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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Mercosul, 21 anos: Prefacio a uma obra coletiva

Transcrevo abaixo meu trabalho publicado mais recente, um Prefácio a uma obra coletiva:

“Mercosul: a visão dos primeiros vinte anos e as perspectivas futuras”
In: Erica Simone Almeida Resende e Maria Izabel Mallman (org.).
Mercosul: 21 anos: Maturidade ou Imaturidade? 
(Curitiba: Editora Appris, 2013, 369 p.; p. 5-12; ISBN: 978-85-8192-111-2).
Relação de Originais n. 2420.

 
Mercosul: a visão dos primeiros vinte anos e as perspectivas futuras

Paulo Roberto de Almeida
Diplomata, professor de Economia Política no
Centro Universitário de Brasília (Uniceub)

O Mercosul atingiu, ao que parece, a sua maioridade – convencionalmente fixada aos 21 anos – em meio ao que constitui, possivelmente, a sua mais grave crise, passadas duas décadas de sua criação e implementação progressiva, a partir de 1991. A crise, para todos aqueles que seguem os assuntos correntes do bloco do Cone Sul, foi constituída pela “suspensão” da participação do Paraguai de suas reuniões formais e pela “admissão plena” da Venezuela no que parece constituir uma “união aduaneira em implementação”, segundo a designação usualmente empregada para caracterizar o grupo. Ambas medidas foram adotadas na reunião de cúpula ocorrida em Mendoza, em junho de 2012, na ausência de qualquer delegação – técnica, ministerial ou presidencial – do Paraguai, a despeito do fato de que os principais instrumentos constitutivos do Mercosul, e até o Protocolo de Ushuaia sobre a cláusula democrática do bloco, sempre explicitaram a necessidade de consenso, ou da presença plena de todos os membros, para quaisquer decisões a serem adotadas formalmente pelo grupo. Ora, não foi exatamente isso que ocorreu na reunião de Mendoza (a três membros), ou nos encontros subsequentes entre os membros “remanescentes”, em presença da Venezuela (que não tinha ratificado nenhum dos instrumentos relevantes do bloco até essa data, a despeito de compromisso firmado por meio de seu protocolo de acesso em 2006).
Na verdade, a crise do Mercosul data de pelo menos uma década atrás, quando os mecanismos de liberalização comercial intra-bloco e de coordenação das medidas de política comercial, em relação a terceiras partes, foram sendo erodidos pela inadimplência dos países membros em relação aos dispositivos principais da zona de livre comércio – que deveria vigorar desde 1995 – e da união aduaneira, que deveria ter realizado as derradeiras convergências das exceções nacionais admitidas anteriormente nos cinco ou seis anos decorridos desde sua institucionalização pelo Protocolo de Ouro Preto de 1994, ou seja, ao início deste milênio. Essa crise apenas formalmente pode ser atribuída à crise cambial e financeira vivida pelo Brasil em 1999 – e que redundou na mudança de seu regime cambial de um sistema de bandas para um de flutuação – uma vez que a Argentina, prisioneira de seu regime cambial de livre conversibilidade e de rigidez na paridade com o dólar, estabelecido em 1991, já vinha enfrentando sérios desequilíbrios nos intercâmbios comerciais dentro e fora do bloco e, de forma geral, na sua conta de transações correntes. O Brasil, justamente, era possivelmente um dos poucos países com os quais a Argentina conseguia ainda realizar um superávit bilateral, em grande medida em função do comércio administrado no petróleo, no trigo e no setor automotivo, e tinha revelado, desde antes, notável tolerância em relação aos sucessivos descumprimentos argentinos com respeito ao livre comércio intra-bloco.
O Mercosul tinha alcançado, então (ou seja, em 1998), o máximo de comércio intra-bloco desde sua criação em formato quadrilateral em 1991 – embora este formato derivasse inteiramente do esquema bilateral Brasil-Argentina em curso desde meados da década anterior, consolidado no Tratado de Integração de 1988, cujas cláusulas de liberalização comercial e de constituição de um mercado comum foram reformuladas e aceleradas na Ata de Buenos Aires, de 1990 –, em patamares de intercâmbio não restabelecidos até bem adentrada a primeira década do milênio, mas já numa situação de erosão institucional, e de não cumprimento de suas regras comerciais básicas, da qual ele ainda parece não ter se recuperado. Ao adentrar em sua segunda década, o Mercosul parecia ter perdido o estímulo inicial para avançar a fases mais exigentes do desejado objetivo do mercado comum, estabelecido em seus instrumentos constitutivos.
Em resumo, as rupturas comerciais e cambiais demarcadas pela crise brasileira de 1999 e pela crise geral da economia argentina de 2001 romperam um movimento ascensional de integração seguido na década anterior e são, provavelmente, muito mais graves do que a pretensa “ruptura democrática” ocorrida no Paraguai, em junho de 2012, seguida da “ruptura institucional” que foi a admissão irregular da Venezuela no seguimento da sanção unilateral imposta pelos três outros membros plenos ao Estado guarani. Mais graves porque a “ruptura democrática” supostamente ocorrida no Paraguai será, provavelmente, superada pela realização de novas eleições em abril de 2013, ao passo que a inadimplência registrada em relação aos dispositivos básicos do Mercosul, em sua feitura comercial e econômica, não parece perto de ser superada pela adesão de todos os membros, e principalmente pela Venezuela, às regras essenciais do bloco no futuro previsível. A dinâmica integracionista perdida entre 1999 e 2001 não está perto de ter sido recuperada desde então; ao contrário: como ilustrado na velha canção de roda, o que era vidro se quebrou. O Mercosul certamente não foi feito de aço...
Estaria o Mercosul, nessas condições, destinado ao fracasso e a seu eventual desaparecimento? Provavelmente não, inclusive porque construções burocráticas desse porte, sustentadas politicamente, raramente vão à falência ou desaparecem, podendo, no máximo, subsistir em meio à indiferença geral e ao total descompromisso com seu mandato original, ainda que continuando a drenar recursos e energias de seus membros por um bom tempo antes de sua decadência efetiva. Mas este não é certamente o caso do Mercosul, que deve subsistir como um importante foro de coordenação política dos países membros, ainda que suas promessas comercialistas originais tenham sido gradativamente abandonadas em favor de uma configuração de natureza essencialmente política a partir das posses respectivas do presidente Lula, no Brasil, e de Nestor Kirchner, na Argentina, em 2003. Se algo deve ocorrer a partir da admissão formal da Venezuela, se ela for de fato confirmada institucionalmente e na prática, será, na verdade, um reforço ainda maior de seus componentes políticos, em detrimento de seus fundamentos econômicos, ou especificamente comerciais.
Essa evolução certamente não corresponde aos objetivos originais do Mercosul, embora ele deva continuar representando um importante processo de integração no contexto regional que é o seu – ou seja, o da América do Sul – e mantenha, do ponto de vista do relacionamento externo, excelentes oportunidades de investimentos diretos estrangeiros, dadas a dimensão de seu mercado, os recursos naturais existentes, as fontes de energia disponíveis (agora reforçadas pela “adesão” da Venezuela) e outros fatores atraentes do ponto de vista dos empresários locais e de terceiros países. Esse desvio de objetivos e, possivelmente, essa mudança de perfil institucional não devem obstar a que o Mercosul continue a ser um dos mais importantes blocos econômicos (e políticos, sublinhe-se) do hemisfério sul, o que provavelmente é mais devido à soma conjunta de suas potencialidades reais (ou seja, dos países membros, em especial do Brasil) do que propriamente em função da excelência de sua organização interna ou adequação às normas do sistema multilaterais de comércio.
