Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
domingo, 7 de setembro de 2014
A Super Mafia, em todos os seus estados (petralhas, claro)
A obsessão antiamericana de Samuel Pinheiro Guimaraes - Paulo Roberto de Almeida
sábado, 6 de setembro de 2014
O Petrolao dos companheiros: um super-Mensalao - Reinaldo Azevedo
Em campanha em Brumado, cidade baiana a 555 quilômetros ao sul de Salvador, Marina Silva classificou de “ilação” a citação ao ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em 13 de agosto, no depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, que aceitou negociar os termos de um acordo de delação premiada com a Justiça.
Segundo Marina, “o fato de haver um investimento da Petrobras em Pernambuco não dá o direito, a quem quer que seja, de colocar Campos na lista dos que cometeram irregularidades” na estatal. “Todo o Brasil aguarda as investigações dos desmandos da Petrobras, que estão ameaçando o futuro da empresa e do pré-sal”, disse Marina. Para ela, o governo deve explicar a má governança na Petrobras, “levando a empresa que foi sempre exitosa e respeitada dentro e fora do Brasil a quase uma total falência.”
Marina ainda ironizou os recentes ataques de Dilma Rousseff (PT), presidente da República e candidata à reeleição, que critica a suposta falta de prioridade que Marina dá à exploração de petróleo. “Quem está ameaçando o pré-sal não somos nós. Vamos manter a exploração no pré-sal e usar os recursos para a saúde e educação. Quem ameaça o pré-sal é a corrupção que está assolando a Petrobras.”
O candidato a vice-presidência na chapa de Marina, Beto Albuquerque, também defendeu Campos das acusações. “Repudio as ilações e a vilania que estão tentando fazer contra Eduardo Campos depois que ele morreu. Quando ele estava vivo, não tinham coragem de enfrentá-lo. Agora, começam a levantar acusações, como se ele pudesse se defender.”
Por meio de comunicado, a assessoria do PSB afirmou que não se manifestará sobre a menção a Campos no depoimento do ex-diretor da Petrobras. Dentro do partido, a avaliação é a de que Paulo Roberto Costa não apresentou provas concretas contra o ex-governador de Pernambuco. “Apenas jogaram no ar o nome de uma pessoa que já morreu, é um absurdo”, comentou um auxiliar.
Até o momento, Costa afirmou que três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da Petrobras. Entre os nomes elencados por Costa estão os ex-governadores Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, Campos, de Pernambuco, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, além do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Os nomes das autoridades com foro privilegiado já foram encaminhados ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável por levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A presidente-candidata Dilma Rousseff chamou de “especulação” as revelações de distribuição de propina a parlamentares e aliados do governo federal, detalhados com exclusividade na edição de VEJA deste fim de semana. Em ato de campanha em São Paulo, ela afirmou que “tomará as providências cabíveis” sobre o depoimento do ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, que aceitou negociar os termos de um acordo de delação premiada com a Justiça.
“Acredito que precisamos ter dados oficiais dessa questão. A própria revista que anuncia este fato diz que o processo está criptografado, guardado dentro de um cofre e que irá para o Supremo. Eu gostarei de saber direitinho quais são as informações prestadas nessas condições e te asseguro que tomarei as providências cabíveis. Não com base em especulação. Eu quero as informações. Acho que elas são essenciais e são devidas ao governo, porque, caso contrário, a gente não pode tomar medidas efetivas”, disse Dilma.
Até o momento, Costa afirmou que três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da Petrobras. Entre os nomes elencados por Costa estão os ex-governadores Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, Eduardo Campos, de Pernambuco, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, além do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Os nomes das autoridades com foro privilegiado já foram encaminhados ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável por levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A equipe da campanha de Dilma à reeleição, assim como a de seus principais rivais, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), passaram a noite desta sexta-feira discutindo o impacto das denúncias de corrupção. Entre aliados de Dilma, a avaliação é a de que, por envolver aliados diretos do governo federal, parlamentares alinhados ao Palácio do Planalto e até um ministro de Estado, as revelações do ex-diretor da Petrobras causarão danos à campanha da presidente-candidata.
