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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Petrobras: o escandalo da corrupcao investigado nos EUA - Jorge Serrao

Esse jornalista tem fama de ser alarmista, tratando dos escândalos habituais nossos de cada dia, como se fossem o juizo final, ou catástrofe decisiva.
Poderiam até ser num país normal. Ocorre, porém, que o Brasil não é um país normal.
Denúncias e escândalos que em outros países deveriam fazer o governo cair imediatamente, e todos os atores receberam mandados de prisão e condenações em regime fechado, no Brasil não costumam causar abalos, e os corruptos e corruptores permanecem leves, livres e soltos.
Bem, deve ter um bocado de exagero na matéria abaixo, mas sempre vale o registro.
Paulo Roberto de Almeida

NEM O DEUS LULLA SALVARÁ A PRESIDENTA ! 
Jorge Serrão
Blog Alerta Total, terça-feira, 18 de novembro de 2014 18:09

Investigadores do Departamento de Justiça dos EUA, a partir de informações obtidas nos processos da Operação Lava Jato, já identificaram o centro bilionário de lavagem de dinheiro de corruptos políticos do Brasil. Incentivos fiscais do estado de Nevada foram usados por centenas de empresas abertas em nome de brasileiros para investir a grana obtida em negociatas com o setor público. A maior parte das operações do doleiro Alberto Youssef se direcionava para aquele estado norte-americano famoso pelos impostos baixíssimos.
Investigadores já descobriram que o principal sistema para lavagem de dinheiro era uma espécie de investimento em participações acionárias de hotéis. O esquema mafioso-contábil superfatura as tarifas, cobrando pelo teto de hospedagem, sem que tenha ocorrido ocupação de quartos. As notas fiscais são emitidas, recolhendo-se os mínimos impostos cobrados em Nevada. Os resultados financeiros tornavam legalizado o dinheiro de brasileiros que os doleiros "transportavam".
No submundo do Congresso Nacional, em Brasília, já se comentava ontem que os peritos norte-americanos já identificaram centenas de políticos com negócios apenas em Nevada. Eles foram descobertos pelo complicado cruzamento de dados de parentescos. A maioria das empresas é registrada em nome de laranjas. Os mais idiotas usaram parentes. Os mais espertos usaram "amigos" com maior dificuldade de rastreamento, mas que foram identificados por uma coincidência fatal. Todos usaram o doleiro Youssef como "Banco Central".
A novidade é que as falcatruas agora mapeadas já tinham sido usadas no velho escândalo do Mensalão - que agora é exemplo de impunidade. O maior prejudicado foi Joaquim Barbosa, pressionado a se aposentar, pelo rigor excessivo com que agiu no julgamento da Ação Penal 470. A maioria dos condenados já está tecnicamente solta, cumprindo regime de "prisão domiciliar", excetuando-se Marcos Valério Fernandes de Souza - que, uma hora, pode ficar pt da vida e partir para alguma delação premiada. Por enquanto, Valério mantém o silêncio obsequioso na cadeia, para alívio de muitos grandes investidores no ramo de hotelaria...
O pavor agora é com o Petrolão. O manjado esquema pode vir à tona por pressão de investidores norte-americanos injuriados com os prejuízos que tiveram na Petrobras, por causa das negociatas identificadas na Operação Lava Jato. Agora, a coisa pode ficar séria para os corruptos brasileiros porque o Departamento de Justiça dos EUA resolveu levar o caso aos tribunais. Uma ação criminal corre em sigilo judicial para apurar se a Petrobras ou seus funcionários, intermediários ou prestadores de serviço violaram o Foreign Corrupt Practices Act, uma lei contra a corrupção que torna ilegal subornar funcionários estrangeiros para ganhar ou manter negócios. Outra ação civil é movida pela Securities and Exchange Comission (SEC, órgão do governo norte-americano que regula o mercado de capitais), já que a Petrobras tem recibos de ações negociados na Bolsa de Nova York.
A coisa ficará mais preta que petróleo porque, como o Alerta Total antecipou, pelo menos três magistrados da Corte de Nova York já estariam dispostos a agir com total rigor contra diretores e ex-dirigentes da Petrobras, incluindo a ex-presidente do Conselho de Administração Dilma Rousseff, assim que chegarem aos tribunais os processos civis e criminais que apuram lesões contra investidores norte-americanos geradas por práticas de corrupção ou suborno.
O Brasil corre o sério risco de ter sua presidenta processada nos EUA, com chance de ser condenada, no mínimo, a pagar multas milionárias. Nos States, o "Big Petroleum" (vulgo Petrolão) corre em sigilo judicial. Moralmente, o segundo mandato já termina sem sequer começar...
Não teria preço o vexame internacional de o Brasil ter sua presidenta processada nos EUA, com alto risco de ser condenada a pagar multas milionárias. E não adianta Dilma dar beijinho no ombro do Barack Obama - porque ele nada tem a ver com o rolo...
Processar grandes empresas rende muita grana nos EUA, inclusive com premiações para juízes e promotores. As recompensas previstas na legislação norte-americana para quem faz "colaboração premiada" para desvendar crimes econômicos variam de 10% a 30% do valor do suborno ou do superfaturamento. Várias companhias ligadas à indústria do petróleo já foram condenadas pela lei anti-corrupção nos EUA. As multas impostas pelas condenações foram pesadíssimas. A Security and Exchange Comission, xerife do mercado de capitais, não perdoa. A recordista foi a Panalpina (que subornou autoridades na Nigéria, Angola, Brasil, Rússia e Cazaquistão, sendo obrigada a pagar a megamulta de US$ 81,9 milhões.
Nos rigorosos tribunais dos EUA, sobretudo os de Nova York, com a mão pesada da SEC, já dançaram várias empresas de grande porte, pagando multas milionárias. Pride International (US$ 56,1 milhões), Royal Dutch Shell (US$ 48,1 milhões), Transocean (US$ 20,6 milhões), Noble Corporation (US$ 8,1 milhões), Tidewater (US$ 7,5 milhões), GlobalSantaFe (US$ 5,8 milhões). As pesadíssimas multas também doem no bolso dos dirigentes empresariais envolvidos nos escândalos. Eis o grande risco que correm a Petrobras, seus diretores e conselheiros (de administração e fiscal), graças às várias denúncias, com provas, do Petrolão. Como o Tio Sam odeia pizza, a parada fica indigesta para os brasileiros.
Não era novidade que o governo dos EUA, através da NSA, não só espionou as falcatruas na Petrobras como também já investigava, formalmente, denúncias de corrupção na petrolífera brasileira. A novidade ruim para Dilma Rousseff foi que o Petrolão ganhou dimensão mundial ontem, graças a uma reportagem do Financial Times. O jornal britânico informou que uma ação criminal e outra civil apuram se "a Petrobras ou seus funcionários, intermediários ou prestadores de serviço violaram o Foreign Corrupt Practices Act, uma lei contra a corrupção que torna ilegal subornar funcionários estrangeiros para ganhar ou manter negócios".
A matéria do Financial Times deixou Dilma pt da vida porque destacou que "muitos dos supostos problemas ocorreram quando a presidenta Dilma Rousseff foi chefe da empresa antes de tomar posse (como presidenta da República) em 2011". Concretamente, Dilma já sabe que, independentemente de ser chefe de Estado, corre o risco de ser alvo de investigação e processo nos EUA.
O FT apavorou a petralhada: "O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação criminal sobre a companhia que tem recibos de ações negociados em Nova York. Enquanto a Securities and Exchange Comission (SEC, órgão do governo norte-americano que regula o mercado de capitais) realiza uma investigação civil".

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

E por falar em petroliferas: PDVSA se afunda na lama, tambem, e na incompetencia, tambem...

Ou seja, nada de muito diferente do que se vê por aqui, e talvez até pior.
A PDVSA já chegou a ser a segunda maior empresa do mundo, em termos de reservas petrolífera, e em princípio as da Venezuela superam, ou chegam muito perto das da Arábia Saudita.
Os companheiros bolivarianos conseguiram afundar a companhia, tanto quanto os daqui com a Petrobras.
Impressionante como corruptos, ladrões, incompetentes conseguem estrangular uma fonte de riquezas naturais.
Como se poderia dizer, são reis Midas ao contrário: no que tocaram, transformaram em....
Abaixo, uma pequena nota sobre a situação da PDVSA. Cliquem para aumentar.
Paulo Roberto de Almeida


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Petrobras: companheiros roubaram 1,2 BILHAO de dolares; acha pouco? Deve ser mais, certamente...

