Diplomatizzando

Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).

O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Meus livros podem ser vistos nas páginas da Amazon. Outras opiniões rápidas podem ser encontradas no Facebook ou no Threads. Grande parte de meus ensaios e artigos, inclusive livros inteiros, estão disponíveis em Academia.edu: https://unb.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida

Site pessoal: www.pralmeida.net.

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Olhando a paisagem ao redor - Paulo Roberto de Almeida

 Olhando a paisagem ao redor

Paulo Roberto de Almeida

Contemplando pelo noticiário da antiga capital federal o rol de crimes (inclusive e provavelmente sobretudo) pela polícia, pela disseminação de armas, o racismo e a má educação persistentes, os inúmeros casos de corrupção em todas as esferas da administração pública, o desleixo geral e a imoralidade públicas e manifestas por parte dos “representantes do povo” (vários das milícias, na verdade), constato que o Rio de Janeiro está se autodestruindo, mas também vejo que o Brasil, para nossa maior tristeza, parece seguir atrás.

Temos duas cleptocracias em ação no país: o estamento político oligárquico tradicional e certas seitas evangélicas que também se voltaram para a política. Estas são as duas saúvas que ameaçam destruir o país, não apenas pelo roubo e pela corrupção, mas também no plano cultural, educacional e principalmente moral.

Parece que não existe DDT social ou nacional capaz de eliminar essas duas pragas; dessa forma, continuaremos nossa trajetória para a anomia política e social, o que indica que a deterioração do país tem um grande futuro pela frente.

Antigamente eram os mais pobres que saiam do país para trabalhar em outros lugares. Agora é a classe média que rejeita a imoralidade, a insegurança, a má qualidade dos serviços públicos (a despeito dos altos impostos), a má educação, a falta de perspectivas, para tomar o caminho da expatriação. 

O Brasil tem futuro?

Stefan Zweig, antes de se suicidar, 80 anos atrás, acreditava que sim, numa perspectiva otimista, sobretudo pela plasticidade de nossa formação e nossa integração cultural. 

Começo a duvidar dessa visão, mas é importante não insistir nos elementos corruptores de nossa boa índole e procurar, ao contrário, enfatizar nossas boas realizações. Sempre há esperança, quando adquirimos consciência do desmazelo e das ameaças e tomamos a via da correção e da (re)construção.

Será um caminho longo, mas não temos outra opção: este é o nosso país, esta é a nação que estamos soberanamente construindo há dois séculos; e a mesma que vamos legar a nossos filhos, netos e bisnetos. Nossa missão é sempre construir,  jamais destruir.

Persistiremos…

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 5 de fevereiro de 2022

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Um cenário inédito nos descaminhos da nação - Paulo Roberto de Almeida

 Um cenário inédito nos descaminhos da nação

Paulo Roberto de Almeida
O atual dirigente máximo promete aprofundar o grau de insanidades políticas e econômicas por puro desvario eleitoral.
A situação é deveras preocupante, mas o fato é que Bozo não vai ser reeleito.
O problema é que continuaremos a ser governados pelo mesmo estamento político oligárquico, plutocrático e cleptocrata que conduz a nação para a ruína, qualquer que seja o presidente eleito, pois terá de governar com base no parlamentarismo “branco” que, na prática, desgoverna o país.
O Brasil se arrasta lentamente para uma situação de crise terminal, que pode nos obrigar, numa hipótese mais otimista, a restaurar a sanidade geral da nação ou, no cenário pessimista, nos levar irremediavelmente a uma espiral de declínio irreversível por várias décadas.
Outras nações já passaram por isso, ou ainda passam. O caminho da reconstrução é lento e doloroso.
Nações não desaparecem, a não ser que sejam conquistadas por outras: a Polônia existiu e “desapareceu” ao longo da história: salvaram-na a língua e a cultura, inclusive a religiosa.
O Brasil não sofre tal ameaça: apenas pode repetir certos declínios espetaculares, como o da China do final do Império Qing e da República, da primeira metade do século XX, e o da Argentina, nos últimos 90 anos. Aparentemente estamos ainda livres desse risco, mas talvez estejamos perigosamente perto.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 5 fevereiro 2022
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Labels: Brasil, cenário político, declínio, Paulo Roberto de Almeida

Brasil: uma nação à deriva? - Paulo Roberto de Almeida

 Brasil: uma nação à deriva? 

Paulo Roberto de Almeida

Se a PEC de eliminação dos impostos sobre combustíveis (proposta da Casa Civil) sem compensação fiscal passar no Congresso (o que me parece difícil até por contrariar a Lei de Responsabilidade Fiscal), o Brasil poderá ser arrastado para um Hospício Orçamentário que vai terminar por destruir o equilíbrio das contas públicas. As consequências econômicas do populismo eleitoreiro serão terríveis para o país.

Não é possível que estejamos assistindo a tamanha insanidade legislativa, fruto da conivência entre a incompetência administrativa do presidente (e suas necessidades eleitorais) e a total irresponsabilidade política daqueles que de fato comandam o país. 

Eu me preocupo com a sanidade mental do estamento político plutocrático e cleptocrático, atualmente no controle da Casa Civil e da Câmara dos Deputados — ou seja, o núcleo do poder real no Brasil atual —, pois ele pode estar jogando no lixo qualquer resquício de ordem econômica normal no Brasil. 

Pagaremos caro por isso, os mais pobres em primeiro lugar. 

Que tristeza que isso esteja ocorrendo no ano do bicentenário da nação!

