O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O Stalin verdadeiro e seu historiador: morte de Anton Antonov-Ovseyenko

Anton Antonov Ovseyenko, Who Exposed Stalin Terror, Dies at 93

By 

The New York Times: July 10, 2013

It is the duty of every honest person to write the truth about Stalin,” Anton Antonov-Ovseyenko, a Soviet historian and dissident, wrote in the preface of his seminal book “The Time of Stalin: Portrait of a Tyranny,” published illegally in 1981.
State Museum of the History of Gulag
Perhaps his most influential work  was “The Time of Stalin,” which was smuggled out of Moscow and published in New York in 1981.
A survivor of the gulag whose parents died in Stalin’s purges, Mr. Antonov-Ovseyenko spent a lifetime in almost fanatical devotion to that duty, working until his death on Tuesday in Moscow at 93 to expose the darkest truths of the Soviet era.
His books cracked through the shell of Soviet censorship that surrounded much of the Stalin-era brutality, offering readers at home and in the West a vivid portrait of tyranny and violence.
Mr. Antonov-Ovseyenko’s death comes as attitudes toward Stalin in Russia have grown increasingly ambivalent. Russian leaders these days, while praising his leadership during World War II, often cite the tens of millions killed during his rule.
Mr. Antonov-Ovseyenko founded the State Museum of the History of the Gulag in Moscow in 2001 as a repository of artifacts from the Stalin era. Although it is rarely visited, Roman Romanov, his protégé and the current museum director, said in a telephone interview that Mr. Antonov-Ovseyenko worked there until the end, spending two full days a week at the museum and helping with a planned expansion into a new and larger space.
Anton Vladimirovich Antonov-Ovseyenko was born in Moscow on Feb. 23, 1920, to a family with an impeccable revolutionary pedigree. His father, Vladimir Antonov-Ovseyenko, was a famous Soviet military commander who led the assault on the Winter Palace in St. Petersburg (it was then Petrograd) in November 1917, helping to usher in more than 70 years of Soviet rule.
Stalin’s rise to power at the end of the 1920s upended the family’s fortunes and set Mr. Antonov-Ovseyenko on the path to becoming a dissident. He parents were accused of being counterrevolutionaries and arrested. His mother, Rozalia, committed suicide in prison in 1936. His father was executed in 1938.
As the son of convicted state enemies, Mr. Antonov-Ovseyenko was himself arrested in 1940. He spent the next 13 years in and out of the Soviet gulag, an experience that made him a lifelong opponent of the Soviet government.
In a 2011 interview with the Public Radio International program “The Word,” he recounted being forced by a prison guard at gunpoint to read a speech by Stalin over the prison radio.
“I had to read the words of the person who was my enemy, and I was an enemy of the state,” he said.
He was released after Stalin’s death in 1953. Though almost completely blind, he began working in the Soviet archives in Russia. His first book, published under a pseudonym, was a biography of his father, who had been rehabilitated during the political thaw under Nikita S. Khrushchev. He went on to write several other books, most of them about Stalin and his associates.
Perhaps his most influential work was “The Time of Stalin,” the first book published under his own name, which was smuggled out of Moscow and published in New York in 1981. Copies were then smuggled back in and disseminated among the underground dissident salons of Moscow.
“The Time of Stalin” was among the first books to unmask the horror of the Stalin era, putting the death count through years of civil war, famine, purges and World War II in the tens of millions. Harrison E. Salisbury, who won a Pulitzer Prize for his reporting in Moscow for The New York Times in the 1950s, called the book “a milestone toward the understanding of three-quarters of a century of Russian trauma.”
Mr. Antonov-Ovseyenko died of a stroke, the Gulag museum announced. He is survived by his wife, Yelena Solovarova, and his son, Anton.
The Russia scholar Stephen F. Cohen, a longtime friend who smuggled “The Time of Stalin” to New York, said Mr. Antonov-Ovseyenko preferred the solitude of his books and archives to the protests favored by many other dissidents.
But he was also bold, Mr. Cohen said, often calling up known K.G.B. agents and threatening to denounce them in writing. “He was an embattled personality and fearless,” Mr. Cohen said.

Feliz Greve Geral para voce leitor: voce tera' um dia de descanso...

...ou um dia infernal, isto depende do que você pretende ou será capaz de fazer, ou mais exatamente do que lhe permitirem fazer...
Enfim, o Brasil já é um país sem lei desde o primeiro de janeiro de 2003, o primeiro dia do nunca antes neste país.
De fato, nunca antes neste país, tivemos máfias organizadas assaltando o Estado...
Antes os mafiosos só agiam isoladamente: agora eles estão melhor organizados. Já é um progresso.
Menos para você, caro leitor...
Paulo Roberto de Almeida

MARCO ANTONIO VILLA
Blog, 10/07/2013

Sobre as manifestações de amanhã, não está sendo dada a devida importância para o que poderá acontecer, caso se cumpra as ameaças da Força Sindical e de outros organizadores:

1. vão impedir a livre circulação pelas estradas. E as cargas perecíveis? E o produtor que necessita entregar a mercadoria para o comprador? E aquele que aguarda o recebimento de uma compra? E os deslocamentos por razão médica? E os deslocamentos profissionais? E os de lazer? As estradas vão ser fechadas e o poder público diz o que? Quer dizer que basta enviar uma correspondência avisando que vai fechar uma rodovia e tudo bem?
2. e os milhões que querem (e precisam) ir trabalhar? Não poderão  deslocar pelas cidades porque o Paulinho não quer? E o dia de trabalho, quem paga? O Paulinho? Quer dizer que basta avisar as avenidas e ruas que desejam fechar que está tudo bem? E se a moda pega?
3. e o custo econômico desta balbúrdia? Quem paga?
4. os “manifestantes exaltados”, como disse uma jornalista no mês passado descrevendo um saque, estão prontos para entrar em ação. E o que fará a polícia?
5. o crime organizado, claro, também aproveitará o vácuo ─ pois a polícia estará mobilizada para desobstruir as vias e proteger o patrimônio público e provado. E quem vai pagar os eventuais prejuízos?
6. o direito de ir e vir, de circular livremente,  foi suprimido da Constituição?
7. será uma manifestação ou uma ameaça a ordem pública? Não pode ser realizada a manifestação numa praça ou em outro local público com amplitude? Por que é necessário interromper a livre circulação das pessoas?
8. e se ocorrer uma tragédia? Quem será o responsável?