Não acredito nesse valor, que é apenas um montante detectado pelo órgão de controle, que me parece meio cego. Deve ser muuuuuuuiiiiiiiiito mais, sobretudo se computarmos o chamado custo-oportunidade  e muitos outros dezenas de milhares, talvez centenas de milhares de reais, que escoaram por outras vias, algumas até formalmente "legais", mas usadas para sobrefaturar, superfatura, megafaturar e qualquer outra coisa usada para roubar.
Como é que as pessoas vão olhar nos olhos dos companheiros?
Peergunto: dá para deixar essa quadrilha de mafiosos no poder?
Paulo Roberto de Almeida

Brasil corrupción

Desvíos en Petrobras suman 1.171 millones dólares según Tribunal de Cuentas

Infolatam/Efe
Brasilia, 11 de noviembre de 2014
Las claves
  • Nardes calificó las irregularidades como "el mayor escándalo investigado" por el Tribunal de Cuentas (TCU) de este país.
  • No obstante, exculpó de responsabilidad a la presidenta brasileña, Dilma Rousseff, que en la época de los hechos era miembro del Consejo de Administración de Petrobras en condición de ministra de Minas y Energía.
Las irregularidades en la petrolera estatal Petrobras que están bajo investigación le costaron a las arcas públicas de Brasil cerca de 3.000 millones de reales (unos 1.171 millones dólares), afirmó el presidente del Tribunal de Cuentas, Augusto Nardes.
Ese cálculo incluye el aumento del precio de forma supuestamente irregular en obras en el Complejo Petroquímico de Río de Janeiro (Comperj) y en las refinerías de Abreu e Lima, en Pernambuco (noreste), Duque de Caxias (Río de Janeiro) y Getulio Vargas (Paraná, sur), además de la compra de una refinería en la ciudad estadounidense de Pasadena (Texas).
En un almuerzo con periodistas brasileños, Nardes calificó las irregularidades como “el mayor escándalo investigado” por el Tribunal de Cuentas (TCU) de este país.
El responsable del TCU dijo que hay “indicios” de que las supuestas irregularidades lleguen a la cifra indicada, aunque matizó que los cálculos todavía tienen que ser estudiados por los magistrados que integran el organismo.
Estas supuestas irregularidades están siendo investigadas en diferentes procesos por la Fiscalía de Río de Janeiro y también por una comisión parlamentaria.
Cerca de la mitad del capital, unos 1.600 millones de reales (cerca de 585 millones de dólares), corresponde a las pérdidas sufridas por la compra de la refinería de Pasadena en 2006, en un proceso que el TCU considera que ya está “comprobado” el sobreprecio pagado por la petrolera.
Petrobras compró la mitad del capital de la refinería de Pasadena por 360 millones de dólares a la empresa belga Astra Oil, que un año antes había pagado 42,5 millones de dólares por la totalidad de la planta.
Debido a una cláusula en el contrato, Petrobras fue forzada a desembolsar otros 820 millones de dólares por la otra mitad del capital.
El pasado julio, el TCU determinó el bloqueo de los bienes de once exdirectores de Petrobras considerados responsables de la compra de la refinería.
No obstante, exculpó de responsabilidad a la presidenta brasileña, Dilma Rousseff, que en la época de los hechos era miembro del Consejo de Administración de Petrobras en condición de ministra de Minas y Energía.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Brasil-Bolivia: solavancos na bela amizade companheira - TCU contesta pagamentos da Petrobras

Sem palavras, mais uma vez...
Paulo Roberto de Almeida

Brasil-Bolivia

Tribunal de Cuentas brasileño cuestiona pago extra a Bolivia por gas natural

Infolatam/Efe
Río de Janeiro, 22 de octubre de 2014
Las claves
  • Brasil aceptó en una negociación política con Bolivia pagar por estos combustibles licuables de mayor valor agregado pese a que, según el Tribunal de Cuentas de la Unión, su compra no está prevista en el contrato entre ambas empresas y Petrobras no los utiliza.
El Tribunal de Cuentas de la Unión (TCU) de Brasil cuestionó el pago extra de 434 millones de dólares hecho por la petrolera Petrobras por combustibles licuables contenidos que Brasil importa de Bolivia y que no son aprovechados.
“Se está pagando por componentes que no están previstos en el contrato y que no son utilizados en Brasil”, alertó el Tribunal de Cuentas de la Unión en un documento enviado a Petrobras, en el que exige explicaciones por el desembolso hecho en septiembre pasado y que fue divulgado hoy por la estatal Agencia Brasil.
El valor, pagado en cumplimiento de un acuerdo entre la brasileña Petrobras y Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), se refiere a la deuda acumulada en los últimos seis años por la compra de supuestos componentes nobles presentes en el gas natural que Brasil importa por el gasoducto entre ambos países.
Brasil aceptó en una negociación política con Bolivia pagar por estos combustibles licuables de mayor valor agregado pese a que, según el Tribunal de Cuentas de la Unión, su compra no está prevista en el contrato entre ambas empresas y Petrobras no los utiliza.
La petrolera brasileña, además, aceptó pagar retroactivamente por los componentes nobles del gas que ya había sido importado por Brasil.
“Determinamos una fiscalización inmediata en los contratos para verificar quién autorizó el pago y cuál fue el respectivo acuerdo firmado”, agrega el documento enviado a la petrolera estatal brasileña y en la que establece un plazo de entre 90 y 120 días para que realice la respectiva auditoría.
El contrato de venta de gas de Bolivia con Brasil fue firmado en 1996, entró en vigor en 1999 por un período de veinte años y Petrobras ya ha anunciado su intención de extenderlo más allá de 2019, cuando vence.
El acuerdo prevé la importación de un volumen de 30 millones de metros cúbicos diarios de gas natural por el gasoducto que llega al estado brasileño de Sao Paulo, a un precio de cerca de 9,3 dólares por millón de BTU (Unidad Térmica Británica).
De acuerdo con el Tribunal de Cuentas de la Unión, el contrato original no prevé el pago por los componentes nobles de mayor valor agregado incluidos en el gas boliviano y que, pese a que pueden ser aprovechados por la industria química, no son separados ni en Bolivia ni en Brasil.
“Ninguno de los dos países hace eso ni está previsto en el contrato. Petrobras nunca había pagado por esos componentes que no usa y ahora resolvió pagar, incluso de forma retroactiva”, alega el tribunal.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Petrobras: Pasadena foi um GRANDE negocio, tao exitoso que a SEC vai investigar

A equivalente da CVM brasileira -- ou vice-versa -- vai investigar as transações da Petrobras sob a jurisdição e as leis americanas. Acho que só isso não basta: precisaria examinar cada transferência bancária, cada remessa de dinheiro, e comparar com os livros contábeis da Petrobras USA.
Eu semprei achei, ou melhor, nunca acreditei, mas tinha certeza, de que Pasadena não foi um simples erro de gestão, um equívoco, um mau negócico, imprevisível e mal conduzido. Nunca comprei essa balela.
Sempre tive certeza de que se tratava de um excelente negócio, um sucesso total no objetivo que era o seu: assegurar a "independência financeira" de toda uma patota de companheiros. Conseguiram. Mas como sempre acontece nesses negócios dos companheiros, esses mafiosos da periferia sempre fazem alguma c.....; deveriam ter feito um cursinho por correspondência -- nem precisava ser presencial -- com os verdadeiros profissionais do ramo, hoje respeitáveis homens de negócios na Itália e nos EUA, inclusive em Hollywood, onde eles prestam assessoria para fazer comédias sobre eles mesmos (sabem como é: um dia a gente ainda vai rir de tudo isso).
Um dia eles vão fazer isso também: primeiro precisa legalizar o jogo do bicho e criar mais uma estatal para cuidar da bufunfa. Sabem como é: não se pode entregar essa atividade rendosa a bandidos...
Paulo Roberto de Almeida 

Acusações de corrupção levam EUA a investigar Petrobras, diz jornal

Segundo a consultoria Arko Advice, o órgão regulador do mercado de capitais americano investiga a estatal que é suspeita de ferir a lei antifraudes