Paulo Roberto de Almeida


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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Eleições 2022: Lula, uma aula de realpolitik - Demétrio Magnoli (FSP)

 Demétrio Magnoli

Lula, uma aula de realpolitik

O petista sempre foi, para o bem ou o mal, o mais convicto dos políticos realistas

 Demétrio Magnoli

Sociólogo, autor de “Uma Gota de Sangue: História do Pensamento Racial”. É doutor em geografia humana pela USP. 

Folha de S. Paulo, 4/02/2022

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/demetriomagnoli/2022/02/lula-uma-aula-de-realpolitik.shtml?pwgt=kr29fjig9jh9wjofasry3l0wyifone8xsxjiexuine17iww2&utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwagift

Realpolitik, termo de origem alemã, designa a política realista, fundada nos interesses objetivos e nas circunstâncias concretas, não em ideais ou princípios abstratos. Lula sempre foi, para o bem ou o mal, o mais convicto dos políticos realistas. Sua pré-campanha forma uma aula de realpolitik. Não vai aí uma crítica: de fato, pelo contrário, no atual cenário, seus gestos iniciais são monumentos à política democrática.

"Golpista neoliberal" –assim, o manifesto furibundo firmado por antigos figurões petistas como Rui Falcão e José Genoino descreveu Alckmin, numa tentativa de implodir a chapa dos sonhos de Lula. O ex-presidente rebateu, ignorando olimpicamente as acusações ideológicas ("tenho confiança no Alckmin") e prometendo que o vice estará "em todo lugar junto do presidente" pois "faz parte da governança do país". Na política realista, inexiste lugar para a figura proverbial do "inimigo do povo". Por isso, Lula não abomina amplas alianças, inclusive com adversários de ontem.

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O ex-presidente Lula - Carla Carniel - 29.jan.22/Reuters

Passo seguinte, colocar a casa em ordem. Lula descartou a presença de Dilma Rousseff no palco iluminado de sua campanha, explicando que a sucessora escolhida a dedaço carece de "jogo de cintura" e da "paciência que a política exige". Em 2016, Dilma e tantos outros fingiram enxergar no impeachment um ato de machismo. Agora, porém, diante do oráculo intocável, o falso feminismo oportunista não ousou lançar mão da mesma chantagem.

Ainda bem: nem o impeachment, nem a sentença de morte política pronunciada por Lula tem conexão com a identidade de gênero de Dilma. A ex-presidente foi excluída para proteger mensagens centrais da campanha. O candidato está dizendo que representa a unidade, contra Bolsonaro, e que não reproduzirá os catastróficos erros do passado. Mais: sagazmente, atribui à sucessora o papel de bode expiatório pelo populismo fiscal inaugurado no segundo mandato dele mesmo. É realpolitik na veia, com pitadas de maldade.

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Pragmatismo é o outro nome de Lula. No seu primeiro mandato, ele selecionou uma equipe econômica moldada para prosseguir a ortodoxia herdada de FHC. No Planalto, converteu os programas de transferência de renda preconizados pelo Banco Mundial em sinônimo de políticas sociais, desidratando (até demais!) as propostas reformistas de esquerda. Hoje, o PT fala sem parar de Bolsa Família mas quase emudece quando se trata de bens públicos universais como educação e saúde.

Lula desviou-se do realismo apenas na hora dos pecados capitais de seu governo: o mensalão e o petrolão. Configurar maiorias parlamentares pelo financiamento corrupto de máfias partidárias foi um atalho desastroso para circundar o imperativo de fazer política – e, sobretudo, de enfrentar o tema da reforma política. O pacto de aliança com Alckmin, junto com a federação de partidos em construção, destina-se não só a obter o triunfo completo no primeiro turno como, ainda, a construir uma maioria minimamente estável no Congresso.

As opções realistas adotadas por Lula sempre podem ser criticadas, como tudo mais (com a devida vênia, claro, dos comitês de jornalistas censores). Contudo, na sua natureza, contrastam positivamente com as duas versões de antipolítica personificadas por Bolsonaro e Moro.

Bolsonaro nunca emergiu de seu caldeirão de delírios golpistas. Moro, uma sublegenda da direita antidemocrática, distingue-se do presidente pela ferramenta com a qual pretende subordinar as instituições: um Judiciário capturado pelo Partido dos Procuradores. Ambos recusam a política —ou seja, o jogo difícil da persuasão, das alianças e da costura de consensos majoritários.

A cruzada de Bolsonaro é contra "comunistas" (isto é, todos que não o seguem); a de Moro, contra "corruptos" (ou seja, todos os adversários). Lula não faz cruzada, um conceito ausente no universo da realpolitik.


Posted by Paulo Roberto de Almeida at 18:37 Um comentário:
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Eu não sou religioso, mas VACINEM AS CRIANÇAS, pelo amor de Deus... - Entrevista preocupante: Jana Schroeder (Der Spiegel)

