terça-feira, 19 de outubro de 2010

A "guerra cambial" do ministro Mantega (2): atirando no mensageiro...

Mais uma do ministro Mantega: se ao menos ele fizesse o seu dever no plano fiscal, já seria uma grande coisa.
Fica brincando de comprar dólares e acha que taxar alguns fluxos vai resolver o problema.
Não vai!
Por que nao se dedica ao que tem de fazer de verdade?
Combater o déficit fiscal, reduzir as despesas públicas e permitir assim a redução da taxa de juros do mercado doméstico.
Bastava fazer isso. Aliás o seu dever...
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Paulo Roberto Almeida

Governo eleva IOF sobre capital estrangeiro em renda fixa a 6%
Francisco Carlos de Assis e Adriana Fernandes
Agência Estado, 19.10.2010

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou na noite desta segunda-feira, 18, duas novas medidas com o objetivo de atenuar a pressão cambial sobre o real. Uma delas é o aumento de 4% para 6% da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre investimentos externos em renda fixa e a outra medida é a elevação do IOF para o recolhimento de margem na BM&FBovespa dos atuais 0,38% para 6%. “O que queremos é diminuir o apetite dos aplicadores estrangeiros de curto prazo. Aqueles que vêm aplicar de dois a três anos pagarão o IOF, mas não devem parar de investir no Brasil”, afirmou o ministro.

As novas medidas cambiais não vão afetar os investimentos estrangeiros para compra de ações, que continuam sujeitos a uma alíquota de IOF de 2%. “Isso (as medidas) não abrangem, por exemplo, as compras de ações. A compra de ações não foi mexida na mudança passada e continua em 2% como era antigamente”, afirmou Mantega.

Mantega disse que o estoque do volume de margem na BM&Bovespa é de US$ 20 bilhões e que esse montante pode lastrear US$ 200 bilhões. “Veja a taxa de alavancagem!”, destacou o ministro, ao justificar a razão de estar elevando para 6% a alíquota do IOF sobre o recolhimento de margens.

Ele disse acreditar que essas medidas surtirão efeito, contudo não descartou a possibilidade de novas medidas caso seja necessário. Mantega destacou que é importante aguardar os resultados das medidas anunciadas esta noite e explicou que o governo pretende dosar as medidas até porque não há interesse em prejudicar os investimentos estrangeiros diretos. “Queremos atenuar o excesso de variações. O que vai acontecer com o câmbio não sei dizer porque não faço projeções cambiais”, disse.

O ministro disse que há um apetite muito grande da parte dos investidores estrangeiros e que só no mês passado entraram no País US$ 16 bilhões, e adiantou que na última semana houve um forte ingresso de capital estrangeiro, mas sem citar números. O ministro adiantou ainda que nas conversas na semana passada, em Washington, percebeu que há um número significativo de grandes fundos estrangeiros querendo desembarcar no Brasil. “Para fazermos o moderador de apetite estamos avisando que quem vier investir no Brasil vai ganhar menos e que deve olhar também para outros países”, comentou, dando como exemplo a Austrália.

Mantega voltou a enfatizar a necessidade de uma ação coordenada para combater a guerra cambial no mundo. “Eu desnudei esse tema. Tirei o véu da guerra cambial, agora estamos fazendo uma ação coordenada de vários países porque se cada um tomar uma medida individual, os EUA continuarão emitindo e a China desvalorizando a sua moeda e fica todo mundo na mesma situação”, afirmou.

Diário oficial
A assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda informou em Brasília que as novas medidas anunciadas hoje pelo ministro Guido Mantega entrarão em vigor nesta terça-feira se o decreto estiver publicado no Diário Oficial da União. A assessoria admitiu, no entanto, que não há certeza até o momento se haverá tempo hábil para a publicação no Diário Oficial desta terça.

A "guerra cambial" do ministro Mantega (1): primeiro round, sem resultados...

Quem acredita em "coordenacao de políticas econômicas" nacionais, acredita também em duendes e outros seres fantásticos. Isso não existe. Cada país pratica a política de sua melhor conveniência. A China efetivamente manipula a sua moeda, para fins exclusivamente nacionais, que sao os de produzir emprego, renda e riqueza. Ao fazer isso, porem, ela deixa a sua população menos rica (não mais pobre) do que ela poderia ser, dado o tremendo sucesso de sua política de criar empregos, renda e riqueza. É uma escolha, tão legítima quanto qualquer outra.
Quanto ao Brasil, a sua moeda vai continuar se valorizando, e o culpado é o proprio governo, pois é ele quem atrai capitais, ao manter essas taxas de juros excessivamente elevadas. O acumulo inutil e absurdo de reservas representa um custo tao alto quanto a cobertura do deficit da previdencia, o que em si já é um absurdo.
Bastaria o governo controlar os seus gastos, diminuir os seus deficits, para evitar o pagamento desses juros absurdos da divida.
Nao adianta nada ficar comprando dolares, pois eles vao continuar entrando.
Ou seja, a China faz aquilo que ela considera ser melhor para sua populacao.
Nos fazemos o que interessa aos especuladores dos mercados de capitais. Uma irracionalidade completa.
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Paulo Roberto Almeida

Reunião do FMI termina sem acordo para resolver 'guerra cambial'

Nenhum país envolvido sinalizou mudanças de curto prazo em políticas; tema será retomado em encontro em Seul no mês que vem

Depois de três dias de intensas discussões entre ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais, a reunião anual do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial terminou neste domingo, em Washington, sem perspectivas de solução para os desequilíbrios cambiais entre os países.