Veja.com, 16/10/2014
Logo da Petrobrás
Petrobras: investigações nos EUA após Operação Lava-Jato (Ricardo Moraes/Reuters/VEJA)
Um relatório divulgado nesta semana pela consultoria Arko Advice informa que o órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, a SEC (Security Exchange Commission), e o Departamento de Justiça americano começaram a investigar as denúncias de corrupção na Petrobras. Um time de 28 advogados e analistas dos órgãos americanos estariam trabalhando no caso, que pode se estender às empresas fornecedoras de serviços da estatal.
A companhia, que tem ADRs (recibos de ações negociados na Bolsa de Valores de Nova York), deve seguir regras de governança estabelecidas pela SEC, que corresponde nos EUA à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). "Os controles se referem não somente às auditorias variadas, mas à obrigação de cumprir as normas antifraudes SOX (Lei Sarbanes-Oxley)", diz o relatório enviado para clientes, ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso.
A Arko diz que as investigações apontam que a Petrobras "operou de forma desgovernada e submetida a interesses corruptos, conforme as delações de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal, e do doleiro Alberto Youssef". Procurada, a SEC se recusou a comentar o caso. As investigações costumam ser conduzidas em sigilo pelo órgão americano. A Petrobras não se posicionou até a noite desta quinta-feira.
Pelas conclusões preliminares da SEC, o caso poderia se relacionar não apenas ao mercado acionário, mas se transformar em questão criminal. As prestadoras de serviços da Petrobras podem ser convocadas a prestar esclarecimentos. Também podem ser chamados para depor os envolvidos nas denúncias. Há ainda a possibilidade de serem aplicadas multas.
De acordo com a consultoria, os órgãos americanos estão preocupados em não vazar as conclusões preliminares em ambiente eleitoral, "devido a seu potencial desestabilizador".
A reportagem tentou contato, mas não obteve retorno dos responsáveis pelo relatório, entre eles, o fundador da Arko, Murillo de Aragão. O informe da consultoria, que possui sede em Brasília, tem sete páginas e traz outras informações, como a agenda política da semana.
(Com Estadão Conteúdo)

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

A frase da semana, e uma pergunta aos companheiros: so 3 por cento?

Estou achando pouco. O padrão PC Farias, da era Collor (hoje um aliado e amicíssimo dos companheiros) foi o de precisamente elevar a taxa de extração, de 5 para 10, 12 ou mesmo 15% das operações em curso.
Não posso acreditar que tenha sido só isso.
Em todo caso, mesmo sendo, considerando-se os contratos milionários, ou mesmo bilionários, da Petrobras, trata-se de somas enormes a cada vez...
Ou seja: os companheiros estão nadando em dinheiro, como Tio Patinhas.
Aqui a frase de um dos bandidos (mas tem vários outros):

...os contratos da Petrobras pagavam 3% de propina para partidos políticos da coligação do governo...

Acredite quem quiser.
Paulo Roberto de Almeida 

domingo, 14 de setembro de 2014

Petrobras: as varias mafias sanguessugas - revista Epoca

Alguém aí acredita que os companheiros só deixaram a Petrobras ser roubada, sangraga, dilapidada em favor de um deputado do PP, que nunca foi do esquema companheiro?
Alguém acha, realmente, que todos os negócios se resumem aos descritos abaixo?
Os companheiros são magnânimos a ponto de deixar que terceiros roubem para eles mesmos?
Não se contou nem uma quarta parte da história do assalto companheiro à vaca petrolífera.
Buscando, vai se achar muitas coisas mais.
Afinal de contas, os companheiros não são de brincar em serviço...
(clique no título para ter acesso aos depoimentos gravados e filmados)
Paulo Roberto de Almeida

Um depoimento exclusivo revela o elo entre os escândalos do mensalão e da Petrobras
HUDSON CORREA E RAPHAEL GOMIDE
Revista Época, 13/09/2014

Os dois períodos de Lula na Presidência foram marcados por crescimento econômico, disseminação de programas sociais – e também por dois grandes escândalos de corrupção. No primeiro mandato, reinou o mensalão. Ele acabou na prisão de seus principais operadores e articuladores, depois de julgados e condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No segundo mandato – soube-se nos últimos meses, por meio de investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) –, floresceu um esquema de pagamento de propina em troca de contratos bilionários com a Petrobras (leia detalhes na reportagem da página 36), esquema que continuou durante o governo de Dilma Rousseff. Neste momento, as autoridades investigam a conexão entre os dois escândalos. Já se sabia que parte da estrutura financeira do mensalão fora usada no esquema da Petrobras. As últimas investigações vão além da questão financeira e se debruçam sobre os personagens comuns aos dois enredos. O ex-deputado federal José Janene (que morreu em 2010), o doleiro Alberto Youssef e o executivo Paulo Roberto Costa aparecem no mensalão e no esquema da Petrobras.

ELO
O ex-deputado José Janene, que morreu em 2010.  Em depoimento,  o empresário Hermes Magnus afirma que  o esquema de propina da Petrobras foi  uma “extensão  do mensalão” (Foto: Montagem sobre foto de Lula Marques/Folhapress)ELO
O ex-deputado José Janene, que morreu em 2010. Em depoimento, o empresário Hermes Magnus afirma que o esquema de propina da Petrobras foi uma “extensão do mensalão”

Um depoimento dado no dia 22 de julho deste ano – revelado por ÉPOCA em primeira mão e disponível em vídeo em epoca.com.br –, ajuda a detalhar o papel dos atores que participaram dos dois esquemas. O autor do depoimento é o empresário Hermes Freitas Magnus, de 43 anos. Ele reafirma a participação do mensaleiro Janene – deputado do PP que, em troca de apoio político, embolsou R$ 4,1 milhões do mensalão petista – como figura central que liga os dois escândalos. Magnus foi sócio de Janene – e, segundo diz no depoimento, frequentava sua casa e ouvia confidências dele. Segundo Magnus, o esquema da Petrobras “era a extensão do mensalão, um cala-boca para que (Janene) permanecesse quieto”. Janene sempre dizia, segundo o depoimento de Magnus, que poderia “derrubar Lula”, porque sabia do esquema do PT tanto quanto o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado por corrupção (assista ao trecho no vídeo abaixo).

Segundo Magnus, na hierarquia dos dois esquemas, Janene estava acima do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. De acordo com o depoimento de Carlos Alberto Pereira da Costa, advogado de Youssef – revelado com exclusividade na última terça-feira por epoca.com.br –, foi Janene quem apresentou Youssef a Paulo Roberto. O trio operou junto em dois momentos. Youssef ajudou Janene a lavar o dinheiro do mensalão. Ainda no primeiro mandato de Lula, Janene indicou Paulo Roberto à Diretoria de Abastecimento da Petrobras. No segundo mandato de Lula, os três operaram juntos no esquema da Petrobras. Investigações da Operação Lava Jato revelam que Youssef intermediava pagamento de propina na estatal. Por meio de empresas de fachada, Youssef recebia dinheiro de empreiteiras interessadas em assinar contratos com a Petrobras. Usando um emaranhado de depósitos bancários feitos por laranjas, fazia o suborno chegar a Paulo Roberto, o homem que tinha a caneta para fazer as contratações – e, agora preso, começa a entregar os participantes do esquema. Enquanto isso, Janene, por ser guardião dos segredos do PT, ganhava espaço na Petrobras. Ele continuou como deputado apenas no início do segundo governo Lula. Por causa de uma doença no coração, Janene arrancou em 2007 uma aposentadoria por invalidez na Câmara dos Deputados, embora já respondesse à acusação de receber dinheiro do mensalão. Continuou ativo na política, agindo nos bastidores. 

O relato que Magnus fez à Justiça Federal revela o grau de influência dele na Petrobras. “Lá, mando eu”, costumava dizer Janene, conforme o relato de Magnus – embora houvesse outros partidos e esquemas na Petrobras. “Alguns deputados federais queriam falar com diretores da Petrobras sem a intervenção de José Janene, e não conseguiam. Então, entravam em contato com Janene pelo telefone”, afirmou Magnus. Ele disse ainda que presenciou uma performance debochada de Janene ao telefone. Ele ironizava um parlamentar que tentara contato sem sua ajuda. “E aí, a espera tá grande?” Segundo Magnus, Janene tinha “acesso livre” e intermediava negócios entre a Petrobras e empresas de grande porte, como as construtoras Camargo Corrêa e Queiroz Galvão. Ele não deu  detalhes que possam identificar que tipos de contrato seriam ou se houve algum tipo de ilegalidade. Procurada, a construtora Queiroz Galvão afirmou que não há “irregularidades nem ilegalidades” em seus contratos, que são negociados “dentro das regras estabelecidas pela legislação e sem a intermediação de terceiros”. A Camargo Corrêa disse que só presta serviços à Petrobras por meio de licitações públicas. 

