O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

The Economist ponders the chance of the president; thinks she can be winning the party... - and Comments

A Economist acha que o processo de impeachment contra a presidente pode fazê-la sobreviver, e permitir-lhe terminar o mandato. Trata-se, não de uma aposta em seu favor (como muitos leitores desse artigo da Economist interpretaram, inclusive um que acha que a revista deveria passar a chamar-se The Communist), mas de uma visão realista, a partir do Congresso que existe hoje, no Brasil, um conjunto, provavelmente a maioria, de representantes envolvidos em algum tipo de tramoia suja, e que não querem ver acabar o maná do Executivo, e que temem uma extensão ainda maior das investigações sobre a podridão que é o governo, o Congresso e outras instâncias do país.
Leiam o artigo, no link que vai abaixo:

Brazil’s president

Dilma’s disasters

The impeachment proceedings against Dilma Rousseff are bad for Brazil. But they make it more likely that she will remain in power until the end of her term


http://www.economist.com/news/americas/21679516-impeachment-proceedings-against-dilma-rousseff-are-bad-brazil-they-make-it-more

Mas eu gosto mesmo é de ler os comentários dos leitores. Selecionei apenas três na seção de Comments, mas representativos de debatedores de questões reais.
Só não concordo com Plutonian quando ele diz que Lula e seus asseclas representam a maior gang mafiosa do planeta, e a extensão de seus crimes de corrupção ultrapassam qualquer outro na história. Concordo em que seja um dos maiores do mundo, e certamente o maior do Brasil, em escala e dimensão de todas as patifarias conhecidas. Mas não é o maior do mundo.
Para isso recomendo a leitura (tem largos trechos na Amazon) do livro da professora Karen Dawisha, Putin's Kleptocracy, que apresenta a escala impressionante de roubos, rapinagens, assassinatos, desvios, corrupção, numa escala jamais alcançada por qualquer outro regime mafioso no mundo.
Paulo Roberto de Almeida

Comments from The Economist: http://www.economist.com/node/21679516/comments#comments
plutonian
Historians who write about crime will soon start to see that Brazil was the scenario for the most gigantic crime plot ever commited in the world for the enrichment of individuals. A gang of bandits and thieves disguised as a political party - named as PT ("Worker's Party" !!!) - commanded by a semi-illiterate rabble-rouser named Luis Inacio Lula da Silva, generally known as Lula.
Under his helm the PT, posing as a "light" version of a communist party, fooled the miserable, the poor and the unions along with the imbecilized leftist Brazilian academia and stupid student organizations, finally took control of a rich state with an elaborate plan to enrich its members and its key supporters. They also acted dilligently to perpetuate themselves in power basically by buying the votes of the miserable illiterate masses of Brazil for peanuts and most of the Congressmen with favor$ and by installing their apparatschiks in the civil service to control and corrode the most important institutions. All done with other people's (the taxpayers') money, of course.
During 13 years in power, permanently looting the National Treasury, the state companies (usually through fraudulent bidding processes) and their pension funds they pumped (provenly) tens of U$ billions, most likely hundred$, into their personal bank accounts usually located in tax heavens like Switzerland, Luxemburg, Cayman Islands, Bahamas, Hong Kong, etc.
The historians will realize that the Italian, Russian, American and all other Mafias & drug cartels were in comparison just groups of amateurs, of ridiculous gun-toting, racketing idots, who risked their lives and usually ended up dead or in jail. The PT gangsters never ran such risks and will probably even end up with a state pension supported by the Brazilian taxpayers.
And Lula, now a super $$ millionaire and who at times was even being considered for winning a Nobel Peace Prize, in case he ends up not caught by the lazy and lenient Brazilian justice may well go into History as the most brilliant criminal brain that mankind ever produced.

Perfect! I agree with you in each of your words.
I worked for a bank in London for 4 years and I remenber one day in our morning meeting when one of my collegues said wonderful things about Lula... It´s a fact that, in general, Europeans have good values and a positive and respectful view about Brazil. At least this was my experience at that time. However, they also display a certain naivity to deal with south americans of bad character, such as Mr. Lula. We brazilians all knew these PT people were mere populists more interested in getting rich that in improving the country. But Europeans thought Mr. Lula was a great leader doing a great job for the country... Now they think, romanticaly, that an impeachment of Dilma would be bad for the country. They should come and live here a few years to get to know the real country (not the one they imagine it is) before they give their opinion. Getting rid of Dilma is THE best thing for the country at this moment. No doubt about it.

Larslarson
As Plutonian wrote: "the PT, posing as a "light" version of a communist party, fooled the miserable, the poor and the unions ..., finally took control of a rich state with an elaborate plan to enrich its members and its key supporters".I would like to add, again, that this is the same blueprint of Chavez in Venezuela and Kirchner in Argentina. Wich was written in Cuba when Fidel Castro was definitely convinced guerrila wars did not work out. The basic idea is to take control of the state and then use it to perpetutuate yourself in power by any means, in particular plundering state companies funds but also buying out the private sector depending on state contracts with juicy deals.

Uma esquerda formada por debiloides, alienados, alienígenas?