A Low Risk Still Isn’t Zero Risk

A Chief Physician on the Perils of Germany’s Omicron Strategy
Infectious Disease Specialist Jana Schroeder believes this summer will mark a temporary return to near normality for many, but she warns there could be more COVID waves to come this autumn and winter. She also explains why German politicians have failed our children and what an “endemic” virus really means.
Interview Conducted By Rafaela von Bredow und Veronika Hackenbroch
Der Spiegel, Hamburgo – 2/02/2022
Dr. Jana Schroeder, 40, is the chief physician of the Institute for Hospital Hygiene and Microbiology at the Mathias Spital Foundation hospital group in the western German state of North Rhine-Westphalia. Her main focus is on the treatment of children during the pandemic, and she recently published a position paper on the protection of children with a group of scientists.
DER SPIEGEL: Dr. Schroeder, the Omicron wave is growing, local public health authorities seem to have capitulated in the face of it, testing laboratories are overwhelmed and the actual current case numbers can only be estimated. Have we lost control of the pandemic in Germany?
Schroeder: We are potentially far past a tipping point. We now have a positivity rate of over 30 percent on PCR tests, which means that almost one-third of all suspected cases are actual infections. A pandemic is under control when that figure is under 5 percent. Because of the lack of PCR tests, the actual data is getting hazy. Contact tracing has also collapsed. And the World Health Organization is expecting that half of the European population will get infected in the next eight weeks – presumably here in Germany, as well.
DER SPIEGEL: How have you experienced the chaotic pandemic management?
Schroeder: As a great loss of confidence in politicians. It’s an extremely unpleasant feeling. I always thought that they would always find an at least roughly correct solution, despite the differing positions between the political parties. But I hadn’t expected a decoupling of science and political action as drastic as the one that has influenced the course of the pandemic.
DER SPIEGEL: Schools were closed for months, and children struggled. You have now called for the protection against infection and the protection of the psychological health of children to be considered as one. How would that work? Leave schools open at any price?
Schroeder: No, not at any price! This absolute commitment to in-person teaching in its current form has many downsides. School is only stabilizing when it actually provides education, if it supports and strengthens children and youth, if there is a daily structure, a stable rhythm. At the moment, school doesn’t provide that, if only because of the constant infections and cases of quarantine. It creates stress for families, substitute teachers are needed and the pressure to perform never stops. A strong pandemic dynamic creates psychosocial stress, and the longer the psychosocial stress lasts, the more it makes people psychologically and physically sick. We have just summarized this in our interdisciplinary position paper.
DER SPIEGEL: How can children be better protected?
Schroeder: There has been a guideline on this issue for a long time that can be followed. You can move to online hybrid teaching, cut class sizes in half and create small groups. Well-planned online teaching is better than a school building that is open but where in-person teaching is constantly being cancelled. Especially given that there are plans for doing – ones that I am not the only person who has been puttering around with for more than a year now. Of course, nobody needs to listen to me, but I also don’t understand how the education ministers have been able to ignore the issue for so long. Instead of insisting on mandatory in-person teaching, there should be mandatory education.
DER SPIEGEL: In the United Kingdom, experts talk of "two epidemics,” a swelling one among children and a waning one among adults. How will things continue here?
Schroeder: Here in North Rhine-Westphalia, the number of cases among school pupils has doubled in the past week. We now have 42,000 infected children; 65,000 are in quarantine. According to the Robert Koch Institute (Germany’s center for disease control), only 17 percent of those under the age of 12 have received at least their first dose of vaccine across Germany. To this day, there is no general recommendation that children in this age group be vaccinated. Everyone in school will get infected. It appears that it’s no longer possible to stop that. What is taking place right now is mass transmission among children – a development that current German Health Minister Karl Lauterbach had categorically ruled out not so long ago. I think that could be clearly communicated. If we are rejecting a lockdown because of the social costs, then we should also honestly say that we will pay the price for it through the infection of society in its entirety.
DER SPIEGEL: And what does that price look like?
Schroeder: Children can get pediatric inflammatory multisystem syndrome (PIMS), which is a serious disease. Between one in 5,000 and one in 1,000 infected children get it. More than 50 percent of children who get it wind up in intensive care. Although this has been largely preventable in previous variants through vaccination, a low risk still doesn’t equal no risk. In Germany, we have approximately 9 million children under the age of 12 …
DER SPIEGEL: … which would mean, calculated roughly, at least 2,000 children with PIMS.
Schroeder: Just for comparison: When it turned out that one out of every 100,000 people vaccinated with AstraZeneca get cerebral venous sinus thrombosis, the use of the vaccine was stopped. And then there is, of course, long COVID, which is actually a hodgepodge of different illnesses resulting from an infection with SARS-CoV-2 that also affects a low one-digit percentage of children. And in the general population, we are talking about around 15 percent, of which approximately two-thirds are women, typically younger ones.
DER SPIEGEL: Does this also apply with Omicron?
Schroeder: We don’t know yet. The gaps in knowledge are part of the problem. And PIMS doesn’t show up until after approximately eight weeks, the same amount of time we have now known about Omicron.
DER SPIEGEL: How seriously do we need to take long COVID?
Schroeder: Now, there is very worrisome evidence in studies with a small number of long COVID cases among children, of striking changes in areas of the brain. There have also been findings of impaired thinking after an infection in some adults. It is better to prevent infections from the start, or at least mitigate them through vaccination.
DER SPIEGEL: There is also good news on this point: The danger of developing long COVID symptoms appears to dramatically decrease through vaccination.
