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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

IPRI: base de dados de teses e dissertacoes: relatorio de acessos (dezembro 2017)


Dados extraídos do site em 5/12/2017
O sítio do Banco de teses e dissertações elaborado pelo IPRI foi acessado 13.610 vezes desde sua criação em maio de 2016. Os termos mais buscados pelo mecanismo de pesquisa foram:
Termo pesquisado
Hits
china
76
Venezuela
75
Terrorismo
61
inteligencia
58
Mercosul
54
Refugiados
53
relações internacionais
52
politica externa
50
Rússia
39
Angola
37
Ocde
34
Japão
34
paradiplomacia
34
segurança internacional
33
Migração
32
India
32
direito internacional
30
Haiti
30
diplomacia cultural
27
Africa
27
Defesa
27
biodiversidade
27
Unasul
26
união europeia
25
Paraguai
25
exportação de democracia
24
Corrupção
24
cooperação internacional
23
Genero
23
Bolivia
23
Timor
22
Fronteira
22
Energia
21
oriente médio
21
Brics
20
Imigrantes
20
desmatamento amazônia
20
operações de paz
20
Agua
20
emigracao brasileira
20
política internacional ambiental
20
Omc
20
·       As 10 dissertações mais acessadas:
Autor
IES (Ano)
Título
Nº de Acessos
Juliana Soares Santos
USP (1999)

Integração regional na África Austral: A SADC na ótica dos interesses sul-africanos
3.255
Ana Isabel Burke de Lara Alegre
Unieuro (2007)
As brasileiras profissionais do sexo em Portugal: Prostitutas ou prostituídas? (Vítimas de tráfico de seres humanos ou imigrantes ilegais?)
2.648
Alice Rocha da Silva
UniCEUB (2006)
A cláusula da nação mais favorecida da OMC e a proliferação dos acordos comerciais bilaterais
2.250
Marcelo Santos
Unicamp (1999)
Mercosul: Integração Regional e Globalização
1.960
Emerson Novais Lopes
IRBr (2005)
A política externa russa na Era Putin
1.835
José Jaime Macuane
IUPERJ (1996)
Reformas Econômicas de Moçambique: Atores, Estratégias e Coordenação
1.826
João Carlos Sanchez Abraços
UNISANTOS (2004)
Conceito de crime organizado transnacional nas convenções internacionais
1.289
Bruno Macedo Mendonça
UnB (2012)
O conceito de sociedade internacional na teoria de relações internacionais contemporânea
1.162
Eugênio Vargas Garcia
UnB (1994)
A participação do Brasil na Liga das Nações (1919-1926)
913
Grace Tanno
PUC-Rio (2002)
A Escola de Copenhague: Uma contribuição aos estudos de segurança internacional
899

·       As 10 teses mais acessadas:
Autor
IES (Ano)
Título
Nº de Acessos
Adriana Iop Bellintani
UnB (2009)
O Exército brasileiro e a missão militar francesa: instrução, doutrina, organização, modernidade e profissionalismo (1920-1940)
854
Simone de Castro Tavares Coelho
USP (1998)
Terceiro poder: Um estudo comparado entre Brasil e Estados Unidos
690
Eduardo Antônio Klausner
UERJ (2010)
Para uma teoria do direito internacional do consumidor: a proteção do consumidor no livre comércio internacional
678
Alexandre Hilário Monteiro Baia
USP (2009)
Os conteúdos da urbanização em Moçambique: considerações a partir da expansão da cidade de Nampula
652
Leovegildo Pereira Leal
USP (1998)
O marxismo e a Revolução Cubana: A Teoria e a prática
646
Rosa Helena Stein
UnB (2005)
As políticas de transferências de renda na Europa e na América Latina: Recentes ou tardias estratégicas de proteção social?
611
Luis Enrique Rambalducci Estenssoro
USP (2003)
Capitalismo, desigualdade e pobreza na América Latina
594
Denise Pasello Valente Novais
USP (2008)
Tráfico de pessoas para fins de exploração do trabalho: Um estudo sobre o tráfico de bolivianos para exploração do trabalho em condição análoga à de escravo na cidade de São Paulo
571
Eugênio Vargas Garcia
UnB (2001)
Entre América e Europa: a política externa brasileira na década de 1920
568
Wellington Pereira Carneiro
UnB (2012)
Crimes contra a humanidade: Entre a história e o direito nas relações internacionais : do século XX aos nossos dias
560