9. 11 de agosto é a data de nascimento dos cursos jurídicos no Brasil. Teremos uma bela comemoração de respeito a Constituição.

O Mercosul como sucesso absoluto

Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete
Nota nº 241
11 de julho de 2013
Cúpula de Chefes de Estado do MERCOSUL e Estados Associados e XLV Reunião do Conselho do Mercado Comum
Montevidéu, 11 e 12 de julho de 2013

A Presidenta Dilma Rousseff participará, em Montevidéu, da Cúpula dos Chefes de Estado do MERCOSUL e Estados Associados, a realizar-se no dia 12 de julho. O encontro de Chefes de Estado será precedido da XLV Reunião do Conselho do Mercado Comum do MERCOSUL (CMC), no dia 11 de junho.
Na Cúpula de Montevidéu, serão analisadas maneiras de aperfeiçoar a integração no âmbito econômico-comercial, com perspectivas para incremento dos fluxos de comércio e investimentos intra e extrazona, e no plano político, por meio do processo de incorporação de novos membros plenos, como Bolívia e Equador, e associados, como Guiana e Suriname. Serão avaliadas, também, propostas de ampliação da participação social no MERCOSUL. À margem da Cúpula, serão realizadas a segunda edição do Fórum Empresarial do MERCOSUL e a XV Cúpula Social do Bloco. Ao final da Cúpula, a Presidência Pro Tempore do MERCOSUL será transferida à Venezuela.
O MERCOSUL constitui a mais bem-sucedida iniciativa de integração na América do Sul. O bloco representa, atualmente, cerca de 80% do PIB, 72% do território, 70% da população, 58% dos ingressos de investimento estrangeiro direto e 65% do comércio exterior regional. De 2008 a 2012, enquanto as trocas globais cresceram 13%, a corrente de comércio entre os membros do MERCOSUL cresceu mais de 20%. Desde a criação do Bloco, o valor do comércio intraMERCOSUL cresceu mais de nove vezes, e a corrente comercial do Bloco com o resto do mundo multiplicou-se por oito.
O êxito econômico-comercial do processo de integração é acompanhado de convergência estrutural, concertação política entre os membros e efetiva participação social de seus cidadãos. Em 2012, durante a Presidência Pro Tempore brasileira, foi criado o Sistema Integrado de Mobilidade e foi aprovada decisão que assegura a periodicidade semestral da Cúpula Social do MERCOSUL e estabelece sua vinculação institucional ao Bloco.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Plano Real: 19 anos de relativo sucesso - Flavio Fligenspan

Muito boa análise deste professor gaúcho sobre os 19 anos do Real, o plano de estabilização que os companheiros tentaram destruir, a ele se opuseram ferrenhamente e depois não conseguiram fazer nada melhor a não ser destruir os seus fundamentos macroeconômicos e trazer a inflação de volta...
Paulo Roberto de Almeida

Os 19 anos do Plano Real

Sul 218/jul/2013

No dia 1º de julho o Plano Real completou 19 anos de vida com sucesso em relação ao seu principal objetivo, o de estancar o processo crônico de elevada inflação no Brasil. Ainda que a inflação continue um tema presente no debate econômico do País e que as taxas atuais não correspondam às nossas expectativas — situando-se acima do que se vê nos países de economia estabilizada — os níveis presentes de elevação dos preços no Brasil representam uma vitória em relação ao passado recente, quando flertamos várias vezes com a hiperinflação. O simples fato da moeda atual estar já no seu 20º ano de vigência e com confiança da população é significativo para quem trocou tanto de padrão monetário nos 10 anos que antecederam o real.
Não foram poucos os percalços para chegarmos até aqui. Lembrem-se as repercussões das crises do México (1994/95) e do Sudeste Asiático (1997) no Brasil, dois momentos em que o Plano Real correu sérios riscos, mas sobreviveu às custas de grandes elevações da taxa de juros. Em 1999, nos primeiros dias do segundo mandato de Fernando Henrique, o expediente dos juros não fui suficiente e a fuga maciça do capital internacional nos deixou sem reservas para sustentar a taxa de câmbio manipulada da época. A política econômica dos primeiros quatro anos e meio do Plano teve que mudar. Na realidade quebramos em 1999 e abandonamos a chamada “âncora cambial” – o dólar muito barato que sustentava as importações para competir com os produtos brasileiros e não deixar os preços daqui dispararem. De lá para cá seguimos outro tipo de política, conhecida como “metas de inflação”, cujo instrumento central é a taxa de juros, em lugar do câmbio.
Na passagem de 2002 para 2003, a política econômica foi posta à prova novamente. Diante do temor que a eleição de Lula causava no capital financeiro internacional, que via nele o risco de um governo irresponsável, o script se repetiu, com fuga de divisas e aumento do risco país. O novo Governo começou com uma taxa de câmbio alta e a possibilidade de perder o controle da inflação. Neste momento delicado, mais do que a continuidade do Plano Real, estava em jogo o próprio futuro político do Governo Lula. A política econômica adotada e a própria composição da equipe, muito conservadora, logo acalmou os ânimos. O que aconteceu de bom desde então foi a melhora das contas externas e um processo notável de redistribuição de renda. As contas externas se beneficiaram do aquecimento do mercado internacional e da demanda de commodities, principalmente da China. Exportamos como nunca e melhoramos todos indicadores externos, ao ponto de as reservas de divisas hoje serem maiores que a dívida externa.
No front doméstico as políticas de recomposição do valor real do salário mínimo e o Bolsa Família, associadas à expansão do crédito e ao aumento da escolaridade, causaram saltos importantes na redução das desigualdades sociais e no acesso das camadas mais pobres ao consumo de bens antes inalcançáveis. Isto movimentou o comércio e a produção, até mesmo em regiões antes estagnadas pela pobreza generalizada.
Contudo, muitos aspectos importantes ainda esperam melhores soluções. Um Plano que tinha como diagnóstico central da inflação o problema da indexação da economia brasileira, algo considerado exótico pelos economistas estrangeiros, ainda não resolveu esta questão que reproduz a inflação do passado para o futuro por mecanismos formais e informais. Estudos econométricos mostram que quase um terço da inflação atual se explica pela inflação do passado recente e boa parte do mercado financeiro não abandonou o vício da indexação.
Por sua vez, o atual sistema de metas de inflação, em vigor desde 1999, não tem sido capaz de dar respostas que reduzam a alta dos preços, até porque não está programado nem para combater choques de preços, que muitas vezes vêm de fora do País, nem para lidar com o problema da indexação. O sistema de metas prevê como instrumento contra a alta dos preços a elevação da taxa de juros, o que significa que o diagnóstico é que a inflação é sempre ou majoritariamente causada por excesso de demanda. E nem sempre isto é verdade. O sonho de um ministro da economia de qualquer país é entregar para a sociedade crescimento do PIB e do emprego, contas externas estabilizadas e uma inflação baixa, na casa dos 2% a 3% ao ano. Nossa meta de inflação há dez anos é de 4,5%, alta, portanto, e nem temos conseguido alcançá-la na maioria das vezes.
Portanto, há o que comemorar neste mês de julho de 2013 e há muito o que avançar nos próximos anos.