Depois de ler toda esta matéria, publicada em Carta Maior (3/12/2015), e procurado atentamente alguma ideia inteligente para poder pelo menos comentar e manter um diálogo (ainda que unilateral) com aqueles que propõem um "outro tipo de política", para tirar o Brasil da recessão e dos impasses políticos, e de ter procurado outras ideias sensatas nos documentos referenciados ao final, eu não consegui tirar outra conclusão senão a de que todos, eu disse TODOS, os participantes desse seminário eram perfeitos débeis mentais, alienados no mais alto grau, pessoas sem qualquer qualificação para expor alguma ideia, desinteligente que fosse, mas com algum sentido e alguma conexão, mesmo tênue, com a realidade que estamos vivendo.
Não encontrei absolutamente nada, e posso, portanto, voltar a afirmar o que está no título: eles são debiloides, alienados, talvez habitantes de algum outro planeta, mas não desta nessa terrinha redonda (ou quadrada, como gostaria o chefe dos mafiosos).
Ao postar essa churumela aqui, estou contrariando, eu sei, o propósito deste blog, que é o de expor ideias inteligentes, de quaisquer correntes políticas, sem discriminação, para suscitar um debate também inteligente, se possível, sobre políticas públicas, em especial a econômica.
Pois bem, depois de percorrer todo o texto, sou obrigado, como já disse, a chegar a esta conclusão, e me perdõem a grosseria de minhas palavras, mas não há outra constatação possível: os participantes desse seminário são todos debeis mentais.
Seria com esse tipo de gente que os lulopetistas pretendem construir um outro tipo de política econômica para o Brasil? Se entregar o país a eles, eles conseguem destruir o Brasil ainda mais rapidamente do que está fazendo a tropa atualmente no poder.
Paulo Roberto de Almeida

A luta contra o ajuste fiscal está associada à luta contra o golpe

No lançamento do documento 'Por um Brasil Justo e Democrático' no RJ, lideranças progressistas criticam política econômica do governo.


Najla Passos
Marcio de Marco
Quase 300 acadêmicos, intelectuais, militantes, representantes de movimentos sociais, deputados e senadores de partidos progressistas diversos participaram do lançamento do documento “Por um Brasil Justo e Democrático”, promovido pelo Fórum 21, no último dia 27, no teatro da Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. E reafirmaram: a luta contra a política econômica do governo está associada a luta contra o golpe democrático!

Membro da Coordenação Executivo do Fórum 21 e diretor-presidente da Carta Maior, Joaquim Palhares agradeceu a presença de todos e explicou a dinâmica do documento, construído por quase 200 economistas, urbanistas, advogados e profissionais liberais progressistas de todo o país, com o apoio do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, Rede Desenvolvimentista, Fundação Perseu Abramo, Brasil Debate, Plataforma Política Social – Caminhos para o Desenvolvimento, Le Monde Diplomatique Brasil e o Fórum 21.

Presidente da Fundação Perseu Abramo, economista e professor da Unicamp, Márcio Pochmann afirmou que o trabalho busca se contrapor a essa ditadura do curto prazo que impera na execução das políticas públicas e que faz com que o Brasil seja administrado como se fosse uma empresa qualquer do mercado financeiro. “O Brasil perdeu a perspectiva de médio e longo prazo”, justificou.

Segundo ele, mesmo antes do início da recessão, o Brasil já registrava um crescimento médio pífio, dada as potencialidade de um país em desenvolvimento. “A preocupação fundamental nossa, desse conjunto de quase 200 intelectuais que participaram da construção desse documento, é a de oferecer diretrizes de médio e longo prazo. É impossível um país ter rumos, se não considera a questão do planejamento, se não questiona onde é que queremos chegar daqui a 10, 20 anos”, afirmou.

Conforme o economista, vivemos hoje um período de enaltecimento do mercado, em que dizem que não é possível se fazer nada para mudar o quadro, independentemente de partidos e ideologias. “O documento se levanta contra isso, porque é absolutamente necessário recuperarmos a Política com P maiúsculo, que é elemento fundamental para subordinar a economia”, conclamou.

De acordo com Pochmann, são cinco as principais diretrizes que o documento, em constante construção, apresenta para o debate. A primeira se refere à estabilização da economia, mas não por meio da austeridade e do ajuste fiscal, conforme pautado pelo mercado. A segunda é a urgente necessidade de reindustrializar o país. “Na época da redemocratização, a indústria representava cerca de um terço do PIB. Hoje, o peso da indústria não chega a 10%. E não há experiência histórica de país desenvolvido sem indústria”, argumentou.

A terceira visa uma profunda reforma do estado brasileiro. “O Estado que temos hoje não é contemporâneo das necessidades do povo brasileiro. É um estado pesado, patrimonialista, é um estado que precisa de uma reforma. E essa reforma iniciaria reconhecendo que não podemos mais ter um Estado que é muito poderoso para tributar os pobres, mas é uma mãe para os ricos”, observou.

A quarta diretriz, segundo o economista, aponta para uma mudança substancial na relação do estado com o mercado, cada vez mais submetido à ação das máfias que atuam nos orçamentos públicos de diferentes níveis. E, por fim, a quinta diz respeito à profunda transição demográfica pela qual o país está passando. “O Brasil tem hoje 3 milhões de brasileiros com 80 anos ou mais de idade. Daqui a 15 anos, teremos 20 milhões de brasileiros nesta faixa. Este é um Brasil diferente do que temos hoje e, infelizmente, não estamos preparados para esta mudança”, apontou.

Professora de Economia da USP, Laura Carvalho lembrou que o país passa por uma fase em que os conflitos distributivos estão muito acirrados. “Uma recessão é um momento em que a disputa pelas fatias do bolo fica mais acirrada. E o que a gente percebe é que tudo o que foi conquistado pela distribuição de renda está ameaçado. (...) Está evidente que há uma pressão para a redução de direitos”, avaliou.

Segundo ela, o documento lançado se propõe a encarar estes conflitos distributivos do lado certo, do lado dos trabalhadores, do lado daqueles que acreditam que o ajuste fiscal em curso não é a melhor solução para a retomada do crescimento. Para a economista, a importância da esquerda apresentar um projeto de país de longo prazo é decisiva para mudar a narrativa conservadora criada sobre o atual momento político.