Schroeder: But it’s still not at zero. And there is also data that doesn’t show this, but it’s pointing in the right direction, which pleases me.
DER SPIEGEL: Many people view Omicron as harmless. Is that a misunderstanding?
Schroeder: There is less severe illness with Omicron, fewer people die from it – and that is really great. At the same time, the number of deaths in Germany at the moment is still in the triple digits. And there is a misunderstanding, I think, about the term "mild symptoms” that always comes up in this context. According to the World Health Organization, cases are considered mild as long as patients don’t have respiratory difficulties. But a patient can be sick as a dog and feel like he or she is going to die, without having a life-threatening illness.
DER SPIEGEL: What do you say to people who are now attending "Omicron parties” to infect themselves?
Schroeder: Somewhere within the notion of an Omicron infection as a kind of natural vaccination, is the hope that the pandemic will soon be over. But hope is not a strategy. You have to know that it can backfire.
DER SPIEGEL: What do you expect to happen in the hospitals in the next six to eight weeks?
Schroeder: The sheer number of infections can outweigh the less severe disease caused by the variant. And even if the number of hospitalizations were to stagnate, we would still experience a shortage of personnel, because of the many employees getting sick. It would then be difficult to provide adequate care to patients in the hospital.
DER SPIEGEL: How many Omicron patients are you expecting in the hospitals?
Schroeder: We’re not making any forecasts. Things are still going quite well here. We currently have less than 50 COVID-positive patients in our hospital, almost all of them in the normal wards. We still haven’t seen a single case of serious disease with Omicron. But the Omicron wave hasn’t really reached the older unvaccinated people yet.
DER SPIEGEL: Are we experiencing the transition to the endemic phase that people have been hoping for?
Schroeder: It is true that Omicron is likely ushering in the beginning of the endemic phase. But it must be clear that "endemic” isn’t derived from the word "end.” Charles Rosenberg, professor emeritus for the history of science at the University of Pennsylvania, has said: "Epidemics ordinarily end with a whimper, not a bang.” I think that’s very accurate. It will be a good summer, I am certain of that – through the seasonal effect and because many people will have at least temporary immunity against SARS-CoV-2. For people who aren’t at any particular risk, life will return to something like our old normality. And now we also have several effective medications at our disposal that can often prevent serious disease. But the situation could once again become more tense in the coming autumn and winter. Immunity through an Omicron infection alone, without previous vaccination, is less broad than if you first got vaccinated against Delta and then get infected with Omicron. So, it’s plausible that Delta will once again circulate next winter. Besides, Omicron probably won’t be the last variant.
DER SPIEGEL: What are you expecting?
Schroeder: That’s a very difficult question. BA.2, for example, a cousin of the Omicron variant, is now dominant in several countries, including Denmark. But this doesn’t mean that the situation will change as a result. The virus currently has very many opportunities to multiply – in infected people and in the gigantic animal reservoir. Not just minks, but cats, dogs, mice and rats can get infected with SARS-CoV-2, even hippos! And the more a virus multiplies, the greater the opportunity it has to mutate. It’s like the lottery: A person who fills out just one ticket has a much smaller chance of winning the main prize than someone who fills out millions of them.
DER SPIEGEL: If the pandemic is now slowly coming to an end, is there still a need for the compulsory vaccination that many are calling for in Germany?
Schroeder: A high vaccination rate remains important no matter what. A low vaccination rate extends the pandemic – a high one would help us to finally be one step ahead of the virus. The question is how we can reach this high rate. I would have found it much better if we had done everything possible to make compulsory vaccination unnecessary, instead of always ruling out a vaccine requirement. Other countries like Portugal have succeeded in that. Instead, we have allowed two camps to emerge – vaccine supporters on the one and the vaccine opponents on the other – and now the situation is extremely difficult.
DER SPIEGEL: A common argument against compulsory vaccination is that with Omicron, the vaccination is purely self-protection because you can still get infected.
Schroeder: I believe that is totally wrong. If even just a part of the 3 million unvaccinated people over 60 that we still have in Germany gets infected, that, of course, affects us all: Then the hospitals will once again be less able to take care of heart attack and cancer patients. If you always emphasize toleration instead of consequences, then at some point you lose the sensible people. The people who have been cautious for two years slowly begin feeling that the person who acts responsibly is the dumb one. A minority contributes to prolonging the pandemic much more than necessary – with negative consequences for us all.
DER SPIEGEL: When the worst is over, are you worried that you will be accused of having been too alarmist?
Schroeder: I think that alarmism is more of a problem of the recipient than of the messenger. I myself am pretty rationally oriented, and I like to make well-informed decisions. I see the task of science in the pandemic as that of providing solid information. But I can’t influence in individual cases what people do with the information they get from me.
DER SPIEGEL: In talk shows, where you have often been a guest, it’s not just about scientific information, but also about emphasis and intonation. Did you carefully think in advance about what balance you wanted to strike?
Schroeder: Yes, very carefully. It is very difficult to find exactly the right tone there.
DER SPIEGEL: What are you most looking forward to when summer arrives?
Schroeder: To large, spontaneous parties! We actually always have our place totally full in the summer with family, friends, our children, their friends. I totally miss that. And it’s annoying to have to worry whether the people you meet with anyone are adhering to the coronavirus rules. At the point I stop caring about that, perhaps the pandemic will finally be over for me, too.
DER SPIEGEL: Dr. Schroeder, we thank you for this interview.
Posted by Paulo Roberto de Almeida at 04:35 Nenhum comentário:
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Labels: COVID-19, Der Spiegel, infecção infantil, Jana Schroeder