Flávio Fligenspan é professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFRGS

A historia (parcial) do Stalin tupiniquim, mas sem Gulag (ainda bem, para mim, para todos nos)...

Imaginem se um sujeito desses, o "chefe da quadrilha", como definido pelo PGR e pelo STF, tivesse alcançado o poder pleno. Talvez eu não estivesse aqui escrevendo para vocês...
Alguns podem se enganar; eu não me engano: conheço a qualidade do "material"...
Paulo Roberto de Almeida

Livro:

Otávio Cabral:
Dirceu : a biografia
(Rio de Janeiro: Record, 2013)

Uma síntese editorial: 

Daniel, Hoffmann, Carlos Henrique, Pedro Caroço. Cubano, argentino, brasileiro. Todos foram – são – José Dirceu, personagem cuja trajetória se confunde com a história da esquerda latino-americana na segunda metade do século XX, e particularmente com a do Brasil, já no século XXI. Em um trabalho investigativo de fôlego, o jornalista Otávio Cabral reconstitui a vida deste emblemático político. 
Tão fundamental quanto as pesquisas foram as entrevistas com 63 pessoas que conviveram diretamente com Dirceu desde sua infância em Minas Gerais até o julgamento do mensalão. Com esses depoimentos, foi possível desvendar passagens desconhecidas de sua vida, como o exílio em Cuba e a clandestinidade no Brasil durante os anos 1970, além de bastidores inéditos de sua atuação no PT, no governo e no mensalão. Boa parte dos entrevistados pediu para não ser identificada, prática consagrada no jornalismo, as chamadas declarações em off”, afirma Otávio Cabral. 
Dirceu foi líder estudantil em 1968, protagonista do histórico congresso da UNE em Ibiúna. Capturado, seria um dos presos trocados pelo embaixador americano. Expatriado e isolado em Cuba, quedou-se protegido por Fidel Castro, que o escolheria para comandar – já com um novo rosto – um foco guerrilheiro no Brasil. Desbaratado o movimento, encarcerados ou mortos cada um de seus integrantes, sobreviveria para mergulhar num longo período de clandestinidade, a ser somente interrompido, em 1979, pela anistia. Livre, conheceria o sindicalista Lula, fundaria o PT e se tornaria o mais afamado articulador político do petismo – mentor do programa que isolaria setores sectários do partido para construir a mais poderosa e inclemente máquina eleitoral da história do país. 
Em 2003, pela via democrática que não ajudara a construir, alcançaria o Palácio, ministro mais importante de um presidente eleito pela esperança. E então o mensalão... De súbito desempregado, era o mais novo consultor da República, capitalista convicto, lobista feito milionário. E então o julgamento do mensalão... A condenação.  
“José Dirceu, que completou 67 anos em 16 de março de 2013, pouco antes da conclusão desta biografia, segue dizendo que só vai revelar seus segredos depois dos 80 anos. Procurei nestas páginas apresentar, treze anos antes, os fatos que realmente importam”, conclui o autor."

Um amigo, que terminou de ler o livro, enviou-me o seguinte comentário: 