Apesar das manifestações sobre a necessidade de uma ação global coordenada para resolver o conflito em vez de medidas individuais, nenhum dos envolvidos demonstrou sinais de que mudará suas políticas no curto prazo, e o encontro chegou ao fim sem um acordo prático sobre a questão cambial.

O tema será retomado no próximo mês, quando líderes do G20 (grupo das principais economias avançadas e em desenvolvimento, do qual o Brasil faz parte) se reúnem em Seul, na Coreia do Sul, mas também nesse encontro a expectativa de um acordo que solucione o problema é baixa.

Os dois principais atores no conflito, Estados Unidos e China, já sinalizaram que não pretendem mudar de postura, e a chamada "guerra cambial" - expressão usada inicialmente pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que acabou ganhando atenção mundial - não deve acabar tão cedo.

China e Estados Unidos
Os Estados Unidos mantiveram no encontro de Washington sua pressão para que a China permita a valorização de sua moeda, o yuan. O governo americano, assim como outros países, acusa os chineses de manter sua moeda artificialmente desvalorizada, ganhando assim competitividade considerada "desleal" em suas exportações.

O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, não citou a China diretamente, mas criticou o desequilíbrio na balança comercial ao falar de países que, "por muito tempo, orientaram suas economias à produção para exportação em detrimento do consumo doméstico, contando com os Estados Unidos para importar bens e serviços" e disse que é crucial que "as principais economias emergentes" adotem uma taxa de câmbio mais flexível.

A China, porém, resiste às pressões e diz que mudanças ocorrerão de forma "gradual", sem mencionar prazos. O representante do país na reunião em Washington, Zhou Xiaochuan, rebateu as críticas e disse que o superávit comercial caiu e a moeda chinesa "teve apreciação moderada" nos últimos meses.

Os Estados Unidos, por sua vez, foram o principal alvo de críticas de países como o Brasil nas discussões sobre os desequilíbrios cambiais.

"Hoje o desequilíbrio mais importante é a expansão monetária norte-americana, usada para combater o baixo crescimento e o desemprego ainda elevado nos Estados Unidos", disse o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

"Isso é a grande injeção de liquidez na economia internacional, não é o acúmulo de reservas dos emergentes que vai assumir essa responsabilidade", afirmou.

No entanto, apesar das pressões, não há sinais de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pretenda parar de emitir dinheiro no curto prazo.

Brasil
Nesse cenário, espera-se que grandes fluxos de capital estrangeiro continuem a inundar mercados emergentes, como o Brasil, onde a alta taxa de juros é um dos motivos de atração dos investidores externos, já que em muitos países avançados essas taxas estão próximas de zero.

Em uma reunião no domingo, Philip Suttle, o economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), entidade que reúne os grandes bancos globais, deu seu recado aos emergentes: "Acostumem-se com taxas de câmbio mais fortes".

Segundo Suttle, o mundo pós-crise está diferente, com as economias maduras em situação menos favorável que as emergentes.

O fluxo excessivo de capitais, porém, pode causar estragos nas economias emergentes. No Brasil, por exemplo, vem forçando a alta do real frente ao dólar, o que é motivo de preocupação para o governo e os exportadores nacionais.

Na semana passada, o governo anunciou o aumento da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para aplicações de estrangeiros no mercado de renda fixa, em uma tentativa de conter a entrada excessiva de capital estrangeiro e aliviar as pressões sobre o real.

Proteção

Apesar de adotar o discurso corrente na reunião do FMI de que é necessária uma ação global, o Brasil já avisou que vai continuar tomando medidas unilaterais para se proteger da "guerra cambial".

"Trabalhamos em um âmbito global, achamos que a solução passa certamente por uma discussão global, mas independentemente disso, o Brasil toma as suas providências para proteger a sua economia", disse o presidente do Banco Central.

Meirelles afirmou que o Brasil não vai aceitar "importar desequilíbrios de outros países" que coloquem em risco o bom momento da economia brasileira.

Diante desse impasse, o único compromisso resultante da reunião em Washington foi o de que o FMI irá reforçar a supervisão do sistema financeiro internacional e fará relatórios sobre os impactos que medidas cambiais e fiscais de cada país podem ter sobre outras economias.

Sobre a tão mencionada necessidade de ação coordenada, porém, não houve avanços.