“Nós temos uma narrativa a ser construída para o futuro da esquerda no país. Porque a narrativa dominante que temos hoje é a de que tudo fracassou, de que é insustentável distribuir renda e que temos que voltar ao modelo anterior. Esse discurso - que agora é poderosíssimo e, inclusive, conquistou o próprio governo - não só prejudica a economia hoje, mas também prejudica o projeto de esquerda para o país”, argumentou.

Quem são os brasileiros?

O economista e professor da UFRJ, Carlos Lessa, também participou do evento e apresentou sua contribuição ao debate. Segundo ele, duas perguntas fundamentais que precisam ser respondidas pelas forças progressistas que queiram retomar a construção de um projeto popular de país são “o que é o Brasil?” e “quem são os brasileiros?”.

Na avaliação dele, o Brasil é um país eminentemente urbano e metropolitano, enquanto o brasileiro médio é um personagem imensamente criativo que “se vira” para sobreviver e, por isso, não se aproxima do padrão tradicional da classe operária descrito pela literatura marxista, mas sim daquele do pequeno burguês. “O que é o vendedor de sacolé senão o empresário de si mesmo?”

Por isso, o economista acredita que a bandeira progressista mais capaz de aglutinar as pessoas hoje é a luta pela moradia. “Todos sonham com a casa própria”, resumiu. Lessa defendeu também que a cadeia da construção civil movimenta a economia local e nacional, o que envolve ainda mais interesses em torno da pauta. De acordo com ele, a casa própria, ao mesmo tempo que tem uma dimensão puramente capitalista, também tem uma popular, que é o mutirão. “Dar força à ideia da casa própria e à mobilização em torno da construção dessa casa nos dá um pé para construir esse Brasil nacional”, concluiu.

Apoio político

O presidente da Frente Brasil Popular, Roberto Amaral, afirmou que o documento é uma luz para a tragédia da economia, mas lembrou que, por trás dela, há outras tragédias que assolam o país. Segundo ele, os últimos fatos desvelam a miséria da política, a falência dos nossos partidos, a tragédia do setor ponderado da esquerda brasileira que renunciou à ética socialista, que tendo na base da sua ascensão as forças populares, preferiu as negociações por cima, os acordos com o grande capital. “Não há possibilidade de negociação com o grande capital, com as classes dominantes. Getúlio tentou e não deu certo. Lula tentou e não deu certo. Dilma está tentando e não vai dar certo”, alertou.

Para Amaral, o país está enfrentando uma conjuntura que só encontra similaridade na dos anos 30: o avanço de uma direita fascista, que está no Congresso reescrevendo a Constituição e conta com personagens como Eduardo Cunha e Delcídio Amaral. “O mandato da presidenta Dilma foi construído pelas forças populares, que irão continuar apoiando-a, ainda que ela governe para os derrotados. É fundamental para a democracia brasileira preservar o mandato. Nós temos que enfrentar a ameaça da direita do Brasil, que se manifesta em todos os setores da nossa sociedade”, afirmou.

O deputado Wadhi Damous (PT-RJ) acrescentou que qualquer cidadão que vive hoje no Brasil percebe que a política econômica em curso resulta em um governo fraco, um governo sem apoio popular. “Esta política afasta o povo, porque ela é excludente. E nós não podemos ter comandando nossa economia esses setores neoliberais”, afirmou.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) ressaltou que os setores populares precisam se unir e contribuir para que o governo Dilma dê um salto de qualidade. “A política econômica do governo está errada. Nós estamos enxugando gelo (...) Mas nós não podemos abstrair a política. O que nós precisamos é que a Dilma tenha a mesma coragem que nós estamos tendo aqui: ultrapassar esta fase, enfrentar uma agenda nova, que faça uma política de tributação progressiva de fato, que assuma diretrizes de políticas estruturantes”, defendeu.

O senador Lindberg Farias (PT-RJ) lembrou o cenário desolador da economia brasileira. “Nós pagamos, em 12 meses, R$ 510 bilhões em juros da dívida pública para o sistema financeiro. E sabe qual é o orçamento da saúde? R$ 100 bilhões. Nós vivemos uma situação dramática. (...) Não tem outro nome. É uma agenda neoliberal que está sendo aplicada pelo nosso governo. Então, temos que ser muito duros neste debate”, propôs.

Segundo ele, a luta contra o golpe, contra o impeachment, tem que estar associada a luta contra a política econômica. “Se nós mantivermos este rumo, nós não vamos aguentar. São dois tipos de golpe: um é o impeachment. O outro é render a presidenta. E nós não podemos deixar isso acontecer”, observou.

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) também avaliou que os setores progressistas estão sendo tolerantes demais com fatos intoleráveis, o que aprofunda a crise de representatividade. “Não tolero mais que se levante o estandarte de companheiros que prevaricaram e desmoralizaram a política brasileira. Não posso acreditar que falemos em pressão popular quando não damos nenhum ponto de apoio para que essa pressão se realize. Eu não posso acreditar que a gente consiga conscientizar massas e avançar com o movimento popular, do jeito que a esquerda vota no congresso nacional. Sob o pretexto de que nós temos o governo que temos - e que o outro seria pior, nós estamos deixando de ser referência. Vamos esperar que a Dilma mude? Então, oremos”, provocou.

Conforme o parlamentar, o embate em curso, em que o capital tenta ocupar todos os espaços da política, não se dá só no Brasil. “Querem que o Estado se transforme na polícia do mundo e que a economia seja gerida por técnicos do capital financeiro”, afirmou. Para ele, o financiamento empresarial de campanha tornou a política promíscua e desmoralizada. “Não é o PT que está envolvido na corrupção. São os parlamentares financiados pelo capital de todos os partidos”, defendeu.