Em outros termos, a despeito das frustrações ocorridas em sua trajetória econômica e comercial, e dos fracassos relativos no acabamento de seus objetivos institucionais, o Mercosul deve continuar a ser um espaço econômico de relativa magnitude material, e de grande importância política, não apenas para seus membros efetivos, mas também para a região, como um todo, e possivelmente também no âmbito hemisférico e no contexto do sistema multilateral de comércio, a despeito do enorme peso representado pelo Nafta nesta parte do planeta, e pelos vínculos de seus membros, em especial os EUA, com a maior parte dos países latino-americanos (os quais estão, inclusive, ligados ao hemisfério setentrional por acordos de liberalização comercial bem mais abrangentes e ambiciosos do que, até agora, os esquemas mantidos pelos países do Mercosul e pela quase inexpressiva Comunidade Andina de Nações). Não obstante os percalços, portanto, o Mercosul deverá continuar exercendo certa força gravitacional em seu imediato entorno regional, bem como alguma atração do ponto de vista do comércio, dos investimentos e de projetos conjuntos de cooperação com ampla gama de parceiros externos, a começar pela União Europeia e outros protagonistas mundiais, a começar pela China e os emergentes da Ásia e das demais regiões.
As evidências acima, de puro realismo político e de grande relevância econômica, justificam plenamente, portanto, a oportunidade da publicação do presente livro como um balanço oportuno e uma avaliação ponderada, em torno dos sucessos e das frustrações do Mercosul, ao iniciar-se a terceira década de sua existência. Os capítulos constantes desta obra – sobre o desenvolvimento do Mercosul, suas vicissitudes comerciais, sua dimensão securitária (ou seja, de defesa, a representação parlamentar, o funcionamento de seu sistema de solução de controvérsias, as questões de direitos humanos e institucional, sua importância para o Brasil e para a região, além de diversos outros temas paralelos –contribuem para uma visão ampla, embora diversificada metodologicamente, do itinerário do bloco e de seu potencial integrador, em sua dimensão própria e para o continente como um todo.
Como esperado, ou inevitável, em toda e qualquer compilação coletiva de estudos individuais, a metodologia e as abordagens adotadas podem divergir entre si, e mesmo as perspectivas analíticas não exibem, necessariamente, unidade conceitual ou uniformidade de propósitos. Estas características não impedem, contudo, o fato de ser esta obra um compêndio útil e oportuno para uma visão abrangente quanto aos fundamentos históricos, o itinerário prático e o funcionamento operacional do bloco mais importante da América do Sul, quiçá do hemisfério sul. Os organizadores lograram realizar um equilíbrio satisfatório entre os temas mais gerais, e conceituais, da primeira parte, e aqueles mais voltados para os aspectos práticos, na segunda parte, a qual transcende, inclusive, o contexto puramente nacional para tecer considerações sobre o contexto regional e as implicações do Mercosul para o desempenho da integração latino-americana, de modo mais amplo. Apropriadamente, a obra se conclui com as interrogações suscetíveis de serem feitas em torno do futuro do Mercosul nos próximos vinte anos, uma perspectiva agora tornada mais aleatória, em função das desventuras do Paraguai e das incertezas legítimas associadas ao ingresso da Venezuela bolivariana no bloco.
No conjunto, os textos aqui compilados oferecem um vasto panorama sobre o Mercosul, em todos os seus estados e em várias de suas dimensões. Particularmente importantes são os capítulos que tratam dos fatos objetivos relativos ao Mercosul, seja no plano comercial, seja no âmbito de seu impacto sobre a diplomacia brasileira ou o funcionamento do sistema de solução de controvérsias. Embora os capítulos conceituais, ou mais especulativos, sejam igualmente relevantes, qualquer empreendimento político coletivo – como é o processo de integração do Mercosul – sempre oferece a possibilidade de interpretações diversas quanto aos seus elementos inerentemente deixados ao arbítrio das decisões políticas (e de sua consideração por acadêmicos trabalhando nesses temas).
Pode-se aderir, por exemplo, à interpretação de que o Mercosul em sua primeira fase era excessivamente comercialista – ou neoliberal, como pretendem alguns – e que sua “correção” de natureza mais política, ou “social” na segunda, ou terceira, fase (ou seja, pós crise dos anos 1999-2002) era não apenas desejável como também necessária. Mas deve-se reconhecer que o que realmente faz diferença, em qualquer processo, são os resultados práticos, ou efetivos, como aumento ou diminuição de comércio, melhoria das condições de produtividade interna e de competitividade externa, criação de mais riqueza e prosperidade para as pessoas comuns (ou seja, mais emprego, maiores salários, e aumento da disponibilidade de bens e serviços de qualidade e a preços convidativos). No caso em espécie, não há como não reconhecer uma transformação do Mercosul e sua passagem de uma vertente econômica e comercial da primeira década – que é, finalmente, a essência do que estava escrito nos seus tratados constitutivos – para suas inclinações mais políticas e sociais da segunda década, sem que se disponha, ainda, de um balanço objetivo quanto aos méritos respectivos de uma e outra abordagem para fins dos objetivos originais do esquema de integração.
O presente livro ajuda a ver mais claro o que foi de fato relevante no Mercosul, nas suas diversas dimensões, nestas duas primeiras décadas e contribui para a construção de uma avaliação ponderada do que foi possível alcançar, ou não, no período decorrido desde sua fundação. Na verdade, a grande pergunta a ser feita, após concluir a leitura deste livro, sobretudo de seus capítulos descritivos e de avaliação, é a de saber se, ao cabo destas primeiras duas décadas, a região meridional e o continente sul-americano encontram-se, atualmente, mais ou menos integrados, em melhores condições sociais e de bem-estar, comparativamente ao quadro anterior, e se o processo de integração contribui, positiva ou negativamente para o atual estado de coisas. Provavelmente vai se descobrir que os laços comerciais, os investimentos recíprocos e os fluxos de serviços e de pessoas se intensificaram e se diversificaram, ao longo do período, mas é também visível que os processos de integração, ou seus projetos institucionais, não caminharam, exatamente, para uma convergência de propósitos ou homogeneidade de procedimentos. Parece claro, por exemplo, que entre a metodologia econômica do Mercosul e a abordagem fundamentalmente política da Alba existem enormes diferenças de visão e de intenções.
O futuro de médio prazo – ou seja, ultrapassada a situação corrente de estagnação, ou longa recessão, nos países desenvolvidos – dirá se o Mercosul continuará como uma grande promessa de integração comercial, caminhando no sentido de seu aprofundamento econômico e reforço institucional, ou se ele vai tornar-se irrelevante, como outros experimentos latino-americanos do passado, que figuram apenas, nos registros históricos, como os precedentes dos processos atuais. Uma visão abrangente do passado recente pode ajudar a ver mais claro nas possibilidades futuras: este livro é um bom começo para esse empreendimento. Tenham bom proveito em sua leitura, como eu tive ao preparar este prefácio.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, agosto de 2012

Inteligencia coletiva??? Nao, por favor, nao com certas pessoas e grupos...

Eu sempre recebo os boletins mensais do The Edge, que me pareciam sumamente inteligentes...
até este aqui abaixo.
Não, eu não acredito em inteligência coletiva, a não ser torcidas de futebol organizadas, mas aí não é exatamente inteligência, e certamente não é para boas coisas, e sim para massacrar algum desavisado do time adverário (que deus o tenha...).
Eu não quero, sobretudo, partilhar da mesma inteligência que certos movimentos, certas quadrilhas, certos indivíduos, que, inteligentes ou não, caem naquela categoria de pessoas não frequentáveis...
Paulo Roberto de Almeida

Edge.org
November 27 2012
http://www.edge.org

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THE THIRD CULTURE
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As all the people and computers on our planet get more and more closely connected, it's becoming increasingly useful to think of all the people and computers on the planet as a kind of global brain.