Brazilian Foreign Policy - Jaime Daremblum

Brazil's Post-Lula Foreign Policy
By Jaime Daremblum
Real Clear World, October 18, 2010

On October 31, Brazilians will elect a successor to President Lula da Silva, who is set to leave office with sky-high approval ratings and a record of historic domestic achievements. Under his watch, the country's poverty rate has plunged, and millions of Brazilians have entered the middle class, thanks in large part to the expansion of a cash-transfer program known as Bolsa Família. This year, Brazil's economy will grow by over 7 percent.

It is easy to see why Lula has become the most popular president in Brazilian history, and it is easy to see why either of his potential successors - Dilma Rousseff of the Workers' Party (the heavy favorite) and José Serra of the Social Democracy Party - will likely maintain Brazil's current mix of centrist economic policies.

In the realm of foreign affairs, however, Lula's record has been much less impressive. In June 2009, after the Iranian regime blatantly stole an election from the opposition and then unleashed thugs to attack student protestors, Lula claimed there was "no evidence" of electoral fraud. "I don't know anyone, other than the opposition, who has disagreed with the elections in Iran," he said.

A year later, his intervention in the Iranian nuclear standoff made it seem as if Brazil was siding with the mullahs against the West. Whatever Lula's intentions, people around the world saw photographs of the Brazilian president triumphantly raising arms with Iranian leader Mahmoud Ahmadinejad; celebrating a nuclear "deal" that proved utterly meaningless.

His role in the 2009 Honduran political crisis was also regrettable. Even after it had become apparent that the removal of President Manuel Zelaya was a constitutionally sanctioned defense of democracy, Lula continued to fan the flames by denouncing it as a military coup. Brazil still has not recognized the Honduran government of Porfirio Lobo, who won a free and fair election last November. "President Lobo has done everything he said he would do," U.S. Secretary of State Hillary Clinton declared in June. "He provided political amnesty. He set up a truth commission. He has been very committed to pursuing a policy of reintegration."

By refusing to restore diplomatic relations with Tegucigalpa, Lula has endorsed the Hugo Chávez line that Lobo is an illegitimate president. His successor should renew ties with Honduras, whose government deserves the support of democrats everywhere.

The next Brazilian president should also reject Lula's approach to Cuba and Venezuela - an approach that has led him to excuse brutal human-rights violations. Earlier this year, after the death of a Cuban political prisoner, Lula effectively criticized anti-Castro hunger strikers and defended Fidel, his old friend. Lula has also cozied up to Hugo Chávez, Venezuela's Castro-wannabe. In an interview with Der Spiegel, he praised Chávez as "the best president of Venezuela in the last 100 years."

Meanwhile, Lula has displayed a troubling attitude toward Israel. This past March, during a trip to the Middle East, Lula declined to place a wreath at Theodor Herzl's Jerusalem grave - but he did travel to Ramallah and lay a wreath at Yasser Arafat's grave. "It is offensive that he laid a wreath at the grave of a terrorist, but not at the tomb of Zionism's visionary," a senior Israeli Foreign Ministry official told the Jerusalem Post.

Lula's anti-Israel and pro-Arafat sentiments reflect the spirit of the Non-Aligned Movement (NAM), which began in the 1950s as a legitimate anti-colonial association but was soon hijacked by Arafat, Castro and other Third World radicals. Brazil never officially joined the NAM, but it shared much of that organization's hostility toward the United States. Indeed, the country has a long history of irking the U.S. on high-profile diplomatic issues, such as the Nicaraguan civil war during the 1980s. As Newsweek correspondent Mac Margolis wrote last May, "Exacerbating Brazil's prickly foreign policy is a struggle within its foreign service, where a strain of anti-Americanism dating from the Cold War still runs deep."

Expunging the vestiges of that anti-Americanism should be a top priority of the next Brazilian government. Rather than cozying up to dictators in Iran and Cuba, Brazil should focus on stimulating positive cooperation among its fellow rising democracies, such as Mexico, India, Indonesia and South Africa. It is difficult to become a constructive, responsible actor in global affairs when your president is cavorting with the likes of Ahmadinejad and Castro.

While Brazil's underperforming education system remains a significant long-term weakness, its fast-growing economic power - fueled by its massive mineral and agricultural wealth - has presented with it an enormous opportunity to exert greater influence on international politics. Lula failed to make the most of that opportunity. Hopefully, his successor will do better.

Jaime Daremblum, who served as Costa Rica's ambassador to the United States from 1998 to 2004, is director of the Center for Latin American Studies at the Hudson Institute

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Um diálogo sobre as cotas raciais: Lucas e eu...