·       Os 10 trabalhos do CAE mais acessados:
Autor
Ano
Título
Nº de Acessos
Ivan Oliveira Cannabrava
1982
A questão da Antártida: aspectos políticos, jurídicos e econômicos do tratado de Washington. O Brasil e a Antártida
518
Silvio José Albuquerque e Silva
2007
Combate ao racismo, à discriminação racial, à xenofobia e à intolerância correlata: a Conferência Mundial de Durban e a Política Externa Brasileira
438
Marcos Bezerra Abbott Galvão
1997
Globalização: arautos, céticos e críticos. O conceito, o debate atual e alguns elementos para a política externa brasileira
412
Roberto de Abreu Cruz
1984
A Doutrina Betancourt: sua aplicação nas relações Brasil-Venezuela
385
Sérgio França Danese
1997
Diplomacia presidencial e política externa brasileira. A ação pessoal do Presidente da República como instrumento da diplomacia brasileira
384
Nilo Barroso Neto
2007
Diplomacia pública: conceitos e sugestões para a promoção da imagem do Brasil no exterior
375
João Solano Carneiro da Cunha
1997
A questão do Timor Leste e suas implicações na Política Externa brasileira
364
Nedilson Ricardo Jorge
2005
Técnicas de negociação diplomática: estratégias e táticas
352
Roberto Carvalho de Azevedo
2001
Financimentos à Exportação: O contencioso Embraer - Bombardier e as disciplinas da OMC
351
Norton De Andrade Mello Rapesta
2007
Exportação de produtos de defesa: importância estratégica e promoção comercial
320

Diplomacia economica brasileira contemporanea: aula no IRBr - Paulo Roberto de Almeida

Uma aula no Instituto Rio Branco, a convite do Prof. Ivan Tiago de Oliveira, em 6/12/2017, com base em capítulo final de meu livro:

Formação da Diplomacia Econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império. 3ra. edição, revista; apresentação embaixador Alberto da Costa e Silva, membro da Academia Brasileira de Letras; Brasília: Funag, 2017, 2 volumes; Coleção História Diplomática; ISBN: 978-85-7631-675-6 (obra completa; 964 p.); Volume I, 516 p.; ISBN: 978-85-7631-668-8 (link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=907) e Volume II, 464 p.; ISBN: 978-85-7631-669-5 (link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=908). Relação de Originais n. 1351. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/09/formacao-da-diplomacia-economica-no_9.html) e disseminado no Facebook (link: https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1648798118516965).




Diplomacia econômica brasileira contemporânea: aula no IRBr
  
Paulo Roberto de Almeida
 [Objetivo: aula no IRBr, 6/12/2017, a convite do Prof. Ivan Tiago de Oliveira]