Participação ampla

Também participaram do evento representantes de entidades e movimentos sociais importantes, como o MST, MTST, CUT, Federação Nacional dos Petroleiros, Conselho Regional de Economia, Sindicato dos Jornalistas, dentre outros. O documento “Por um Brasil Justo e Democrático” já foi lançado em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. Nos próximos dias, será lançado em Porto Alegre, Salvador e Recife. Também está disponível na internet.
Confira:
Mudar para sair da crise – Alternativas para o Brasil voltar a crescer (Vol. I) 
O Brasil que queremos – Subsídios para um projeto de desenvolvimento nacional (Vol. II)

Roberto Macedo analisa a LAMA presidencial que invadiu todas as casas do Brasil

A GRANDE DESTRUIÇÃO lulopetista é uma espécie de desastre de Mariana provocada pela Samarco, apenas que numa escala muito maior.

http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,estrategia-para-o-brasil-%E2%80%93-o-ajuste-fiscal,10000003714#

Leia Mais:http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,estrategia-para-o-brasil-%E2%80%93-o-ajuste-fiscal,10000003714
Assine o Estadão All Digital + Impresso todos os dias
Siga @Estadao no Twitter

Leia Mais:http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,estrategia-para-o-brasil-%E2%80%93-o-ajuste-fiscal,10000003714
Assine o Estadão All Digital + Impresso todos os dias
Siga @Estadao no Twitter

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Educacao: gasto publico maior nao melhora a qualidade - Joana Monteiro (RBE, FGV)

Pois é, especialistas já disseram a mesma coisa: não será enfiando mais dinheiro no setor, sem critérios precisos, que a qualidade da educação melhorará.
O problema é a formação deficiente dos professores, que não é só uma questão de dinheiro, e sim de pedagogia correta, ainda que salários mais elevados possam atrair pessoas mais capazes.
Neste link: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/view/41538
Paulo Roberto de Almeida

Gasto Público em Educação e Desempenho Escolar

Joana Monteiro

Resumo

Este estudo analisa a relação entre gasto público em educação e desempenho educacional. Encontra-se que aumentos da despesa municipal em educação estão associados a aumentos da escolaridade da população jovem, mas não há indicações que os municípios brasileiros que mais investiram no setor melhoraram relativamente a qualidade do ensino. Identifica-se o impacto do aumento de despesas no setor avaliando o desempenho educacional dos municípios produtores de petróleo beneficiados com aumentos de receitas de royalties. Encontra-se que esses municípios promoveram um aumento de despesas com educação 13% maior que os municípios costeiros vizinhos, mas não houve reflexos no aprendizado dos alunos.

Palavras-chave

educação; desempenho escolar; gasto público; royalties de petróleo

Texto completo:

PDF

Fundação Getulio Vargas / EPGE - Praia de Botafogo 190, 11º andar - Tel.: (21) 3799-5831

Mesquitas e Night Clubs: uma excelente receita canadense....

Mesquitas convivendo com clubes gays: um bom teste de tolerância...

Hall of Fame broadcaster speaking in Ontario, says:

"I am truly perplexed that so many of my friends are against another mosque being built in Toronto. I think it should be the goal of every Canadian to be tolerant regardless of their religious beliefs.
​ Thus the mosque should be allowed, in an effort to promote tolerance.
That is why I also propose that two nightclubs be opened next door to the mosque;  thereby promoting tolerance from within the mosque.
We could call one of the clubs, which would be gay, "The Turban Cowboy," and the other, a topless bar, would be called "You Mecca Me Hot."
Next door should be a butcher shop that specializes in pork, and adjacent to that an open-pit barbecue pork restaurant, called “Iraq of Ribs".
Across the street there could be a lingerie store called "Victoria Keeps Nothing Secret", with sexy mannequins in the window modelling the goods,​ and on the other side a liquor store called "Morehammered​​​​"​.
All of this would encourage Muslims to demonstrate the tolerance they demand of us. Yes​,​ we should promote tolerance, and you can do your part by passing this on.
And if you are not willing to do so...  ​​It is either past your bedtime, or its midnight at the oasis and time to put your camel to bed.

PEC da bengala: servidores publicos se aposentam compulsoriamente aos 75 anos

Congresso derruba veto sobre aposentadoria aos 75

Derivação da chamada PEC da Bengala, projeto estendeu a todos os servidores públicos ampliação de aposentadoria compulsória dos 70 para 75 anos. Executivo havia visto “vício de iniciativa” na proposição


Jonas Pereira/Agência Senado
Sessão conjunta assegurou trabalho para além dos 75 anos
Deputados e senadores derrubaram, em sessão conjunta do Congresso nesta terça-feira (1º), o veto 46/15 ao Projeto de Lei Complementar 274/15, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que eleva de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória dos servidores públicos. Ao vetar a proposta, a presidente Dilma Rousseff argumentou que o tema deve ser proposto exclusivamente pelo Executivo, uma vez que se trata da aposentadoria de servidores públicos da União. A proposta surgiu após a promulgação, em maio, da Emenda Constitucional 88 de 2015, a chamada PEC da Bengala, que permitiu a aposentadoria nessa idade aos ministros dos tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União (TCU). Em uma primeira votação, os senadores derrubaram o veto por 64 votos a 2. A decisão foi reiterada pelos deputados por 350 votos a 15 (e 4 abstenções).
“Na verdade, o veto aconteceu porque a Presidência da República afirmou que o projeto padece de vício de iniciativa, porque só o presidente poderia trata de aposentadoria de servidores da União. No início deste mês, o STF disse que não há prerrogativa de iniciativa para leis complementares, apenas para leis ordinárias. Isso resolve a questão. Se já existisse essa decisão [do Supremo], com certeza o Palácio do Planalto não teria vetado este projeto”, explicou o senador petista Lindbergh Farias (RJ).
“Mesmo que o Supremo venha a derrubar a decisão dessa Casa, nós já temos pronto o plano B: sou relatora na CCJ uma PEC de autoria do senador Aloysio Nunes [PSDB-SP] dando o direito a todos os servidores a aposentadoria compulsória aos 75 anos”, disse a senadora Ana Amélia (PP-RS), fazendo referência à PEC 97/15.
Esse foi o terceiro veto presidencial apreciado pelo Congresso. Anteriormente o congresso manteve duas outras negativas presidenciais: aquela referente a projeto sobre turismo rural e outra sobre um subprograma de moradia para policiais no âmbito do Minha Casa Minha vida. Na quarta votação, parlamentares derrubaram o veto sobre a regulamentação da profissão de designer.
Encerrada a sessão de vetos, o governo conseguiu o que queria: limpar a pauta de votações conjuntas e permitir que o Congresso vote as matérias orçamentárias e de ajuste fiscal.
Mais sobre PEC da Bengala
Mais sobre vetos