Taí um livro livro que peguei com muita desconfiança. " Mais uma hagiografia petista", pensei com os botões da minha camisa polo comprada nos mais recentes "soldes" parisienses... Pois terminei a sua leitura corrigindo completamente a minha desconfiança, convencido de que se trata de um livro muito interessante para a compreensão não somente do político José Dirceu, mas também do Lula e do PT ( vê-se, pela leitura do livro, que a presidente Dilma não pertenceu ou pertence ao círculo do mal que envelopa José Dirceu, felizmente para o país e para nós brasileiros). 
O livro impressiona pela quantidade de detalhes históricos importantes mas relativamente desconhecidos ( eu que vivi 10 anos no exílio, convivendo no ambiente da esquerda revolucionária brasileira e escutando as mais diferentes histórias e estórias ), não sabia de muitos dos detalhes e fatos levantados pelo jornalista Otávio Cabral. 
O livro é importante também por deixar a lupa colocada sobre coisas quase que inacreditáveis : como um conjunto de pessoas de preparo duvidoso chegou ao poder e as loucuras que tem feito nestes últimos períodos presidenciais. Duvido que alguém possa ler este livro - preparado com o padrão da revista Veja, pois escrito por um dos seus jornalistas - sem ficar arrepiado com as histórias do passado do Zé Dirceu ( para o bem e para o mal, desde o jovem revolucionário romântico até as desconfianças - ou evidências - do seu comportamento duvidoso para com seus companheiros e a traição aos seus ideais, sempre e quando necessário). 
No final, ficam as dúvidas ( que o autor, para mérito seu, não procura responder, apenas as relata e enumera) : terá Zé Dirceu traído os seus companheiros do MOLIPO e os entregue à repressão da ditadura militar ? (todos morreram nas mãos da repressão, exceto Dirceu e só um mais). 
Será Dirceu um agente do serviço de inteligência cubano ? Como conseguirá o Zé Dirceu lidar com uma eventual prisão determinada pelo STF ? O livro conta que Dirceu contava com os votos certos do Lewandovski e do Tófoli, e acreditava que poderia virar o jogo no Supremo com as novas indicações de ministros. E a história da modelo que Dirceu recebeu de "presente" para uma noite de maravilhas na suíte presidencial de um hotel sete estrelas de Brasília,  presente este de um colega do ministério que havia sido nomeado com a prestimosa ajuda do Dirceu ?
Lembram-se daquelas histórias da cafetina Jeane Marie Corner, que apareceu por ocasião dos escândalos que levaram a primeira queda do Palocci ? Então era tudo verdade ? Trabalhei um período em Brasília, e não sabia que era tudo sexo, poder & rock&rolll... E pensar que esta personagem por um triz não chegou à Presidência do Brasil ! O Zé Dirceu - e não a Dilma - seria a bola da vez, não tivessem caído antes ele e o Palocci... Um agente cubano no comando da República, argh ! Não ia dar certo...
Em suma, eis aí um livro imprescindível para quem queira entender o que se passa nos intestinos desta engrenagem chamada 'PT". Vou comprar alguns exemplares e dar de presente a alguns amigos que ainda vivem a ilusão da miríade transformadora do PT. O primeiro deles o Xxxxxxxx, para que abra bem os olhos e perceba - homem inteligente que é - que sonhar é bom, mas viver de sonhos e fantasias é meio caminho andado para uma futura grande frustração política na vida...
XX

(PRA: recebido em 10/07/2013)

Abrindo os arquivos americanos sobre a ditadura militar - James Green e Sidnei Munhoz

Meus colegas e amigos acadêmicos James Green e Sidnei Munhoz estão conseguindo fazer, pelo menos em parte, o que eu tentei e não consegui fazer durante minha estada em Washington, entre 1999 e 2003: copiar os arquivos americanos contemporâneos sobre o Brasil.
Assim que cheguei na Embaixada do Brasil em Washington, ajudei a organizar duas reuniões com brasilianistas, e já a partir da primeira, minha proposta foi adotada: efetuar um balanço global da produção brasilianista desde a disseminação do fenômeno no segundo pós-guerra.
O resultado pode ser visto nos dois livros publicados:
O Brasil dos Brasilianistas: um guia dos estudos sobre o Brasil nos Estados Unidos (1945-2000)
(São Paulo: Paz e Terra, 2001)
e
Envisioning Brazil: A Guide to Brazilian Studies in the United States
(Madison: University of Wisconsin Press, 2005)

O outro projeto consistia, justamente, em copiar os arquivos americanos sobre o Brasil, uma tarefa imensa, que requereria pessoal e bastante dinheiro. Depois de visitar os National Archives and Record Administration (NARA) solicitei, por telegrama oficial, 70 mil dólares ao Itamaraty, explicando do que se tratava, mas não tive sequer resposta. Entendi. Ai pedi apenas 4 mil dólares, para copiar os manuscritos da Biblioteca Oliveira Lima sobre o Brasil colonial, que por sinal já tinham sido copiados em 1949, sob recomendação do historiador José Honório Rodrigues, mas o microfilme, enviado ao Itamaraty, já estava dado como perdido há muitos anos. Ninguém, nem mesmo o diplomata que copiou esses manuscritos, Mário Calabria, se lembrava disso (eu ainda não tinha nascido, mas li a correspondência nos arquivos oficiais).
Bem, não tive nada do que queria, mas tive a sorte de conhecer o grande bibliófilo brasileiro José Mindlin, que passou por Washington para uma palestra na Library of Congress. Não sem alguma cara de pau, considerando-o um mecenas generoso, achaquei-o devidamente, explicando meu projeto, não mais de copiar arquivos (pois isso requereria verbas e estrutura de que não dispunha), mas de fazer um levantamento completo de todos os arquivos americanos sobre o Brasil. Mindlin me conseguiu 20 mil dólares, através da Fundação Vitae.
O dinheiro foi aplicado na compra de um computador laptop, um scanner, e talvez uma máquina fotográfico (mas aqui já não me lembro). Paguei um salário de fome a um pós-graduando de história morando nos EUA, Francisco Rogido, mobilizei (desviei seria o termo mais exato) estagiários brasileiros e americanos fazendo estágio na Embaixada brasileira em Washington (talvez fazendo tarefas mais nobres) e coloquei-os para identificar e descrever os arquivos americanos sobre o Brasil, em diversas instituições oficiais, universitárias e privadas, o que envolvia um bom número delas, espalhadas de costa a costa.
O material foi recolhido sob minha direção, ficou pronto já em 2002, e como também ocorre em determinadas circunstâncias, demorou séculos para ser editado pelo Itamaraty. Mas está disponível neste link do meu site:
Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil
e pode ser downloadado neste link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/66GuiaArquivos2010.html
Paralelamente, eu fazia contatos com historiadores em diversas instituições para identificar fontes e materiais suscetíveis de serem copiados. Foi assim que cheguei, em 2001, ao "chief historian of the CIA", já com a intenção de copiar o material da CIA sobre o golpe de 1964.
As tratativas estavam avançadas e até almocei com o historiador -- que por acaso era um brasilianista, Gerald K. Heines, cujo livro eu conhecia: The Americanization of Brazil, sobre os anos Dutra e o segundo governo Vargas -- num clube de Washington, e tínhamos prometido fazer um projeto logo mais adiante.
Bem, logo mais adiante veio o Onze de Setembro e todos os arquivos, sobretudo os confidenciais, se fecharam, de uma maneira acintosa (tanto que o presidente George W. Bush chegou a ser processado pela Association of American Historians, por cerceamento de acesso a arquivos já abertos), e não tive mais condições de prosseguir com meus insidiosos projetos.
Depois fui embora e nunca mais tratei desses arquivos, a não ser continuar sempre tentando estimular projetos de levantamento, identificação e cópia, e procurando editar o livro acima que ficou parado um bom tempo.
Por isso, fico contente de saber deste projeto abaixo, cujos resultados espero conhecer em tempo hábil. Haverá um site, bilingue, que informarei aqui, assim que possível.
Boa sorte a todos, meus parabéns ao James Green e ao Sidnei Munhoz, dois historiadores amigos, e a todos os participantes do projeto.
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 10/07/2013