>> Leia também: O depoimento de Carlos Alberto Pereira da Costa, advogado de Alberto Youssef

SEGUNDO ESCALÃO
O doleiro Alberto Youssef. De acordo com Hermes Magnus, ele estava um degrau abaixo  de Janene na hierarquia  do esquema

O doleiro Alberto Youssef. De acordo com Hermes Magnus, ele estava um degrau abaixo de Janene na hierarquia do esquema (Foto: Joedson Alves/Estadão Conteúdo)
Magnus começou a contar o que sabia à Polícia Federal ainda em 2009, quando o escândalo de corrupção na Petrobras ainda era desconhecido. Concluiu a história com riqueza de detalhes no depoimento de julho passado. Ele parece ter credenciais para falar. A Operação Lava Jato teve início justamente a partir da investigação sobre um negócio de Magnus com Janene. De acordo com o MPF, Janene lavou dinheiro do mensalão ao investir parte da quantia recebida na Dunel Indústria e Comércio, fabricante de componentes eletrônicos que pertencia a Magnus. Janene usou a empresa de fachada CSA Project Finance, uma sociedade mantida pelo doleiro Youssef, para aplicar R$ 1,16 milhão dos R$ 4,1 milhões que ganhara no mensalão na Dunel. Isso ocorreu em julho de 2008.

Era mais um golpe aparentemente perfeito idealizado por Janene. Magnus tinha as características de vítima ideal para operadores experientes do mercado negro. Sua firma de eletrônicos automotores precisava de dinheiro para crescer, e ele buscava um investidor. Janene e Youssef estavam atrás de uma oportunidade para esquentar dinheiro frio de corrupção. O primeiro encontro com Magnus foi em junho de 2008, na sede da CSA, em bairro nobre de São Paulo. Acompanhado de Youssef, o afável Janene – já ex-deputado – chegou abraçando afetuosamente o futuro sócio, ou melhor, a futura vítima. O doleiro e o mensaleiro traziam soluções rápidas e práticas, quase um sonho para quem precisava de uma injeção de capital.  “Olha, podemos viabilizar seu negócio: se quiser dinheiro do Estado do Espírito Santo para cima, tenho a opção do Banco do Nordeste. Se não quiser se meter com banco, temos uma solução mais tranquila, um recurso nosso. Se quiserem, coloco 1 milhão de início”, disse Janene.

As imagens do depoimento obtidas por ÉPOCA mostram que, no momento em que Magnus conta essa história, Youssef senta-se ao lado do advogado dele e, apontando para Magnus, reclama: “Ele está mentindo, ele é mentiroso”. O juiz Sérgio Moro, que ouvia Magnus, interrompe Youssef. Ele só se cala quando é ameaçado por Moro de ser retirado da sala. Em pouco tempo, Magnus foi alijado da Dunel e virou, como ele mesmo se definiu, uma espécie de zumbi na firma. Os equipamentos encomendados não chegavam, e a produção emperrava. Ao consultar um advogado, Magnus descobriu que estava  no meio de uma trama de lavagem de dinheiro. Resolveu procurar a PF para contar o que sabia. Afirma que Janene o ameaçou de morte e que, na época, um incêndio misterioso destruiu uma casa dele.

Youssef, mais uma vez, se deu bem. Lavou o dinheiro para Janene e, ainda naquele ano de 2008, estreitou relações com Paulo Roberto, o executivo dos grandes contratos da Petrobras. Mal se livrara de uma condenação a sete anos de reclusão graças a uma delação premiada, Youssef reincidia em sua especialidade, a lavagem de dinheiro. Tinha o amigo e sócio Janene como cliente. Juntos, tinham um hotel, uma agência de viagens em Londrina e uma locadora de automóveis. A proximidade da dupla ia além dos negócios. Os dois se visitavam e se tratavam pelos títulos de compadre e padrinho. “Youssef chegava à casa de Janene e era padrinho pra cá, padrinho pra lá... Compadre pra cá, compadre pra lá. E era muito íntimo na lida das coisas”, afirmou Magnus à Justiça Federal. Numa dessas reuniões, Janene prometeu pagar o que chamou de “lua de mel” na Europa para Youssef e a mulher. Em seguida, explicou a ele o motivo da generosidade: “Ela só não pode pensar que você vai fazer aqueles câmbios para mim na França. Não deixe ela sonhar que você está fazendo isso”.

DEBOCHE
O empresário Hermes Magnus. Segundo ele, Janene zombava de deputados que procuravam diretores da Petrobras sem sua intermediação

O empresário Hermes Magnus. Segundo ele, Janene zombava de deputados que procuravam diretores da Petrobras sem sua intermediação (Foto: Reprodução)
Os desvios de dinheiro por meio de contratos superfaturados na Petrobras identificados até agora ocorreram de 2009 a 2014. A morte de Janene por infarto, na fila do transplante de coração, em 2010, não interrompeu a afinada e conveniente parceria entre Youssef e Paulo Roberto. Ao contrário, os laços ficaram ainda mais estreitos. Durante a Operação Lava Jato, a PF interceptou e-mails recebidos por Youssef. Uma das mensagens veio de um ressentido João Claudio Genu, ex-chefe de gabinete de Janene e um dos condenados do mensalão. Genu expressava seu “inconformismo” com a aproximação de Youssef e Paulo Roberto. Aparentemente, àquela altura, o doleiro e o diretor da Petrobras tinham estabelecido uma linha direta, sem intermediários, e Genu perdera seu quinhão no esquema. Paulo Roberto se tornara milionário. A Justiça descobriu que ele mantinha R$ 51,3 milhões em 12 contas secretas na Suíça.

O depoimento de Magnus reitera uma conclusão: o mensalão e o escândalo da Petrobras são dois esquemas distintos, mas com métodos, causas e consequências semelhantes. A causa é o fisiologismo: garantir apoio no Congresso usando cargos que deveriam ser preenchidos por critérios estritamente técnicos. O método: desvio de dinheiro público para financiar campanhas ou enriquecer os políticos envolvidos. A consequência: corrupção. Com a descoberta do mensalão, em 2005, quando o primeiro mandato de Lula se aproximava do fim, foi preciso assegurar a fidelidade dos mesmos partidos – e dos mesmos políticos – ao governo do PT. Com a reeleição de Lula, o governo continuaria a precisar de apoio no Congresso. E o Congresso não mudara. As regras de Brasília também não. Lula e o PT acomodaram-se às práticas políticas de sempre. E distribuíram aos partidos da base os cargos que os políticos tanto queriam. São aqueles que servem tão somente para gerar favores e dinheiro, seja para campanhas, seja para o bolso de quem está no esquema. Nenhum cargo era tão desejado pelos políticos quanto uma diretoria na Petrobras, a mais rica e poderosa empresa do país. No segundo mandato de Lula, a Petrobras, mais que qualquer outra estatal, ocupou o vácuo deixado pelo mensalão.

Janene está morto, não pode mais ameaçar nem delatar ninguém. Parentes seus são réus com Youssef na ação penal sobre a lavagem de dinheiro do mensalão. Um deles é Meheidin Jenani, primo de Janene. Magnus, o ex-sócio de Janene, afirma que Meheidin é especialista em assar carneiros e ia constantemente do Paraná a Brasília para preparar carneiros para a então ministra da Casa Civil, e hoje presidente Dilma Rousseff. Procurado por ÉPOCA, Meheidin desconversou. Procurada por ÉPOCA, a assessoria do Planalto disse que Dilma Rousseff não conhece Meheidin, muito menos era fã de carneiros preparados por ele.

>> Leia mais sobre o escândalo da Petrobras em ÉPOCA desta semana. Já nas bancas!

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Petrobras: se a NSA espionasse de verdade, nao teriamos esse escandalo todo...