Eles de novo, os macons, tentando me conquistar... Desistam...

Recebi, novamente, o tal convite da Maçonaria do Brasil.
Para tornar mais uma vez clara minha intenção de recusar qualquer convite desse tipo, mandei nova mensagem aos persistentes:

On Dec 1, 2015, at 01:26, SOBRE ENTRAR NA MAÇONARIA <xxxxxxx@xxxxxxx> wrote:

Prezado Amigo,
Recebemos pedido de pessoa de seu âmbito de amizades, solicitando que entremos em contato para que sejam adotadas providências para seu futuro ingresso na Maçonaria.
Após uma rápida avaliação, gostaríamos de informá-lo que ficamos bastante satisfeitos com seu desejo em compartilhar dos estudos de nossos Augustos Mistérios, uma vez que entendemos que um sentimento destes, quando legítimo, é uma poderosa ferramenta a impulsionar um homem de bons costumes para o centro do crescimento e da evolução.
Gostaríamos de deixar claro que este email de resposta trata-se exclusivamente de uma oportunidade de conhecermos você pessoalmente. Pedimos que o amigo entre em contato somente através do email xxxxxxxxxxx@xxxxxxx.com.br o mais breve possível, com nome completo, Cidade/Estado e telefone com operadora e DDD para marcarmos uma entrevista pessoal.
Continuamos a sua disposição para sanar quaisquer dúvidas que possam ocorrer, através de nosso site ..............
Fraternalmente,
Maçonaria do Brasil


Minha resposta: 

    Agradeço o contato, mas não pretendo aderir, tornar-me membro, associar-me, ser associado, afiliado ou simpatizante de nenhum grupo, movimento, ordem, igreja, seita, religião, tribo, casta, clube, nada, de nenhum tipo, em nenhum momento.
    Sou suficientemente independente, como sou, e pretendo preservar essa independência, mas tampouco concordo com os pressupostos da Ordem, nem partilho ou pretendo conhecer mistérios, augustos ou não, de nenhuma espécie.
    Não gostaria de continuar a receber tal tipo de mensagem. Sou irreligioso, e pretendo permanecer inafiliável a qualquer agrupamento desse tipo.
    Agradeço a atenção, cordialmente,
---------------------------
Paulo R. de Almeida
www.pralmeida.org
diplomatizzando.blogspot.com

NET, uma empresa inepta; CLARO, uma empresa incompetente; Combo Multi, a juncao da inepcia com a incompetencia

Vou poupar todo mundo de uma descrição detalhada do inferno que venho enfrentando desde o primeiro dia que, de volta ao Brasil, solicitei serviços telefônicos e de internet de duas empresas oligopolistas, incompetentes, ineptas, relapsas, vagabundas e totalmente podres.
Tenho dezenas, repito DEZENAS de protocolos, dezenas de horas perdidas, incontáveis chamadas registradas e nenhuma solução.
Meu telefone acaba de ser cancelado pela TERCEIRA VEZ, depois de outras tantas vezes interrompido sempre pelos serviços vagabundos dessas duas companhias, que se combinaram para oferecer os piores serviços aos seus clientes.
Vou poupar todos, mas vou repetir:

A NET É UMA EMPRESA INEPTA!
A CLARO É UMA EMPRESA INCOMPETENTE!
A COMBO MULTI É A JUNÇÃO DA INÉPCIA COM A INCOMPETÊNCIA!

Repetindo:

A NET É UMA EMPRESA INEPTA!
A CLARO É UMA EMPRESA INCOMPETENTE!
A COMBO MULTI É A JUNÇÃO DA INÉPCIA COM A INCOMPETÊNCIA!

Mais um pouco:

A NET É UMA EMPRESA INEPTA!
A CLARO É UMA EMPRESA INCOMPETENTE!
A COMBO MULTI É A JUNÇÃO DA INÉPCIA COM A INCOMPETÊNCIA!

Ainda:

A NET É UMA EMPRESA INEPTA!
A CLARO É UMA EMPRESA INCOMPETENTE!
A COMBO MULTI É A JUNÇÃO DA INÉPCIA COM A INCOMPETÊNCIA!


