O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador frase da semana. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador frase da semana. Mostrar todas as postagens

domingo, 23 de junho de 2013

A frase da semana: ah, essa cobica terrivel dos imperialistas, um perigo...

“O Brasil é um país muito rico, tem muitas reservas naturais. Esses recursos podem ser objeto de cobiça”.


Celso Amorim, ministro da Defesa

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A frase da semana: o individuo e o Estado - Herbert Spencer

A frase desta semana não é desta semana, tampouco deste mês, sequer deste ano.
É de 1884, e está no livro The Man versus the State, de Herbert Spencer, o filósofo evolucionista, darwiniano, cientificista, e liberal...


It is not to the State that we owe the multitudinous useful inventions from the spade to the telephone; it is not the State which made possible extended navigation by a developed astronomy; it was not the State which made the discoveries in physics, chemistry, and the rest, which guide modern manufacturers; it was not the State which devised the machinery for producing fabrics of every kind, for transferring men and things from place to place, and for ministering in a thousand ways to our comforts. The worldwide transactions conducted in merchants' offices, the rush of traffic filling our streets, the retail distributing system which brings everything within easy reach and delivers the necessaries of life daily at our doors, are not of governmental origin. All these are results of the spontaneous activities of citizens, separate or grouped.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

quarta-feira, 1 de maio de 2013

A frase da semana: a Argentina tem tudo e esta' prosa... (CK)


“Temos papa, rainha e Messi, não nos falta nada”.
Cristina Kirchner, ao comemorar a coroação da conterrânea Máxima Zorreguieta como rainha consorte da Holanda.

Bem, acho que falta, falta, muita coisa, mas vamos descobrir na próxima crise...
Paulo Roberto de Almeida 

quinta-feira, 7 de março de 2013

A frase (bolivariana) da semana: Bolivar himself...

Bolivariana no sentido estrito, não seu arremedo chavista, que aliás parece ter sido visado preventivamente na frase de Bolívar, o verdadeiro.
Será que essa frase figura nas Obras Completas de Simón Bolivar, que Chávez certamente deve ter mandado compor, imprimir e distribuir a milhões de exemplares?
Dúvida! Mas não resta dúvida de que esta frase vem bien à propos...


Si un hombre fuese necesario para sostener el Estado, este Estado no debería existir, y al fin no existiría.
Simón Bolívar, 20 de Janeiro de 1830

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A frase da semana: "A luta contra a austeridade custa dinheiro"

Ouvido do militante trotsquista Alain Krivine, fundador da Liga Comunista Internacionalista, da França, em entrevista na Radio France Info, reclamando contra a falta de dinheiro que hoje aflige o sucessor desse partido da esquerda radical, o Novo Partido Anticapitalista:

"Lutter contre l'austerité ça coûte de l'argent..."

Ironia involuntária, talvez inconsciente, do autor, sem dúvida. Os revolucionários acham que é preciso recolher muito dinheiro, antes, para poder, depois, lutar de maneira mais eficiente contra a austeridade. Pois é, essas coisas custam dinheiro, e como dizia Milton Friedman, there is no free lunch.
Como vocês vêem, é preciso gastar dinheiro para poder fazer austeridade.
É o triunfo da lógica e da coerência...
Mas não nos enganemos: o economista e Prêmio Nobel Paul Krugman pensa a mesma coisa...
Paulo Roberto de Almeida

sábado, 27 de outubro de 2012

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A frase da semana - Eric Voegelin

Meu amigo Gustavo Carneiro de Mendonça me envia, de suas leituras, a frase da semana: 


A personalidade moral do indivíduo não é determinada pelas estruturas sociais em que se insere, mas a mediocridade do caráter pessoal facilita a corrupção das estruturas sociais.

Prefácio de Mendo Castro Henriques ao livro Hitler e os Alemães, de Eric Voegelin.

sábado, 23 de junho de 2012

A frase da semana - Angela Merkel

Esta, na verdade, não é excepcional, nem pela inteligência, nem pela suposta genialidade. Trata-se apenas de uma constatação do que ocorreu na União Europeia, do que os países deveriam ter feito e do que não fizeram: 


...le problème est que nous n'avons pas respecté les règles.
Angela


Para os que desejarem saber em que circunstâncias se deu essa "lição", aqui abaixo está o artigo do Le Monde relatando a reunião a quatro, mas na qual uma, única e sozinha, sustentou a oposição de três, no que fez muito bem.
Paulo Roberto de Almeida 



Angela Merkel ne plie pas face aux demandes des pays du sud de la zone euro

Le Monde.fr |  • Mis à jour le 

Un accord a minima sur la croissance, mais chacun campe sur ses positions au sujet de la refondation de l'Union monétaire. Mario Monti, Angela MerkelFrançois Hollande et Mariano Rajoy ne sont pas parvenus, vendredi 22 juin, à Rome, dans les salons de la villa Madame, à se mettre d'accord sur la meilleure façon desurmonter la crise des dettes.