A propósito deste meu post:


O Brasil a caminho do atraso: estatuto da desigualdade racial (ou a construcao do Apartheid)

(segunda-feira, 18 de outubro de 2010) 

no qual eu transcrevia um post do site "Contra a Racialização do Brasil", sobre a entrada em vigor do Estatuto da (des)Igualdade Racial, que eu reputo um instrumento racista e um mecanismo de criação de conflitos raciais e sociais,

recebi este comentário do Lucas: 
Lucas disse...
Acompanho diariamente seu blog e concordo com 99% das coisas que o senhor diz, apenas nao concordo com suas posicoes em relacao a acoes afirmativas.  O sr. nao e' negro, nunca sofreu esse tipo de preconceito e so' quem e', assim como eu sou, sabe o quao humilhante e' ver a uma senhora atravessando a rua quando lhe ve caminhando em sua direcao.     Alguma coisa deve ser feita em relaca o a isso, talvez soframos agora no incio mas em 30 anos nossos filhos terao uma vida melhor e mais digna.    Considero que o Brasil levou muito tempo para tomar alguma atitude e justamente por isso que hoje tudo se torna tao complicado.    Algo deve ser feito pra retirar esse racismo ja encutido na cabeca de milhares de jovens brasileiros.  Eu sou uma testemunha do preconceito e racismo dos brasileiros em relacao aos negros (principalmente americanos).    Atualmente sou estudante internacional nos EUA e o que ouco de reclamacoes e xingamentos racistas de brasileiros em relacao aos negros e' de se preocupar.

Respondi (PRA) a ele o que segue abaixo: 

Lucas,
Desejo em primeiro lugar agradecer, sinceramente, seu comentário, e dizer que compreendo integralmente o que você quer dizer, e seu sentimento em relação a esse tipo de situação.
Vou tentar me explicar aqui e elaborar mais a respeito em um post, para que outros leiam nossos dois comentários.
De fato, eu não sou negro. Sou totalmente branco, cor de leite pasteurizado.
Meus avós vieram, respectivamente, de Portugal e da Itália para substituirem os negros nas fazendas de café depois que foi abolida a escravidão, que vitimou seus antecessores, disso temos ambos certeza.
Ou seja, meus avós eram tratados apenas um pouco melhor do que os escravos, e por isso abandonaram rapidamente a situação semi-escravagista das fazendas de café do interior de SP e do sul de MG (meu pai é de Rio Claro e minha mãe de Poços de Caldas), para irem trabalhar na cidade. Os filhos cresceram, se encontraram, casaram e eu vim ao mundo, numa casa muito pobre, sem água corrente, enfim, o que você deve imaginar. Trabalhei desde muito jovem (e coloque jovem nisso, desde criança para ser mais exato).
Mas, de fato, nunca sofri o tipo de discriminação a que você se refere e compreendo, como disse, seu sentimento.
Agora, compreenda o seguinte: o regime de cotas NUNCA vai corrigir esse tipo de situação, pois ele tenderá, apenas a fastar ainda mais as "raças" entre si, justamente por desenvolver o Apartheid.
Compreendo que você defenda o regime de cotas, pois que supostamente ele criaria um estrato de negros de classe média, bem vestidos e com aparência afluente, fazendo com que aquela senhora não tenha mais de atravessar a rua, com suposto medo.
Eu acredito, na verdade, que as cotas beneficiariam negros de classe média, ao mesmo tempo em que podem estar prejudicando brancos de classe média ou pobres.
Não me parece razoável substituir um tipo de discriminação por outro, quando a única solução efetiva e duradoura seria melhorar os níveis de eduçacão e sua qualidade para toda a população pobre do Brasil (onde os negros estão majoritariamente representados, sabemos disso), esperando que assim todos possam ingressar na universidade com base unicamente no mérito, e não em regime de favor.
Essa era a posição de Martin Luther King, e convido você a ler o seu famoso discurso "I have a dream".
O racismo se combate misturando as pessoas, e não separando.
Eu sou totalmente a favor de "eliminar" "raças" brancas, negras, amarelas, numa grande mistura universal, como é próprio da espécie humana, absolutamente una e indivisível. Isso não é racismo anti-negro, como alguns poderiam acusar, mas pode na verdade significar o "fim" da "raça" branca, dados os padrões de dominância genética, ou fenotípica (desculpe, não sou versado em biologia).
O racismo, infelizmente, é uma chaga que vai demorar a ser extirpada dos comportamentos humanos, tanto mais quanto persistirem essas barreiras sociais e que estão sendo erigidas por outras medidas racialistas, inclusive aquelas que estimulam o racismo negro anti-branco (que existe de forma muito forte nos EUA, como você sabe).