A COLLECTIVE INTELLIGENCE
A Conversation with
Thomas W. Malone [11.21.12]
http://edge.org/conversation/collective-intelligence
EdgeVideo
31 Minutes

THOMAS W. MALONE is the Patrick J. McGovern Professor of Management at the MIT Sloan School of Management and the founding director of the MIT Center for Collective Intelligence. He was also the founding director of the MIT Center for Coordination Science and one of the two founding co-directors of the MIT Initiative on "Inventing the Organizations of the 21st Century".

A COLLECTIVE INTELLIGENCE
Pretty much everything I'm doing now falls under the broad umbrella that I'd call collective intelligence. What does collective intelligence mean? It's important to realize that intelligence is not just something that happens inside individual brains. It also arises with groups of individuals. In fact, I'd define collective intelligence as groups of individuals acting collectively in ways that seem intelligent. By that definition, of course, collective intelligence has been around for a very long time. Families, companies, countries, and armies: those are all examples of groups of people working together in ways that at least sometimes seem intelligent.

It's also possible for groups of people to work together in ways that seem pretty stupid, and I think collective stupidity is just as possible as collective intelligence. Part of what I want to understand and part of what the people I'm working with want to understand is what are the conditions that lead to collective intelligence rather than collective stupidity. But in whatever form, either intelligence or stupidity, this collective behavior has existed for a long time.

What's new, though, is a new kind of collective intelligence enabled by the Internet. Think of Google, for instance, where millions of people all over the world create web pages, and link those web pages to each other. Then all that knowledge is harvested by the Google technology so that when you type a question in the Google search bar the answers you get often seem amazingly intelligent, at least by some definition of the word "intelligence." ...[MORE]

Solidariedade "socialista" foi para o espaco? E o internacionalismo proletario?

Pois é, parece que não ficou nada da antiga chama, da união dos povos na mesma causa socialista, agora só atuam pela vil moeda capitalista, sem qualquer respeito pelas antigas tradições de irmandade da boa causa.
Cuba, que viveu de "mensalão" dos irmãos socialistas durante praticamente toda a existência da ditadura dos irmãos Castro, agora precisa pagar, com juros, o dinheiro recebido...
Triste sina, tristes tempos...
Paulo Roberto de Almeida

Cuba debe 1,200 mdd al Estado rumano, según Bucarest
Bucarest – EFE
El Universal, 27/11/2012

Cuba adeuda unos 1,200 millones de dólares a Rumanía por los créditos concedidos a los “países amigos” durante el régimen comunista de Nicolae Ceausescu, informó hoy el diario local Adevarul con datos del Ministerio de Finanzas.

Según la administración pública, la deuda del país caribeño asciende a 1.300 millones de rublos soviéticos, utilizados hasta 1991, y que con la conversión de las autoridades rumanas supondrían unos 1.200 millones de dólares actuales.

La recuperación del dinero choca con el “absoluto rechazo de las autoridades cubanas, que acaparan el 100 % de la deuda rumana en rublos, a aceptar el inicio de las negociaciones para convenir el coeficiente de la conversión del rublo al dólar y establecer una modalidad de reembolso”, precisa el Ministerio de Finanzas.

En total, Rumanía aún tiene que recuperar unos 2.355 millones de dólares de las deudas contraídas durante el pasado régimen comunista, y además de Cuba, los mayores deudores son Irak y Sudán, según las fuentes del Ministerio de Finanzas.

A finales de los años 70 y a lo largo de la década de los 80, todos los productos de calidad rumanos (madera, cristal, alimentos) se exportaron para eliminar la deuda externa, lo que provocó malestar social entre la población.

Pausa para... o velho Camoes (e certas pretensoes...)

Dos Lusíadas 
(mas não confundir com outros "luises" ou "luizes" que andam por aí, trocando versos, maltratando a língua do vate, diminuindo as glórias da estirpe varonil que nos deu origem, enfim, diminuindo o engenho e a arte dos varões assinalados, com armas ou sem armas...)

 "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
Com uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!

XCV do Canto IV (O Velho do Rastelo)
Edição do quarto centenário do nascimento do poetam 4a. edição; Lisboa: Lumen, 1924, p. 153.

"Companheiros: estou sentindo que estao me apunhalando..."

"...e o pior é que fui eu quem encomendou tudo isso, ao nomear, sustentar e me utilizar dos apunhaladores. Vai ver que é auto-flagelação..."
Paulo Roberto de Almeida

O dono do escândalo

27 de novembro de 2012 | 2h 09
O Estado de S.Paulo
 
Recém-desembarcado de um voo decerto turbulento para ele, depois de uma viagem à África e à Índia, o ex-presidente Lula teria dito a pessoas de sua confiança que se sentia "apunhalado pelas costas" por outra pessoa de sua confiança, a então chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, a Rose. Secretária do companheiro José Dirceu durante 12 anos, da década de 1990 até a ascensão do PT ao Planalto, Lula a empregou na representação do governo federal na capital paulista. Dois anos depois, em 2005, entregou-lhe a chefia da repartição. Na sexta-feira passada, ela e José Weber Holanda, o sub do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, foram indiciados pela Polícia Federal (PF), no curso da Operação Porto Seguro, pela participação em um esquema de venda de facilidades instalado em sete órgãos federais.
O indiciamento alcançou 11 outros ocupantes de cargos públicos, além do notório ex-senador Gilberto Miranda. Cinco pessoas foram presas, entre as quais três irmãos, o empresário Marcelo Rodrigues Vieira, um diretor da agência reguladora da aviação civil (Anac), Rubens Carlos Vieira, e outro da agência de águas (ANA), Paulo Rodrigues Vieira - ambos patrocinados pela amiga de Lula. A PF devassou o apartamento de Rose e o gabinete de Holanda. No dia seguinte, a presidente Dilma Rousseff afastou de suas funções os diretores das agências (tendo mandato aprovado pelo Senado, eles não podem ser demitidos sumariamente) e mandou abrir processo disciplinar contra eles. O caso da nomeação de Paulo Rodrigues, tido como chefe da gangue e também chegado a Lula e a Dirceu, é um capítulo de livro de texto sobre a esbórnia no Estado sob o governo petista e a serventia de seus aliados nos altos círculos do poder nacional.
Submetida ao Senado, como requerido, a indicação começou mal e seguiu pior. A primeira votação terminou empatada. Na segunda, o nome foi rejeitado por um voto de diferença. Se os mandachuvas da República se pautassem pela decência, a história terminaria por aí. Não terminou porque, contrariando até mesmo um parecer da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, o seu presidente José Sarney ordenou uma terceira votação da qual o afilhado de Rose saiu vencedor por confortável maioria. A essa altura, 2010, estava para mudar a sorte da madrinha - cuja influência derivava diretamente de sua intimidade com Lula, a quem, aliás, acompanhava nas viagens ao exterior, não se sabe bem para fazer o que. Eleita Dilma, que só a manteria no posto em São Paulo para não criar caso com o padrinho, Rose tentou em vão conseguir uma boquinha em Brasília. O imponderável fez o resto.
Em um dia de março do ano passado, um servidor do Tribunal de Contas da União (TCU) procurou a Polícia Federal para se confessar. Contou que aceitara uma propina de R$ 300 mil, dos quais já havia recebido um adiantamento de R$ 100 mil, para produzir um parecer técnico sob medida para uma empresa que atua no Porto de Santos. Além disso, Paulo Rodrigues Vieira falsificou um documento acadêmico para beneficiar o funcionário. Mas este se arrependeu, devolveu o dinheiro e revelou aos federais o que sabia. A PF abriu inquérito, obteve autorização judicial para grampear telefonemas e interceptar e-mails. Do material, emergiu uma Rose que lembra a personagem do samba de Chico Buarque que pedia apenas "uma coisa à toa" - no caso, um cruzeiro de Santos a Ilha Grande animado por uma dupla sertaneja, um serviço de marcenaria, uma pequena operação… Claro que ela também empregou uma filha na Anac e o marido na Infraero. Tinha fama de mandona e jeito de alpinista social.
Mas o dono do escândalo é quem deu a Rose o aparentemente inexplicável poder de que desfrutava, a ponto de o Senado de Sarney inovar em matéria de homologação de um futuro diretor de agência reguladora. Ao se declarar "apunhalado pelas costas", Lula faz como fez quando o mensalão veio à tona, e ele, fingindo ignorar a lambança, se disse "traído". Resta saber se, desta vez, tornará a repetir mais adiante que tudo não passou de uma "farsa" - quem sabe, uma conspiração da Polícia Federal com a mídia conservadora, a que a sua sucessora no Planalto afinal sucumbiu.