Tandis que l'Espagne et l'Italie sont dans le collimateur des marchés, les quatre dirigeants sont convenus des grandes lignes d'un pacte pour la croissance, qui reste à finaliser, au Conseil européen, les 28 et 29 juin. Le plan se montera à quelque 130 milliards d'euros, soit 1% du PIB européen. Il se fonde, pour l'essentiel, sur les propositions relayées par François Hollande depuis son élection : augmentation du capital de la Banque européenne d'investissement, réallocation des fonds européens non dépensés et "project bonds", ces obligations destinées àfinancer des infrastructures.
Les quatre dirigeants se sont aussi prononcés pour la mise en place d'une taxe sur les transactions financières européennes, entre les pays volontaires. "Aussi vite que possible", a dit le président français, alors que les ministres des finances de l'Union européenne, réunis au Luxembourg, au même moment, ouvraient la voie à une coopération renforcée sur le sujet, faute d'accord à vingt-sept.
En revanche, les divergences demeurent sur le renforcement de l'Union monétaire."L'euro est là pour rester", a dit Mario Monti, hôte de cette réunion à quatre inédite."La solution à la crise, c'est plus d'Europe", a renchéri Angela Merkel pour mieux défendre son idée d'union politique. L'union "a besoin de plus de mécanismes de contrôle", a-t-elle ajouté, estimant que "le problème est que nous n'avons pas respecté les règles". Chacun soutient la mise en place d'une union bancaire, pour mieux superviser les banques, voire d'une union budgétaire, mais sans s'accordersur leurs implications concrètes.
Pour la chancelière allemande, la recapitalisation directe des banques par les fonds de secours "viole les traités". La chancelière rejette aussi toute intervention de la Banque centrale européenne ou des fonds de secours pour racheter les obligations des Etats en difficultés, alors que Mariano Rajoy et Mario Monti sont pour. Elle ne veut pas, non plus, entendre parler des euro-obligations, dont François Hollande continue de demander la mise en place "avant dix ans".
"Il n'y aura pas de transferts de souveraineté sans amélioration sur le plan de la solidarité", a prévenu le président français.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A Frase da Semana - Darwin

Uma para refletir...


It is not the strongest of the species that survive, nor the most intelligent, but the ones most responsive to change.
Charles Darwin


Comento (PRA): 
Também acho; para o bem e para o mal. 
Alguns intelectuais parece vegetar na mesmice.
Alguns simplórios são espertos o suficiente para aproveitar as chances do meio, qualquer que seja ele...



domingo, 10 de junho de 2012

A frase da semana - Winston Churchill

Especialmente adaptada para os companheiros no poder: 


Men occasionally stumble over the truth, but most of them pick themselves up and hurry off as if nothing happened.
Winston Churchill

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A frase da semana: o homem que vale milhoes...

Eis aqui a frase da semana: 



Não vou permitir que um tucano volte ao poder no Brasil.



O homem que decretou tal interdição acaba de se substituir a 140 milhões de eleitores.
Deve ser um gigante do voto, um fenômeno eleitoral...
Melhor ficarmos em casa...

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A frase da semana (enfim, de alguns minutos...)


Sem qualquer comentário...

Obama pensa nos americanos, Merkel nos alemães, cada um no seu mandato. O mundo não está pensando de forma globalizada. (...) Temos de trabalhar para interferir na política mundial.