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O clima em forma de festa: 180 pessoas na delegacao do Brasil em Paris

Que bonito! Deve ser uma das delegações mais importantes do planeta: quase uma pessoa por  e para cada um dos países membros da ONU, sendo que muitos deles comparecem com delegações mais modestas.
Não seja por isso: o Brasil completa todos os espaços disponíveis nos hoteis e restaurantes e oferece passagens e diárias para todos e cada um deles.
Mas, será que todos vão mesmo receber as suas diárias?
Depois do decreto de contingenciamento, o govern ameaça dar calote nesse tipo de despesa...
Quanto está o euro mesmo?
Paulo Roberto de Almeida


COLUNA ESPLANADA

Paris é uma festa

Representantes da união, estados e municípios estão em Paris para a COP 21, a conferência do clima, com custos pagos pelo contribuinte


Paris é uma festa
cerca de 180 pessoas de delegações brasileiras, representantes da união, estados e municípios estão em Paris para a COP 21 (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Enquanto o país agoniza numa crise político-econômica e ambiental (em Minas e no Espírito Santo), cerca de 180 pessoas de delegações brasileiras, representantes da união, estados e municípios estão em Paris para a COP 21, a conferência do clima, com custos pagos pelo contribuinte. A comitiva do Governo federal soma 40 integrantes, incluindo a presidência e seis ministérios. Do governo de São Paulo são 19 – 13 da Secretaria de Meio ambiente e seis do staff de Geraldo Alckmin. Os governadores do Acre (13 na comitiva) e Mato Grosso (12) levaram suas primeiras-damas.
Press trip
Do Rio, partiu o prefeito Eduardo Paes com cinco jornalistas e 24 na comitiva no total. Quatro foram do Governo do Estado.
Oh, Minas Gerais..
Minas Gerais marca presença em peso. O governador Fernando Pimentel levou 15 pessoas, do gabinete e de estatais.
Cresce a fila
No Senado, foi o líder Cassio Cunha Lima (PSDB-PB) o relator da polêmica MP do caso André Esteves & Eduardo Cunha, com 45 milhões de motivos para dar encrenca.

Livros, livros, à mão cheia, dizia um poeta (ele não tinha problemas para guardá-los)...

O meu problema é que o meu maintenant (com todos os devices eletrônicos para leitura de livros que podem ser imaginados, pelo menos cinco), continua perigosamente como avant, com livros se acumulando por todos os cantos da casa, mesmo os mais desconhecidos...

Mentira tem perna curta? Assim parece... Essa Pasadena que nao passa...

Do site Inteligência Estratégica, de Jorge Hori:
http://iejorgehori.blogspot.com.br/2015/11/omissao-orientada.html

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Omissão orientada

Para os que conhecem a pessoa de Dilma Vana Rousseff , a sua personalidade e seu estilo, sabem que a atitude dela de aprovar uma decisão de compra de uma refinaria sem ter antes estudado é absolutamente improvável e quase impossível. Ela sempre foi "cdf", meticulosa e não ia a qualquer reunião sem pedir informações prévias e estudá-las, deixando mesmo de dormir para isso. Ela jamais iria aprovar uma medida, dentro do Conselho de Administração da Petrobras, sem tê-la analisada detalhadamente.

Desde a apresentação ao público da versão da "decisão com base numa relatório falho e incompleto" , coloquei aqui a única opção possível desse "ponto fora da curva". Ela foi orientada a "ficar fora disso". "Aprove conforme for apresentado" porque é de interesse maior: da Petrobras, do país e, principalmente, do PT". 

E quem teria essa autoridade sobre ela? Quem poderia orientá-la a "não se meter nisso".

O ex-advogado da Petrobras, agora afirmou que, ao analisar a operação, foi orientado a aceitar a minuta apresentada pela Astra e não propor redação alternativa. Ao se recusar, foi afastado e o parecer que ficou no processo não foi o dele

Quem o orientou? E de quem  o diretor que o orientou foi orientado a aprovar, conforme montado pela outra parte?

A prisão do Senador Delcídio do Amaral, pela tentativa de evitar que, na delação premiada, Cerveró contasse a verdade ou uma versão plausível da participação de Dilma na decisão e a reação do Planalto, indica que só restou a esse uma alternativa. Negar e torcer para que Delcídio não opte pela delação premiada. 

A probabilidade do impeachment de Dilma, que havia caído  voltou a subir.   Ela vai conseguir passar as festas de 2015/16 no Alvorada, mas sem comemorar. Ou comemorar como as grandes e últimas.

Douglass North: mais artigos em sua homenagem (ABPHE)

Recebi, da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica e de Empresas, da qual sou membro, estas referências que completam as que eu já tinha colocado neste mesmo espaço, neste link:
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2015/11/uma-lagrima-para-douglass-north-o.html
Eis as novas:
 Conjunto de textos em homenagem a Douglass North (1920-2015)

https://afinetheorem.wordpress.com/2015/11/24/douglass-north-an-economists-historian/

http://truthonthemarket.com/2015/11/24/douglass-c-north-1920-2015/

http://www.nytimes.com/2015/11/25/business/economy/douglass-c-north-nobel-laureate-economist-dies-at-95.html?smid=tw-share&_r=0

http://crookedtimber.org/2015/11/24/doug-north-has-died/

http://www.forbes.com/sites/artcarden/2015/11/24/he-helped-us-understand-the-process-of-economic-change-douglass-c-north-1920-2015/

http://www.economist.com/blogs/freeexchange/2015/11/big-questions

http://organizationsandmarkets.com/2015/11/25/john-nye-remembers-doug-north/

https://reason.com/archives/2015/11/25/douglass-cecil-north

http://www.voxeu.org/article/ideas-douglass-north

http://www.voxeu.org/article/douglass-north-economist-s-historian

Tenham bom proveito.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 1/12/2015

Paraguai: o quase-golpe de 1996 na versao do ABC Color (artigo de Marcio Dias)

O mais famoso jornal paraguaio faz um editing à sua maneira no artigo original do Embaixador brasileiro Marcio de Oliveira Dias, o homem que impediu o golpe de Oviedo contra Wasmosy.
A versão original pode ser conferida aqui:
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2015/11/o-quase-golpe-no-paraguai-e-origem-da.html
A versão em espanhol, editada pelo jornal paraguaio, o mais virulentamente antibrasileiro (o que parece ser um esporte nacional), pode ser conferida aqui:
http://www.abc.com.py/nacionales/diplomacia-brasilena-ayudo-a-evitar-golpe-1431429.html

Divirtam-se.