Introdução: um saudável retorno, depois de uma longa ausência
Estou de retorno ao Instituto Rio Branco depois de mais ou menos 20 anos, ou seja, um pouco menos do que a idade de alguns de vocês. Minhas últimas aparições ocorreram na segunda metade dos anos 1990, quando eu chefiava a Divisão de Política Financeira e Desenvolvimento, temas que estão no centro de minhas reflexões intelectuais e de minha produção bibliográfica desde longos anos. Minhas últimas aparições ocorreram no final dos anos 1990, quando eu chefiava a Divisão de Política Financeira e Desenvolvimento, temas que estão no centro de minhas reflexões intelectuais e de minha produção bibliográfica desde longos anos. No início de 2003, recebi um convite do então Diretor do IRBr para dirigir o mestrado em diplomacia que então se iniciava, simultaneamente, aliás, com o começo do governo lulopetista, que resolveu vetar minha nomeação, não apenas para esse cargo, mas para qualquer outro na Secretaria de Estado pelos treze anos seguintes. Tratou-se de uma longa travessia do deserto, durante todo o período do lulopetismo diplomático e sob o lulopetismo econômico, as duas coisas mais nefastas que já foram infligidas ao Brasil durante toda a sua história. Tal afirmação pode parecer exagerada, dada a aura de prestígio de que podem gozar tanto a diplomacia companheira, quando seus alegados programas de distribuição de renda e de inclusão social, mas pretendo sustentar, e provar, por escrito, cada um de meus argumentos.
Minha exposição está centrada na era contemporânea, e ainda vai ser escrita, dentro de alguns anos, depois que eu terminar de escrever, e publicar, o segundo volume de minha trilogia em torno da formação da diplomacia econômica no Brasil, cujo primeiro volume, dedicado ao período monárquico, foi publicado em 3ra. edição pela Funag e encontra-se disponível em sua Biblioteca Digital (aqui: Volume I, link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=907; e Volume II, link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=908).
O primeiro volume da trilogia vai do período colonial, quando ainda não existia o Brasil enquanto nação independente, e mais especificamente a partir de 1808, quando passamos a ter relações exteriores a partir do Brasil, até 1889, ou seja, o final do Império. Mas esse volume também tem, ao seu final, um longo capítulo republicano, trazendo nossas relações econômicas internacionais até o final do século XX, ou até um pouco além, pois nesta 3ra edição estendi a informação factual até cobrir nosso ingresso oficial no Clube de Paris, como país credor, em outubro de 2016, bem como nossa demanda de adesão plena à OCDE, em junho de 2017.
O segundo volume está me dando certo trabalho, quanto à informação estatística serial, dadas as enormes rupturas econômicas ocorridas desde o deslanchar da Grande Guerra, em 1914, no decorrer das crises do entre-guerras, sobretudo a partir de 1931, mais até do que em 1929, e depois até o final da Segunda Guerra Mundial, ou até praticamente 1948, quando são instituídas as organizações primaciais da ordem econômica mundial contemporânea, as duas irmãs de Bretton Woods e o Gatt, tornado órfão com o fracasso da OIC, a primeira organização dedicada ao comércio multilateral, criada em Havana, ao final da terceira grande conferência econômica do pós-guerra. O terceiro volume trará a história de Bretton Woods aos nossos dias, e é sobre ele que eu deveria falar antecipadamente a vocês, mas o faço apenas com base em notas sintéticas, sem um grande suporte factual ou documental.
 (...) 
A ordem econômica internacional do pós-guerra e a economia brasileira
            (...)
O multilateralismo econômico do pós-guerra e o Brasil
            (...)
18 páginas


terça-feira, 5 de dezembro de 2017

A partilha de 1947, entre Israel (nascido em 1948) e a Palestina (bloqueada pelos arabes) - Osias Wurman