Estou aberto ao diálogo, sempre.
O abraco do

Paulo Roberto de Almeida
(19.10.2010)

Interrupcao eleitoral (11): comparando os governos Lula e FHC

Os petistas adoram comparar -- com dados manipulados, é claro -- seu governo com o de FHC, como se a comparação direta -- sem a devida correção, ou seja, com os dados em perspectiva, e relativamente a situações COMPARÁVEIS -- fosse possível.
Eles até inventaram um quadro supostamente retirado da The Economist, que constitui uma fraude completa, confirmando sua propensão a mentir deslavadamente.
Este site, Governo Brasil Wiki, realiza uma comparação de dados, utilizando-se dos dados corretos e das metodologias adequadas.
Ou seja, não se pode comparar diretamente o governo FHC com o governo Lula, pois se referem a épocas e contextos diferentes, mas sim se pode comparar, de um lado, o governo Lula com o de FHC (reportando-se, portanto, ao ritmo das transformações ocorridas no período), e, de outro lado, o governo de FHC com a evolução obtida em relação ao governo anterior. Isto é tão claro e elementar que eu nem precisaria estar lembrando essa simples relação de causalidades e de situações evolutivas ao longo do tempo.
Abaixo, apenas um resumo dos comparativos. O estudo completo pode ser visto neste link.

Governo Brasil Wiki

Para quem quer abandonar o uso do achômetro nestas próximas eleições. Comparações entre governos feitas apenas com dados reais de instituições respeitáveis. Declarações reais, gravadas e disponibilizadas em vídeo. Entrevistas, leis e artigos com suas fontes claramente citadas. Pare de acreditar nas bobagens da propaganda e veja a informação real.

* As estatísticas aqui apresentadas são selecionadas principalmente por aparecerem em propaganda eleitoral ou material de divulgação de partidos de forma errada e sem citação de fontes. Para mais informações, acesse diretamente os sites do IBGE, IPEA e outras fontes citadas abaixo.

Estatísticas de Nível de Vida
Artigo Principal: Estatísticas de Nível de Vida
Dados são informados até o ano mais recente de publicação dos mesmos pelos institutos responsáveis por sua manutenção.
Quando os anos não fecham com o início e fim dos governos há um hiato na divulgação de estatísticas e o ano mais próximo é utilizado.

Índice de Desenvolvimento Humano
O Índice de Desenvolvimento Humano, um dos principais indicadores do nível de vida da população de um país, cresceu muito mais durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula. Isto significa que a qualidade de vida do povo Brasileiro melhorou de forma mais acelerada no governo anterior que no governo atual.
Fonte: Dados oficiais da ONU
De 1995 a 2000 (FHC) cresceu 7,62% ou 1,48% ao ano
De 2000 a 2007 (Lula) cresceu 2,91% ou 0,41% ao ano
* Brasil só superou o crescimento médio mundial de 1995 a 2000
* Lula aproveita-se de um pouco do crescimento da época FHC nesta comparação devido à esparsidade dos dados

Acesso à Rede de água
O percentual de domicílios com acesso à rede de água potável encanada, condição praticamente básica à dignidade humana nos dias atuais, cresceu de forma muito mais rápida durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula.
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 42,09% em número absoluto ou 4,49% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 9,33% em proporção do total ou 1,12% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) cresceu 19,22% em número absoluto ou 3,58% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 4,02% em proporção do total ou 0,57% ao ano

Acesso à Rede de esgoto
A quantidade de domicílios com acesso à rede de escoamento de esgoto, critério essencial para a qualidade de vida da população, cresceu de forma mais rápida durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula.
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 55,16% em número absoluto ou 5,65% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 19,23% em proporção do total ou 2,22% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) cresceu 29,52% em número absoluto ou 5,31% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 14,62% em proporção do total ou 1,97% ao ano

Acesso à Energia elétrica
O percentual de domicílios com acesso à rede elétrica, outro critério essencial para a obtenção de um bom nível de qualidade de vida, cresceu muito mais rápido durante o governo anterior que no governo atual.
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 7,44% ou 0,90% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 2,48% ou 0,35% ao ano

Porcentagem de Domicílios com geladeira
O refrigerador tornou-se item essencial para a família. Mesmo assim, ainda existem domicílios que não possuem este eletrodoméstico. A proporção de domicílios com geladeira cresceu muito mais rápido durante o governo Fernando Henrique que no governo posterior.
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 20,75% ou 2,39% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 8,30% ou 1,15% ao ano

Porcentagem de Domicílios com televisão
Aparelho televisor, mesmo não sendo essencial à sobrevivência, é de grande importância para o tempo de lazer da população, influenciando assim a qualidade de vida. Acesso à televisão cresceu mais rápido no governo anterior que no governo atual, apesar da às vezes dramática diminuição nos preços.
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 18,73% ou 2,17% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 6,66% ou 1,30% ao ano
* Preços de TVs despencaram no governo Lula

Porcentagem de Domicílios com telefone
O telefone tornou-se um item essencial à qualidade de vida do cidadão. Antes considerado um bem de difícil acesso, após a privatização do setor sua disponibilidade cresceu vertiginosamente. A tabela abaixo resume os dados de crescimento no acesso a linhas telefônicas nos últimos governos.
Fonte: Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 224,21% ou 15,84% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 37,82% ou 4,69% ao ano