Opening the Archives Project
 James Green, Sidnei Munhoz
(recebido em 10/07/2013)

O Projeto “Opening the Archives: Access to Information, Memory, and Justice Thirty Years After the End of the Brazilian Military Dictatorship”(Abrindo os arquivos: acesso à informação, memória e justiça 30 anos após o fim da ditadura militar brasileira) foi idealizado pelo professor James N. Green, da Brown University e contou na coordenação com a parceria do professor Sidnei Munhoz, da UEM.
O projeto tem por objetivo resgatar a documentação existente nos EUA que possa auxiliar a melhor compreensão do processo que desencadeou o golpe civil-militar de 1964 e possibilitou a instauração  do regime ditatorial que governou o Brasil por 21 anos. A pesquisa ainda tem por objetivo, com o envolvimento de professores e estudantes do Brasil e dos EUA, auxiliar a Comissão Nacional da Verdade, instituída pela presidenta Dilma Rousseff. O projeto é resultado de uma parceria entre a UEM e a Brown e ainda tem o National Archives (EUA) e o Arquivo Nacional (Brasil) como co-parceiros. Para o sucesso do projeto foi fundamental o envolvimento da administração da Brown e da UEM. Na UEM o projeto contou com o apoio da reitoria e da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação e ainda recebeu a colaboração da PJU (Procuradoria Jurídica)e do ECI (Escritório de Cooperação Internacional).
As atividades do projeto tiveram início no ultimo domingo dia 2 com um jantar de confraternização organizado pelo professor James Green, mentor do projeto e nosso principal parceiro na Brown University. Participaram da atividade todos os integrantes do projeto. A atividade teve como objetivo promover a apresentação e a integração entre os participantes do grupo de pesquisa.
Na segunda feira, dia 3, fomos recebidos por diretores setoriais do Nara (National Archives & Record Administration) que nos apresentaram o as instalações da instituição e nos forneceram as informações introdutórias para o desenvolvimento das nossas atividades, com a atenção especial de William A. Mayer, Executive Director of Research Services, que é responsável pelo Arquivo Nacional em Washington e quinze outros arquivos em várias partes dos Estados Unidos.  Na ocasião recebemos do Nara uma sala exclusiva para as nossas atividades durante esta parceria, fato inédito na instituição.
Na terça-feira no período da manhã fomos conhecer as Instalações do National Security Archives (sediado na George Washington University). Na ocasião, fomos recebidos por Peter Kornbluh, um dos diretores e analista sênior da instituição e assessor da Comissão Nacional da Verdade no Brasil. Entre outras atividades, Kornbluh é autor do livro The Pinochet File: A Declassified Dossier on Atrocity and Accountability. O livro foi considerado pelo Los Angeles Times como o melhor livro publicado nos EUA em 2003.
Ainda no dia 4, a pesquisadora e ativista brasileira Janaina Teles fez uma apresentação sobre o seu livro Mortos e desaparecidos políticos: reparação ou impunidade que relata as atrocidades cometidas pela ditadura militar brasileira, inclusive contra a sua própria família. Janaina Telles tem auxiliado a Comissão Municipal da Verdade de São Paulo e a sua obra tem desempenhado um importante papel nesse processo. Kornbluh ofereceu em sua residência um jantar para os professores james Green, Sidnei Munhoz, Janaina Telles e Nina Schneider da Universität Konstanz (Alemanha). A professora alemã tem estudado o regime ditatorial brasileiro e a atual Comissão Nacional da Verdade. A recepção foi fantástica e Kornbluh mostrou-se um verdadeiro chef. Tudo Impecável!!!
Na quarta feira pela manhã tivemos uma reunião de orientação dos procedimentos técnicos do Nara coordenada por David Langbert, arquivista com trinta cinco anos de experiência e a pessoa responsável para os arquivos com o código 59, que são todos os documentos produzidos pelo Departamento do Estado, que se enfileirados totalizam 709 kilometros de material.
Após a reunião a equipe iniciou efetivamente os trabalhos de consulta e de digitalização dos documentos produzidos pela diplomacia dos EUA sobre o Brasil no período que antecede o Golpe civil-militar de 1964 e sobre os primeiros anos da ditadura. A documentação está organizada em dois grandes acervos: um relacionado à documentação produzida pelo Departamento de Estado ou por ele recebida da embaixada e dos consulados dos EUA no Brasil; o outro é composto por documentos de diferentes origens e distintos órgãos governamentais ou de instituições civis dos EUA. Toda a equipe está muito animada com o projeto que a cada dia ganha uma dinâmica mais poderosa e envolvente.
Na sexta-feira dia 7, os professores James Green e Sidnei Munhoz e os estudantes do Programa de Pós-graduação em História da UEM Priscila Borba e Antonio Bianchett foram recebidos na embaixada do Brasil em Washington. Participou ainda da reunião a estudante Emma Wohl da Brown que falou em nome dos estudantes estadunidenses envolvidos no projeto. Na embaixada fomos recebido por Pedro Saldanha, conselheiro da Divisão de Educação, Raphael Tosti, chefe da Divisão Cultural e por Maricy Schmitz , assistente técnica da Divisão de Educação.
Na ocasião falamos sobre a importância do projeto e pedimos o apoio do governo brasileiro para a continuidade dessa atividade. Fomos recebidos com simpatia e cordialidade pela equipe da embaixada que demonstrou grande entusiasmo pelo projeto e ficou de encaminhar os resultados do encontro ao embaixador que se encontrava em viagem.

