragem-dos.html).

 

4166. “Brics: uma ideia em busca de algum conteúdo”, Brasília, 6 junho 2022, 5 p. Prefácio ao livro A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da diplomacia brasileira. Postado no blog Diplomatizzando (1/02/2024; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2024/02/brics-minha-opiniao-sobre-o-grupo-em.html).

 

4151. “Brics: o asset que virou uma liability”, Brasília, 9 maio 2022, 1 p. Confirmação de minha opinião que considera o Brics uma péssima ideia da dupla Amorim-Lavrov. Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/05/brics-o-asset-que-virou-uma-liability.html).

 

4140. “A Grande Ilusão: os BRICS e o universo paralelo da diplomacia”, Brasília, 28 abril 2022, 241 p. Primeira versão da brochura coletando meus trabalhos mais importantes sobre o Bric-Brics, desde 2006, faltando ainda revisar cada um dos dez capítulos e escrever prefácio e conclusão.

 

4139. A Grande Ilusão: os BRICS e o universo paralelo da diplomacia”, Brasília, 28 abril 2022, 6 p. Lista de trabalhos sobre o BRIC e os BRICS a partir da lista geral de trabalhos. Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/04/a-grande-ilusao-os-brics-e-o-universo.html).

 

4039. “Lista de trabalhos pessoais sobre o BRICS”, Brasília, 7 dezembro 2021, 4 p. Elaborada a partir da lista geral de trabalhos. Revisar para divulgar. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/12/lista-de-trabalhos-pessoais-sobre-o.html).

 

3845. Lista de trabalhos de Paulo Roberto de Almeida sobre BRIC-BRICS, 2006-2019”, Brasília, 24 janeiro 2021, 5 p. Apenas os trabalhos referidos expressamente no seu título, ou na sua descrição, aos conceitos BRIC ou BRICS, à exclusão de muitos outros que trataram da questão em meio a diversos outros temas de relações econômicas internacionais ou de política externa brasileira, mas que não é possível identificar agora. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/01/lista-recapitulativa-de-trabalhos-sobre.html).

 

3398. “O que eu pensava do Brics em 2014? Continuo pensando o mesmo”, Brasília, 19 janeiro 2019, 15 p. Digressões, com base no trabalho n. 2600 (“Brasil”), in: Jorge Tavares da Silva (ed.), Brics e a Nova Ordem Internacional (Casal de Cambra: Caleidoscópio; Aveiro: Mare Liberum, 2015, 320 p.; ISBN: 978-989-658-279-1; p. 71-115; link: https://www.academia.edu/10200076/108_Brasil_no_Brics_2015_), com pequenas mudanças indicadas em vermelho. Publicado no Diplomatizzando (https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/01/o-que-eu-penso-do-brics-o-mesmo-que.html), em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/s/fa4524406e/o-que-eu-pensava-do-brics-em-2014-continuo-pensando-o-mesmo-2019) e em Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/330502480_O_que_eu_pensava_do_Brics_em_2014_Continuo_pensando_o_mesmo).

 

3188. “O lugar dos BRICS na agenda brasileira e internacional: reflexões, papeis e linkages”, Brasília, 3 novembro 2017, 29 p. Texto-guia para palestra no quadro do IV CIRIPE, Congresso Internacional de Relações Internacionais de Pernambuco (7/11/2017), a convite do Prof. da Faculdade Damas, Prof. Thales Castro, servindo também para livro (e-book), “O Lugar dos BRICS nas relações internacionais contemporâneas: Anais do IV Congresso Internacional de Relações Internacionais de Pernambuco. Inserido na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/s/15ebecf062/o-lugar-dos-brics-na-agenda-brasileira-e-internacional-reflexoes-papeis-e-linkages) e informado no blog Diplomatizzando (4/11/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/11/repensando-o-brics-ou-um-dos-brics.html).

 

3140. “O Brics acadêmico, na visão de gramscianos brasileiros”, Brasília, 12 julho 2017, 2 p. Comentários preliminares a transcrição no blog de artigo por três acadêmicos gramscianos, “Fórum Acadêmico dos BRICS e os (des)caminhos da diplomacia brasileira”, assinado por Renata Boulos, Diego Pautasso e Cláudio Puty, publicado em Carta Capital(14/07/2017; link: https://www.cartacapital.com.br/blogs/blog-do-grri/o-forum-academico-do-brics-e-os-des-caminhos-da-diplomacia-brasileira). Divulgado no Diplomatizzando (https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/07/academicos-gramscianos-continuam-com-as.html).

 

2896. “The Politics and Political Economy of Brazil in the BRICS”, Brasília, 20 novembro 2015, 27 slides; Power Point for a global interchange course offered by Francisco Panizza (LSE) and Tony Spanakos (Montclair State University), November 20.

 

2639. “Sugestões de política externa, 2: o problema do Brics”, Hartford, 4 agosto 2014, 4 p. Considerações de caráter preliminar sobre o problema do Brics, diagnóstico tentativo e propostas de encaminhamento diplomático. Inédito.

 

2600. “Brasil no Brics”, Hartford, 16 abril 2014, 33 p. Contribuição à obra: Jorge Tavares da Silva (ed.), Brics e a Nova Ordem Internacional, a ser publicada em Portugal. Revisão em 21/07/2014, para acomodar informação sobre a cúpula dos Brics em Fortaleza, com a criação de um banco do grupo, bem como de um mecanismo de reservas contingentes; atualização geral das tabelas, total: 44 p.; revisão formal, atualização de dados: 16/01/2015. Publicado In: Jorge Tavares da Silva (ed.), Brics e a Nova Ordem Internacional (Casal de Cambra: Caleidoscópio; Aveiro: Mare Liberum, 2015, 320 p.; ISBN: 978-989-658-279-1; p. 71-115). Disponível no Academia.edu (links: https://www.academia.edu/10200076/108_Brasil_no_Brics_2015_ e https://www.academia.edu/attachments/36883658/download_file?s=work_strip). Relação de Publicados n. 1162.