Opinião

O sonho da Partilha

Estado judeu perdeu mais de 23 mil cidadãos

por Osias Wurman
A Palestinian Media Watch noticiou que a TV oficial da Autoridade Palestina transmitiu, em 1º de novembro, uma entrevista com o historiador Abd Al-Ghani Salameh, que abordou os cem anos da Declaração Balfour e explicou que, em 1917, não havia povo palestino.
Na entrevista, o jornalista perguntou: “Muitos quiseram dominar a Palestina ao longo da história. Como estas aspirações de governá-la afetam a existência palestina, as opções dos palestinos e as suas possibilidades de desenvolvimento?”
Salameh respondeu: “Antes da Declaração Balfour, quando o governo otomano terminou (1517-1917), as fronteiras políticas da Palestina, como as conhecemos hoje, não existiam, e não havia nada chamado de povo palestino, com uma identidade política, como conhecemos hoje. As linhas de divisão administrativa da Palestina se estendiam de leste a oeste e incluíam a Jordânia e o sul do Líbano. Como todos os povos da região, (os palestinos) foram libertados do domínio turco e imediatamente passaram para o domínio colonial (britânico e francês), sem formar uma identidade política”.
É este principio fundamental, da não existência de uma identidade palestina secular, no sentido de tempo, que impede uma aglutinação coesa e harmônica do dito povo palestino, sempre fracionado por disputas internas entre facções e personalidades inimigas.
O símbolo mais importante de uma identidade palestina foi Yasser Arafat, que se notabilizou por não perder uma oportunidade de perder a oportunidade, para declarar um Estado palestino independente.
Na semana passada, completaram-se 70 anos da Assembleia das Nações Unidas, de 1947, que decidiu por maioria de dois terços, pela Partilha da Palestina.
O eminente brasileiro Oswaldo Aranha presidiu a assembleia que previu a criação de dois estados, um árabe e o outro judeu, que deveriam viver lado a lado. Era o desejo de todas as nações que apoiaram a Resolução 181 de 29 de novembro.
Em seu livro “Brasil, segredo de Estado”, Sergio Corrêa da Costa relata, com riqueza de detalhes de quem participou da sessão da Partilha com Oswaldo Aranha, como os embaixadores árabes saíram do recinto antes do encerramento da assembleia.
Os diplomatas árabes tinham convocado uma entrevista no luxuoso salão do Hotel Waldorf Astoria, onde manifestaram seu total repúdio à resolução 181.
Os árabes não esconderam seus propósitos, ao declarar que “a resolução aprovada seria o fim das Nações Unidas e que as fronteiras de Israel seriam traçadas a sangue”. Erraram na primeira afirmação, mas tornaram uma triste realidade o segundo libelo.
Em quase 70 anos de independência, o Estado judeu perdeu mais de 23 mil cidadãos, vitimas de guerras e atentados terroristas, o que não impediu seu povo de ganhar 12 prêmios Nobel.
E o sonho de Oswaldo Aranha, a criação de dois estados na região, continua dependente de um líder palestino que reconheça o aspecto judaico de Israel e manifeste sinceramente a vontade de conviver em paz com o seu vizinho Estado judeu.

Osias Wurman é cônsul honorário de Israel

Energy Statecraft of Brazil - Book by Klaus Guimarães Dalgaard (disponivel na Funag)



FUNAG publica o livro “The Energy Statecraft of Brazil - The Rise and Fall of Brazil's Ethanol Diplomacy”
O livro “The Energy Statecraft of Brazil - The Rise and Fall of Brazil's Ethanol Diplomacy”, do professor-assistente da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Klaus Guimarães Dalgaard, analisa o desenvolvimento da política energética do Brasil entre 2012 e 2017. Originalmente apresentada como tese de doutorado defendida na London School of Economics and Political Science (LSE) em 2012, a obra foi atualizada com análise em novas entrevistas com fontes primárias e secundárias. A apresentação é feita pelo diretor do Departamento de Energia, ministro João Genésio de Almeida Filho.
O livro já está disponível para download gratuito na biblioteca digital da FUNAG.

Seminario sobre Diplomacia e Inovacao Cientifica - Itamaraty, 8/12/2017


Itamaraty e MCTIC promovem o “2º Seminário sobre Diplomacia e Inovação Científica e Tecnológica” com o apoio da FUNAG
O ministro das Relações Exteriores (MRE), Aloysio Nunes Ferreira, abrirá o “2º Seminário sobre Diplomacia e Inovação Científica e Tecnológica: Ação Internacional no Brasil”, ao lado do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, em 8 de dezembro de 2017, às 9h, no Auditório Embaixador Wladimir Murtinho, Palácio Itamaraty, Brasília.
O seminário está dividido em quatro painéis: I) Ação Internacional no Brasil: Argentina e Suécia; II) Ação Internacional no Brasil: China e Canadá; III) Ação Internacional no Brasil: a dimensão multilateral (UNESCO e Banco Mundial); e IV) Ação Internacional no Brasil: O universo das startups e os Centros de Inovação da Dinamarca.
Cada painel contará com apresentações de representantes dos dois ministérios, de governos estrangeiros, e organismos internacionais. Confira a programação completa.