"Sorry, brasileiros: essa conversa de cambio nao pega..." (China, ...)

China rechaza propuesta de Brasil sobre desequilibrios bancarios en la OMC

Infolatam/Efe
Ginebra, 26 de noviembre de 2012
Las claves
  • "Brasil no es la única víctima de la volatilidad de las monedas", sentenció China en su intervención, admitiendo el problema, pero rechazando de plano que éste deba resolverse en el marco de la OMC.
El mayor exportador de mercancías del mundo, China, rechazó categóricamente la propuesta brasileña de imponer medidas comerciales para enfrentar los desequilibrios cambiarios. Pekín fue el primero y el más claro opositor a una propuesta que también rechazaron claramente Chile y Suiza, entre otros miembros de la Organización Mundial del Comercio (OMC).
En la reunión de este lunes del Grupo de Trabajo sobre Comercio, Deuda y Finanzas de la OMC se discutió el documento “Desalineamientos cambiarios y remedios comerciales: una nota conceptual de Brasil”, en el que se denuncia que la devaluación artificial de divisas como el dólar, el euro o el yuan provocan la valorización de la moneda brasileña, el real, y por tanto perjudican sus exportaciones.
“Brasil no es la única víctima de la volatilidad de las monedas”, sentenció China en su intervención, admitiendo el problema, pero rechazando de plano que éste deba resolverse en el marco de la OMC.
Agregó que, “además, sería aún más erróneo intentar arreglarlo aplicando medidas comerciales. Aplicar medias comerciales, entiéndase un aumento de los aranceles o la imposición de medidas de compensación, no tendría ningún efecto positivo y sería un problema para varias normas básicas de la OMC”.
Brasil había aclarado previamente que no estaba proponiendo ninguna receta para crear el mecanismo que permita establecer cuándo un país podría adoptar medidas arancelarias a causa del impacto de los desequilibrios cambiarios, sino que sólo pretendía incluir la discusión en la agenda del organismo que rige el comercio mundial.
No obstante, como con anterioridad Brasilia sí que había planteado la posibilidad de aplicar medidas compensatorias, varios de los participantes fueron claros y categóricos.
“Suiza considera que las restricciones al comercio y las medidas compensatorias no son la respuesta adecuada a los problemas ligados a la volatilidad de los tipos de cambio”, afirmó la Confederación Helvética.
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Chineses criticam proposta brasileira sobre câmbio

Assis Moreira | De Genebra 

Valor Econômico, 28/11/2012

investimento_china
A China foi o país que reagiu mais negativamente ontem na Organização Mundial do Comercio (OMC) à proposta do Brasil sobre câmbio. O país sugeriu que os parceiros comecem a examinar a necessidade de um instrumento de desafogo para casos de valorização cambial excessiva, que autorize a um país impor sobretaxa na importação para proteger a indústria nacional.
O Brasil reativou a iniciativa na OMC, porque considera que os atuais instrumentos de defesa comercial não parecem adequados para tratar dos efeitos macro e microeconômicos do desalinhamento cambial sobre as trocas internacionais.
O embaixador do Brasil na OMC, Roberto Azevedo, que na ocasião considerou que o valor da moeda brasileira é uma anomalia, propôs aos parceiros considerar a necessidade de defesa comercial nas situações de desalinhamento, sob estritas condições.
Em reunião do Comitê de Finanças da OMC, ontem, a China reconheceu que o real brasileiro teve “valorização dramática” nos últimos anos, mas alegou que o país “não é a única vítima” da volatilidade cambial. E o culpado, para Pequim, é a política de afrouxamento quantitativo (QE) dos Estados Unidos, que considera “irresponsável e aos custos dos parceiros.”
Os chineses se sentem ameaçados com o risco de novos instrumentos de defesa que podem frear suas exportações, quando os parceiros em geral costumam acusá-los de continuar manipulando sua moeda para favorecer e subsidiar as exportações.
Para a China, câmbio é para ser tratado no Fundo Monetário Internacional (FMI) e o país considerou ainda mais errado tentar o resolver o problema com medidas comerciais. Para Pequim, elevar a tarifa questionaria a própria essência da OMC, de liberalização, facilitação de comércio e abertura de mercados.
Sem surpresa, Pequim insistiu que o único consenso até agora na OMC sobre câmbio, trazido pelo Brasil, é que o tema é “extremamente sofisticado e que há numerosos fatores que podem causar volatilidade cambial”.
Pequim insiste que a discussão sobre câmbio na OMC “pode desviar as atenções” sobre a combalida Rodada Doha para maior abertura comercial, que já dura 11 anos.
Por sua vez, os EUA também não quiseram entrar na discussão sobre um novo mecanismo, alegando que o tema continua sendo examinado em Washington. Mas sua delegação sugeriu diferenciar as moedas que são manipuladas daquelas que flutuam,  num recado aos chineses. Os americanos acham que o tema cambial deve continuar sendo discutido na OMC.
A União Europeia (UE) também acha que é preciso uma avaliação completa do impacto do desalinhamento cambial no comércio, ainda mais num contexto global pautado por cadeias de valor, em que um produto é montado com peças originárias de vários paises e afetado por diferentes taxas de câmbio.
A surpresa veio da Suíça que, como a China, manipula a moeda. Diante da valorização excessiva de sua moeda, os suíços estabeleceram um teto para a subida do franco contra o euro, a partir do qual intervêm no mercado. Mas ontem, na OMC, os suíços deram uma lição de liberalismo e insistiram que um novo instrumento de defesa comercial pode “frustrar importante e necessário ajuste estrutural numa economia”. Para os suíços, campeões do protecionismo agrícola, o uso de barreiras já é amplo no comércio mundial e eles consideraram que a proposta brasileira deve ser vista como “meramente acadêmica”.
O Chile foi na mesma linha de ceticismo e de inquietação com o que poderia ser “uma nova forma de protecionismo comercial”. Cobrou do Brasil os compromissos assumidos no G-20 e na Unasul para evitar medidas protecionistas. Para o governo chileno, o tipo de medidas descritas pelo Brasil poderia gerar “uma volatilidade ainda maior no câmbio, em razão de possíveis distorções no equilíbrio do mercado e grande incerteza, tudo que seria percebido de maneira negativa por investidores externos”.
Já a Turquia e a Austrália mostraram mais simpatia pelo desenvolvimento da proposta brasileira.
A presidência do grupo da OMC vai agora convidar o FMI para discutir o tema com os países, numa próxima reunião do Comitê de Finanças.
Para o embaixador brasileiro, Roberto Azevedo, o resultado do debate foi “ótimo”, pois, segundo ele, ficou clara a disposição dos países de continuarem a discussão do tema e “sobretudo, a disposição de diálogo com o FMI”.