 

2480. “Brazil: an emerging country among the BRICS and its economic challenges”, Hartford, 16 abril 2013, 39 slides. Apresentação em PowerPoint para aula, seguida de debate na University of Connecticut Business School, MBA classe do professor Narasimhan Srinivasan, em 17 de abril, 18hs. 

 

2476. “Brics 2013 Declaration: a simplified version”, Hartford, 27 março 2013, 11 p. Tradução do burocratês em linguagem mais amena. Postado no Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2013/03/brics-declaration-more-readable-version.html).

 

2416. “O grupo Brics no contexto da crise econômica mundial”, Brasília, 31 julho 2012, 3 p. Ensaio elaborado com base no trabalho 2404, para a revista Consulex, em número especial a ser divulgado no Congresso Brasileiro de Direito Internacional; encaminhado a Wagner Menezes. Revista Jurídica Consulex (Brasília, ano 16, n. 374, 15 de agosto de 2012, p. 30-31; ISSN: 1519-8065). Postado no blog Diplomatizzando (26/08/2012; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2012/08/o-grupo-brics-no-contexto-da-crise.html). Relação de Publicados n. 1079bis.

 

2404. “O futuro econômico dos Brics (se existe um...)”, Brasília, 30 junho 2012, 5 p. Respostas a questões da jornalista redatora de economia do portal Terra; aproveitado muito parcialmente na matéria “Em desaceleração, Brics tem como legado comércio Brasil-China” (8/07/2012; link: http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201207081100_TRR_81380634). Postado no Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2012/06/os-brics-e-seu-futuro-economico-paulo.html).

 

2331. “Pequeno debate sobre os Brics: comentando seu papel na ordem mundial”, Brasília, 22 outubro 2011, 6 p. Blog Diplomatizzando (22/10/2011; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/10/brics-pequeno-debate-sobre-seu-papel.html).

 

2325. “Os Brics na nova conjuntura de crise econômica mundial”, Brasília, 7 outubro 2011, 9 p. Ensaio sobre o papel dos Brics no contexto atual. Mundorama (10/10/2011; link: http://mundorama.net/2011/10/10/os-brics-na-nova-conjuntura-de-crise-economica-mundial-por-paulo-roberto-de-almeida/). Dividido em três partes para o Observador Político (1a. parte: 26/10/2011; 2a parte: 27/10/2011; 3a parte: 28/10/2011). Publicado na revista Espaço da Sophia(vol. 45, n. 1, janeiro-junho 2012, ISSN: 1981-318X; p. 111-123). Relação de Publicados n. 1056 e 1964. Relação de Publicados n. 1056.

 

2157. “La estratégia de relaciones internacionales de Brasil y su política para el Bric”, Shanghai, 21 junho 2010, 66 p. Reaproveitamento do trabalho n. 1960, para palestra no Centro de Estudos Brasileiros do Instituto de Estudos Latinoamericanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais. Feito PowerPoint em 50 slides. Apresentado em 25 de junho de 2010. Perguntas sobre câmbio e Venezuela.

 

2077. “O Bric e a substituição de hegemonias: um exercício analítico (perspectiva histórico-diplomática sobre a emergência de um novo cenário global)”, Brasília, 31 dezembro 2009, 31 p. Ensaio preparado para projeto do IPEA, sob a coordenação de Renato Baumann (Cepal-Escritório no Brasil). Publicado In: Renato Baumann (org.): O Brasil e os demais BRICs: Comércio e Política (Brasília: CEPAL-Escritório no Brasil/IPEA, 2010, 179 p.; ISBN: 85-781-1046-3), p. 131-154. Disponível na plataforma Academia.edu (link: http://www.academia.edu/5794579/086_O_Bric_e_a_substitui%C3%A7%C3%A3o_de_hegemonias_um_exerc%C3%ADcio_anal%C3%ADtico_perspectiva_hist%C3%B3rico-diplom%C3%A1tica_sobre_a_emerg%C3%AAncia_de_um_novo_cen%C3%A1rio_global_2010_). Relação de Publicados n. 967.

 

2016. “Sobre a morte do G8 e a ascensão dos Brics: comentários metodológicos”, Brasília, 13 junho 2009, 6 p. Comentários em torno do anúncio, provavelmente prematuro, da morte do G8 pelo ministro das relações exteriores do Brasil, em 12/06/2009. Publicado em Via Política (15.06.2009). Divulgado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2009/06/1156-mais-rumores-sobre-morte-do-g8.html). Relação de Publicados n. 904.

 

1980. “A democracia nos Brics”, Brasília, 25 janeiro 2009, 3 p. Comentários adicionais à questão da democracia nos Brics, para matéria de jornal. Trechos selecionados publicados na matéria: Maria Helena Tachinardi, “Instituições: Estrutura capitalista e sociedade moderna”, In: Valor Especial, Oportunidades de Investimento (março 2009, p. 70-74). Postado no blog Diplomatizzando (12.07.2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/07/democracia-nos-brics-paulo-r-almeida.html).

 

1950. “Les Brics et l’économie brésilienne : Interview pour la Chaire des Amériques – Université Paris I”, Brasília, 11 novembro 2008, 6 p. Respostas a questionário colocado por Vincent Paes, assistente da Chaire Amériques-Université de Paris I, para divulgação online. Divulgado em 25.11.2008, nos seguintes links: (a) Brics: http://www.economie-et-societe.com/article-24982794.html; (b) Brésil: http://www.economie-et-societe.com/article-25122338.html; a ser integrado ao website da Chaire Amériques oportunamente.