Mortalidade infantil
A alta mortalidade infantil era um dos problemas mais trágicos do Brasil. Felizmente, a estabilidade e o desenvolvimento tem permitido uma queda progressiva no número de crianças que morrem antes de completar um ano de idade. A queda neste número foi, no entanto, muito mais pronunciada durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula.
Fontes: Dados oficiais do DataSUS, Portal ODM
De 1997 a 2002 (FHC) caiu 21,94% ou 4,83% ao ano
De 2002 a 2010 (Lula) caiu 20,16% ou 2,78% ao ano

Taxa de pobreza
A taxa de extrema pobreza indica, segundo o IPEA, o 'percentual de pessoas na população total com renda domiciliar per capita inferior à linha de extrema pobreza (ou indigência, ou miséria). A linha de extrema pobreza aqui considerada é uma estimativa do valor de uma cesta de alimentos com o mínimo de calorias necessárias para suprir adequadamente uma pessoa.' Já a taxa de pobreza indica, também segundo o IPEA, o ' Percentual de pessoas na população total com renda domiciliar per capita inferior à linha de pobreza. A linha de pobreza aqui considerada é o dobro da linha de extrema pobreza.'
Fonte: Dados oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
De 1994 a 2002 (FHC), a taxa de extrema pobreza caiu um total de 6,28%, com uma variação de -30,98%.
De 2002 a 2009 (Lula), a taxa de extrema pobreza caiu um total de 6,71%, com uma variação de -47,96%.
De 1994 a 2002 (FHC), a taxa de pobreza caiu um total de 8,58%, com uma variação de -19,96%.
De 2002 a 2009 (Lula), a taxa de pobreza caiu um total de 12,98%, com uma variação de -37,73%.

Estatísticas de Acesso à Educação
Artigo Principal: Estatísticas de Acesso à Educação
Dados são informados até o ano mais recente de publicação dos mesmos pelos institutos responsáveis por sua manutenção.
Quando os anos não fecham com o início e fim dos governos há um hiato na divulgação de estatísticas e o ano mais próximo é utilizado.
Se alguém tiver dados mais recentes, de fontes confiáveis, por favor me envie.

Evasão escolar
Evasão escolar é algo extremamente preocupante em qualquer sociedade, principalmente na idade normalmente associada ao ensino secundário - que pode fazer uma diferença crucial na vida de uma pessoa. Enquanto o número de crianças de idade entre 15 e 17 anos que não frequentavam a escola caiu dramaticamente durante o governo Fernando Henrique, este número permaneceu preocupantemente estável durante o governo Lula.
Fonte: Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) variou -51,44% ou -8,63% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) variou -4,32% ou -0,88% ao ano

Acesso à universidade
Acesso à universidade é uma medida clara do desenvolvimento da educação em um país. Segundo o censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira fornece dados a respeito.
Fonte: Censo da Educação Superior do INEP
De 1995 a 2002 (FHC) o número de matrículas em instituições federais cresceu 44,65% ou 5,42% ao ano
De 2002 a 2008 (Lula) o número de matrículas em instituições federais cresceu 20,97% ou 3,22% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) o número total de matrículas no ensino superior cresceu 109,50% ou 9,69% ao ano
De 2002 a 2008 (Lula) o número total de matrículas no ensino superior cresceu 45,98% ou 6,51% ao ano

Índice de analfabetismo
O índice de analfabetismo indica o percentual da população total, acima de 15 anos de idade, que não sabe ler nem escrever um bilhete simples.
Fonte: Dados oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
De 1995 a 2002 (FHC) caiu 27,77%% ou 3,99% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) caiu 15,60% ou 3,33%% ao ano
Universidades Federais
Artigo Principal: Universidades Federais
Duas universidades federais foram criadas durante o governo Fernando Henrique, e três foram criadas durante o governo Lula. Mais detalhes no artigo Universidades Federais

Estatísticas de Desenvolvimento Econômico
Artigo Principal: Estatísticas de Desenvolvimento Econômico
Dados são informados até o ano mais recente de publicação dos mesmos pelos institutos responsáveis por sua manutenção.
Quando os anos não fecham com o início e fim dos governos há um hiato na divulgação de estatísticas e o ano mais próximo é utilizado.
Se alguém tiver dados mais recentes, de fontes confiáveis, por favor me envie.

Salário mínimo
Fontes: Medida Provisória 637/1994, Medida Provisória 35/2002, Lei 1.255 de 2010
De 1994 a 2002 (FHC) o salário mínimo cresceu 185,71% ou 14,02% ao ano
De 2002 a 2010 (Lula) o salário mínimo cresceu 155,00% ou 12,41% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) o mínimo cresceu, em valores deflacionados, 33,24% ou 3,65% ao ano
De 2002 a 2010 (Lula) o mínimo cresceu, em valores deflacionados, 72,62% ou 7,06% ao ano

Carga tributária
Fonte: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
Carga média de 1994 a 2002 (FHC) de 30,07%, carga tributária em 2002 de 32,35%
Carga média de 2002 a 2007 (Lula) de 33,47%, carga tributária em 2007 de 34,70%