Pois, até a NSA, que lê, tudo, ouve tudo, vê tudo, que está em todas as partes -- sim, ela é melhor que certo senhor de barbas brancas que está naquela pintura do Michelangelo --, se essa porcaria de agência americana, que só torra o dinheiro dos contribuintes americanos e não os protege de verdade, se esse avatar dos totalitários fosse um pouco mais eficiente, talvez não tivéssemos todos o esse escândalo estourando bem agora, às portas das eleições, só para atrapalhar a vida da soberana, e afundar ainda mais no lodaçal dos crimes o partido totalitário.
Pois os americanos, que também são transparentes, logo teriam avisado seus especuladores para deixar de comprar ações dessa companhia falida, e assim saberíamos que havia algo errado no reino podre dos companheiros.
Ficaram dormindo...
Não se pode nem confiar mais nos espiões americanos.
Pelo menos é o que diz essa repórter francesa...
Paulo Roberto de Almeida

Économie
Valeurs Actuelles, Jeudi 11 Septembre 2014 

Le fiasco Petrobras

Dilma Rousseff, présidente du Brésil. Depuis 2011, son gouvernement force Petrobras à vendre l'essence moins cher qu'il ne l'achète. Photo © Agencia Estado
Scandale. Extrêmement mal gérée par le gouvernement du Parti des travailleurs, la première entreprise brésilienne, contrôlée par l’État et aujourd’hui très endettée, est mêlée à une vaste affaire de corruption.
Au Brésil, septième économie mondiale, les temps sont durs même pour le fleuron de l’industrie, le géant pétrolier Petrobras (Petróleo Brasileiro). L’entreprise, dont 64 % du capital appartient à l’État, traverse une mauvaise passe alors que le pays entre en récession, avec un recul de 0,6 % du PIB au deuxième trimestre. Sur cette même période, son résultat net a chuté de 20 %, à 2,2 milliards de dollars. La saga du géant pétrolier, englué par une gestion calamiteuse depuis l’arrivée au pouvoir du Parti des travailleurs, s’est muée en un incroyable fiasco. Le groupe est maintenant soupçonné de corruption à grande échelle. Blanchiments, surfacturations, les affaires s’enchaînent et atteignent la présidente Dilma Rousseff, candidate à sa réélection le 5 octobre.
Personne n’avait vu venir le désastre. Pas même les Américains, dont les services de renseignement ont, selon les documents rendus publics par Edward Snowden, espionné activement ce pionnier de l’exploitation pétrolière en mer (23 % du brut mondial est extrait en eau profonde). « Petrobras représente un des plus grands actifs du pétrole dans le monde et un patrimoine du peuple brésilien », s’est indignée la présidente Dilma Rousseff lorsque l’affaire d’espionnage fut révélée l’an passé. Problème, le “patrimoine” évoqué s’est considérablement délabré depuis l’arrivée au pouvoir du Parti des travailleurs (PT).
En 2007, les perspectives sont pourtant radieuses : on localise au large des côtes brésiliennes (à 300 kilomètres de Rio de Janeiro et de Santos), d’énormes réserves de pétrole dites “pre-salt” (gisements présalifères), l’équivalent d’au moins 50 milliards de barils. « À peine moins que les réserves en mer du Nord », observe Michael Reid, de l’Economist, dans son livre Brazil, the Troubled Rise of a Global Power (Yale University Press). Les plus audacieux parient même sur 100 milliards de barils. L’ancien président Lula parle alors du Brésil comme d’une des futures grandes puissances pétrolières : d’ici à 2030, le pre-salt pourrait permettre au Brésil de se hisser au même niveau que les Émirats arabes unis. Lula autoproclame alors son pays « énergétiquement autosuffisant ».
La réalité du pre-salt se révèle toutefois plus complexe. Le défi technologique est immense, même pour le numéro un mondial de l’exploitation de pétrole en eaux profondes qu’est Petrobras. Pour l’extraire de gisements enfouis à plus de 5 000 mètres, voire 7000 mètres de profondeur, des techniques de forage doivent être mises au point car, avant d’y parvenir, il faut traverser une couche de sel et de roche, épaisse de 2 000 mètres… Sur la période 2012-2016, Petrobras a prévu d’investir 236 milliards de dollars. Le montant final sera sans doute bien plus élevé que le brésilien ne l’avait imaginé. Cette année, la société a déjà dépensé 43 milliards de dollars.
Sur neuf champs pétrolifères prévus, huit sont entrés en production (bassins de Campos et de Santos) ; depuis juin, ils assurent 520000 barils par jour, soit 22 % de la production de Petrobras. Le Brésilien entend doubler sa production d’ici à 2020 et en assurer 53 % par le pre-salt. Voilà pour les chiffres de production… Financièrement, la réalité est tout autre.
En cinq ans, l’entreprise qui fut naguère une des plus importantes entreprises mondiales par sa capitalisation boursière (et la première de la Bourse de São Paulo avec plus de 100 milliards de dollars) a perdu la moitié de sa valeur. En 2010, elle était la douzième plus importante capitalisation ; aujourd’hui Petrobras figure à la cent vingtième place. En cause, l’explosion de son endettement (102 milliards de dollars l’an passé), qui a pratiquement doublé depuis 2010 : sur la seule année 2013, il a bondi de 30 %.
« Petrobras sera le problème des années à venir. » Un constat sans appel lancé par Nick Price, spécialiste des marchés émergents chez Fidelity Worldwide Investment et gérant d’un portefeuille de 9 milliards d’actifs. L’expert met non seulement en cause l’endettement, mais aussi la mauvaise gestion : Petrobras « investit trop et mal ». « Pas compétitif, archaïque, dispendieux… », ajoute la presse brésilienne, révélant que, chaque semaine, Petrobras fait voyager 60 000 salariés en hélicoptère pour atteindre ses platesformes. C’est l’équivalent d’une ville…
Principale cause de cette gestion calamiteuse, l’interventionnisme du gouvernement de Dilma Rousseff depuis 2011
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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Petrobras: a destruicao companheira e o futuro perdido...