 

1920. “Radiografia do Bric: indagações a partir do Brasil”, Brasília, 26 agosto 2008, 29 p. Análise econômica dos países integrantes do novo grupo proposto e dos problemas políticos a isso vinculados. Preparada versão resumida, sob o título de “O Brasil e o Bric: o questionamento de um conceito”. Publicado na revista Nueva Sociedad (Buenos Aires: Friedrich Ebert Stiftung; especial “O Brasil no mundo”, outubro 2008; ISSN: 0251-3552, p. 133-152). Encaminhado à Revista de Economia e Relações Internacionais (RERI-FAAP), por intermédio de Roberto Macedo; submetido à revista Leituras de Economia Política. Retirado de ambas para publicação pela revista Inteligência, por demanda do jornalista Luiz Cesar Faro. Dividido em dez seções e publicado, sob o título “Bric: anatomia de um conceito”, no boletim Via Política (1: 31.08.2008; 2: 8.09.2008; 3: 15.09.2008; 4: 29.09.2008; 5: 06.10.2008; 6: 13.10.2008; 7: 20.10.2008; 8: 27.10.2008; 9: 03.11.2008; 10: 10.11.2008. Utilizado como base de entrevista concedida ao repórter Wagner Cardoso, da Radio France Internationale, seção em português para o Brasil; dividido em dois programas de 10 minutos, divulgados em emissões dos dias 17/09 e 24/09, às 11h30 da manhã, em Paris (www.rfi.fr). Resumido em nova versão (10 p.), sob o título “O papel dos Bric na economia mundial”, para publicação em livro pela Editora Aduaneiras, resultado de curso dado a jornalistas em Brasília (10.10.2008); In: Cebri-Icone-Embaixada Britânica Brasília, Comércio e Negociações Internacionais para Jornalistas (Rio de Janeiro, 2009, p. 57-65); feita versão em inglês, com revisão em 29.01.2009, para publicação. Publicada sob o título “The Bric’s role in the Global Economy”. In: Cebri-Icone-British Embassy in Brasília, Trade and International Negotiations for Journalists (Rio de Janeiro, 2009, p. 146-154); Relação de Publicados n. 903. Feita nova versão resumida, sob o título de “Anatomia do Bric: um exercício de clarificação”, para curso de jornalistas em Brasília (10.10.2009). Revisto, modificado e ampliado (34 p.), em 18.11.2008, para publicação, sob o título de “Bric: reflexões a partir do Brasil”, na revista Inteligência. Publicado sob o título de “To Be or Not the Bric”, Inteligência(Rio de Janeiro: Ano: XI - 4º trimestre, 12/2008, p. 22-46; link: http://www.insightinteligencia.com.br/43/PDFs/01.pdf). Relação de Publicados n. 856 e 878.

 

1903. “Dez questões sobre os Brics e uma conclusão preventiva”, Rio de Janeiro-Brasília, 27 junho 2008, 2 p. Esquema de trabalho de reflexão sobre os Brics no contexto do comércio internacional e do processo de globalização, para o 5o. Curso sobre Comércio e Negociações Internacionais para Jornalistas (Icone-Cebri-Embaixada Britânica), a ser realizado de 22 a 26 de setembro de 2008, em Brasília. 

 

1884. “Questionário sobre BRIC”, Brasília, 5 maio 2008, 4 p. Respostas a questionário colocado por estudante de RI de Curitiba, sobre os BRICs no contexto internacional. Postado no blog Diplomatizzando (13.07.2010; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/07/questionario-sobre-o-bric-paulo-r.html); novamente postado em 10/11/205 (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2015/11/brics-mais-uma-ideia-que-fez-chabu.html).

 

1743. “O Brasil e os BRICs: economia política de uma sigla”, Brasília, 15 abril 2007, 10 p. Palestra nos cursos de relações internacionais da FMU, no dia 16 de abril de 2007, em formato de PowerPoint, em 74 slides. 

 

1691. “O papel dos BRICs na economia mundial (corrigindo alguns equívocos de compreensão)”, Brasília, 26 novembro 2006, 5 p. Revisão, em formato de artigo, da entrevista concedida sob n. 1686, para fins de publicação de forma independente. Publicado nos blogs: Via Política (Porto Alegre, 26.11.06); Mercado Global (18.06.07). Postado no blog Diplomatizzando (28/05/2011; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/05/os-brics-antes-de-existirem-os-brics.html). Relação de Publicados n. 718.

 

1686. “Os BRICs e a economia mundial: Algumas questões de atualidade”, Brasília, 13 novembro 2006, 3 p. Entrevista concedida ao jornalista Lourival Sant’Ana, do jornal O Estado de São Paulo, no Rio de Janeiro, em 9 de novembro de 2006 (link no blog Diplomatizzandohttps://diplomatizzando.blogspot.com/2019/11/o-bric-e-economia-mundial-2006-paulo.html). Publicado em outro formato n’O Estado de São Paulo em 04/12/2006, caderno Economia, pág. B7, sob o título “O Bric é só um exercício intelectual” (link na base de dados do Senado: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/323704/noticia.htm?sequence=1&isAllowed=y). Entrevista foi objeto de editorial do jornal em 5/12/2006, sob o título “Atraso made in Brazil” (link na base de dados do Senado: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/324077/noticia.htm?sequence=1&isAllowed=y; link no blog Diplomatizzandohttps://diplomatizzando.blogspot.com/2023/06/atraso-made-in-brazil-editorial-o.html). Entrevista republicada no site do Instituto Millenium (em 6/12/2006) e no site Defesa.Net – Defesa, Estratégia e Inteligência(6/12/2006). Incorporado ao volume Via Política (2017). Postado novamente no Diplomatizzando (3/03/2022; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/03/os-brics-e-economia-mundial-entrevista.html). Refeito em formato de artigo sob n. 1691. Relação de Publicados n. 725.

