Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
Austeridade fiscal: inimiga do crescimento econômico? - Rodrigo Constantino (Gazeta do Povo)
terça-feira, 26 de setembro de 2017
O euro pode ser salvo? Livro de um heterodoxo pessimista - Malcolm Sawyer
Talvez ele prefira uma "self-sustaining expediture", como parecem preferir quase todos os economistas desse clube, esquecendo-se de examinar quem vai pagar a festa. Para ele, o euro não vai se salvar porque existem obstáculos políticos e ideológicos enormes, que certamente ele atribui à tal de austeridade. Ele só não diz como é que conseguiram restabelecer o equilíbrio fiscal Espanha e Portugal, e como a Grécia se safou do abismo (talvez ele prefira que os alemães continuem sustentando os anti-austeridade.
Não pretendo comprar o livro, nem com desconto, assim que quem preferir examinar o dito cujo pode aproveitar o meu código de desconto abaixo indicado.
Paulo Roberto de Almeida
Social Europe Ltd.
Dear reader
we would like to draw your attention to a new publication by our partners from Polity Press.
The economies of the Eurozone countries are plagued by multiple crises, which cast major doubts over the future of the Euro. In this engaging new book, leading heterodox economist Malcolm Sawyer argues that the entire policy framework of the Eurozone was fundamentally flawed from its foundation. He shows how these ‘design faults’ intensified the effects of the crisis, made an effective response to the crash almost impossible, and are now locking in perpetual self-defeating austerity.
Sawyer proposes a bold alternative agenda for reviving the continent’s economic prosperity and saving the Euro, centred on a Federal fiscal policy and deep reform of the European Central Bank. He argues, however, that these solutions would require a fundamental transformation that is almost certain to encounter huge ideological and political obstacles. He therefore concludes that Europe faces a bleak economic future, blighted by low growth, high unemployment and social division.
This major contribution to one of the key economic and political issues of our time will be essential reading for everyone interested in Europe’s future.
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Social Europe Ltd., 31-33 High Holborn, London, London WC1V 6AX, UNITED KINGDOM
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Franca, Brasil e a tal de austeridade: mesmos problemas, mesmos erros? - Editorial Estadao
Deu certo?
Na França ou no Brasil o crescimento é mínimo, e as contas públicas continuam desequilibradas.
Bem, com exceção de aventuras extra-conjugais, até aqui os dois governantes se pareciam.
Não mais: Hollande já se rendeu à austeridade, segundo consta.
E no Brasil, quando será?
Paulo Roberto de Almeida
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
A Italia gastadora e os "ayatollahs" de Bruxelas: seria comico, se nao fosse patetico...
Paulo Roberto de Almeida
domingo, 22 de setembro de 2013
Austeridade: uma simples questão de bom senso, nao de capitalismo
Cenário
Austeridade: a ideia poderosa que dá vida ao capitalismo
Às vésperas das eleições na Alemanha, modelo econômico defendido por Angela Merkel se mostra certeiro — apesar de doloroso; sua intensidade é colocada em xeque, mas não sua eficácia
Grã-Bretanha amplia austeridade com novos cortes de 11,5 bilhões de libras
Milhares protestam em Frankfurt contra a austeridade
sábado, 30 de março de 2013
França, de 1983 a 2013: austeridade, ainda que tardia
Françoise Fressoz
Le Monde, 29 Mars 2013
Il y a trente ans, presque jour pour jour, François Mitterrand prenait le tournant de la rigueur après avoir défendu pendant deux ans une politique de relance censée changer la vie.
Jeudi, sur France 2, François Hollande n'a pas pris le tournant de la rigueur pour la simple raison que la rigueur s'est imposée à lui dès le début de son quinquennat. Il n'a pas hésité à l'engager, contrairement à son lointain prédécesseur, parce que le niveau de la dette ne permettait plus à la France de tergiverser.
Mais il a pu mesurer, comme François Mitterrand, le coût politique et social de cette politique de remise en ordre des comptes publics. Comment incarner le progrès et insuffler l'espoir quand les usines ferment, que le chômage explose, que le pouvoir d'achat baisse, que la croissance est en berne et que le déficit de la balance commerciale sanctionne un inquiétant retard de compétitivité ?
Entre mars 1983 et mars 2013, les termes du débat n'ont pas fondamentalement changé : c'est le rapport à l'Allemagne qui est posé, avec en filigrane le décrochage français, qui nourrit une sorte de désespérance et crée dans tout le pays les germes de la division.