Paulo Roberto de Almeida  


ABC Color, 30 de Noviembre de 2015 12:11

 Brasil “ayudó a evitar golpe” de Lino Oviedo
Casi 20 años después, un exembajador brasileño en Asunción cuenta entretelones de cómo Brasil -mediante su diplomacia- ayudó a que en 1996 no ocurriera un golpe de Estado militar encabezado por el desaparecido general Lino César Oviedo.
Brasil, mediante su diplomacia, ayudó a Paraguay a evitar un golpe de Estado militar encabezado por el fallecido general Lino César Oviedo contra el entonces presidente Juan Carlos Wasmosy. Es lo que relata el exembajador de Brasil en Asunción, Marcio De Oliveira Dias, quien publicó un extenso relato en una columna del diario O Globo.
Según dijo, revela detalles del importante episodio para demostrar la gran capacidad de quien considera fue “uno de los grandes diplomáticos brasileños”: Sebastián Do Rego Barros Netto, conocido por su entorno cercano como “Bambino”. “Si Bambino no estuviese al frente de Itamaraty, tal vez Paraguay hubiese sufrido un golpe de Estado militar que desmoralizaría al Mercosur”.
Era 1996. Barros Neto era secretario general en Itamaraty (Palacio-sede del Ministerio de Relaciones Exteriores de Brasil) y De Oliveira Dias, embajador en Asunción. Juan Carlos Wasmosy, presidente electo democráticamente, se desempeñaba bajo la permanente amenaza del entonces comandante general del Ejército Lino César Oviedo, quien “poco o nada hacía para disimular sus pretensiones presidenciales”, relata el exembajador.
Instruido por el área política de Itamaraty, De Oliveira Dias prestó especial atención a los movimientos de Oviedo. Wasmosy le contó al embajador de sus intenciones de destituir a Oviedo y el diplomático, quien ya había discutido el asunto con la cúpula de Itamaraty, le aseguró al presidente paraguayo el apoyo del gobierno brasileño, encabezado entonces por el presidente Fernando Henrique Cardoso.
Como el embajador observaba a Oviedo, este seguía de cerca los movimientos de Wasmosy, por lo que una ida del presidente a Brasil precipitaría la acción golpista, sigue narrando. He ahí el surgimiento de un plan que permitió a Wasmosy salir sigilosamente de Paraguay al vecino país. “Aproveché la cercanía de mi cumpleaños y transformé la cena que sería para el personal de la embajada en una gran recepción, a la cual invité a la cúspide del mundo político paraguayo, incluso a Oviedo”, recuerda y agrega que Wasmosy fue advertido sobre la presencia del general.
“Con las cúpulas política y militar de Paraguay, bebiendo, comiendo y bailando en la residencia del embajador de Brasil, Wasmosy despegó tranquilamente desde su estancia en el interior y llegó hasta el aeropuerto militar de Brasilia”, cuenta. Wasmosy fue discretamente recibido por “Bambino”, quien a esa hora, las 21:30 de un sábado, estaba ya libre del ojo de la prensa. Todo el plan se coordinó a través de teléfonos satelitales, para evitar que Oviedo monitoree lo que estaba ocurriendo.
El lunes siguiente, con la seguridad del apoyo del Brasil, Wasmosy llamó a Oviedo a exigirle su renuncia. Oviedo pidió tiempo y al mediodía Wasmosy insistió, le dijo que si quería responder con un golpe, que lo hiciese pero que él no ordenaría que las fuerzas que lo apoyaban reaccionasen, a fin de que cualquier derramamiento de sangre quede exclusivamente bajo responsabilidad de Oviedo.
El general guardaba silencio. La embajada norteamericana emitió entonces un comunicado en el que condenaba la resistencia de Oviedo y reafirmaba su apoyo al presidente constitucional. Los embajadores de Estados Unidos, Argentina y Brasil, a pedido de Wasmosy intentaron hablar con Oviedo pero no tuvieron éxito.
Ya entrada la noche, De Oliveira Dias sugirió a Bambino que promueva un contacto entre Oviedo y el ministro general del Ejército Zenildo Lucena, -a quien Oviedo respetaba porque fue su instructor en Asunción. Bambino comentó a De Oliveira, que Oviedo le pareció bastante sereno y garantizó que no se levantaría en armas, pero que se ocuparía de que se haga con Wasmosy lo que Brasil hizo con Collor (presidente Fernando Collor de Melo, quien fue enjuiciado penalmente por el Congreso por hechos de corrupción).
Wasmosy y dos de sus hijos entretanto se refugiaban en la embajada americana. “El presidente terminaba de escribir a mano un documento con su renuncia, exigida por Oviedo bajo amenaza de bombardear la casa presidencial”, cuenta. Con la renuncia de Wasmosy, Oviedo se encargaría personalmente del vicepresidente y haría que el presidente del Congreso asuma la presidencia. El plazo para la renuncia de Wasmosy era las 2 de la madrugada. Hugo Aranda, empresario ligado a Wasmosy y antes a Oviedo, sería el portador del documento; su casa sería el punto de encuentro entre los mensajeros de Oviedo y Wasmosy.
“Pedí a Wasmosy que no enviase el documento hasta que yo me comunicara con mi gobierno, con la debida delicadeza, tomé el papel. Con la renuncia segura conmigo, desperté a Bambino a las 02:40 y le expuse la situación. Coincidimos en que la prisa de Oviedo se debía a la dificultad que tendría para implementar el 'golpe blanco' cuando estén abiertas las cancillerías del continente y en pleno funcionamiento de sus gobiernos. Por la imposibilidad de tomar cualquier medida a aquella hora, acordamos intentar ganar tiempo para alcanzar la mañana del martes 23, sin que ninguna acción de fuerza ocurriese”, recuerda.