Sorry Ladies: gender inequality in wages is NOT a perversion of capitalism...

Obama's Economic War on Women
by Gregory Cummings
Mises Daily, November 27, 2012

With the re-election of President Barack Obama, it is increasingly evident that the tax eaters outnumber the taxpayers in America. From food stamps to free cell phones, President Obama has achieved significant political success by putting more and more Americans on the government dole. During his recent re-election bid, this effort included considerable pandering to women voters.
Chief among his focus on women's issues is the so-called equal-pay-for-equal-work campaign. In a speech for the campaign, President Obama said,
The very first bill I signed into law as president was the Lilly Ledbetter Fair Pay Restoration Act. It was a big step toward making sure every worker in this country, man or woman, receives equal pay for equal work.
While it is true that a wage gap between the sexes does exist, common sense and empirical evidence demonstrate that this difference is due to the various individual choices that men and women make with regard to compensation and labor-force participation. It is not caused by sexist employer discrimination.
However, the lack of need has never compelled government to stop passing laws. In the same speech, the president goes on to say, "Thanks to this law, we're one step closer to fair pay for all Americans, but there's still more work to do."
No, there isn't it. Instead of correcting an alleged injustice, additional equal-pay-for-equal-work legislation will only institutionalize wage controls, which neuter the market allocation of resources. Tragically, women, the targeted beneficiary of this supposed government beneficence, will become the primary casualty in the resulting chaos.

The Wage-Gap Illusion

The standard refrain of spurious equal-pay-for-equal-work advocacy is that women are paid only 77 cents for every dollar a man earns. It is noted that "this alleged unfairness is the basis for the annual Equal Pay Day observed each year about mid-April to symbolize how far into the current year women have to work to catch up with men's earnings from the previous year."[1] The president blames this wage gap on the deleterious actions of male-chauvinist-pig employers:
In this economy when so many folks are already working harder for less and struggling to get by, the last thing they can afford is losing part of each month's paycheck to simple and plain discrimination.[2]
Also, according to the president, as quoted in the Huffington Post,
Right now, women are a growing number of breadwinners in the household. But they're still earning just 77 cents for every dollar a man does — even less if you're an African American or Latina woman. Overall, a woman with a college degree doing the same work as a man will earn hundreds of thousands of dollars less over the course of her career. So closing this pay gap — ending pay discrimination — is about far more than simple fairness.[3]
The truth of the matter isn't so sinister. As Thomas E. Woods, Jr., senior fellow at the Ludwig von Mises Institute, eloquently articulates, much of the wage gap can be explained by differences in labor-force participation between men and women:
Many women who enter the labor force are aware that at some point they will have to interrupt their careers, probably for a matter of years, to take care of their children. Naturally, then, women are more likely than men to seek jobs with slow obsolescence rates that allow them to take time off without finding that their skill or knowledge has become outdated by the time they resume their careers. Married women tend to seek flexible working hours to accommodate their schedules. Many work only part time. Many would like to work near their homes. And so on.
These requirements place some restraints on what women are likely to earn vis-à-vis men. For one thing, such highly paid occupations as law and medicine are extremely difficult to leave and re-enter after a multi-year absence. Second, since many women seek the job criteria listed above, the result is a great many women competing for the narrow range of jobs that fit these criteria. Somewhat lower wages in these jobs are merely a reflection of supply and demand — the only rational way of allocating labor efficiently. [4]
In addition, the wage statistics used to calculate the gender wage gap only take into consideration direct wages and not total employee compensation. Wages, when viewed from a total-compensation perspective, include various employer expenditures such as health and dental benefits, vacation entitlements, retirement contributions, employee-purchase-discount programs, commissions, conferences and events, licensing fees, and parental-leave supplements, among others. Not unexpectedly, "research indicates that women may value non-wage benefits more than men do, and as a result prefer to take a greater portion of their compensation in the form of health insurance and other fringe benefits."[5]
As Christina Hoff Sommers, resident fellow at the American Enterprise Institute, explains, these conclusions are illustrated by the best available empirical findings:
One of the best studies on the wage gap was released in 2009 by the U.S. Department of Labor. It examined more than 50 peer-reviewed papers and concluded that the 23-cent wage gap "may be almost entirely the result of individual choices being made by both male and female workers."…
What the 2009 Labor Department study showed was that when the proper controls are in place, the unexplained (adjusted) wage gap is somewhere between 4.8 and 7 cents.[6]
Woods reinforces this point:
It turns out, incidentally, that single, never-married women of comparable education and experience and who work full time have the same incomes as their male counterparts. The so-called wage gap completely disappears once we stop comparing apples and oranges. Diana Furchtgott-Roth, President Bush's chief of staff for his Council of Economic Advisors, makes this point in Women's Figures: An Illustrated Guide to the Economic Progress of Women in America. So have many, many other economists who have bothered to study the data (and use common sense).[7]

Equal Pay and No Work

Of great concern to women (and all citizens) should be the temptation on the part of government to attempt to legislate away the alleged gender wage gap through equal-pay-for-equal-work legislation. For such government action, instead of benefiting women, would cause rampant female unemployment in the same way that legislated minimum-wage requirements contribute to increased unemployment of low-skilled workers. The reasoning is simple. First, the documented differences in productivity owing to varying labor-force-participation patterns (accompanied by mandated equal wages) would make it more cost effective to hire men as opposed to women. Second, if women receive equal direct wages and increased indirect benefits (such as maternity-leave supplements, for example) it will also be more cost effective to hire men instead of women. The net effect is increased female unemployment.
Professor Walter Block illustrates this in his delightfully provocative book The Case for Discrimination:
As well, contrary to the self-styled feminists, there is nothing intrinsic in a job that makes it worthy of compensation. Crucial in any determination of wage rates is the demand on the part of consumers for the service supplied.
Right now, for example, the skill, effort, responsibility, and working conditions of dentists are such that they receive high compensation.
But were a cure for tooth decay to be uncovered tomorrow, their wages would plummet without any discrimination whatsoever in these objective measurements in the performance of dentists.
Further, any proposal that artificially raises the salaries of a given calling beyond its productivity level threatens it with unemployment. But equal pay enactments are always couched in terms of raising female incomes, never reducing those of males.
As such, they threaten to price women out of the market, in a manner similar to what has already happened to young people, who have been rendered less employable by minimum wage laws.[8]
In addition, equal-pay-for-equal-work legislation increases the susceptibility of innocent employers to frivolous lawsuits.[9] Consider the example of an employer in the X industry who currently employs one male employee at $50,000 per year. Because the X industry is ultimately subject to the sovereignty of the consumer, shifting consumer desires will influence such things as sales and the available supply of workers. Changing market conditions may necessitate the hiring of an additional employee at a reduced salary of $40,000. In the presence of equal-pay-for-equal-work legislation, the employer in our example would be wise to hire another male employee. Were the employer to hire a female employee, regardless of whether or not she is the most qualified person for the position or willing to be employed at the reduced salary, he would subject himself to significant liability in the form of a potential pay-discrimination lawsuit, even though no such gender discrimination exists. There would be no such liability associated with hiring another male employee. This, too, would exacerbate female unemployment.
Paradoxically, while equal-pay-for-equal-work legislation is proposed in the United States in order to protect women workers, it has been used in South Africa as a means of protecting white unionists from the competition of lower-paid black workers.[10] It cannot simultaneously achieve both goals.