Petrobras : tarred by corruption
 Financial Times, 11.8.2014

An investigation into the state oil company has tarnished political reputations

After years of allegedly secret dealings, the men at the centre of what is potentially Brazil’s biggest corruption case made a careless mistake.
In May 2013, convicted black market money dealer Alberto Youssef bought through third parties a luxury car for his friend and alleged accomplice, Paulo Roberto Costa, a former executive at state-oil company Petrobras.
But while negotiating the purchase of the R$250,000 ($110,000) Range Rover Evoque in São Paulo, they put their names together on a seemingly harm­less document: a proof of ad­dress. It was the only occasion in the mountains of police investigation documents seen by the Financial Times they voluntarily appeared together.
Federal police swooped. They raided the home of Mr Costa, confiscating the Evoque and more than half a million dollars of cash. Prosecutors allege that the wider extent of corruption that affects Petrobras, including bribes and underhand political donations, amounts to more than R$1bn in inflated contracts. In the process, the police helped throw open Brazil’s October election, turning it from what looked like a one-horse race for President Dilma Rousseff to the closest contest in recent history. As the former chairwoman of Petrobras, the claims threaten Ms Rousseff’s reputation as a capable technocrat. Prosecutors allege the company was used for extensive political donations.
A task force of federal public prosecutors in the state of Paraná, which is leading the probe, said: “The suspects . . . converted R$250,000 ex­tracted from corruption and abuse of public office at Petrobras into a legitimate asset through the purchase of the Land Rover.”
Mr Youssef’s lawyers said the vehicle purchase was not illegal and Mr Costa’s lawyers added that the vehicle was payment for bona fide consultancy services provided to Mr Youssef. Both men are in custody facing charges of money laundering, corruption and abuse of public office.
Brazilians are appalled at accusations that criminals had infiltrated Petrobras, their country’s biggest company, a national icon and a global leader in ultra deepwater oil exploration. The company reported net profit last year of R$23.6bn with production of 2.54m barrels of oil equivalent a day. Petrobras is seen as so important that both the lower house and the Senate have launched inquiries.
“This scandal has contributed greatly to the fall in the popularity of the president,” says Senator Álvaro Dias, of the opposition PSDB, who is participating in one of the congressional inquiries into the case. The president’s approval rating has fallen from above 60 per cent early last year to less than 40 per cent. ButMs Rousseff’s ruling Workers’ party (PT) dismisses claims that Petrobras’s problems have damaged her chances of winning a second term, saying the president has been cleared of any wrongdoing in the scandals.
Beyond party politics, however, the controversy has highlighted what analysts say is a dangerous flaw in Brazil’s national institutions: the ease with which politicians are able to use state companies as a source of illicit campaign funds. “The truth is most parties try to use state-owned enterprises for their benefit,” said Sérgio Lazzarini, a professor at business school, Insper, in São Paulo.
Petrobras share price
The Petrobras project at the centre of the scandal involving Mr Costa and Mr Youssef is a refinery near Abreu e Lima in north-eastern Brazil.
A square in the small town features two statues, one honouring José Inácio de Abreu e Lima, a revolutionary who left Recife and fought for independence in Venezuela and Colombia. The other is of the Venezuelan general Simón Bolívar, his comrade and another of the continent’s independence heroes. “I guess one must be Abreu and the other is Lima,” says Francisco de Oliveira, a 21-year-old bricklayer, leaning on the monument.
But if the town’s residents seem oblivious to the Brazilian freedom fighter, the Petrobras refinery project has also done little to honour his memory. Envisioned as a partnership between Brazil and Venezuela, the project has become the focus of a police investigation into money laundering, known as Lava Jato, or “Jumbo Wash”, in which Mr Youssef and Mr Costa have been implicated.
In 2006, when the project began construction, former president Luiz Inácio Lula da Silva, Ms Rousseff’s predecessor and mentor, was pictured with the late Venezuelan president Hugo Chávez shaking hands at the site. The refinery was meant to be a business joint venture that would process Venezuela’s heavy crude. But Caracas never put a cent into it: even the anti-capitalist Chávez was put off by its escalating costs, former Petrobras executives joke.
From an original budget of $2.5bn, the cost of the 230,000 barrels-a-day refinery soared to $20bn, or $87,000 per barrel of refining capacity. This makes it one of the most expensive ever built, analysts say. The international average cost is between $13,000 and $39,000, according to an estimate from Credit Suisse.
Although a listed company, Petrobras has always been politicised. But oil executives say Mr Lula da Silva and his allies deepened the practice, assigning a larger number of senior positions to political appointees, from the former chief executive José Sergio Gabrielli, a PT member, to Mr Costa, regarded as a representative of the pro-government Progressive party.
“The PT saw . . . that Petrobras could be a great instrument to preserve power,” says Adriano Pires, founder of the Brazilian Centre of Infrastructure, a research company.
The PT rejects such arguments, saying it is just opposition electioneering that irresponsibly taints the reputation of Petrobras. Mr Costa’s lawyer said while he might have had political support, he was a career Petrobras engineer appointed on merit.
It was also from around 2006 that Petrobras embarked on a series of transactions that are now the subject of corruption investigations. These include accusations that it overpaid for a refinery in Pasadena in the US, paying a sum 28 times greater than the original owner, Belgian company Astra, paid for it. Brazil’s TCU – or federal accounts watchdog – ordered the former board of Petrobras to return $792.3m to the company that it calculated as the losses from the $1.18bn Pasadena transaction.
But by far the biggest concern is the Abreu e Lima refinery. According to the prosecutors, the Lavo Jato investigation began as a probe into suspected money laundering by the late José Mohamed Janene, a PP politician. In the process, police discovered fraudulent transactions committed between 2009 and 2013, allegedly by Mr Youssef and Petrobras’s Mr Costa.
Police suspect Mr Youssef to be “the biggest doleiro in national history”, according to an investigation dossier, using the Portuguese term for black market money dealer. He was convicted for financial crimes in 2004.
Mr Costa was appointed Petrobras’ director of fuel supply in 2004 and became the executive responsible for refineries in 2008. Prosecution documents allege Mr Youssef, Mr Costa and conspirators hatched myriad shell company schemes to skim money from Petrobras and then “wash” it by sending it offshore.
“We have indications that Paulo Roberto [Mr Costa] transferred more than $400m offshore through foreign exchange contracts,” says public prosecutor Carlos Fernando Santos Lima.
The prosecution cites, as one example, findings by TCU that contracts awarded to one builder, identified as Consórcio Nacional Camargo Corrêa, were inflated in value by as much as R$446m. This company had in turn contracted two others, Sanko Sider and Sanko Serviços, to supply materials and services, paying them R$113m over four years.
These two, in turn, paid R$26m to an alleged shell company, MO Consultoria, controlled by Mr Youssef, and other undisclosed sums to another of his alleged shells, GFD. This money then allegedly made its way offshore.
CNCC told the FT in response to the allegations that it won its contracts through legitimate public tenders. It said it was co-operating with investigators. A spokesman for the Sanko companies said all transactions were legitimate and made through the conventional banking system. He added that the companies were assisting the investigation.
Prosecutors allege evidence seized from Mr Costa indicated he negotiated with Petrobras’s contractors to make political donations. They point to a document in which he wrote the names of six big Petrobras contractors that donated a total of R$35.3m to parties in the governing coalition during the 2010 election. Prosecutors allege the document could be “treated as a spreadsheet for possible campaign donations, in which Mr Costa acted as an intermediary for these contributions with companies that had contracts with Petrobras”.
Mr Costa’s lawyers said the prosecutors’ accusations against him are baseless “assumptions”. They also said there was no evidence of inflating of contracts. “The criteria adopted by the prosecution are contestable and this will become clear as the case progresses.” Mr Youseff also denies the allegations, his lawyers said.
PT politicians also said it was too early to draw conclusions about political donations. They said Petrobras’s problem is its commercial independence and ability to award contracts without the open tenders that would be required of a public ministry.
Congressman Marco Maia, who is leading a lower house congressional inquiry, said lawmakers would review Petrobras’s procurement processes to make them more accountable. “We will change the legislation and democratise the procurement and information-sharing process of Petrobras.”
At the Abreu e Lima refinery, rain clouds are clearing and workers trudge back through the thick red mud of the construction site. A cleaner says many workers “vanish as soon as it rains”, explaining the delays in the project.
Like the refinery project, mud from the Abreu e Lima scandal has splattered Ms Rousseff’s election campaign, damaging her reputation as a competent manager.
But analysts doubt that much of it will stick to her. She was recently cleared by the TCU of wrongdoing in the Pasadena scandal. She has also installed career Petrobras engineer, Maria das Graças Foster, as CEO, who has “cleaned out” most of the political appointees, former Petrobras executives say.
“Petrobras will continue to be a negative source of news for her during the election but the key risk factor for her is a weakening economy,” says João Augusto de Castro Neves of Eurasia Group, a consultancy.
More worrying for Brazil is the apparent propensity of state-owned companies to be used by politicians intent on financing their campaigns. Furnas, the federal power company, has also been embroiled in corruption allegations linked to the 2002 elections which the former managers of the company have previously denied.
A tougher anti-corruption law could help but enforcement will be vital. Brazil’s convoluted legal system often allows those with good lawyers to avoid jail. “This new law is a good thing but our track record of punishment is not very bright,” said Mr Lazzarini of Insper.
One man who seemed to understand the problem of endemic corruption was Mr Costa. In a notebook seized by police from his home, he jotted down a quote from Millôr Fernandes, the Brazilian writer, that captured the cynicism many feel about the country’s politics.
“Rooting out corruption is the ultimate goal of those who have not yet come to power,” he scrawled.

Additional reporting by Thalita Carrico

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Escandalos da Petrobras: um engenheiro aposentado comenta o que sabe

A propósito desta minha postagem:

sábado, 19 de abril de 2014

Petrobras: o fosso da corrupcao cada vez mais fundo...

... já deve ter ultrapassado a profundidade do pré-sal...
Paulo Roberto de Almeida 
 Novas provas de corrupção na Petrobras
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Petrobras: o fosso da corrupcao cada vez mais fundo...

... já deve ter ultrapassado a profundidade do pré-sal...
Paulo Roberto de Almeida 
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Paulo Roberto de Almeida 

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sábado, 19 de abril de 2014

Petrobras: o fosso da corrupcao cada vez mais fundo...

... já deve ter ultrapassado a profundidade do pré-sal...
Paulo Roberto de Almeida 
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sábado, 19 de abril de 2014

Petrobras: o fosso da corrupcao cada vez mais fundo...