Une partie de la gauche crie à la trahison, la droite se radicalise, le Front national réussit une percée locale. Et cette répétition, à trois décennies de distance, est une désespérance supplémentaire.
François Hollande, qui connaît bien son histoire, sent le drame se nouer. Il reconnaît que "la crise a été trop longue". Il injecte autant qu'il le peut des antidotes, se veut rassembleur pour deux et réconfortant pour trois. Il "croit en la grandeur française" et nie que "l'Allemagne soit plus forte que nous".
Il "se bat" pour la croissance et rejette farouchement le mot d'austérité, exactement comme François Mitterrand en mars 1983, mais avec un handicap supplémentaire.
A l'époque, le président socialiste avait reporté tous ses espoirs sur l'Europe qu'il s'était mis à bâtir à coups d'Acte unique et de monnaie unique. François Hollande n'a plus la chance de cette utopie.
L'Europe est l'objet d'un ressentiment croissant. Elle semble paralysée, inerte face à la montée du populisme et incapable d'assurer la prospérité. La relation franco-allemande s'est délitée au point que le président se veut le chef de file des pays du Sud qui se rebellent contre la potion allemande.
François Mitterrand rêvait de faire l'Europe de la croissance en complicité avec l'Allemagne. François Hollande se fixe pour objectif de combattre l'Europe de l'austérité en confrontation avec Angela Merkel. C'est toute la différence.
par Françoise Fressoz
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
A frase da semana: "A luta contra a austeridade custa dinheiro"
"Lutter contre l'austerité ça coûte de l'argent..."
Ironia involuntária, talvez inconsciente, do autor, sem dúvida. Os revolucionários acham que é preciso recolher muito dinheiro, antes, para poder, depois, lutar de maneira mais eficiente contra a austeridade. Pois é, essas coisas custam dinheiro, e como dizia Milton Friedman, there is no free lunch.
Como vocês vêem, é preciso gastar dinheiro para poder fazer austeridade.
É o triunfo da lógica e da coerência...
Mas não nos enganemos: o economista e Prêmio Nobel Paul Krugman pensa a mesma coisa...
Paulo Roberto de Almeida
domingo, 30 de setembro de 2012
Perguntar nao ofende: aos manifestantes da Grecia, da Espanha, de Portugal e de outros lugares....
-- Vem cá, ô meu chapa: como é que você faz, na sua casa, quando você gasta mais do que ganha? Você pede para uma tia rica pagar o seu cartão de crédito? Você pede dinheiro emprestado ao seu banqueiro? Assim, indefinidamente? E ele empresta, bonzinho que é, com juros camaradas? Mas isso por quanto tempo? Ou você vende as jóias e o casaco de pele de madame? Vende a bicicleta das crianças? Vende o seu carro? Enfim, diminui o seu patrimônio para continuar gastando? É isso mesmo, que você faz? Assim, sem qualquer limite de valor ou de tempo?
Pois é, eu me pergunto o que essas pessoas esperam do governo que elas não praticam consigo mesmo, em relação a seus próprios ativos. Será que elas só sabem fazer contabilidade individual, ou familiar, mas não social, coletiva, estatal?
Ou será que elas pensam que o governo possui uma árvore de dinheiro, ou uma cornucópia, de onde jorra leite e mel indefinidamente?
Elas acreditam em milagres, em viver acima dos meios?
Será ingenuidade, ou estupidez, mesmo?
Enfim, não quero ofender ninguém, mas quando vejo dezenas de milhares de pessoas nas ruas protestando contra políticas de austeridade, eu me pergunto se elas se perguntaram, a si mesmas, ou aos seus representantes políticos, de onde elas acham que sai o dinheiro para todas as bondades do governo?
Quando elas fizerem o raciocínio completo, e descobrirem que, cada vez que elas pedem aos políticos que lhes dêem um "vale-isso" e mais um "vale-aquilo outro", os políticos aceitam, alegremente, e depois vão buscar nos seus bolsos, e no caixa das empresas, os recursos para fazerem essas bondades, quando elas conseguirem completar o círculo do pensamento, acho que elas vão despertar, e parar de pedir coisas ao governo e parar de manifestar também.
Tempo de trabalhar, e de não mais entregar o seu dinheiro ao governo.
Pescaram?
Ou preciso desenhar, como diria o outro?
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 30 de setembro de 2012