Chegados a Washington no sábado a noite, para bem aproveitar pelo menos um dia livre na capital, com pouco trânsito devido ao período pré-invernal, estivemos passeando, Carmen Lícia e eu, pelos museus da capital americana, os tradicionais (da série Smithsonian, entre eles as galerias Freer e Sackler, e o de Arte Africana), e novos, ou que pelo menos não tínhamos visitado anteriormente.
Existe bem perto da sede do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na Avenida New York, o National Museum of Women in Arts, um museu inteiro dedicado a mulheres artistas e suas produções.

No acervo, entre coisas, digamos, mais tradicionais, figurava este quadro de Frida Kahlo, a mexicana esposa do pintor e muralista Diego Rivero, ambos comunistas, que abrigaram Leon Trotsky em seu exílio mexicano, até este ser assassinado por um agente stalinista.
O quadro, um auto-retrato, é dedicado ao querido Leon Trotsky, como se pode ver na dedicatória manuscrita (ou melhor, pintada), que figura na mão da pintora. Interessante, pelo seu valor histórico, mas a plaqueta não diz como o quadro foi parar lá, apenas que foi uma oferta da famosa jornalista, dona da revista Time em vida.