O Brasil começa progressivamente a reconstruir a sua política externa multilateral: acordo mundial sobre a pandemia

 Brasil é escolhido para negociar tratado sobre pandemia na OMS


Jamil Chade
Colunista do UOL
02/02/2022 16h54

Brasil foi escolhido para formar parte do órgão restrito de países com a missão de negociar um tratado internacional sobre pandemias. A iniciativa, que irá mobilizar as chancelarias por anos, é considerada como o projeto diplomático mais importante na construção de um sistema mundial pós-covid-19.

Se sob a gestão de Ernesto Araújo no Itamaraty o Brasil sequer fez parte do evento que lançou o projeto de um tratado, em 2021, o governo brasileiro agora busca um lugar de protagonismo no processo de negociação.

A escolha do Brasil ocorreu por consenso nas Américas, enquanto candidaturas de Chile e Canadá foram preteridas. Se a atual gestão de Jair Bolsonaro pesa contra o Brasil no fórum internacional, a perspectiva internacional de que seu governo está chegando ao fim e a experiência do Itamaraty em construir pontes entre diferentes grupos de países acabaram convencendo a região a dar seu apoio ao Brasil.

A ideia da OMS é que o mundo não pode simplesmente virar a página da pandemia, sem antes estabelecer um tratado que permita criar regras entre países. A meta é que, em uma eventual nova crise sanitária, os mesmos erros identificados em 2020 e 2021 sejam evitados, inclusive sobre a transparência de governos diante de surtos, a transferência de tecnologia e amostras de vírus.

"Se o mundo conta com tantos tratados internacionais sobre outros riscos, ele precisa ter um acordo sobre a pandemia", defendeu Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. O objetivo do novo acordo é estabelecer regras no mundo sobre como lidar com futuras crises sanitárias, com obrigações e direitos de países.

O tratado pandêmico terá de ser aprovado por todos os governos. Mas um grupo foi designado para que, nos próximos anos, comece a desenhar o que seria o novo instrumento internacional.

Além do Brasil, o órgão negociador contará com Egito, Japão, Holanda, África do Sul e Tailândia.

Do mesmo lado da China e EUA, Brasil resiste à ideia de dar maiores poderes para inspeções da OMS
Em alguns pontos do processo negociador, a postura brasileira coincide com potências que não querem a criação de um pacto internacional que permita que a OMS simplesmente entre em um país para vistoriar surtos.

De fato, no processo de debate sobre o tratado, o governo brasileiro resistiu e pediu esclarecimentos sobre propostas que poderiam significar um questionamento da soberania.

O governo brasileiro não é contra um acordo. Mas vê com preocupação algumas das bases sobre as quais a proposta está sendo construída.

A proposta sobre a mesa, hoje, é considerada como sendo delicada, tanto em termos geopolíticos como econômicos. Para alguns governos, como o do Brasil, o conceito de uma suposta responsabilidade por proteger a saúde da população esbarra num flerte ao questionamento da própria soberania.

Um dos elementos de maior discórdia vem da ideia apresentada pela OMS e pela União Europeia sobre a necessidade de criar uma espécie de direito à inspeção, sempre que um surto aparecer.
Os emergentes, porém, alertam que não existe clareza sobre quem estaria sob comando dessa inspeção e sob qual mandato.

O temor é que, sendo países tropicais, esses locais sejam mais frequentemente alvos de pressões por missões de inspeção, justamente pela existência de diferentes surtos.

Missões internacionais, portanto, poderiam significar também o questionamento da segurança de algumas dessas áreas e a declaração de zonas de interesse internacional. No Brasil, esse cenário é considerado como uma ameaça contra a soberania.

Além da inspeção, uma das propostas fala na criação de pontos focais da OMS dentro de cada um dos países, com total independência para agir. A proposta também enfrenta resistência dentro do governo brasileiro.

Mas esse não é o único ponto de discórdia. Um dos principais elementos de impasse se refere ao compartilhamento de amostras biológicas.

Pela proposta da UE, essa transparência e trocas de dados deveriam ocorrer de forma automática e sem contrapartida. Países que descubram um vírus devem, imediatamente, tornar uma amostra do elemento acessível a qualquer outro governo.

Mas, para os emergentes, existe um desequilíbrio se tal compartilhamento não for acompanhado por uma garantia de que essas economias terão acesso a tecnologias, vacinas, tratamento e equipamentos de diagnóstico desenvolvidos a partir do acesso ao material biológico.

A queixa é a de que, depois de dar acesso às amostras, os emergentes teriam de pagar para aqueles que receberam de forma gratuita a base de uma inovação.

Para os países em desenvolvimento, a ausência de um debate ainda sobre patentes e acesso a remédios e vacinas também dificulta a criação de um novo tratado que seja considerado como equilibrado.

O impasse, porém, tem gerado a insatisfação de certos grupos, inclusive dentro da OMS. A pressão por um pacto, porém, é grande. Há poucas semanas, num comunicado, mais de 30 países insistiram sobre a necessidade de fechar um acordo.

"Um tratado, convenção ou acordo legalmente vinculante, sob os auspícios da OMS, tem o potencial de fornecer ao mundo uma estrutura ambiciosa para melhor prevenir, preparar e responder a futuras pandemias e epidemias", alegou o grupo, liderado pela Europa.

"Um novo instrumento internacional deve quebrar o ciclo de "pânico e negligência" e elevar a atenção política de alto nível para preparação e resposta a pandemias", disse o bloco que ainda inclui países como Chile, Costa Rica, Quênia, Coreia, Ruanda, Reino Unido, Tailândia, Tunísia e Turquia.

"Um novo tratado deve reunir sistematicamente os signatários, impulsionando e apoiando um cumprimento mais forte através de um processo de revisão regular, e assegurando que a preparação e resposta para pandemias continue sendo uma característica regular nas agendas dos líderes mundiais", eles insistem.