The Free Market Punishes Discrimination

It is important to note that if the unexplained gender wage gap of 4.8 to 7 cents is caused solely by employer discrimination and not other factors, it will be rapidly eliminated on the free market. As Professor Block explains,
The mythical "sexist pig" employer would soon go the way of the dodo, courtesy of market forces. If he were stupid enough to hire a male when he could have employed an equally productive female for less money (because of the pay "gap"), his gender-blind competitors would hire her, and price him out of the business.[11]
The increased demand for female workers would drive women's wages higher. Alternatively, the reduced demand for male workers would drop men's wages lower. The end result would be a tendency toward equilibrium and the disappearance of the gender wage gap. Voila! Problem solved.

Government Enables Discrimination

On the other hand, because the government does not engage in economic calculation and is not subjected to the profit-and-loss test of private industry, there are no free-market forces at work counteracting possible gender discrimination on the part of public employers. Despite the fact that gender wage discrimination violates the Equal Pay Act of 1963, there is an increased risk of such discrimination in government. Amusingly, as the president continues his pretentious crusade toward "equality," a gender wage gap has been noted in the Obama White House.
All of President Barack Obama's employees may not be treated equally in the White House, as recently released financial records show that female employees earn significantly less than their male counterparts.
Using the 2011 annual report of White House staff salaries that was submitted to Congress, an $11,000 difference is clear between the median female employee salary and the median male employee salary.
This news comes on top of continued criticism — of both President Obama and prior presidents — that women are underrepresented in the White House. [12]

Conclusion

President Obama believes in a discriminatory gender wage gap caused by unscrupulous employers. He is in favor of passing additional laws to mandate equal pay for equal work. In essence, President Obama is peddling affirmative action for women. The notion that government compulsion is necessary to elevate women from second-class status should be seen for what it is: a degrading insult to women and an obvious falsehood. As has been previously demonstrated, no special treatment is required in order for women to get ahead. In fact, "Census data from 2008 show that single, childless women in their 20s now earn 8 percent more on average than their male counterparts in metropolitan areas."[13]
When it comes to women's issues, as with all other issues, the path of liberty is at once the most prosperous and compassionate choice. Don't let anyone, not even the president, convince you otherwise.
Gregory Cummings is a pharmacist and certified diabetes educator. He has owned and operated his own retail pharmacy business since 2009. An alumnus of Dalhousie University in Halifax, Nova Scotia, Cummings received his bachelor's degree in pharmacy with distinction in 2008. He lives in Sault Ste. Marie, Ontario, with his girlfriend and pet dog. See his website. Send him mail. See Gregory Cummings's article archives.
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Copyright © 2012 by the Ludwig von Mises Institute. Permission to reprint in whole or in part is hereby granted, provided full credit is given.
Notes
[1] Christina Hoff Sommers, "Wage gap myth exposed — by feminists," American Enterprise Institute for Public Policy Research, November 5, 2012.
[2] Diana Furchtgott-Roth, "Women's Figures: Second Edition, An Illustrated Guide to the Economic Progress of Women in America," American Enterprise Institute for Public Policy Research, November 6, 2012.
[3] Bernard Whitman, "52 Reasons to Vote for Obama: #23 Equal Pay for Women," HuffingtonPost.com, November 10, 2012.
[4] Thomas E. Woods, Jr., "The 'Pay Equity' Racket," the Free Market, November 4, 2012.
[5] CONSAD Research Corporation. (2009). An analysis of the reasons for the disparity in wages between men and women. (GS-23F-02598, Task Order 2, Subtask 2B). Pittsburgh, PA. November 5, 2012.Download PDF
[6] Christina Hoff Sommers, "Wage gap myth exposed — by feminists."
[7] Thomas E. Woods, Jr., "The 'Pay Equity' Racket."
[8] Walter Block, The Case for Discrimination, p. 215.
[9] For this point I am indebted to Peter Schiff.
[10] Block, The Case for Discrimination, p. 189.
[11] Ibid., p. 205.
[12] Meghan Keneally, "Women paid significantly less in Obama White House than their male counterparts," Mail Online, November 5, 2012.
[13] Christina Hoff Sommers, "The case against the Paycheck Fairness Act," American Enterprise Institute for Public Policy Research, November 5, 2012.

Banco Internacional Futebol Clube?, ou Confederacao Mundial da Politica Monetaria?

Leio esta notícia no Wall Street Journal:

Britain Picks Canadian To Head BOE
 (ou seja, a Grã-Bretanha escolheu um canadense para dirigir o seu banco central, o Bank of England)

Ao mesmo tempo fiquei sabendo que a impoluta, transparente, corretíssima, espartana, limpíssima Confederação Brasileira do Futebol descartou qualquer convite ao antigo técnico do Barça (o time de futebol de Barcelona), hoje vivendo em New York, para ser o novo técnico da seleção brasileira de futebol, na saída do antigo, sumariamente demitido por razões ainda obscuras (mas que são certamente mal cheirosas, sabendo que o vice-presidente da CBF anda metido com grandes irregularidades no setor financeiro).

Enfim, quando se cogitou desse convite, eu nunca o considerei factível, realista ou possível, por "n" razões, entre elas de que não basta ser o bem sucedido técnico de um time muitas vezes campeão no plano mundial para ter sucesso no futebol tupiniquim, também muitas vezes campeão, mas certamente por outros méritos e características que fizeram do Barça um dos maiores times da história secular do futebol.
A razão principal, obviamente, é que ninguem, com raríssimas exceções -- salvo um ou outro louco, como este que aqui escreve --, concordaria em ter um "estrangeiro" -- oh!, que horror, não é mesmo? -- à frente do esquadrão canarinho de tão gloriosas tradições tupiniquins (e várias outras jabuticabais).
Por que isso? Bem, parece que além de sermos nacionalistas em várias coisas, somos terrivelmente chauvinistas em matéria de futebol (e desculpem a expressão de origem francesa, mas vocês não esqueceram que football é importado, não é mesmo Aldo Rebelo?).
(9,99% dos brasileiros considerariam um atentado à soberania nacional ter um técnico estrangeiro à frente da nossa glorioso seleção (hoje bem menos gloriosa, e um pouco mercenária...).
Eu não: eu veria com naturalidade, e acho que até seria bom, embora eu também tenha 99,99% de certeza de que, se tal loucura fosse concretizada, por um desses milagres que ocorrem a cada 2 mil anos, ela simplesmente não daria certo: o técnico seria um fracasso, e seria também demitido no espaço de poucos meses. 

Mas vejam vocês: a velha Grã-Bretanha (na verdade o Reino Unido) entrega o comando de uma das instituições mais relevantes do reino, aquela que cuida da sua saúde monetária, o guardião do poder de compra da velha libra esterlina a um estrangeiro, recrutado unicamente com base no mérito, numa seleção aberta, na qual qualquer cidadão do mundo, inclusive um aborígene da Nova Guiné, ou o nosso mais competente Armínio Fraga, poderia ter se apresentado e ter sido eleito, ou escolhido.
Não é interessante?
Eu também acho, e acho também que os presidentes, os reitores de faculdades, vários (talvez todos) os ministros, os juízes do Supremo também poderiam (quem sabe deveriam?) ser recrutados em bases mais amplas do que esse modesto quinhão de apenas 194 milhões de brasileiros (na verdade menos, pois temos de tirar daí pelo menos dois terços de analfabetos funcionais). 
Não seria bom se pudéssemos contar com os talentos de zilhões de chineses, americanos, europeus, australianos, hotentotes e pigmeus, para dirigir o nosso país, suas universidades, a Suprema Corte, pessoas recrutados unicamente com base na sua competência, dedicação, plano de trabalho, metas a serem cumpridas e, sobretudo, conhecimento e experiência?
Eu colocaria anúncios na Economist e no Wall Street Journal para recrutar o nosso presidente do Banco Central tranquilamente, assim como ofereceria salários milionários para o bom administrador que resolvesse enfrentar a dura tarefa de corrigir nossas universidades públicas (claro, teria que passar primeiro o trator em cima do MEC, mas isso seria permitido), e também acharia bom que juízes experimentados de outros países resolvessem aplicar a nossa lei, apenas com base na lei escrita -- o que não deve ser difícil de fazer, sendo um cidadão normalmente alfabetizado -- e não com o espírito justiceiro de quem pretende corrigir injustiças "históricas" cometendo outras injustiças e rompendo com o princípio da igualdade de todos os cidadãos (e cidadãs).