Segue abaixo a relação da equipe toda vinculada ao projeto: 
James Green (Coordenador); Sidnei Munhoz (Coordenador); Estudantes da Brown University: Adam Waters; Emma Wohl; Michael Hoffmann; John Ford Beckett; Kevin Leitão; André Pagliarini; Erika Manouselis; Clemente Ben Vila; Nicole Cacozza; 
Estudantes da UEM: Antonio Batista Bianchet Jr.; Priscila Borba da Costa

LEGENDA DA FOTO NA EMBAIXADA:

Da esquerda para direita: Raphael Tosti (Segundo Secretário), Antonio Bianchet (pesquisador - UEM), Emma Wohl (pesquisadora - Brown), Sidnei Munhoz (Professor responsável pelo projeto - UEM), James Green (Professor responsável pelo projeto - Brown), Priscila Borba (pesquisadora - UEM), Pedro Saldanha (Conselheiro da Embaixada), Maricy Schmitz (Assistente técnica da Seção de Educação).

Los Hermanos voltam aos velhos vicios (nos os seguiremos, conforme o costume...)

Argentina perde reservas e vai retomar protecionismo

Valor Econômico, 10/07/2013
Pressionada pela queda contínua de reservas cambiais, a Argentina deve retomar barreiras protecionistas, encerrando a trégua que marcou o comércio exterior do país nos últimos meses. A reversão de política, que vai começar ainda neste mês, segundo previsões de consultores, deve ser tema da reunião de cúpula do Mercosul em Montevidéu, na sexta-feira, com presença da presidente Dilma Rousseff e dos presidentes da Argentina, Uruguai, Venezuela e Bolívia.
A Argentina flexibilizou neste ano o comércio em função da perspectiva do aumento de 20% na safra de soja e do reaquecimento do mercado de automóveis no Brasil. Mas as vendas ao exterior subiram muito menos que as importações. De janeiro a maio, as exportações cresceram 4%, atingindo US$ 33,2 bilhões; e as importações alcançaram US$ 29,5 bilhões, com aumento de 12,8%. Os dados de junho não foram divulgados, mas a presidente Cristiana Kirchner estimou ontem um superávit de US$ 4,9 bilhões no semestre.
Para tentar conter a queda das reservas, o governo argentino lançou programa de anistia para quem repatriar recursos de origem não declarada. Na primeira semana em vigor os resultados foram modestos: US$ 1,06 milhão ingressaram. A expectativa é trazer de US$ 2 bilhões a US$ 6 bilhões em três meses.As reservas, em queda, somam US$ 37,2 bilhões, suficientes para pagar apenas 5 meses de importações. Há um ano, quando eram US$ 48 bilhões, cobriam 6,5 meses. (No Brasil, reservas de US$ 370 bilhões cobrem 19 meses).
"O problema é que o setor mais dinâmico das exportações argentinas é o de industrializados para o Brasil, sobretudo automóveis, que demandam muitas importações", comenta Jorge Vasconcelos, economista da Fundação Ieral. Cálculos do governo indicam que 80% das empresas industriais importam insumos.
Em 2012, as barreiras comerciais foram generalizadas: criou-se uma declaração sem a qual nenhuma importação podia ser concretizada. Mesmo sendo do Mercosul, o Brasil foi o país mais atingido. "Se o mesmo modelo for adotado neste ano, o Brasil novamente será o país mais afetado", prevê Ricardo Delgado, da consultoria Analytica.

Cenário economico mundial preocupante; para o Brasil "desesperante"? - Editorial Estadao

Cenário ruim, Brasil pior

10 de julho de 2013 | 2h 09
Editorial O Estado de S.Paulo
O Brasil deixou de ser um gigante adormecido e tornou-se um gigante emperrado, impedido de crescer mais rapidamente pela qualidade baixa de sua política econômica. O contraste cada vez mais sensível entre a economia brasileira e a de outros países emergentes foi ressaltado mais uma vez na revisão das projeções globais do Fundo Monetário Internacional (FMI). A economia mundial deverá crescer 3,1% neste ano e 3,8% no próximo - 3,3% e 4% no panorama divulgado há três meses. De novo o mundo será rebocado principalmente pelos países emergentes e em desenvolvimento, embora a expansão deste grupo (5% em 2013 e 5,4% em 2014) deva ser menor do que a projetada há três meses. A piora nas previsões para o Brasil foi bem mais acentuada, de 3% para 2,5% e de 4% para 3,2%.
Os números ainda são pouco maiores que os coletados na semana passada pelo Banco Central (BC) em consulta a cerca de uma centena de instituições financeiras e consultorias: 2,34% e 2,8%. O próprio BC já diminuiu de 3,1% para 2,7% o crescimento estimado por seus economistas para este ano.
Todos os grupos de países terão, segundo as novas contas, desempenho pior que o previsto no Panorama da Economia Mundial divulgado em abril, na reunião de primavera do FMI. Os emergentes da Ásia, incluídos China e Índia, também deverão crescer pouco menos do que se calculava. Agora se prevê para a China, a locomotiva mais dinâmica de um mundo em crise, um crescimento igual ao do ano passado, de 7,8%. A pior perspectiva continua sendo a da zona do euro: mais um ano de recessão. Agora se estima para 2013 uma contração de 0,6%, pouco menor que a do ano passado, quando o produto bruto do bloco encolheu 0,8%.
A melhor novidade no mundo rico é a recuperação, lenta, mas aparentemente firme, da economia americana, com expansão prevista de 1,7% neste ano e de 2,7% em 2014. Os dados de emprego e de investimento têm alimentado algum otimismo em relação aos Estados Unidos, apesar do aperto fiscal. Uma política mais expansionista poderia ser adotada, se governo e oposição chegassem a um acordo sobre o ritmo de ajuste da economia e sobre os critérios de cortes de gastos.
De toda forma, novos números positivos deverão funcionar como senha para o Fed, o banco central americano, iniciar a redução dos estímulos monetários ao crescimento. Nesse caso, todos terão de se ajustar a um ambiente financeiro internacional menos favorável, com menor oferta de recursos. A mera perspectiva de mudança na política do Fed já causou agitação nos mercados cambiais, com valorização do dólar e sinais de maior dificuldade para o financiamento das economias emergentes.
O Brasil já foi afetado por essas alterações no cenário financeiro. Também tem sido prejudicado, como todos os demais países, pela estagnação econômica no mundo rico e, de modo especial, pela desaceleração da economia chinesa. Mas a maior parte dos problemas do Brasil é de fabricação própria, embora o discurso oficial tenda a culpar o resto do mundo, principalmente os países ricos, pelos infortúnios brasileiros. Essa conversa, nesta altura, só pode convencer pessoas excepcionalmente mal informadas.
O Brasil, comentou nessa terça-feira o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, deve estar muito próximo de seu limite de potencial de crescimento. Nenhum número foi citado, mas vários estudiosos, tanto brasileiros quanto estrangeiros, têm apontado um limite próximo de 3%.
A economia até poderá crescer mais que isso, mas o esforço acabará resultando em desajustes mais graves - maior inflação, maior déficit nas finanças públicas e maior buraco nas contas externas. Não se evitará essa armadilha com mais estímulos ao consumo, mas com mais controle fiscal e mais investimentos - na infraestrutura e na formação de mão de obra, exemplificou Blanchard. Ele repetiu uma recomendação bem conhecida e até agora desprezada pelo governo. O custo dessa teimosia deve ser evidente para todos.