Taxa de crescimento econômico:
Fontes: Dados oficiais do Banco Central do Brasil, Dados oficiais do Fundo Monetário Internacional
Crescimento mundial durante governo FHC: 24,27% ou 2,75% ao ano
Crescimento mundial durante governo Lula: 74,46% ou 8,27% ao ano
Crescimento do Brasil no governo FHC: 19,74% ou 2,28% ao ano ou 82,77% da média mundial
Crescimento do Brasil no governo Lula: 27,66% ou 3,55% ao ano ou 42,91% da média mundial
* Durante o governo Lula, o Brasil cresceu muito menos que o resto do mundo
* Durante o governo FHC, o Brasil cresceu apenas um pouco abaixo da taxa média do resto do mundo
Crescimento no governo Collor/Itamar: 6,75% ou 1,31% ao ano
Evolução no governo FHC em relação à média anterior: 73,33%
Evolução no governo Lula em relação à média anterior: 55,88%
* Mesmo havendo maior crescimento absoluto no governo Lula, a TAXA anual média de crescimento da economia CRESCEU muito mais no governo FHC que no governo Lula

Taxa de crescimento econômico - Paridade de poder de compra
O conceito de Paridade de Poder de Compra é baseado na comparação do valor de moedas de diferentes países através do preço, no país, de uma cesta de produtos pré-definida. Para fins de comparação de taxas de crescimento econômico entre diferentes países, a utilização de valores ajustados desta forma pode oferecer números mais próximos da realidade do poder aquisitivo de cada população. É importante notar, no entanto, que a limitação na seleção da cesta de consumo, assim como diferenças na qualidade dos produtos sendo medidos, pode gerar inconsistências no fator de ajuste dos valores, levando a inconsistências nas comparações.
Fonte: Dados do Fundo Monetário Internacional
Crescimento, em PPP, do Brasil como proporção do crescimento mundial durante o governo FHC: 78,45%
Crescimento, em PPP, do Brasil como proporção do crescimento mundial durante o governo Lula: 98,68%

Nível de desemprego:
Fontes: Dados oficiais do IBGE até 2002, Dados oficiais do IBGE pós 2002
Final do governo FHC (dez/2002): 6,17%
Final do governo Lula (set/2010): 6,9%
* Há uma descontinuidade nos dados, o que impede uma comparação direta
* A principal mudança é a alteração da idade mínima de 15 para 10 anos
* Definição anterior de desocupado: População Desocupada - aquelas pessoas que não tinham trababalho, num determinado período de referência, mas estavam dispostas a trabalhar, e que, para isso, tomaram alguma providência efetiva (consultando pessoas, jornais, etc.)
* Definição atual de desocupado: São classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas sem trabalho na semana de referência, mas que estavam disponíveis para assumir um trabalho nessa semana e que tomaram alguma providência efetiva para conseguir trabalho no período de referência de 30 dias, sem terem tido qualquer trabalho ou após terem saído do último trabalho que tiveram nesse período.

Inflação ao consumidor
Fonte: Banco Cen do Brasil - Calculadora do Cidadão
Inflação acumulada de 1990 a 1994 (Collor/Itamar): 41.941.718,61%
Inflação acumulada de 1995 a 2002 (FHC): 114,43%, ou 0,00028% do acumulado anterior. Queda de 99,99972% em relação ao governo anterior.
Inflação acumulada de 2003 a 2010 (Lula): 47,72%, ou 41,71% do acumulado anterior. Queda de 58,29% em relação ao governo anterior.
* Queda na inflação acumulada foi muito maior no governo FHC que no governo Lula
* Fernando Henrique, como Ministro da Fazenda, implantou o Plano Real, que controlou a hiperinflação
* Governo FHC consolidou a estabilidade do plano real

Dívida pública federal
Fonte: Dados oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Dívida pública federal ao final do governo FHC (12/2002): R$ 560.828.810.000,00
Dívida pública federal ao final do governo Lula (10/2010): R$ 985.808.530.000,00
* A dívida pública federal líquida ao final do governo Lula é quase o dobro da dívida ao final do governo Fernando Henrique

Mapa de desempenho dos governos
O mapa a seguir indica o desempenho relativo dos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula em todos os quesitos levantados até o momento pelo Governo Brasil Wiki. Os valores foram normalizados para melhor visualização, através da fórmula:
math
Isto significa que a nota máxima - no caso, 10 - é determinada pelo avanço total na área, sendo somados os valores de todos os governos. A nota é, assim, um reflexo da proporção do avanço total em uma determinada área alcançado pelo governo em questão.
Arquivo:Radar_governo_02.png

Inconsistências nas Posições Políticas
Aborto
* Dilma se diz a favor da descriminalização do aborto: Vídeo de declaração de Dilma no YouTube
* PT suspendeu direitos de filiado por lutar contra legalização: Artigo sobre filiado ao PT suspenso por lutar contra legalização do aborto
* Segundo o Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (2010):
o "Recomendação: Recomenda-se ao Poder Legislativo a adequação do Código Penal para a descriminalização do aborto."
o Fonte: Texto integral do PDNH3