... já deve ter ultrapassado a profundidade do pré-sal...
Paulo Roberto de Almeida 
 Novas provas de corrupção na Petrobras
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recebi, do engenheiro aposentado da Petrobras Assis Pereira, um longo comentário que, a despeito de não consubstanciar suas acusações com provas documentais ou evidências suficientes, me parece bastante consistente, coerente, e, sobretudo, animado do propósito de esclarecer alguns pontos ainda não adequadamente cobertos pelas matérias de imprensa.
Em princípio, não tem valor testemunhal, mas é um cidadão a mais escandalizado com o oceano (sete mares?) de lama e de podridão que se instalou no governo mafioso dos companheiros.
Paulo Roberto de Almeida


ASSIS PEREIRA JBAP

30 minutos atrás  -  Compartilhada publicamente
 
REFINARIA DE PASADENA – MALFEITOS DE DILMA e GRAÇA FOSTER
Relembro daquele negócio que a Petrobras América – PAI efetuou em 2006 na aquisição da Refinaria de Pasadena quando a Diretoria da Área internacional era exercida por Nestor Ceveró, sucedida pelo Dr. Zelada, o mesmo que após defenestrado por Graça Foster, encontra-se atualmente à frente da EMPRESA DE CONSULTORIA Z3.
Zelada deixou a estatal após 32 anos de carreira e em pouco menos de um ano, após deixar a Diretoria Internacional da Petrobras, ficamos sabendo de seus planos para a área de energia no Brasil, e como NOVO empreendedor, planeja instalar uma fábrica de painéis solares no Rio de Janeiro, com investimentos de R$ 50 milhões.
Quando da aquisição da Refinaria de Pasadena, referendada pelo Conselho de Administração da Petrobras, sob a Presidência da Dra. Dilma Rousseff, atual Presidenta da República Federativa do Brasil, pelo que recordo, não ficou bem claro pela Estatal, que a cifra US$ 360 milhões utilizados para obtenção de 50% daquele parque de Refino obsoleto, teria sido ou não um bom negócio para a Petrobras.
Considerado o que foi reportado pela Mídia, dando conta que a Petrobras teria pagado à Astra 17 vezes o valor dispendido por esta na aquisição da Refinaria de Pasadena, um amontoado de ferro e potencial sucata, demonstra claramente que não.
Mais aterrorizante, foi saber através da mídia que, já na Gestão de Maria da Graças Foster, esposa de Colin Foster, a PETROBRAS pagou, sob o comando de Zelada (Diretor da área Internacional da Petrobras), pasmem, mais que dez vezes o valor pago em 2006 pelos 50% restantes da Refinaria, mediante acordo com a Trading Belga Astra, decorrente de Arbitramento Internacional, ficando com 100% do Mico.
Colin Foster, vem a ser o dirigente máximo da Maçonaria inglesa no Brasil, cujo irmão – Grão-Mestre Distrital da Divisão Norte da Grande Loja Unida da Inglaterra, “Grand Master” é o Príncipe Edward George Nicholas Paul Patrick – primo da Rainha Elisabeth e quem comanda a Grande Loja Unida da Inglaterra, junto com o príncipe, é Peter Lowndes membro do Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS). O prestigiado maçom Colin, husband of “Graça Foster”, também é dono de uma empresa de componentes eletrônicos, a AC Foster Serviços e Equipamentos, fornecedor exclusivo das Plataformas e sondas da Petrobras, no pre e pos sal, caracterizando uma relação improba de conflito de interesse de Graça Foster, outrora como empregada da Petrobras na condição de Diretora de Gás e energia e atualmente na Presidência da Estatal.
Recentemente, a mídia havia noticiado que a Petrobras adquiriu a Refinaria de Pasadena por 1,2 bi de dólares e pretende vende-la por menos de um décimo desse valor, assumindo um prejuízo que ultrapassa a estratosférica soma de um bilhão de dólares, mas o povo vai pagar esta conta com sequenciais aumentos do Diesel S-50 e gasolina batizada com álcool anidro.
A aquisição da Refinaria de Pasadena no EUA e a condição conflitante de interesses da Graça Foster com a Petrobras, esta em linha com um entendimento jurídico dos advogados da FIFA ocorridos no Tribunal da cidade suíça de Zug. Naquele Tribunal, dos advogados da FIFA, tornaram público que o processo contra os cartolas brasileiros, seria difíceis de serem implementados. Os advogados da FIFA tentavam convencer os juízes, em uma audiência, de que não viam problemas com a atitude de Teixeira e Havelange e alegavam que a proposta da Justiça de que os cartolas devolvessem US$ 2,5 milhões para os cofres da organização seria impossível de ser implementada. Entre os vários motivos para não pedir o dinheiro de volta, os advogados da FIFA apresentaram um argumento surpreendente: o de que a “maioria da população” de países da América do Sul e África tem nos subornos e propinas parte de sua renda “normal”. Ou seja, Teixeira não devolveria o dinheiro porque, em nossa suposta “cultura”, todos temos parte da renda completada por subornos. Este raciocínio é de lascar, como engenheiro aposentado pela Petrobras, há mais de dez anos, trabalho como consultor para sobreviver e nunca tive o complemento de renda supramencionado.

sábado, 2 de agosto de 2014

Crimes politicos do lulo-petismo: a farsa da CPI da Petrobras (RevistaVeja)

Os petistas que frequentam estas páginas (sei que os há) devem ficar furibundos cada vez qye eu posto coisas do gênero, ou seja, matérias sobre os crimes políticos e econômicos de sua agremiação preferida, ainda mais saindo do veículo preferido de seus ódios imortais.
Antes de pensar em xingar, ofender, maldizer, talvez eles pudessem refletir sobre fatos e pensar com suas próprias cabeças, em lugar de receber ordens dos neobolcheviques.
Paulo Roberto de Almeida 

Poder

Gravações comprovam: CPI da Petrobras foi uma grande farsa

A CPI da Petrobras foi criada com o objetivo de não pegar os corruptos. Ainda assim, o governo e a liderança do PT no Senado decidiram não correr riscos e montaram uma fraude que consistia em passar antes aos investigadores as perguntas que lhes seriam feitas pelos senadores. A trama foi gravada em vídeo.

Hugo Marques
Veja.com, 2/08/2014
TEATRO: Parecia uma encenação — e era mesmo. As perguntas que seriam feitas pelos parlamentares ao ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli foram
enviadas a ele antes do depoimento por José Eduardo Barrocas, chefe do escritório da estatal em Brasília, que aparece no detalhe da foto
TEATRO: Parecia uma encenação — e era mesmo. As perguntas que seriam feitas pelos parlamentares ao ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli foram enviadas a ele antes do depoimento por José Eduardo Barrocas, chefe do escritório da estatal em Brasília, que aparece no detalhe da foto      (Geraldo Magela/Ag. Senado)
Era tudo farsa. Mas começou parecendo que, dessa vez, seria mesmo para valer. Em março deste ano, os parlamentares tiveram um surto de grandeza institucional. Acostumados a uma posição de subserviência em relação ao Palácio do Planalto, eles aprovaram convites e convocações para que dez ministros prestassem esclarecimentos sobre programas oficiais e denúncias de irregularidades. Além disso, começaram a colher as assinaturas necessárias para a instalação de uma CPI destinada a investigar os contratos da Petrobras. Ventos tardios, mas benfazejos, finalmente sopravam na Praça dos Três Poderes, com deputados e senadores dispostos a exercer uma de suas prerrogativas mais nobres: fiscalizar o governo. O ponto alto dessa agenda renovadora era a promessa de escrutinar contratos firmados pela Petrobras, que desempenha o papel de carro-chefe dos investimentos públicos no país. Na pauta, estavam a suspeita de pagamento de propina a servidores da empresa e o prejuízo bilionário decorrente da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, operação que jogou a presidente Dilma Rousseff numa crise política sem precedentes em seu mandato. O embate estava desenhado. O Legislativo, quem diria, esquadrinharia o Executivo. Pena que tudo não passou de encenação.     
VEJA teve acesso a um vídeo que revela a extensão da fraude. O que se vê e ouve na gravação é uma conjuração do tipo que, nunca se sabe, pode ter existido em outros momentos de nossa castigada história republicana. Mas é a primeira vez que uma delas vem a público com tudo o que representa de desprezo pela opinião pública, menosprezo dos representantes do povo no Parlamento e frontal atentado à verdade. Com vinte minutos de duração, o vídeo mostra uma reunião entre o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o advogado da empresa Bruno Ferreira e um terceiro personagem ainda desconhecido.
A decupagem do vídeo mostra que, espantosamente, o encontro foi registrado por alguém que participava da reunião ou estava na sala enquanto ela ocorria. VEJA descobriu que a gravação foi feita com uma caneta dotada de uma microcâmera. A existência da reunião e seus participantes foram confirmados pelos repórteres da revista por outros meios — mas a intenção da pessoa que fez a gravação e a razão pela qual tornou público seu conteúdo permanecem um mistério. Quem assiste ao vídeo do começo ao fim — ele acaba abruptamente, como se a bateria do aparelho tivesse se esgotado — percebe claramente o que está sendo tramado naquela sala. E o que está sendo tramado é, simplesmente, uma fraude caracterizada pela ousadia de obter dos parlamentares da CPI da Petrobras as perguntas que eles fariam aos investigados e, de posse delas, treiná-los para responder a elas. Barrocas revela no vídeo que até um “gabarito” foi distribuído para impedir que houvesse contradições nos depoimentos. Um escárnio. Um teatro.     ​

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Petrobras: a vaca petrolifera dos companheiros obrigada a desinvestir (nao tem jeito...)