OK, acho que as pessoas não estão preparadas para isso, ainda, mas seria bom se começassemos por algo inócuo, como o futebol. Inócuo? Claro, a despeito de dar alegria a todos nós, uma derrota no futebol não é uma tragédia, não diminui a renda nacional, não produz déficit orçamentário, nem crise de balanço de pagamentos, tampouco problemas institucionais, só um pouco de tristeza.
Eu sei que não daria certo, mas não custa tentar...
Paulo Roberto de Almeida   

RBPI: novas instrucoes aos autores prospectivos

A mais antiga (talvez eu devesse dizer a mais velha?) revista brasileira de relações internacionais, graças ao dedicado trabalho de seu editor Antonio Carlos Lessa, continua passando por transformações importantes em seus critérios editoriais.
Ela agora passará a publicar unicamente artigos em Português e em Inglês, preferencialmente nesta última língua, o que a deixa bem mais internacionalizada, o que eu acho excelente.
Abaixo transcrevo as novas instruções constantes de sua nova plataforma de acesso, para submissão de artigos e para revisão de material submetido (o que acabo de fazer, neste mesmo instante, aproveitando para já atualizar meus dados de conta e acesso).
Convido todos os batalhadores desta área (OK, os que não forem batalhadores, apenas interessados, também podem) a consultar o site da revista e a se interessar pelo novo formato e novos requerimentos.
Estamos trabalhando continuamente para fazer da RBPI uma revista melhor, aliás, bem mais o seu editor, Antonio Carlos Lessa, do que este editor adjunto, bem mais virtual do que real...
Paulo Roberto de Almeida
Editor Adjunto da RBPI


INSTRUCTIONS TO AUTHORS
http://mc04.manuscriptcentral.com/rbpi-scielo

Revista Brasileira de Política Internacional - RBPI publishes scientific articles whose themes are situated in the general field of international relations, including International and Comparative Politics, Foreign Policy Analysis, International Law, History of International Relations and of Foreign Policy, and International Political Economy. Having Instituto Brasileiro de Relações Internacionais – IBRI as publisher, RBPI does not reflect the opinion of any governmental body neither is it affiliated to any organization, national or international party movements. Opinions expressed in published works are the sole responsibility of the authors and do not reflect the opinion or endorsement of IBRI.


1. The Articles, always unedited, can be written in Portuguese or English and should be limited to 50 thousand characters (including spaces and footnotes);
2. The contributions should not be under consideration by another journal, nor have been published or be awaiting publication elsewhere;
3. Each article should include a abstract in Portuguese and in English of approximately fifty words, as well as key words;
4. To guarantee the anonymity of the author in the analysis of the merit of the contribution, the articles should include a title page with the following information: author, affiliated organization, educational background, mailing address, telephone and email; 5. Observe preferentially the author/date system in accordance with the examples below:
For Articles:
CERVO, Amado L. (2003) Política exterior e relações internacionais do Brasil: enfoque paradigmático. Revista Brasileira de Política Internacional, Vol. 46, Nº 1, 2003, p. 5-25.
For Books:
SARAIVA, José Flávio S. , Ed. (2003) Foreign Policy and Political Regime. Brasília: IBRI, 364 p.
For electronic documents:
PROCÓPIO, Argemiro (2007). A hidropolítica e a internacionalização amazônica, publicado em Mundorama.net [http://mundorama.net/2007/09/13/a-hidropolitica-e-a-internacionalizacao-amazonica/]. Disponibilidade: 18/09/2007.

6. The publication of any contribution is conditioned to positive evaluation from external referees. On average, the editorial analysis process can take up to 120 days.
7. Author(s) must declare that is the sole(s) responsible for the content of the contribution here submited to the Editorial Council of Boletim Meridiano 47;
8. Author(s) must declare that the contribution contains nothing that may be considered unlaw, defamatory of that can imply any conflic of interest that can interfeer in the imparciality of the paper/review.



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Enquanto isso, do outro lado do mundo...

A China se prepara para gastar dinheiro inutilmente, assim como o Pentágono, outro gastador contumaz com milhares de coisas inúteis, por milhões, bilhões, zilhões de dólares.
Assim, são as grandes potências: torram dinheiro dos seus trabalhadores, empresários e contribuintes, apenas para provar ao mundo que são grandes, que são potências, que são poderosas, e que podem até ficar bravas, de vez em quando. Redundante, não é mesmo?
Pois é: justamente quem não pode é quem mais gasta...
Ainda bem que o governo brasileira só gasta dinheiro com coisas úteis, dinheiro bem empregado, gasto justamente com quem mais precisa. Os senadores, por exemplo...
Paulo Roberto de Almeida 

As Regional Tensions Rise, China Lands Jet on First Carrier
BEIJING — The Chinese military has successfully landed a fighter jet on the Liaoning, China’s first aircraft carrier, according to a report on Sunday by Xinhua, the state news agency.
China Central Television showed video of the jet, the J-15, landing on the deck of the carrier, which was put into service in September after years of construction work. The video also showed the jet, which is painted yellow with the number 552 in red beneath the cockpit, successfully taking off from the carrier. Many Chinese and foreigners consider the Liaoning a symbol of China’s military modernization and its desire to extend its combat capacity.
But the carrier will not be combat-ready for some time, and foreign analysts say China’s military abilities and budget still lag far behind those of the United States, which is China’s greatest rival for influence in the western Pacific.
China bought the carrier years ago from Ukraine, where it had been called the Varyag. The Xinhua report said the carrier had undergone a series of “sailing and technological tests” since Sept. 25, when it was formally put into service by the People’s Liberation Army, whose navy is modernizing more rapidly than any other military branch. Xinhua said the carrier had completed more than 100 training and testing exercises.
The J-15 jet was designed and made in China, the Xinhua report said, and is the nation’s “first-generation multipurpose carrier-borne fighter jet.” It can carry antiship air-to-air and air-to-ground missiles as well as precision-guided bombs, the news agency said. The jet is comparable to Russia’s Su-33 and the F-18 in the United States, according to Xinhua.
Chinese pilots had been limited to simulated carrier landings on concrete strips on land, You Ji, a visiting senior research fellow at the National University of Singapore, said in an interview in September.
There has long been talk that China has more aircraft carriers under construction around Shanghai, but those reports have yet to be officially confirmed. Navies needs a minimum of three carriers to maintain a constant sea presence, military experts say.
For years, the threat of hostilities in the Taiwan Strait drove much of the Chinese Navy’s modernization plans, and the risk of a conflict there involving American and Taiwanese forces occupies a singular place in Chinese military strategy and planning.
But Chinese civilian leaders and generals are now also focused on rising tensions with neighboring nations over territory.
A dispute with Tokyo over the Diaoyu Islands, which the Japanese administer and call the Senkakus, intensified this fall when the Japanese government announced it was buying the islands. There have also been diplomatic and maritime clashes with Vietnam and the Philippines over territory in the South China Sea, which is believed to be rich in oil and gas as well as fish. Several Southeast Asian nations dispute Chinese and Taiwanese claims to large parts of the South China Sea.
Foreign military officials and analysts are carefully watching China’s development of warfare technology, including an antiship ballistic missile. Such a missile would give the Chinese military greater “area-denial” abilities, meaning it could help keep foreign ships, particularly aircraft carriers, outside of nearby combat zones, analysts say.
On Friday, Xi Jinping, the new Communist Party chief and civilian leader of the military, made his first promotion on the army’s general staff.
He made Wei Fenghe, commander of the Second Artillery Corps, a full general during a ceremony in Beijing.
The promotion may have been a sign that Mr. Xi is moving quickly to build a base of support within the military.