Ex-(e talvez futuro)presidente do Brasil, Lula da Silva.
(Quem sabe do mundo?)

domingo, 20 de maio de 2012

A frase da semana (e o texto que a contem) - Reinaldo Azevedo

Já escrevi alguma coisa sobre as mesmas coisas, sobretudo sobre o marxismo e o socialismo, em torno dos quais construí meu livro: Velhos e Novos Manifestos: o socialismo na era da globalização (1999).
Por isso mesmo retive uma frase que eu devo ter expresso sob outras formas, mas que condensa uma realidade tão patente, que eu me pergunto ainda como tantos acadêmicos alienados conseguem levar a sério propostas que pareciam razoáveis um século atrás, mas que se tornaram sandices sem tamanho em nossos tempos.
Minha frase da semana é esta aqui:


O velho marxismo morreu de falência múltipla dos órgãos. A sua realização prática eram as economias planificadas, que não resistiram à globalização — descrita ou antevista, como queiram, pelo próprio Marx no “Manifesto Comunista”.
Reinaldo Azevedo.


Creio, contudo, que vale a pena ler o texto original de onde ela foi retirada. Figura abaixo a íntegra do texto.
Paulo Roberto de Almeida 



Reinaldo Azevedo, 
20/05/2012 12:09:25

Leiam este texto. Volto depois.
*
O marxismo é uma variante da preguiça. Se você acredita que a base material condiciona mudanças na cultura, na forma de pensar e nas relações intersubjetivas, basta fazer como os romanos do poema “À Espera dos Bárbaros”, de Kafávis: sentar na calçada e esperar a banda passar. E há os que resolveram acelerar a história para que o inexorável chegasse antes: Lênin, Stálin, Mao, Pol Pot. O resultado se mede em crânios.
O truque da chamada Escola de Frankfurt — de que Habermas é caudatário, embora infinitamente mais chato porque escreve mal — já é mais divertido do que o marxismo clássico. O que em um é consequência vira, no outro, causa, e a cultura é vista como o motor das mudanças materiais. É uma bobagem que alimenta intelectuais cuja profissão é contestar o regime — que lhes garante a liberdade de contestação. Mas muito influente.
O velho marxismo morreu de falência múltipla dos órgãos. A sua realização prática eram as economias planificadas, que não resistiram à globalização — descrita ou antevista, como queiram, pelo próprio Marx no “Manifesto Comunista”. Já ali se podia supor que o socialismo buscava represar o mar. O neomarxismo pretendeu fazer a crítica à ortodoxia esquerdista sem ceder à razão burguesa. Deu em quê?
Da maçaroca de esquerdismos não-dogmáticos nasceu uma vulgata virulenta: o pensamento politicamente correto. Tanto se dedicaram os intelectuais da dita nova esquerda à desconstrução do suposto eixo autoritário das democracias burguesas que a política militante degenerou, nos países ricos, no que Robert Hughes chama de “cultura da reclamação” e, nos pobres, de “excluídos militantes”, que rejeitam os valores universais da igualdade e o Estado de Direito. Querem que suas demandas particularistas sejam tratadas como reparação histórica.
Negros, feministas, homossexuais, índios, sem-terra, sem-teto, sem eira nem beira… Todos anseiam que a História seja vivida como culpa, e a desculpa se traduz na concessão de algum privilégio. Isso que já é uma ética coletiva supõe que todos são vítimas de alguém ou de alguma coisa. De quem ou do quê? Ninguém sabe. “Da sociedade” talvez. A hipótese é interessante. Poderíamos zerar a História, dissolver os contratos e voltar ao estado da natureza. O Brasil já tem um novo “negro” ou um novo “índio”: é o macho branco, pobre, heterossexual e católico. É um pobre coitado, um discriminado, um sem-ONG. Nem os padres querem saber dele.
As “minorias” se profissionalizam, e a luta sempre continua. Não temos uma política pública digna desse nome que se ocupe, por exemplo, da qualidade do ensino fundamental e médio, mas se faz, com cotas e ProUni, suposta justiça social na universidade, onde o único critério cabível de seleção é o saber — que mascararia as diferenças de classe e traria consigo um contencioso de injustiças históricas. Eis o desastre: competência e justiça, nesse raciocínio perturbado, passam a se opor, viram uma disjuntiva. Nas TVs, e até nos cadernos de cultura dos jornais, “manos” do rap e “MCs” fazem-se porta-vozes de uma nova metafísica, oposta àquele saber universal, formalista e reacionário. Padre Pinto é o santo padroeiro dessa guerra à ortodoxia.
Igualdade? Justiça? Reparação? Nada disso. Consolida-se é o divórcio entre os partidários desse igualitarismo — que, de fato, é um particularismo que corrói as bases do Estado de Direito — e os da universalidade. O “novo homem” do antigo marxismo — que era, sim, uma utopia liberticida e homicida — foi substituído pelos bárbaros, cujo mundo ideal é aquele disputado por hordas, tribos, bandos, de que entidades do “terceiro setor” são proxenetas bem remuneradas.
Os tais mercados não dão a menor bola para isso. A plateia que vi mais incomodada e, até certo ponto, indignada com a crítica severa que faço ao PT e a seu viés totalitário era composta de pessoas ligadas ao mercado financeiro. A democracia, como a defendiam os antigos liberais, é a eles irrelevante. Trata-se de dinheiro novo. Assistimos ao casamento entre os hunos e essa gente muito prática. As bodas bárbaras.
*
Voltei
Esse meu texto saiu publicado no dia 3 de junho de 2006 no jornal “O Globo”, de que eu era colunista antes de meu blog se hospedar na VEJA. Está no livro “O País dos Petralhas”, que eu estava folheando nesta madrugada. Na segunda, conto por quê. É provável que muitos dos novos leitores não o conheçam. Poderia ter sido escrito há alguns minutos, não?