Recebo o seguinte comunicado da (ops) "vaca petrolífera":



Rio de Janeiro, 20 de junho de 2014 – Petróleo Brasileiro S.A. – A Petrobras esclarece sobre notícias divulgadas na imprensa sobre possível venda de ativo.
Conforme já comunicado ao mercado, o Plano de Negócios e Gestão da Petrobras prevê desinvestimentos de ativos no exterior e no Brasil. O total de desinvestimentos previsto ao longo do período 2014-2018 é entre US$ 5 e US$ 11 bilhões, a depender da evolução dos indicadores financeiros da Companhia.
Assim, a Petrobras está analisando oportunidades de desinvestimentos alinhados aos objetivos traçados em seu Planejamento Estratégico e manterá o mercado informado sempre que ocorrerem fatos que requeiram divulgação.
  
Atenciosamente, 
Relacionamento com Investidores. 

Bem, depois do estrago comandado, ordenado, organizado, implementado e escondido pelos companheiros, parece que não havia mesmo outra coisa a fazer. Mas o tema Petrobras não se resume a isso.
Existe o aspecto "vaca petrolífera", ou seja, a grande oportunidade sempre sonhada pelos companheiros para realizar, como já disse um corrupto-mor, a sua "independência financeira", e de verdade eles se empenharam ativamente em construi-la, transferido um bocado de dinheiro para fora. Como sempre argumentado aqui, Pasadena é o que menos importa, poderia ser qualquer coisa: o importante era a operação em si.
E existe o aspecto da economia esquizofrênica companheira, aquela que obrigou a Petrobras a assumir perdas sobre perdas, mantendo o preço de ativos congelados, enquanto os insumos estavam submetidos às leis do mercado. Em consequência, a empresa foi afundada: passou de uma valorização de mercado de mais de 340 bilhões de dólares, quatro ou cinco anos atrás, para menos de 120 bilhões atualmente, graças aos aprendizes de feitiçarias econômicas do partido totalitário dos keynesianos de botequim.

O pior é que tudo isso está sendo escondido pelos companheiros, subtraído ao conhecimento da sociedade, pelo controle que os pilantras conseguiram no Congresso e pela sua manipulação dos meios de comunicação.
Um dia tudo isso terá de vir à tona, mesmo que seja como "cold case". Os responsáveis, se não forem punidos, pelo menos tem de ser apontados, para serem julgados pela história.
No que me concerne, eu já sei quem são os criminosos econômicos, apenas não tenho meios de denunciá-los.
Paulo Roberto de Almeida

terça-feira, 17 de junho de 2014

Petrobras paga menos impostos na republica dos companheiros: ele o fizeram para melhor suga-la?

Curiosa situação: todos nós pagamos mais impostos, sobretudo as empresas.
Menos a vaca petrolífera dos companheiros, a principal fonte de liquidez (digamos assim) do partido e de seus principais apparatchiks.
Seria uma coincidência involuntária?
Por princípio, nada com os companheiros se faz por acaso: tudo é friamente calculado.
Então...
Paulo Roberto de Almeida 

 Menos imposto para Petrobras

Enquanto contribuintes pagam mais tributos, carga da estatal foi reduzida entre 2006 e 2013
Beneficiada por um conjunto de incentivos, a Petrobras paga cada vez menos tributos, na contramão do que acontece com os demais contribuintes do país. De 2006 para 2013, o recolhimento de impostos, contribuições, royalties e participações especiais da estatal caiu o equivalente a um ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país), passando de 3,04% para 2,05%. No mesmo período, o peso dos impostos para os demais contribuintes aumentou 3,62 pontos do PIB, de 31,75% para 35,37%. Com isso, a carga nacional total cresceu 2,63 pontos, para 37,42%.
A evolução do recolhimento de tributos da Petrobras foi analisada em estudo inédito do economista José Roberto Afonso, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), a partir de informações do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest) e da própria estatal. O trabalho destaca que, em 2007, quando foi anunciada a descoberta de jazidas de petróleo na camada do pré-sal, a carga tributária da estatal começou a decrescer de forma acentuada. E aponta como uma das causas prováveis os subsídios implícitos e incentivos patrocinados pelo governo federal, a fim de tentar compensar os prejuízos impostos à Petrobras pela defasagem dos preços dos combustíveis vendidos no mercado interno em relação aos comprados no exterior.
No estudo, o economista José Roberto Afonso destaca que a venda dos combustíveis abaixo dos custos corrói os lucros da Petrobras e, com isso, contribui para a redução de tributos pelo próprio encolhimento da base de arrecadação. Mas ele considera que isso não explica “tanta perda de carga tributária”.
Um aspecto que chama a atenção nos recolhimentos da Petrobras é a queda do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no período de 2007 a 2013. Em 2006, os tributos recolhidos pela estatal equivaliam a 0,48% do PIB e no ano passado atingiram o equivalente a 0,09% do PIB. No mesmo período, a arrecadação nacional desses tributos subiu de 3,24% para 3,44% do PIB. Ou seja, enquanto a carga da Petrobras caiu 0,39 ponto do PIB, para os demais contribuintes aumentou 0,59 ponto.
Afonso observa que a notória queda do lucro da estatal nos últimos anos não é a única justificativa para a redução do recolhimento de IRPJ e CSLL, já que esta última é muito mais acentuada. Enquanto o lucro da Petrobras caiu à metade entre 2006 e 2013, de 1,09% para 0,49% do PIB, a carga de IRPJ/CSLL recuou 81%.
Na análise trimestral dos tributos, o economista encontrou registros de valores negativos de recolhimento de IRPJ/CSLL: R$ 161 milhões no segundo trimestre de 2012 e R$ 1,9 bilhão no último trimestre de 2013, o que indicaria que a Petrobras compensou créditos. Em 2008, no auge da crise financeira internacional e da desvalorização do real, a Petrobras mudou o regime de recolhimento dos impostos no meio do exercício, o que resultou em compensações bilionárias relativas à variação cambial, questionadas pela Receita Federal. A manobra foi revelada pelo GLOBO em 2009 e motivou a instalação de uma CPI no Congresso para investigar a estatal.
Em 2010, com apoio do governo, o Congresso aprovou uma mudança na legislação, que avalizou a manobra da estatal, permitindo a alteração do regime de recolhimento de impostos (caixa ou competência) no meio do exercício, “nos casos em que ocorra elevada oscilação da taxa de câmbio”. Diante da trajetória decrescente de IRPJ/CSLL, Afonso considera “uma hipótese forte de que a estatal esteja se utilizando novamente dessa prerrogativa”.
Cide foi zerada no ano passado
Outro aspecto destacado no estudo é o recolhimento de PIS/Cofins, que, no caso da Petrobras, recuou 0,16 ponto percentual de 2006 a 2013, enquanto para os demais contribuintes subiu 0,54 ponto no mesmo período. Neste caso, o estudo do economista da FGV aponta que a queda decorre, em boa parte, do fato de o governo ter criado uma regra especial para o setor de combustíveis, que beneficia a estatal. Enquanto as empresas em geral recolhem essas contribuições com base em uma alíquota sobre o faturamento, no caso dos combustíveis o valor é fixo e está congelado desde 2004. Com isso, quanto mais aumenta o preço da gasolina no país, mais cai o imposto, proporcionalmente.
— A queda no recolhimento de tributos pela Petrobras não despertaria maior atenção ou preocupação se o gasto público não fosse crescente, a dívida pública não fosse tão alta e a carga tributária nacional não precisasse continuar crescendo — destaca Afonso. — Não por acaso, enquanto diminuiu a carga dessa estatal, o oposto ocorreu com a carga dos demais contribuintes, que precisou crescer, não apenas para compensar o que se perdia com a petroleira, mas também para financiar a expansão de gastos e dívida do governo em geral, sobretudo o federal.
E mais um fator a contribuir para a queda da carga tributária da Petrobras é a cobrança da Cide, reduzida sucessivamente até ser completamente zerada em 2013. Neste caso, o recolhido pela Petrobras passou de 0,33% do PIB em 2006 para zero no ano passado.
— Se por um lado é inegável que a chamada administração dos preços de combustíveis beneficia seus consumidores, por outro é forçoso reconhecer que a sociedade como um todo está pagando indiretamente essa conta com o aumento da carga tributária global — conclui o economista.
Procurada, a Petrobras informou que não iria comentar a queda nos tributos entre 2006 e 2013.
Fonte: O Globo