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4710, 22/07/2024, 9 p.

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Brics e anti-Brics - Guilherme Casarões e Paulo Roberto de Almeida

 Primeiro a postagem de Guilherme Casarões:

“ No Jornal Nacional de ontem, falei dos desafios brasileiros diante de um BRICS ampliado e mais assertivo. A reunião de Kazan, na Rússia, mostra que Putin não está isolado. Ele recebeu 36 autoridades estrangeiras e fez um discurso de confrontação ao Ocidente. Nada menos que 13 países foram admitidos como parceiros do bloco.

Quando os BRICS foram criados, em meados dos anos 2000, o grupo era uma espécie de "clube de potências emergentes". O peso econômico e diplomático de Brasil, Rússia, Índia e China (e, mais tarde, África do Sul) era o que mantinha o bloco coeso. O objetivo comum era reformar o multateralismo financeiro e político, trazendo-lhes mais protagonismo global.

O mundo mudou e o bloco também. Ainda que a democracia nunca tenha sido característica central dos BRICS, hoje seus membros são majoritariamente autoritários. Por outro lado, o bloco está bem mais representativo do chamado "Sul Global". Não surpreende que muitos vejam os BRICS como uma aliança anti-ocidental.

Ao Brasil, que consegue manter um equilíbrio estratégico entre visões de mundo ocidentais e, digamos, pós-ocidentais, cabe trazer ao debate dos BRICS temas urgentes da política mundial, como emergência climática e reforma da governança global.

Esse é um dos grandes desafios da política externa brasileira: pensar os BRICS como um espaço propositivo, de cooperação, para não só garantir a relevância do bloco, mas também sua própria relevância dentro do bloco.

Só precisa combinar com os russos...”


Agora, o meu comentário:

“Permito-me dizer que foram admitidos 13,5 novos membros, pois que a oposição puramente “vingativa” do Brasil à Venezuela, foi contrariada pelo acolhimento extremamente simpático de Putin a Maduro, o que significa que ela já está meio dentro.

Espaço propositivo de reforma ainda precisa ser provado, pois o que apareceu até aqui foram contra-propostas, contra a ordem global que trouxe prosperidade ao mundo, por exemplo. O que trouxeram os Brics até aqui? Guerras e ameaças de guerras, e promessa de desmantelamento do que foi criado ao cabo da maior guerra da humanidade até aqui. Por acaso seus dois membros mais importantes querem trazer mais alguma? Para destruir e matar? Foi o que fez a maior potência bélica da Eurasia, chantageando o mundo com uma guerra nuclear. 

O maior desafio ao Brasil vinda da equivocada diplomacia lulopetista não é o de demonstrar a relevância do Brics ao mundo, mas sim o de superar a irrelevância do Brics para o desenvolvimento democrático do Brasil e do mundo.

Sorry, mas esse culto do estatismo e do autoritarismo não combina com padrões tradicionais da diplomacia brasileira. Os propósitos do Brics russo-chinês NÃO TÊM NADA A VER com o espirito e os objetivos do BRIC original de Jim O’Neill, que deve estar horrorizado com a sua configuração atual e seus objetivos contra-natureza. Apenas amigos de ditaduras podem apreciar a composição atual dessa força maligna para o progresso democrático da humanidade.

Não, Putin não está isolado. Por incrível que pareça, não só dezenas de dirigentes que desprezam o Direito Internacional, e ATÉ O SG-ONU, acharam por bem prestigiar um ditador criminoso de guerra e procurado por crimes contra a humanidade pelo TPI. Isso deveria nos fazer questionar certos retrocessos morais da humanidade, inclusive do próprio Brasil. Um momento lamentável da diplomacia lulo-petista, que projeta seu lado sombrio sobre a diplomacia profissional.

Certas coisas precisam ser ditas, para que não se pense que a diplomacia profissional só tem gente submissa a certos absurdos que vêm de cima.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 25/10/2024“



quinta-feira, 17 de outubro de 2024

O Brics só se move segundo os interesses da Rússia de Putin - Victor Farinelli (Opera Mundi)