As copresidentes do painel criado para avaliar a resposta internacional à pandemia emitiram uma declaração com um tom semelhante. Elas advertiram que "a necessidade de reformas é urgente", e pediram aos países "que trabalhem com o propósito de obter resultados reais que protejam as pessoas".

"O que é necessário agora é que os países deem um empurrão final para que a oportunidade de criar um mundo mais seguro não nos escape por entre os dedos", disse uma das líderes do processo, a ex primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark.

"Perguntamos: se esta pandemia representando uma ameaça para a saúde e o bem-estar da humanidade no mundo inteiro não pode catalisar uma mudança real, o que irá?", completou.

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2022/02/02/brasil-e-escolhido-para-negociar-tratado-sobre-pandemia-na-oms.htm
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Labels: diplomacia multilateral, política externa brasileira

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Revista de Guerra Naval, número de agosto de 2021

A REVISTA DA ESCOLA DE GUERRA NAVAL acaba de publicar seu número V.

27 n.2 maio/agosto de 2021.

O sumário encontra-se disponível 

em: https://revista.egn.mar.mil.br/index.php/revistadaegn/issue/view/96 

Esta edição contém os seguintes trabalhos:

A guerra financeira no século XXI: a revolução da “bomba-dólar” e a
contrarrevolução (?) do “renminbi digital”
Fernando Silva Azevedo, Daniel Santos Kosinski

Guerras brasílicas do século XXI: eclipse da soberania nos black spots das
grandes metrópoles brasileiras
Henrique de Oliveira Mendonça, Tássio Franchi

Submarinos para quê? condicionantes do programa de desenvolvimento dos
submarinos brasileiros
Deywisson Souza Ronaldo Oliveira de Souza, Marcos Aurélio Guedes de
Oliveira

As duas lógicas nucleares
José Augusto Abreu de Moura, Alvaro Augusto Dias Monteiro

China e seus Riscos Geopolíticos pós COVID-19: um exame a partir de
cenários prospectivos
Marcos Alan S.V. Ferreira, Marco Túlio Souto Maior Duarte

Truman doctrine (1946); defense planning guidance (1991) & the national
security strategy (2002): the mackinder & spykman dialectics revisited
Andre Luiz Varella Neves

E-navigation: solução safety e sustentável para uma nova era?
Laís Raysa Lopes Ferreirascola de Guerra Naval - V. 27 N.2 de 2021

Between Russia and europe: the role of national identities in international
relations of Estonia, Latvia and Lithuania
Erica Simone Almeida Resende, Graziela Dumard

Respeitosamente

          WALTER MAURÍCIO COSTA DE MIRANDA
    Editor-executivo da Revista da Escola de Guerra Naval
          Encarregado da Divisão de Divulgação da SPP

REVISTA DA ESCOLA DE GUERRA NAVAL
v. 27, n. 2 (2021): REVISTA DA ESCOLA DE GUERRA NAVAL
Sumário
https://revista.egn.mar.mil.br/index.php/revistadaegn/issue/view/96

Artigos
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Labels: Revista da Escola de Guerra Naval

O Mercosul em frangalhos: hora de repensar o bloco? - Notícias argentinas

NOTÍCIAS ARGENTINAS:

China inks $8 bln nuclear power plant deal in Argentina

1 . La Nación, Buenos Aires – 3.2.2022

Alberto Fernández llegó a Moscú y mañana se reunirá con Vladimir Putin

Elisabetta Piqué

Moscú - Temperaturas bajo cero y la guerra de nervios entre Rusia y Ucrania al rojo vivo. Ese es el clima que recibió esta noche aquí al presidente Alberto Fernández...

En efecto, mañana después reunirse con Putin seguirá viaje rumbo a Pekín, donde asistirá a la ceremonia de inauguración de los Juegos Olímpicos Invernales y se verá con otro jugador clave del tablero internacional, el presidente chino, Xi Jinping.

...El Gobierno argentino no sólo busca profundizar en el sentido más amplio el vínculo con Rusia -un país seis veces más grande, con una población de 146 millones de habitantes y uno de los grandes actores de la escena internacional-, sino también, la posibilidad de sumarse al grupo de los BRICS, que integra junto a Brasil, India, China y Sudáfrica. 

...“Se trata de uno de los temas en carpeta y una aspiración que podría plantearle Alberto a Putin: que los BRICS incorporen a la Argentina y el club pase a ser BRICSA”, revelaron a La NACION fuentes informadas, que destacaron que un posible cambio de gobierno en Brasil, con Lula da Silva de nuevo el poder, haría plausible tal proyecto.


2. Avanço chinês mostra disfunções do Mercosul

A função de um bloco não é armar protecionismos indefensáveis
02/02/2022 05h02  Atualizado há 10 horas

O fato de a China ter ultrapassado o Brasil em suas exportações para a Argentina diz muito sobre o mau estado do Mercosul e sobre a perda de competitividade das indústrias dos dois lados da fronteira - o contrário do que a criação de um bloco comercial na região se propôs. O poder de conquistar mercados do maior exportador do mundo, a China, é gigantesco, mas os desacertos políticos entre as duas maiores economias do bloco, Brasil e Argentina, facilitaram bastante o trabalho dos chineses.

...Um dos objetivos de acordos comerciais como o do Mercosul é unir as vantagens comparativas de seus membros, propiciar o pleno usufruto delas, buscar novas complementaridades e oportunidades de especialização regional. Não foi o que aconteceu nos 30 anos de vida do Mercosul.