Noticia que eu GOSTEI de ter lido: livre comercio UE-EUA

Enquanto isso, enquanto isso, não muito distante do Atlântico norte, certos países e "bloquinhos" discutem a melhor forma de se isolar do mundo...
Paulo Roberto de Almeida

Trade Deal Between U.S. and Europe May Come to the Forefront
By JACK EWING
The New York Times, November 25, 2012

Karel De Gucht, the European trade commissioner, said that debate on a Nafta-like pact was coming to the forefront again.
“There is now, for the first time in years, a serious drive towards an E.U.-U.S. free-trade agreement,” Karel De Gucht, the European trade commissioner, said in Dublin earlier this month.

FRANKFURT — A free-trade agreement between the United States and Europe, elusive for more than a decade but with a potentially huge economic effect, is gaining momentum and may finally be attainable, business and political leaders say.
Arduous negotiations still lie ahead, but if technical hurdles can be overcome, supporters of a pact argue, it could rival the North American Free Trade Agreement in scale and be a cheap way to encourage growth between the European Union and the United States, which are already each other’s biggest overseas trading partners.

Within days, if not hours, of President Barack Obama’s re-election, numerous European leaders, including Angela Merkel, the German chancellor, and David Cameron, the British prime minister, were urging Mr. Obama to push for a free-trade agreement. The Europeans hope that eliminating frictions in U.S.-E.U. trade would provide some badly needed economic growth.

Corporations and business groups on both sides of the Atlantic are also pushing hard for a pact. Tariffs on goods traded between the United States and the European Union are already low, averaging less than 3 percent. But companies that do substantial amounts of trans-Atlantic business say that even a relatively small increase in the volume of trade could deliver major economic benefits.

“The reason we care about this is because these base line numbers are so huge,” said Karan Bhatia, a former deputy U.S. trade representative who is now vice president for global government affairs at General Electric in Washington. “This could be the biggest, most valuable free-trade agreement by far, even if it produces only a marginal increase in trade.”

Noting that a free-trade agreement would not cost taxpayers any money, Mr. Bhatia said, “This is the great, untapped stimulus.”

While China has dominated the political debate in the United States, U.S. trade with Europe is much larger, totaling $485 billion in goods in the first nine months of this year, compared with $390 billion in trade with China.

Perhaps more important for U.S. companies, Europe buys much more from the United States than China does. U.S. exports of goods to Europe through September totaled $200 billion, according to U.S. government data , while China imported $79 billion worth of U.S. goods.

“The economic music is between America and Europe,” said Fred Irwin, president of the American Chamber of Commerce in Germany. The organization has been among groups lobbying energetically for a comprehensive agreement to replace the potpourri of existing tariffs and regulations and also to roll back national rules in Europe that may impede trade.

The chamber estimates that an agreement that eliminated tariffs and other barriers between the United States and Europe could add 1.5 percentage points to growth on both sides of the Atlantic. While that may be optimistic, economists agree that trade increases when barriers fall.

Supporters of an agreement hope that Mr. Obama will visit Europe early in 2013 and that he agree while there on a framework for negotiations that could lead to a detailed agreement within several years. They argue that a pact would offer Mr. Obama an opportunity to improve his relations with the business community while reaching out to European political leaders who feel he has taken them for granted.

“The Europeans believe that Obama does not care about Europe,” said Mr. Irwin, who has met with E.U. government leaders on the trade issue.

Asked about the U.S. position, Andrea Mead, a spokeswoman for Ron Kirk, the U.S. trade representative, said in an e-mail that the working group “continues to work to assess how best to increase U.S.-E.U. trade and investment to produce additional economic growth and jobs, and improve our international competitiveness.”

There does not seem to be any broad-based political opposition to an E.U.-U.S. trade agreement, as there was to Nafta. But some industry groups have expressed concern about how a free-trade accord would affect them.

Last week, a coalition of food and agricultural groups led by the National Pork Producers Council in the United States wrote to Mr. Kirk, expressing concern that a free-trade agreement might leave them out.

The council complained that in the past, Europe had blocked imports of genetically modified corn and soy products and objected to American companies’ use of product descriptions like “Parmesan” cheese. In Europe, that label is reserved for cheese that comes from the Parmigiano-Reggiano region of Italy.

At least since the 1990s, there have been informal talks about an agreement that would reduce or eliminate already low tariffs and — more crucially for many businesses — harmonize regulations governing industries like pharmaceuticals and auto parts. While those talks wore on, political leaders on both continents focused on treaties with faster-growing countries like South Korea. Trade between the Europe and the United States already was believed to work pretty well, so there was little urgency to make it better.

“I haven’t heard anyone say it doesn’t make sense,” said Peter Beyer, a member of the German Parliament from Ms. Merkel’s party, the Christian Democrats, and a major advocate of an agreement. “It just hasn’t been at the top of the agenda.”

Efforts to improve the U.S.-E.U. trade relationship gained momentum after the failure of the so-called Doha Round of global trade talks. In addition, Canada and the European Union are close to a free-trade agreement, which puts pressure on the United States to follow suit. Mr. De Gucht, the E.U. trade commissioner, met Thursday with Edward D. Fast, the Canadian trade minister, and said in a statement afterward that negotiations were in the “home straight,” or final stages.

So far the Obama administration has been fairly quiet about a European trade agreement, perhaps wary of raising expectations. A so-called High-Level Working Group, which includes E.U. and U.S. representatives, is expected to make recommendations by the end of the year or by early 2013.

Even though the United States and Europe have a long history of trade and friendly relations, any agreement will be complicated because of the number of countries involved. The European Union has 27 members. Unlike Nafta, which eventually eliminated duties on goods sold between Mexico, the United States and Canada, a European free-trade agreement would focus more on harmonizing regulatory standards between the United States and Europe.

For example, Daimler, the German maker of cars and trucks, would like to see a trade agreement that freed it from having to obtain multiple certifications every time it puts a new variety of Mercedes engine on the market. The pharmaceutical industry is also particularly eager to avoid having to test new treatments on both continents.

“The current regulatory complexity slows down the approval of innovative drugs and cheaper generics in both regions,” Ulf M. Schneider, president of Fresenius, a German health care company, said in an e-mail. Fresenius, based in Bad Homburg, near Frankfurt, is best known as the world’s largest provider of dialysis services, but it also has a biotechnology unit that is developing cancer treatments.

But the complexity of regulatory issues also makes agreement more difficult, which is another reason why it has taken so long to reach one. “History shows that removing nontariff barriers is much harder than removing tariff barriers,” Mr. Schneider said.

A version of this article appeared in print on November 26, 2012, on page B2 of the New York edition with the headline: Trade Deal Between U.S. and Europe Resurfaces.