Os requerimentos do Brics para aceitação de novos membros no bloco se encaixam perfeitamente nos condicionantes russos para total apoio à sua política externa. O único item que combina com os interesses do Brasil é a reforma da ONU, mas todos sabem que ela não tocará no CSNU. O Itamaraty examinou cuidadosamente a lógica intrínseca ao paradigma russo? PRA BRICS define não apoio a sanções do Ocidente como condição para aceitar novos membros no bloco Victor Farinelli Opera Mundi, 14 de outubro de 2024 A 16ª Cúpula dos líderes do BRICS deve definir, na Rússia, quais os critérios para que outros países possam se associar ao bloco como parceiros, modalidade diferente da exercida por membro pleno. Entre os critérios já definidos, estão a defesa da reforma das Nações Unidas (ONU), incluindo o Conselho de Segurança; ter relações amigáveis com os membros atuais, o que inclui Rússia, China e Irã; além de não apoiar sanções econômicas aplicadas sem a autorização da ONU. Nos próximos dias 22 a 24 de outubro, os chefes de estado dos países membros, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, se reúnem em Kazan, na Rússia, para definir os critérios. Segundo o Itamaraty, a definição já está em fase avançada de negociação. "O Brasil tem adotado a posição de não indicar países porque nós entendemos que o importante é você discutir os critérios. Depois que você discute os critérios, você vê quais países se encaixam nesses critérios. Mas os critérios não vão fugir muito do que já existe para membros plenos", explicou nesta segunda-feira (14/10) o secretário do Itamaraty de Ásia e Pacífico, o embaixador Eduardo Paes Saboia, em entrevista à imprensa. Existem algumas dezenas de nações que demonstraram interesse em se unir ao bloco como parceiros associados. Atualmente, o grupo tem dez membros plenos. Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, se uniram ao BRICS neste ano como membros permanentes o Irã, a Arábia Saudita, o Egito, a Etiópia e os Emirados Árabes. O embaixador brasileiro Eduardo Saboia destacou que, entre os critérios para aceitar estados associados, deve estar a questão de representação geográfica. "Você tem regiões que estão sub representadas no BRICS e outras que talvez estejam mais representadas", comentou. Rússia confirma que 24 chefes de Estado estarão presentes na cúpula do BRICS Cúpula do BRICS na Rússia mira negociações para reduzir dependência do dólar Presidência do Brasil no BRICS visa taxação de grandes fortunas e combate à pobreza A Argentina seria um membro permanente do BRICS representando a América Latina. Porém, com a vitória do ultradireitista Javier Milei no final do ano passado, o país desistiu de ingressar no bloco. O representante do Ministério das Relações Exteriores (MRE) para o BRICS acrescentou ainda que é importante que os países associados não imponham ou apoiem sanções sem autorização do Conselho de Segurança e que defendam a reforma da ONU. TV BRICSCúpula do BRICS acontecerá entre os dias 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan "O BRICS não pode ser uma força de transformação, que clama pela reforma da governança global, e não ter uma posição proativa em relação à reforma da ONU, particularmente a questão do Conselho de Segurança. Quem quer se associar ao BRICS tem que ter uma posição de vanguarda na questão da reforma do Conselho de Segurança. Esse é um ponto muito importante, não só para o Brasil, mas outros países também, como a Índia e a África do Sul que também têm enfatizado isso", acrescentou Eduardo Paes Saboia. Dólar e finanças Outro tema de destaque da Cúpula do BRICS, na Rússia, serão as negociações em torno das medidas para reduzir a dependência do dólar no comércio entre os países do bloco, além de medidas para fortalecer instituições financeiras alternativas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, controlados principalmente por potências ocidentais. "[O tema] tem sido tratado nas reuniões de ministros das Finanças e Bancos Centrais, e os nossos representantes nessas reuniões têm trabalhado com muito afinco. Espero que isso continue e certamente continuará na presidência brasileira e estará refletido de alguma forma na declaração de Kazan", comentou o embaixador brasileiro. A declaração de Kazan é o documento final que apresentará a posição dos líderes BRICS após a cúpula na Rússia. No próximo ano, o Brasil assume a presidência do bloco e, segundo o representante do Itamaraty, o país dará continuidade as negociações para aumentar o uso das moedas nacionais dos países membros no comércio internacional. Cúpula BRICS O governo russo informou que 32 países confirmaram presença no evento, sendo 24 representados por líderes de Estado. Dos dez membros do bloco, nove serão representados por chefes de Estado, incluindo o presidente Lula. A exceção é a Arábia Saudita, que vai enviar para a cúpula o ministro de Relações Exteriores. Estima-se que o BRICS concentre cerca de 36% do Produto Interno Bruto (PIB) global, superando o G7, grupo das maiores economias do planeta com Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha, que concentra cerca de 30% do PIB mundial. O bloco surgiu em 2006, quando os representantes do Brasil, da Índia, da China e da Rússia formaram um fórum de discussões. O grupo começou como BRIC (que reúne as iniciais dos países fundadores). A primeira cúpula de chefes de Estado ocorreu apenas em 2009. Em 2011, a África do Sul ingressou na organização, que ganhou a letra 's' (do inglês South Africa) e virou BRICS.

terça-feira, 3 de setembro de 2024

O Brasil no admirável mundo dos BRICS - Luiz Carlos Azedo Correio Braziliense

Análise: 

O Brasil no admirável mundo dos BRICS

"Essa mudança geopolítica está por trás da crise da Venezuela, que rompeu com o Ocidente. Essa não pode ser a nossa, defendemos a democracia e nossos interesses", observa o jornalista

Luiz Carlos Azedo

Correio Braziliense, 27/08/2024

https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/08/6928465-analise-o-brasil-no-admiravel-mundo-dos-brics.html#google_vignette

O economista Paulo Gala, professor da economia da EESP/FGV, é um dos maiores especialistas em política industrial e comércio exterior do Brasil. Muito ativo nas redes sociais, vem chamando a atenção do grande público para a importância dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em particular, para o Brasil. Estabelecido em 2006, o grupo pesa cada vez mais nas relações internacionais, com destaque para a China e a Índia.

Segunda maior economia do mundo, depois dos Estados Unidos, segundo Gala a China se estabeleceu como um líder global em inovação e tecnologia, com empresas como a Huawei, Tencent e Alibaba, que atuam em setores como telecomunicações, comércio eletrônico e inteligência artificial. E passou por um grande avanço na infraestrutura, com a construção de sua rede de ferrovias de alta velocidade e projetos ambiciosos de logística, como a iniciativa do Cinturão Econômico da Rota da Seda.

A Índia também emergiu como líder global em serviços de tecnologia da informação e terceirização de processos de negócios. Cidades como Bangalore são centros tecnológicos, com empresas de TI de renome.

O país é um dos maiores produtores de medicamentos genéricos do mundo. Destaca-se, também, na pesquisa espacial, com realizações notáveis, incluindo a Missão Marte Orbiter (Mangalyaan) e o lançamento de inúmeros satélites para diversos fins.