...Com o governo de Néstor Kirchner, primeiro, e Cristina Kirchner, depois, a Casa Rosada tomou todo tipo de medida para impedir o comércio com seu aliado formal do Mercosul, enquanto deixou o flanco aberto a competidores muito mais agressivos, como os chineses. A Argentina passou anos contendo burocraticamente as exportações brasileiras para seu mercado, por meio de licenças prévias de importação e acordos de “restrição voluntária”. Os livros-texto apontam que essas restrições podem provocar desvio de comércio. A China foi seu principal beneficiário.

...Em 2009, por exemplo, quando o então presidente Lula começou a retaliar os argentinos com as mesmas medidas protecionistas que tomavam, a Argentina mudou regras de validação de certificados que beneficiavam os brinquedos brasileiros. A China fornecia 79% das importações argentinas desses produtos, mas o governo Kirchner resolveu implicar com seu parceiro comercial, o Brasil, cujas vendas somavam 2,2% das importações. Desde 2005 o Brasil, com as restrições, perde na venda de têxteis enquanto os chineses crescem. A China passou à frente na venda de calçados no fim da década de 2000, eles também sujeitos a licenças prévias. Em 2009, a China recebeu 60% dessas licenças de importação para esse bem, e as empresas brasileiras, 30%

O resultado é que a China, que ninguém pode controlar, vendeu 21,4% de tudo o que a Argentina importou em 2021, e o Brasil, com o qual a Argentina tem um tratado e é obrigado a negociar, exportou 19,6%. Em 2010, as fatias eram respectivamente de 14,3% e 30%. Os chineses subiram os degraus de sofisticação tecnológica. Primeiro derrubaram seus competidores nas indústrias tradicionais, como têxteis e calçados, e depois naquelas em que países como Argentina e Brasil poderiam avançar, e não o fizeram. O progresso chinês no Mercosul explica parte da prostração da indústria nas maiores economias da América do Sul.

https://valor.globo.com/opiniao/noticia/2022/02/02/avanco-chines-mostra-disfuncoes-do-mercosul.ghtml

Observações de um amigo: 

1. Fernandez foi visitar Putin e pedir para entrar no BRICS, que já quer rebatizar de BRICSA. Está só esperando que Lula assuma. 

2. Protecionismo argentino contra o Brasil facilita o desvio de suas importações em favor da China. 

Obs.: Talvez o Uruguai tenha razão ao sugerir que seria melhor que os membros do Mercosul recuperem a liberdade de negociar acordos de livre comércio com terceiros países, já que o protecionismo a nível dos 4 é inviável, com ou sem a intrusão comercial chinesa. Dado o peso limitado desse mercado para o potencial exportador brasileiro (salvo setores ou produtos específicos, como veículos automotores, que podem ser atendidos por acordos específicos, sob medida), o Brasil estaria melhor servido se o Mercosul fosse transformado em zona de livre comércio, sobretudo porque a ideia original de evoluir para um mercado comum, copiado da Europa, é uma hipótese que não se sustenta depois de 30 anos de experiência, inclusive porque o único parceiro que conta é a Argentina.

Posted by Paulo Roberto de Almeida at 14:12 Nenhum comentário:
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Labels: Mercosul, Notícias argentinas

Bicentenário da Independência: emissões do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (via YouTube)

Playlist da série História do Brasil em Perspectiva, promovido pelo IHG-DF, em seus vários l episódios já realizados sobre a temática do Bicentenário da Independência:

https://www.youtube.com/playlist?list=PLVBII2sTxDqlPxl8j-06O-0jKcYt2snYg


1) 200 anos do Voto no Brasil: apresentador: José Theodoro Mascarenhas Menck; dia 22/09/2021; moderador: Bernardo Estellita Lins
    https://www.youtube.com/watch?v=5oaBTbAeUl0&list=PLVBII2sTxDqlPxl8j-06O-0jKcYt2snYg&index=2

2) Insurreições no Brasil Colônia e Reino Unido: apresentadores: Ronaldo Poletti (presidente do IHG-DF) e José Theodoro Mascarenhas Menck; 
    dia 15/10/2021; moderador: Bernardo Estellita Lins
    https://www.youtube.com/watch?v=9_jD6eB0m5o&list=PLVBII2sTxDqlPxl8j-06O-0jKcYt2snYg&index=3

3) A imprensa na emancipação política do Brasil: apresentadora: Isabel Lustosa; dia 5/11/2021; moderador: Bruno A. de Cerqueira
    https://www.youtube.com/watch?v=FWT-_8GOVsA&list=PLVBII2sTxDqlPxl8j-06O-0jKcYt2snYg&index=1

4) A Maçonaria no Bicentenário: apresentadores:William Almeida de Carvalho e Ronaldo Poletti; dia 26/11/2021; moderador: José Theodoro Mascarenhas Menck
    https://www.youtube.com/watch?v=526G6l5Rmn0&list=PLVBII2sTxDqlPxl8j-06O-0jKcYt2snYg&index=4

5) A diplomacia da Independência: apresentadores: Carlos Henrique Cardim e Paulo Roberto de Almeida; dia 17/12/2021; moderador: José Theodoro Mascarenhas Menck
    https://www.youtube.com/watch?v=CUkTkZAfjhA&list=PLVBII2sTxDqlPxl8j-06O-0jKcYt2snYg&index=5