Um governo de mentirosos? Obama na berlinda - Bob Bauman

A Congregation of Liars

By Bob Bauman JD, Asset Protection and Offshore Editor

Dear Paulo Roberto,

Parliament of Whores is the title of P.J. O’Rourke’s 1991 classic political humor book. Subtitled A Lone Humorist Attempts to Explain the Entire U.S. Government, it is a scathing critique of the American system of government from a conservative perspective.

If O’Rourke wrote a companion volume describing the current administration, I think an apt title might be A Congregation of Liars.

Rarely, in so short a span of time, have so many officials of an American administration engaged in so many blatant deceptions, distortions, fables, falsehoods, outright fraudulence … and even perjury.

Prevarication seems endemic in this administration, from the president and the attorney general down to the White House press secretary and national security officials.

And the sheer audacity of the deception on display is breathtaking…
Asked during a U.S. Senate Intelligence Committee hearing in March whether the National Security Agency (NSA) collected data on millions of Americans, James Clapper, the director of National Intelligence, replied: “No, sir.”

This blatant falsehood was committed in front of one of the congressional committees charged with oversight of surveillance programs — oversight President Obama and other NSA defenders falsely claim is one of the “safeguards” against NSA abuse.

So obvious was his lie after the revelations of NSA domestic-snooping whistleblower Edward Snowden, Clapper was forced to admit that his statement was, in his words, "clearly erroneous" and he apologized.

As Glen Greenwald of The Guardian points out: “Intentionally deceiving Congress is a felony, punishable by up to five years in prison for each offense. Reagan administration officials were convicted of misleading Congress as part of the Iran-contra scandal and other controversies, and sports stars have been prosecuted by the Obama DOJ based on allegations they have [lied]”.

Yet, put aside for a moment that this massive, secret surveillance of all of our emails, phone calls and financial records violates our constitutional rights. I have commented about that before.

I want you to consider what a government of lies means to each of us, and to America’s future, when our government officials, led by the president of the United States, routinely lie to us, intentionally and repeatedly. At worst, this destroys whatever trust we have in a government that now controls much of our lives. It engenders fear, disrupting our personal ability to plan our lives, our businesses and to move forward. Living under lies means we can never be certain about our future and what the government will do to us.

But We Are Not Naïve

Now, I’m not naïve enough to believe that outrageous statements and charges made during presidential and other election campaigns haven’t become standard fare. Many of us have recognized these are phony and meant to mislead.

What I am referring to are the repeated false or evasive statements over the last five years by President Obama and officials of his administration about critical national and foreign policy issues. To wit:
  • “What I can say unequivocally is that if you are a U.S. person, the NSA cannot listen to your telephone calls and the NSA cannot target your e-mails,” Obama said in a June 17 interview on PBS’s Charlie Rose Show.” That was a lie.
  • Such lies are not new. A Washington Post article by Greg Miller states: "Details that have emerged from the exposure of hundreds of pages of previously classified NSA documents indicate that public assertions about these programs by senior US officials have also often been misleading, erroneous or simply false."
  • And what about the pack of official lies concerning ObamaCare and the terrorist attack on the U.S. consulate in Benghazi? And don’t forget about the fast and furious gun running in Mexico by the Justice Department and Attorney General Holder’s lies to Congress about his role in wiretapping members of the press.
We, no doubt, like to think that we are superior to the Depression-ravaged Germans who were duped by Adolf Hitler and his “Big Lie” technique. We won’t fall for the Big Lie, we think. But ask yourself this: Aren’t most Americans being deceived by this multitude of government lies, unwitting victims of planned deception in which a lazy media is complicit? When we knowingly or in ignorance accept a government of falsehood, we allow those who lie to expand their power over our lives, to consolidate that power and expand their control. Unless we have the truth, we are unable to challenge the deceivers and end their domination – something we must do to reassert our freedoms and save our country.
As chairman of the Freedom Alliance, I have been consistently providing my readers with reliable, hard facts they can use to make personal and financial decisions in the midst of this cauldron of lies. Based on my public service and research, as well as my travels and contacts worldwide, I have endeavored to provide unvarnished truth in my essays, monthly reports, special alerts and interviews.
There was a time when a government official habitually lying to constituents about matters of great import was unthinkable. Times have changed. I not only truly believe in the old saying “the truth will not only set you free,” but also that it will keep you free. And the need for it has never been greater.
The hour is late for America. We must all do whatever is in our power to resist the Big Lie.