Em postagem recente no X (antigo Twitter), Gala elencou diversas razões para que o G-7 (Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Japão), o grupo de países mais desenvolvidos e industrializados do mundo, passe a levar mais a sério a existência dos BRICS, que somarão, em breve, 3,7 trilhões de habitantes — ou seja, 46% da população mundial. Vamos a elas.

China, Índia e Brasil estão entre as 10 maiores economias do mundo. Os indianos também pousaram na Lua, e os BRICS (Rússia, oito; China, três; e Índia, um) estão quase igualando o número de missões lunares dos EUA (15).

Os BRICS representam 32,1% do PIB global contra os 29,9% do G-7. Em 2024, cinco países se associaram: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia, Egito e Irã.

Em 2023, a Índia tornou-se a maior população do mundo, com o maior número de usuários do Facebook, Instagram, You- Tube e WhatsApp, e exportou mais em software (US$ 133 bilhões) do que a Arábia Saudita em petróleo (US$113 bilhões). Em 2022, a China comprou 97% de todo o lítio da Australia, o maior produtor mundial, e responde por 57% dos carros elétricos do planeta.

A maioria das pessoas no Ocidente não conhece a Saudi Aramco, a petroleira da Arábia Saudita, que, agora, faz parte dos BRICS e fatura U$ 48 bilhões/ano, mais do que a Tesla, Meta, Apple e Microsoft juntas, que somam US$ 45 bilhões/ano. As duras sanções do Ocidente contra a Rússia são quase inúteis, porque os russos estão inundando a Ásia com petróleo — e os chineses inundando a Rússia com produtos industrializados.

Pragmatismo

Os chineses lideram a distribuição de supercomputadores. A indiana Tata Motors comprou a Jaguar e a Land Rover. A chinesa Geely comprou a Volvo, e a vietnamita Vinfast abriu capital na Bolsa de Nova York e já vale mais do que a General Motors.

O leste da Ásia (China, Índia, Coréia do Sul, Taiwan e Japão) formam o bloco econômico mais importante do mundo, maior do que os EUA ou a Zona do Euro, pois 70% do crescimento do mundo este ano vem da Ásia — a China, sozinha, responde por 1/3 do crescimento mundial.

Mais de 20 países querem entrar nos BRICS. Bangladesh, por influência da Índia; Egito, Etiópia e Marrocos, da Rússia; Belarus e Cazaquistão, antigas repúblicas soviéticas, também fizeram a solicitação.

Tailândia e Vietnã pediram para ingressar no bloco, e Argélia busca aproximação. Países ligados aos Emirados Árabes Unidos — como a Palestina, Nigéria e Bahreim — já manifestaram interesse. O Irã não fica atrás.

Na América Latina, países como Cuba, Honduras e Venezuela querem ingressar no bloco. O próximo encontro do BRICS será em Moscou e caminha nessa direção.

É uma grande mudança geopolítica. Entretanto, há contradições políticas relevantes entre esses países. Exemplo: a Rússia é aliada da China, porém, a Índia é aliada dos Estados Unidos. É um erro avaliar que esses países formam um bloco monolítico, tanto quanto é insensato, no caso do Brasil, um alinhamento que não leve em consideração as relações históricas com os EUA e a União Europeia.

Nosso principal parceiro comercial é a China, que compra nossas commodities minerais e de alimentos, e nos vende a maior parte dos produtos industrializados que consumimos. Isso está matando a nossa indústria e nos toma mercado. Essa mudança geopolítica está por trás da crise da Venezuela, que rompeu com o Ocidente democrático e se tornou aliada incondicional da China.

Essa não pode ser a nossa. Defendemos a democracia e uma política externa independente e pragmática, cujo eixo são nossos interesses. Devemos nos relacionar igualmente com os países dos BRICS e o Ocidente democrático, ao qual pertencemos.


quinta-feira, 25 de julho de 2024

BRICS: an alliance that more than twenty countries now want to be part of - Pedro Scuro

 As President Lula recently admitted, the best thing for Brazil is to play its cards as a member of BRICS (first of the countries by alphabetical order, but also by political decision) and compete not only economically, but also by developing an innovative social policy. 


BRICS: an alliance that more than twenty countries now want to be part of

We grow up hearing that in a different way from people, countries have no mutual affections, only interests. It’s maybe not the case of BRICS nations, among whom, as in great love affairs, things got serious on a beautiful summer day in Yekaterinburg thanks to their shared characteristics. So serious that from timid handshakes in the beginning at each subsequent meeting partners exchanged “engagement rings,” so from brief encounters emerged an “alliance” of which at present more than twenty other countries want to be part.

Far from a fleeting matter it became apparent that BRICS is written in the stars – like in Rihanna’s song: “From the moment of our inception/ we were destined to be together/ on a mission to last forever”. A tune not sung in the global South as much as in powerhouses of Western academia, where the disintegration of world financial markets and their weak recovery is associated with the demise of Bretton Woods institutions created after World War II to put subaltern economies on the halter.

Those straps have done terrible damage, nearly destroying entire societies, including what was left of former Soviet Union. Corsets relying on school-boy convictions on the merits of market-led strategies that, by favoring people at the top in developing countries they eventually pass on to the lower strata. Wonders such as when the rich receive tax cuts these somehow pass down creating jobs for the hoi polloi.

To wangle what typically turns out a mess – and to bestow afterlife to IMF and World Bank – the elite lot of Western democracies carved out G-7, dreamt as the world’s informal steering committee, mission soon reassigned to G-20 expressly to persuade Brazil, China, and India that at last they were recognized as ‘coordinators’ of new clusters of global players. It worked in the beginning. In 2009 Brazil and China were given the dubious privilege to contribute to ensure IMF and World Bank “as much as $1 trillion in additional resources” to support Greece, Hungary, Iceland, Ireland, Latvia, Pakistan, and Ukraine through their financing shortfalls.