6) Dia do Fico, 9 ou 10 de janeiro de 1822?: apresentador: José Theodoro Mascarenhas Menck; dia 8/01/2022; moderador: Bruno A. de Cerqueira (NOTA: este evento não se inscreve na série de lives do IHG-DF; mas se insere no mesmo universo de debates historiográficos promovidos pelo Instituto)
    https://www.youtube.com/watch?v=B6MdualUX8U

7) Oliveira Lima e a História da Independência: apresentador: André Heráclio do Rêgo; dia 28/01/2022: moderadores: Paulo Roberto de Almeida e Bruno A. de Cerqueira
    https://www.youtube.com/watch?v=un_jBEDxlS0&list=PLVBII2sTxDqlPxl8j-06O-0jKcYt2snYg&index=6

8) A Independência - uma história em construção: apresentador: João Paulo Pimenta; moderador: Paulo Roberto de Almeida (Programado para 11/02/2022)

Posted by Paulo Roberto de Almeida at 01:13 Nenhum comentário:
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Labels: História do Brasil em Perspectiva; Bicentenário da Independência, IHG-DF, lives
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Paulo Roberto e Carmen Lícia

Paulo Roberto e Carmen Lícia
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Breve Perfil

Paulo Roberto de Almeida
Doutor em Ciências Sociais, com vocação acadêmica voltada para os temas de relações internacionais, de história diplomática do Brasil e para questões do desenvolvimento econômico. Profissionalmente, sou membro da carreira diplomática desde 1977. Minhas preocupações cidadãs voltam-se para os objetivos do desenvolvimento nacional, do progresso social e da inserção internacional do Brasil. Entendo que cinco das condições básicas para que tais objetivos sejam atingidos podem ser resumidas como segue: macroeconomia estável, microeconomia competitiva, boa governança, alta qualidade dos recursos humanos e abertura ao comércio internacional e aos investimentos estrangeiros. Este blog serve apenas de divertissement. Para meus trabalhos mais sérios, ou pelo menos de caráter acadêmico, ver o site http://www.pralmeida.org/.

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Works PRA

  • Carreira na diplomacia
  • Iluminuras: minha vida com os livros
  • Manifesto Globalista
  • Sun Tzu para Diplomatas: uma estratégia
  • Entrevista ao Brasil Paralelo
  • Dez grandes derrotados da nossa história
  • Dez obras para entender o Brasil
  • O lulopetismo diplomático
  • Teoria geral do lulopetismo
  • The Great Destruction in Brazil
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Carmen Lícia e Paulo Roberto

Uma seleção de textos

  • Tobias Barreto: ingresso no IHG-DF
  • Manifesto Globalista
  • The Great Destruction on Brazil
  • Manual pratico de decadência
  • Miséria da Oposição no Brasil
  • Pensamento Diplomatico Brasileiro
  • Tratado Geral da Mafia
  • A globalizacao e seus descontentes
  • Aumentam os idiotas no mundo
  • Dez regras modernas de diplomacia
  • Contra a anti-globalizacao
  • Diplomacia: dicas de ingresso na carreira
  • Falacias Academicas: discutindo os mitos
  • Mini-tratado das reticencias...
  • O fim do desenvolvimento
  • Sete Pecados da Esquerda
  • Uma agenda ainda valida?
  • Uma proposta modesta: a reforma do Brasil

Links

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Uma reflexão...

Recomendações aos cientistas, Karl Popper:
Extratos (adaptados) de Ciência: problemas, objetivos e responsabilidades (Popper falando a biólogos, em 1963, em plena Guerra Fria):
"A tarefa mais importante de um cientista é certamente contribuir para o avanço de sua área de conhecimento. A segunda tarefa mais importante é escapar da visão estreita de uma especialização excessiva, interessando-se ativamente por outros campos em busca do aperfeiçoamento pelo saber que é a missão cultural da ciência. A terceira tarefa é estender aos demais a compreensão de seus conhecimentos, reduzindo ao mínimo o jargão científico, do qual muitos de nós temos orgulho. Um orgulho desse tipo é compreensível. Mas ele é um erro. Deveria ser nosso orgulho ensinar a nós mesmos, da melhor forma possível, a sempre falar tão simplesmente, claramente e despretensiosamente quanto possível, evitando como uma praga a sugestão de que estamos de posse de um conhecimento que é muito profundo para ser expresso de maneira clara e simples.
Esta, é, eu acredito, uma das maiores e mais urgentes responsabilidades sociais dos cientistas. Talvez a maior. Porque esta tarefa está intimamente ligada à sobrevivência da sociedade aberta e da democracia.
Uma sociedade aberta (isto é, uma sociedade baseada na idéia de não apenas tolerar opiniões dissidentes mas de respeitá-las) e uma democracia (isto é, uma forma de governo devotado à proteção de uma sociedade aberta) não podem florescer se a ciência torna-se a propriedade exclusiva de um conjunto fechado de cientistas.
Eu acredito que o hábito de sempre declarar tão claramente quanto possível nosso problema, assim como o estado atual de discussão desse problema, faria muito em favor da tarefa importante de fazer a ciência -- isto é, as idéias científicas -- ser melhor e mais amplamente compreendida."

Karl R. Popper: The Myth of the Framework (in defence of science and rationality). Edited by M. A. Notturno. (London: Routledge, 1994), p. 109.

Uma recomendação...

Hayek recomenda aos mais jovens:
“Por favor, não se tornem hayekianos, pois cheguei à conclusão que os keynesianos são muito piores que Keynes e os marxistas bem piores que Marx”.
(Recomendação feita a jovens estudantes de economia, admiradores de sua obra, num jantar em Londres, em 1985)

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