Mientras Wasmosy insistía en obedecer para evitar derramamiento de sangre, De Oliveira Dias le dictó un pedido de permiso provisorio en términos que difícilmente serían aceptados por el Congreso. El diplomático le pidió permiso entonces para romper la renuncia que había escrito la noche anterior. Wasmosy tuvo el instinto político de guardar los pedazos de aquella renuncia escrito de puño y letra. “Y una imagen que nunca olvidará es la expresión del embajador norteamericano cuando rompí la renuncia y dicté al presidente los términos del papel con el cual podíamos obtener el tiempo necesario para neutralizar la maniobra de Oviedo”, dice.
Oliveira Dias acompañó a Aranda y se encontró con el emisario de Oviedo y el presidente del Congreso, a quien instó a que asumiera solamente si “la renuncia fuese inapelablemente explícita y legalmente incontestable. Lo que sabía no podía ser porque ‘saltaba’ al vicepresidente”. Oviedo recibió el papel y preguntó al presidente del Senado si podría asumir en la mañana siguiente, pero este contestó no podía hacerlo dentro de la ley y que mínimamente tendría que someterlo al pleno, enfureciendo a Oviedo, quien mandó a buscar en los archivos la renuncia de Stroessner para que se redacte en los mismos términos y Wasmosy lo firme.
El presidente paraguayo estaba dispuesto a firmar por miedo a que Oviedo cumpla las amenazas, dice el exembajador en su relato. Agrega que persuadió a Wasmosy de que no firme, porque creía que Oviedo no iría a bombardear la residencia presidencial, ya que estaba desocupada así como el centro de la ciudad, era simplemente un juego para forzarlo. A la mañana siguiente, a pedido de Domingo Laíno, De Oliveira Dias, Laíno y Guillermo Caballero Vargas (de la oposición) se reunieron. El diplomático sugirió a los opositores emitir una resolución por la cual rechazaban siquiera analizar cualquier pedido de renuncia del presidente o del vice. Y lo que mucho me pidió fue: “¿Embajador, puedo decir que la idea fue mía?”.
En el Palacio de López estaban embajadores acreditados, la gran mayoría de diputados y senadores, resueltos a no aceptar el análisis de una renuncia, estaban líderes de partidos, empresarios, “un gran festival cívico-democrático”, pero del otro lado de la ciudad estaba Oviedo con los cañones. Ya sin salida, dice el exembajador, porque el golpe fracasó por la decida reacción internacional y bloqueado por el Senado, pero Wasmosy temía una acción desesperada del militar.
A esas alturas, Bambino y el ministro general del Ejército Zenildo Lucena volvieron a hablar. Oviedo pidió una salida decorosa. El presidente, sus pocos ministros de confianza y los embajadores, sugirieron dos alternativas: darle la embajada en Bonn (ciudad de Alemania) o el Ministerio de Defensa, que a pesar del “pomposo nombre está fuera de la línea de mando”, y cualquier ministerio exigía el pase previo a reserva, lo que disminuiría el apoyo de los generales a Oviedo. El ministro del Interior llevó la oferta y Oviedo aceptó el Ministerio.
Los cancilleres del Mercosur llegaron a Asunción, ya que el propio Bambino los buscó en su avión y todos aprobaron el acuerdo como la mejor solución posible. A la mañana siguiente, Oviedo transfirió el comando y se fijó su asunción en el Ministerio de Defensa para el siguiente día. Cuando se conoció la oferta del Ministerio de Oviedo, comenzaron las críticas a Wasmosy y se empezó a pensar en un juicio político.
Por otra parte, al traspasar el mando a Oviedo surgen quiebres en la unidad de apoyo del general, a quien piden declinar del cargo, mientras Wasmosy y el nuevo canciller que convenza a Oviedo de seguir. “Tuvimos una larga y áspera conversación, dos horas”, recuerda. Oviedo dio las primeras señales de “aflojar”, mientras Wasmosy seguía temeroso de una reacción del militar, por lo que Bambino pidió al presidente brasileño que 'encoraje' a su par de Paraguay a suspender el nombramiento. “Con la llamada del presidente brasileño, Wasmosy cobró aliento definitivo”, describe. El presidente se preparó para un discurso y se dirigió al Palacio de López, donde ya estaba llegando Oviedo para asumir.
Después del pronunciamiento del presidente, sin apoyo comenzó una carrera política. “No es que no haya tenido éxito, y después de una serie de hechos, incluso una detención, terminó muriendo en un accidente”, dice. “El caso es sin dudas un evento impar en la historia diplomática brasileña, deshacer un golpe militar en un país amigo por medio de la acción diplomática”, califica. El canciller Lampreia, que estaba de permiso en ese entonces, calificó el hecho como “la acción más intervencionista que Brasil ya realizó en este siglo”, pero el presidente Cardoso cuenta en su libreo “Diarios de la Presidencia” que esta acción fue hecha en nombre del Mercosur, mediante De Oliveira Dias y Barros Netto.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

CV Lattes: Pronto, a CIA, o FSB, o Mossad estão atrás de mim outra vez....

Não acredito: como é que o meu "top paper" pode ser apenas meu currículo acadêmico?
Isso só pode ser coisa dos serviços de informações...
Paulo Roberto de Almeida 

Academia.edu
Your Analytics Snapshot
View Analytics
Upload Papers

20

profile views

373

document views

Your Recent Views
Graph of views

Highlights

google.com.br was your biggest source of traffic for the week, bringing you 109 visits.

1 visitor found your page by searching for "tratado de paz con el Brasil 27/08/1828."

Your most popular paper for the week was CV Paulo Roberto de Almeida - Lattes, which had 40 views.


To get more page views

Upload Your Papers