By the same token, too eager to play a serious role Brazil became the largest troop contributor – and the only sponsor, according to Lula – to the disastrous “United Nations Stabilization Mission” in Haiti. The aftereffect of a coup d’état orchestrated by France and United States to topple a lawful president advocate of liberation theology, and to dissuade him from returning. Ironically, as foreign screwups became unbearable, it was not U.S. and French flags but that of Brazil which the populace burned in the streets of Port-au-Prince, chanting “Down with the occupation!

Haiti has shown China and Brazil the futility of learning from imperialism of power whose last offspring is the Jewish settler state, endowed with autonomy and countless resources to carry out fiendish lessons learned from its paragons. As Lula recently admitted, the best for Brazil, and possibly for China, is to play cards as members of BRICS and compete not only in economic and political casinos but in terms of innovative social policy. For that matter, poorly conceived U.S.-inspired schemes such as “race quotas” were supplanted by cash transfer programs and preventing vulnerable youth from falling prey to organized crime and/or to murderous police squads, yet another imperialist residue.

Financial services, hand-in-hand with fiscal irresponsibility, radical Christianity, and refusal to address the oil crisis lead Brazil to the “point of Armageddon”

As regards industrial policy also very little is to be expected from the advanced West, unless contrariwise. As the president of the Brazilian development bank, Aloisio Mercadante, points out, the country industrialized late, under the pressure of 1929 commodity crisis. The precise moment when real difference was made by – what Zygmunt Bauman called – “active utopias” (“makeable society,” social justice, socialism) uphold by founding members of the International Labor Organization (1919) and used as catalysts to balance idealism and pragmatism and put social reforms into practice through “international labor regimes.”

Bearing those utopias in mind reforms were set going in the 1940s and shaped a state-controlled social order consistent with the interests of large groups. They served as beacons for private competition but also met the basic agenda of labor movement. Identities of business and trades were redefined, citizenship stratified by splitting occupations into professional categories, giving rise to a highly vigorous, plural and primordially urban society in a capitalist, “artifacted” context resulting from technology, organization, and total (economic, symbolic, political) confrontation.

Subsequently, the state and productive basis put together in the forties and fifties, entered a period of accelerated growth and fashioned one of the world’s most modern urban societies, in which industry accounted for more than 30% of GDP, higher that China and Korea in 1980’s. All at the expense of public debt. Brazilian financial intermediary system services basically a mercantile economy, and since the public sector lacks effective fundraising instruments, imbalances already present in the economy invariably increase. Quite the opposite in China and Korea, Professor Mercadante remarks.

China and Korea make the most of “a creative relation between state and market, development-inducing state sectors, and strategic public companies in key sectors”, allowing both countries “to formulate new financing mechanisms not subordinated to the logic of financialization” – whereby financial services, broadly construed – hand in glove with fiscal irresponsibility, radical Christianity and refusal to deal with the oil crisis – take over an overriding economic, cultural, and political role, accruing no real benefit to society, in point of fact edging it to a “point of Armageddon.”

Lula can build a stronger, fairer, and more generous country, ready to become a “window of historic opportunity”

For that matter, rather than spooky “Armageddon” better to acknowledge the true nature of things in a changing world and refer – as Antonioni in “Zabriskie point” – to “the void” of the ruling elites’ culture that over and over and in ever more ferocious ways commands the collapse of everyone and everything. A crippling “void” in point is Brazil’s tax system, seen by media and academia as “a madhouse” set to preserve privileges.

In December, to a standing ovation in Congress Lula announced the most telling overhaul that, after more than 30 years in the making, will simplify such a perverse mechanism. Still, asked The Economist, can he “withstand the pressure from special-interest groups in order to implement it fully?” Some say no, since in January Lula announced a new industrial policy involving hundreds of billions in grants, subsidized loans and import-tax exemptions for inputs to national companies between now and 2026. Moves that certainly “undermine the idea of a simplified tax system”, the journal concludes naively.

Indeed, more than “keeping fiscal accounts in order,” the idea is to reverse a long-lasting process of deindustrialization, this time avoiding delusional fantasies of wealth, power, or omnipotence, such as when the country uncunningly went by G-20 rules or when it expected to deliver something good relying on undependable partners such as EU, US, Brazilian generals.

Then again, as in the old Jimmy James’s song, “now is the time to set things right”and punctuate that as part of BRICS Brazil may – provide no obsession with grandiose actions is involved – be about to initiate an effort no one better than Lula represents for. It means increasing mass consumption, credit and investment, primacy for innovation-minded companies, and a country more vigorous, just and generous, ready to become a “window of historical opportunities” in a world beleaguered by pain, war, crisis, risk, strain, and despair.

SOCIOLOGIST

Pedro Scuro


As President Lula recently admitted, the best thing for Brazil is to play its cards as a member of BRICS (first of the countries by alphabetical order, but also by political decision) and compete not only economically, but also by developing an innovative social policy. 

BRICS: an alliance that more than twenty countries now want to be part of

We grow up hearing that in a different way from people, countries have no mutual affections, only interests. It’s maybe not the case of BRICS nations, among whom, as in great love affairs, things got serious on a beautiful summer day in Yekaterinburg thanks to their shared characteristics. So serious that from timid handshakes in the beginning at each subsequent meeting partners exchanged “engagement rings,” so from brief encounters emerged an “alliance” of which at present more than twenty other countries want to be part.

Far from a fleeting matter it became apparent that BRICS is written in the stars – like in Rihanna’s song: “From the moment of our inception/ we were destined to be together/ on a mission to last forever”. A tune not sung in the global South as much as in powerhouses of Western academia, where the disintegration of world financial markets and their weak recovery is associated with the demise of Bretton Woods institutions created after World War II to put subaltern economies on the halter.