Faithfully yours,

Bob Bauman, J.D.
Chairman, Freedom Alliance

A writer's inspiration (and a tool) for better technique at writing books for Kindle - Nancy Hendrickson

Acabo de comprar na Amazon, e já comecei a ler, este livro desta autora:


Placed on Tuesday, July 9, 2013

Nancy Hendrickson:

Kindle Edition
Sold by Amazon Digital Services, Inc. 
$3.99

Item(s) Subtotal:
$3.99
Tax Collected:
$0.00
Grand Total:
$3.99

Ela envia, a todos os compradores, um presente diário para inspirá-los na escrita, na reflexão, na paixão pela escrita. Eis a primeira pílula:


Welcome to Day #1

Today's Writing Inspiration

A word is dead
When it is said,
Some say.
I say it just begins
to live that day.

- Emily Dickinson

I couldn't agree more. Writing your words and then speaking them give them a life that can live across the ages. 
When thinking about your book, poem or story today, remember that you're writing more than "just words".  Your words are an "energy" that can flow out across time and space.
What energy can you feel emanating from your work? Describe it.
And because Emily inspires me too - I wrote this in her honor. 

An Homage to Ms. Dickinson
The bottlebrush is filled with bees
Emily would be so pleased.
Buzzing, darting stem to stern
Nectar sweeter with each turn.

O Brasil enlouqueceu ou se trata apenas de impressao minha? Acho que nao...

Perguntar não ofende: sou eu que estou ficando maluco, ou será que o Brasil endoidou de vez?
Não, não quero dizer os brasileiros, em geral, esses parece que estão bem, tanto que fazem manifestações de protesto pelos bons motivos (não para quebrar coisas, nem para pedir passe livre, como esses meninos maluquinhos da esquerda esquizofrênica).
Eu quero dizer que os políticos, em geral, e todos eles em particular, ficaram malucos. Como também existem juízes malucos, e como parece que o governo endoidou de vez, não sobrou nenhum dos três poderes da República sãos, sadios, razoáveis e bem comportados para dirigir a nação.
Vamos ter de aplicar a guilhotina em alguns tantos, para ver se sobra alguém com a cabeça no lugar...
Se não acreditam, vejam estas chamadas de notícias.
Ou eu estou maluco, ou os atores, personagens e responsáveis por essas matérias enlouqueceram de verdade:


Posted: 09 Jul 2013 05:58 PM PDT
Nas últimas semanas, ministro da Educação deu as cartas no núcleo político da presidente Dilma; mas ideia de plebiscito com constituinte exclusiva para reforma política foi esvaziada no Judiciário e derrubada pelos líderes partidários na Câmara; programa Mais Médicos, que Aloizio Mercadante anunciou, desperta estado de greve entre profissionais de saúde de todo o País; "É o AI-5 da Medicina".


Posted: 09 Jul 2013 09:36 AM PDT
A greve chapa branca marcada para esta quinta-feira pela CUT,  emplacará uma novidade na história universal, porque será a primeira greve a favor do governo. . Nem Lênin pensou nisto, muito menos seu releitor gaúcho mais conhecido, o governador Tarso Genro, autor de "Lênin, coração e mente".

Posted: 09 Jul 2013 07:24 AM PDT
O jornalista político Carlos Chagas, um dos mais conhecidos do País, pai da jornalista petista e ministra da Informação, Helena Chagas (uma espécie de Rasputin da presidente petista Dilma Rousseff), escreveu uma coluna muito intrigante na quinta-feira passada, cheia de insinuações. É preciso ler nas entrelinhas, embora Carlos Chagas pareça estar passando um recado. Leia : - A presidente


Posted: 09 Jul 2013 09:15 AM PDT
A charge ao lado é do Herald Tribune. - O Marco Regulatório do PT submete a Web ao controle do governo. Atividades como as do editor, serão submetidas a censura e patrulhamento oficial, inviabilizando seus serviços.  O governo federal do PT resolveu aproveitar a repercussão do caso de espionagem eletrônica promovida pelo governo americano, para investir mais uma vez sobre o Congresso


Posted: 09 Jul 2013 10:49 AM PDT
Diante dos protestos mais recentes de rua, o governo desistiu de substituir o avião luxuoso comprado por Lula. O Aerodilma ficará para outra ocasião. Não foi a bordo do seu luxuoso avião que a presidente se importou com o uso abusivo de jatinhos da FAB A presidente Dilma Rousseff disse a interlocutores que não quer mais nem ouvir falar em uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)

Posted: 09 Jul 2013 12:46 PM PDT
O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ) começou a coletar nesta terça-feira  assinaturas para apresentar uma nova proposta de emenda à Constituição, a ‘PEC do Ministério’. O texto limita a 20 o número de ministros que um presidente da República pode nomear. Se fosse aprovada, a emenda forçaria Dilma Rousseff a livrar-se de 19 dos seus atuais 39 ministros. .

Posted: 09 Jul 2013 12:46 PM PDT
Líderes garantiram que farão a reforma política ainda este ano e que referendo sairá junto com eleições de 2014, mas novidades só serão eficazes no pleito de 2016. A maioria dos líderes da Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira (9) descartar a realização de um plebiscito para discutir uma reforma no sistema político brasileiro com efeitos para as eleições de 2014.

Posted: 09 Jul 2013 05:23 PM PDT
As empresas TIM, Vivo e Leão Alimentos e Bebidas Ltda, uma das fabricantes da Coca-Cola, divulgaram posicionamento sobre as multas aplicadas nesta terça-feira pelo Ministério da Justiça. Elas terão dez dias para questionar a decisão junto à Secretaria Nacional do Consumidor. As três companhias receberam multa do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça.

(da coluna diária do jornalista gaúcho Políbio Braga)

Durma-se com um barulho desses.
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Parem o Brasil que eu quero descer (aliás, já desembarquei...)