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou neste sábado que as revelações de distribuição de propina a parlamentares e aliados do governo federal, detalhados com exclusividade na edição de VEJA deste fim de semana, equivalem a um novo mensalão, até então o maior esquema de corrupção desde a redemocratização. “O Brasil acordou hoje perplexo com as mais graves denúncias de corrupção na nossa história recente. Está aí o mensalão 2. É o governo do PT patrocinando o assalto às nossas empresas públicas para a manutenção do seu projeto de poder”, disse Aécio em um vídeo publicado em seu canal de campanha no YouTube.
Ao participar de ato público na cidade de Presidente Prudente, em São Paulo, Aécio afirmou que a presidente Dilma Rousseff, que já ocupou o Ministério de Minas e Energia e foi presidente do Conselho de Administração da estatal, não pode alegar que desconhece o megaesquema de corrupção na Petrobras. A tese do “eu não sabia” foi utilizada pelo ex-presidente Lula para tentar se desvincular do escândalo do mensalão. “A atual presidente da República controlou com mão de ferro essa empresa ao longo dos últimos 12 anos. Foi ministra de Minas e Energia e presidente do Conselho da Petrobras. Foi ministra da Casa Civil. É inadmissível ela alegar desconhecimento sobre isso, a exemplo do que fez seu antecessor com o mensalão”, declarou o candidato.
“Durante os últimos 9 anos, o mensalão continuou a existir nesse governo. Agora ele é financiado pela principal empresa pública do país, a Petrobras. Poucas vezes na história deste país assistimos a tanta desfaçatez. É algo extremamente vergonhoso”, afirmou ele em Presidente Prudente.
Até o momento, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, em um acordo de delação premiada, que três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal. Entre os nomes elencados por Costa estão os ex-governadores Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, Eduardo Campos, de Pernambuco, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, além do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Os nomes das autoridades com foro privilegiado já foram encaminhados ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável por levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em vídeo postado na internet, Aécio Neves cobrou investigações profundas sobre o caso. No Congresso Nacional, a oposição vai pressionar por uma convocação extraordinária da CPI mista da Petrobras para analisar as novas denúncias. “É fundamental que essas investigações possam ir ainda mais a fundo para que os verdadeiros responsáveis pelo assalto às empresas brasileiras sejam punidos de forma exemplar. Estamos disputando essas eleições contra um grupo que utiliza dinheiro sujo da corrupção para manter-se no poder. Por isso eu acredito que chegou a hora, de forma definitiva, de darmos um basta nisso e tirarmos o PT do poder”, afirmou Aécio Neves no vídeo em que comenta a reportagem de VEJA.
Além da campanha do tucano, as equipes da petista Dilma Rousseff e da ex-senadora Marina Silva passaram a noite desta sexta-feira em reuniões internas para analisar os efeitos das denúncias de corrupção. Eduardo Campos, citado por Costa, era o cabeça de chapa de Marina Silva antes de morrer em um acidente aéreo no dia 13 de agosto e, por isso, o partido avalia ser inevitável que as acusações respinguem na nova candidata. No bunker petista, o ministro da Comunicação Social, Thomas Traumann, acompanha de perto os desdobramentos do caso e também entre aliados de Dilma a avaliação é a de que, por envolver aliados diretos do governo federal, parlamentares alinhados ao Palácio do Planalto e até um ministro de Estado, as revelações do homem-bomba da Petrobras causará danos à campanha da presidente-candidata.
Across the Empire, 2014: postagens no blog Diplomatizzando sobre a viagem pelos Estados Unidos (so far...)
Across the Empire (10): em Portland, buscando cultura...
Um vigilante do museu tirou esta foto minha e de Carmen Lícia, no grande lobby de entrada:
Depois eu tirei esta foto de Carmbem Lícia junto a uma carroça típica dos pioneiros que colonizaram a região.
Oregon tornou-se uma importante região produtora de vinhos, dos melhores aparentemente, similares aos da Califórnia. Só lamentei não ter vinho para comprar no museu: um vinho que tirou nota 9 (sobre 10) num concurso internacional foi um Pinot Noir de 2008. Preciso ir atrás dele...
O aspecto que eu mais valorizo, como todos sabem, é a leitura e a educação. Na seção destinada ao retorno dos GIs locais, os soldados que retornaram da II Guerra Mundial, existe uma informação sobre as caixas de livros que eles recebiam enquanto estavam nas frentes de combates, ou em tarefas de vigilância, e dispondo de tempo morto entre suas missões. Caixas e mais caixas de livros foram expedidas às frentes de guerra.