sábado, 21 de abril de 2012

A frase da semana: politica externa e politica interna


É natural que a política interna influencie a política externa, mas não a ponto de distorcê-la. Quando isso ocorre, a política externa desvincula-se do Estado para transformar-se em mero instrumento de Governo e perde toda a sua congruência.


In: BARRIO, César de Oliveira Lima:
A Missão Paranhos ao Prata (1864-1865): diplomacia e política na eclosão da Guerra do Paraguai
Brasília: FUNAG, 2010, p. 143


tratando da exoneração do Visconde de Rio Branco quando ainda estava em missão diplomática no Prata, por pura desavença política no gabinete.


Resenha do livro por Tomaz Espósito Neto, 
em Meridiano 47Vol. 13, No 130 (2012): Março-Abril,p. 50-52
link: http://seer.bce.unb.br/index.php/MED/article/view/6312/5487

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A frase da semana: BRICS como "photo op"

Na verdade, da semana que passou: 


“It’s not a policy bloc at all,” said Yasheng Huang, a professor of global economics and management at the Massachusetts Institute of Technology. “It’s really a photo op. It is really this idea that the West is no longer or should no longer be viewed as the only center of gravity.”


Ler o artigo aqui: 

For Group of 5 Nations, Acronym Is Easy, but Common Ground Is Hard


http://www.nytimes.com/2012/03/29/world/asia/plan-of-action-proves-elusive-for-emerging-economies-in-brics.html?_r=1&emc=tnt&tntemail0=y



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A frase da semana - Mario Vargas Llosa


Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por ideias.

Mario Vargas Llosa, em entrevista a jornalista

sábado, 17 de dezembro de 2011

A frase da semana - Ernest Poppel

Esta aqui foi retirada de uma tese acadêmica que elaborei em 1996.
Vale pelo lado metodológico: 


No one can be free of prejudices; the only way to prevent negative consequences is know about their existence. (...) Preconceived ideas serve the economy of our perception and behaviour.


Filósofo Ernst Pöppel, “The Advantage of Preconceived Ideas”
 Interdisciplinary Science Reviews (vol. 15, n° 4, December 1990, p. 327-333), cf. p. 327 e 331.

sábado, 3 de dezembro de 2011

A frase da semana: o Brasil, tal como visto por dois realistas...


No Brasil, ninguém tem a obrigação de ser normal. 
Andrei Pleshu, filósofo romeno


Complementado por Olavo de Carvalho:

Se fosse só isso, estaria bem. Esse é o Brasil tolerante, bonachão, que prefere o desleixo moral ao risco da severidade injusta. Mas há no fundo dele um Brasil temível, o Brasil do caos obrigatório, que rejeita a ordem, a clareza e a verdade como se fossem pecados capitais. O Brasil onde ser normal não é só desnecessário: é proibido. O Brasil onde você pode dizer que dois mais dois são cinco, sete ou nove e meio, mas, se diz que são quatro, sente nos olhares em torno o fogo do rancor ou o gelo do desprezo. Sobretudo se insiste que pode provar.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Adelante periferia: el Sur se adelanta...

A frase da semana (ainda que não acreditem...):


"Hemos sido la periferia del mundo durante siglos, nos han impuesto lo que el norte le dio la gana de imponernos. Llegó la hora del sur, llegó la hora del nosotros mismos."
Hugo Chávez