Those straps have done terrible damage, nearly destroying entire societies, including what was left of former Soviet Union. Corsets relying on school-boy convictions on the merits of market-led strategies that, by favoring people at the top in developing countries they eventually pass on to the lower strata. Wonders such as when the rich receive tax cuts these somehow pass down creating jobs for the hoi polloi.

To wangle what typically turns out a mess – and to bestow afterlife to IMF and World Bank – the elite lot of Western democracies carved out G-7, dreamt as the world’s informal steering committee, mission soon reassigned to G-20 expressly to persuade Brazil, China, and India that at last they were recognized as ‘coordinators’ of new clusters of global players. It worked in the beginning. In 2009 Brazil and China were given the dubious privilege to contribute to ensure IMF and World Bank “as much as $1 trillion in additional resources” to support Greece, Hungary, Iceland, Ireland, Latvia, Pakistan, and Ukraine through their financing shortfalls.

By the same token, too eager to play a serious role Brazil became the largest troop contributor – and the only sponsor, according to Lula – to the disastrous “United Nations Stabilization Mission” in Haiti. The aftereffect of a coup d’état orchestrated by France and United States to topple a lawful president advocate of liberation theology, and to dissuade him from returning. Ironically, as foreign screwups became unbearable, it was not U.S. and French flags but that of Brazil which the populace burned in the streets of Port-au-Prince, chanting “Down with the occupation!

Haiti has shown China and Brazil the futility of learning from imperialism of power whose last offspring is the Jewish settler state, endowed with autonomy and countless resources to carry out fiendish lessons learned from its paragons. As Lula recently admitted, the best for Brazil, and possibly for China, is to play cards as members of BRICS and compete not only in economic and political casinos but in terms of innovative social policy. For that matter, poorly conceived U.S.-inspired schemes such as “race quotas” were supplanted by cash transfer programs and preventing vulnerable youth from falling prey to organized crime and/or to murderous police squads, yet another imperialist residue.

Financial services, hand-in-hand with fiscal irresponsibility, radical Christianity, and refusal to address the oil crisis lead Brazil to the “point of Armageddon”

As regards industrial policy also very little is to be expected from the advanced West, unless contrariwise. As the president of the Brazilian development bank, Aloisio Mercadante, points out, the country industrialized late, under the pressure of 1929 commodity crisis. The precise moment when real difference was made by – what Zygmunt Bauman called – “active utopias” (“makeable society,” social justice, socialism) uphold by founding members of the International Labor Organization (1919) and used as catalysts to balance idealism and pragmatism and put social reforms into practice through “international labor regimes.”

Bearing those utopias in mind reforms were set going in the 1940s and shaped a state-controlled social order consistent with the interests of large groups. They served as beacons for private competition but also met the basic agenda of labor movement. Identities of business and trades were redefined, citizenship stratified by splitting occupations into professional categories, giving rise to a highly vigorous, plural and primordially urban society in a capitalist, “artifacted” context resulting from technology, organization, and total (economic, symbolic, political) confrontation.

Subsequently, the state and productive basis put together in the forties and fifties, entered a period of accelerated growth and fashioned one of the world’s most modern urban societies, in which industry accounted for more than 30% of GDP, higher that China and Korea in 1980’s. All at the expense of public debt. Brazilian financial intermediary system services basically a mercantile economy, and since the public sector lacks effective fundraising instruments, imbalances already present in the economy invariably increase. Quite the opposite in China and Korea, Professor Mercadante remarks.

China and Korea make the most of “a creative relation between state and market, development-inducing state sectors, and strategic public companies in key sectors”, allowing both countries “to formulate new financing mechanisms not subordinated to the logic of financialization” – whereby financial services, broadly construed – hand in glove with fiscal irresponsibility, radical Christianity and refusal to deal with the oil crisis – take over an overriding economic, cultural, and political role, accruing no real benefit to society, in point of fact edging it to a “point of Armageddon.”

Lula can build a stronger, fairer, and more generous country, ready to become a “window of historic opportunity”

For that matter, rather than spooky “Armageddon” better to acknowledge the true nature of things in a changing world and refer – as Antonioni in “Zabriskie point” – to “the void” of the ruling elites’ culture that over and over and in ever more ferocious ways commands the collapse of everyone and everything. A crippling “void” in point is Brazil’s tax system, seen by media and academia as “a madhouse” set to preserve privileges.

In December, to a standing ovation in Congress Lula announced the most telling overhaul that, after more than 30 years in the making, will simplify such a perverse mechanism. Still, asked The Economist, can he “withstand the pressure from special-interest groups in order to implement it fully?” Some say no, since in January Lula announced a new industrial policy involving hundreds of billions in grants, subsidized loans and import-tax exemptions for inputs to national companies between now and 2026. Moves that certainly “undermine the idea of a simplified tax system”, the journal concludes naively.

Indeed, more than “keeping fiscal accounts in order,” the idea is to reverse a long-lasting process of deindustrialization, this time avoiding delusional fantasies of wealth, power, or omnipotence, such as when the country uncunningly went by G-20 rules or when it expected to deliver something good relying on undependable partners such as EU, US, Brazilian generals.

Then again, as in the old Jimmy James’s song, “now is the time to set things right”and punctuate that as part of BRICS Brazil may – provide no obsession with grandiose actions is involved – be about to initiate an effort no one better than Lula represents for. It means increasing mass consumption, credit and investment, primacy for innovation-minded companies, and a country more vigorous, just and generous, ready to become a “window of historical opportunities” in a world beleaguered by pain, war, crisis, risk, strain, and despair.

SOCIOLOGIST

Pedro Scuro