Na volta, todos os soldados puderam se inscrever em universidades com bolsas federais. Aqui está o que escreveu a respeito o conhecido humorista Art Buchwald, sobre sua inscrição em cursos de terceiro ciclo:
Bem, depois fomos ao bairro chinês, e comemos por lá. Agora vamos sair novamente, e terminar o dia numa das maiories livrarias do mundo: Powell's, um quarteirão inteiro de livros. Parece que tem mais de um milhão. Acho que só vou comprar 3 ou 4, e ver 0,0001% da livraria...
Paulo Roberto de Almeida
Portland, 6 de setembro de 2014
Megacorrupcao atinge os partidos do governo: impressionante a lama dedezenas de politicos (Veja)
Veja, sábado, 6 de setembro de 2014
Paulo Roberto Costa começa a revelar nomes dos beneficiários do esquema de corrupção da Petrobras
• Sergio Cabral, Roseana Sarney, Eduardo Campos, Renan Calheiros e Edison Lobão estão entre os citados nos depoimentos do ex-diretor da Petrobras
Rodrigo Rangel - Veja
Preso em março pela Polícia Federal, sob a acusação de participar de um mega esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa aceitou recentemente os termos de um acordo de delação premiada – e começou a falar.
No prédio da PF em Curitiba, ele vem sendo interrogado por delegados e procuradores. Os depoimentos são registrados em vídeo — na metade da semana passada, já havia pelo menos 42 horas de gravação. Paulo Roberto acusa uma verdadeira constelação de participar do esquema de corrupção.
Entre eles estão os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Do Senado, Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e Romero Jucá (PMDB-RR), o eterno líder de qualquer governo. Já no grupo de deputados figuram o petista Cândido Vaccarezza (SP) e João Pizzolatti (SC), um dos mais ativos integrantes da bancada do PP na casa. O ex-ministro das Cidades e ex-deputado Mario Negromonte, também do PP, é outro citado por Paulo Roberto como destinatário da propina. Da lista de três “governadores” citados pelo ex-diretor, todos os políticos são de estados onde a Petrobras tem grandes projetos em curso: Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio, Roseana Sarney (PMDB), atual governadora do Maranhão, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à Presidência da República morto no mês passado em um acidente aéreo.
Paulo Roberto também esmiúça a lógica que predominava na assinatura dos contratos bilionários da Petrobras – admitindo, pela primeira vez, que as empreiteiras contratadas pela companhia tinham, obrigatoriamente, que contribuir para um caixa paralelo cujo destino final eram partidos e políticos de diferentes partidos da base aliada do governo.
Sobre o PT, ele afirmou que o operador encarregado de fazer a ponte com o esquema era o tesoureiro nacional do partido, João Vaccari Neto, cujo nome já havia aparecidao nas investigações como personagem de negócios suspeitos do doleiro Alberto Youssef.
Conheça, nesta edição de VEJA, outros detalhes dos depoimentos que podem jogar o governo no centro de um escândalo de corrupção de proporções semelhantes às do mensalão.
.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-
Caiu a República (coluna Esplanada)
Com informações sigilosas do MP, a Polícia Federal se mobiliza para nova grande operação, a Lava Jato 3, que vai mandar para a cadeia uma penca de assessores, familiares e políticos sem mandato. Na quinta-feira, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Pires abriu o jogo: Pelo menos 70 parlamentares – entre deputados, senadores e um governador – da base aliada receberam propina dele. O caderninho foi entregue e o depoimento gravado em vídeo. Assim que se encerrarem os depoimentos, Pires será solto e livre de processos. Mas por determinação judicial, retido em casa no Rio. Sérgio Cabral, Roseana Sarney, Eduardo Campos, Renan Calheiros estão entre os citados (Balanço prévio. O PT e sua base estão indo para o saco mortuário. É o que se depreende não só das pesquisas eleitorais, mas da delação premiada do ex-diretor. Toda a base está envolvida.
Parem as máquinas! Até a imprensa envolvida. A PF teria gravações do encontro de um conhecido jornalista com o doleiro Alberto Yousseff, no qual o editor de um portal recebeu R$ 240 mil.
Urna ferve. A um mês da eleição, a revista VEJA promete para este sábado trazer a lista dos propinados: seriam governadores, deputados, senadores e um ministro.
,-,-,-,-,-,-,-,-,,-,-,-,-,-,-,-,-,-,-,-,,-,-,-,-,-,-,-,-,-,-