* Segundo o Programa Nacional de Direitos Humanos 2 (2002):
o "Apoiar a alteração dos dispositivos do Código Penal referentes ao estupro, atentado violento ao pudor, posse sexual mediante fraude, atentado ao pudor mediante fraude e o alargamento dos permissivos para a prática do aborto legal (...)"
o "Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde para os casos previstos em lei."
o Fonte: Texto integral do PDNH2

Bolsa Família
* Bolsa Família é unificação de programas sociais do governo FHC: Texto oficial da lei que cria o Bolsa Família
* Idéia de unir os programas anteriores foi do PSDB: Vídeo da solenidade de lançamento do programa no YouTube
* Lula era contra os programas sociais: Vídeo de Lula discursando contra programas sociais que foram consolidados no Bolsa Família no YouTube

Aliados e Plano Real
* Lula ataca Plano Real e atuais aliados: Vídeo de declarações de Lula no YouTube atacando Plano Real e atuais aliados
* Lula define Plano Real como 'estelionato eleitoral': Vídeo de declarações de Lula sobre o Plano Real no YouTube
* Contradições de Lula - atacando e depois defendendo Collor: Vídeo com declarações gravadas de Lula no YouTube
* Ciro Gomes, novo coordenador da campanha de Dilma, ataca o PT e o PMDB: Vídeo de declarações de Ciro Gomes no YouTube

Privatizações
Fontes: Ministério do Planejamento - Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), Agência Nacional de Transportes Terrestres, Agência Nacional de Transportes Terrestres

De acordo com dados oficiais do Ministério do Planejamento, um total de seis empresas foram privatizadas durante o governo Lula:

* Banco do Estado do Maranhão S.A.
* BEM-SG
* BEM-VTV
* BEM-DTVM
* Banco do Estado do Ceará S.A.
* BEC-DTVM

Além disso, segundo dados oficiais da Agência Nacional de Transportes Terrestres, durante o governo Lula foram firmados acordos de concessão de 3281,4 Km de estradas, efetivamente privatizando esta extensão da rede rodoviária federal. Foram criadas, assim, 36 praças de pedágio, com tarifas de até R$ 9,70.

O Estado Liberal: o que é, o que deve fazer - Carlos Alberto Montaner

Qué debe hacer un Estado democrático eficiente
Por Carlos Alberto Montaner
Ilustración Liberal (revista española y americana), Nº 43

La leyenda, la mala leyenda, nos imputa a los liberales el objetivo de tratar de debilitar el Estado hasta convertirlo en una entidad superficial e inane. Eso no es cierto. El Estado, tal y como lo concebimos los liberales, desempeña un papel absolutamente fundamental en lo relacionado con el beneficio material y espiritual de la sociedad. De eso tratan las reflexiones que siguen: de entender y explicar para qué sirve el Estado en una sociedad dirigida con criterios liberales.

¿Para qué sirve el Estado?
Toda actividad colectiva racionalmente organizada comienza con una definición de objetivos. ¿Para qué nos juntamos? Puede ser para cazar, cosechar cereales, celebrar una fiesta, jugar al fútbol, amarnos, rezar, atacar a los vecinos o defendernos de ellos. Los propósitos son casi infinitos. Lo importante es que, intuitivamente, sabemos que nos unen ciertos intereses y objetivos comunes, y esa coincidencia debe determinar el perfil de las instituciones que nos son necesarias y la clase de organización que debemos articular para alcanzar el éxito.

(para continuar a leitura deste artigo, bastante longo, ir neste link)

Europa e EUA comparados: produtividades divergentes

Recebi um alerta para mais um estudo, geralmente de excelente qualidade técnica, da McKinsey, sobre as razões de ser a produtividade na União Européia inferior aos níveis observados nos EUA.
Creio que vale a leitura, para todos aqueles interessados nos fatores reais de prosperidade e bem-estar.
Como o estudo reproduzido no site da empresa de consultoria possui ilustrações em flash, contendo os dados comparativos, recomendo consultar o link abaixo (e se inscrever para poder ter acesso ao relatório completo).
Paulo Roberto de Almeida

Why Europe lags behind the United States in productivity
Regulation and market barriers continue to hold back the continent’s service sectors.
McKinsey Quarterly, October 2010

In an accompanying podcast, McKinsey Global Institute director Charles Roxburgh describes Europe’s progress on reform, the economic pressures facing the region, and what it will take to restore long-term growth.

Europe has made considerable economic progress in the past 15 years, but its per capita GDP is still $11,250 lower than that of the United States—$4.5 trillion in all. A preference for leisure time is one reason, but a widening productivity gap between Europe and the United States is the major culprit. What accounts for it? The answer is underperforming service sectors. Local services (such as retailing) alone account for two-thirds of the productivity shortfall. But Europe, boasting examples of best practice across service sectors, could reduce the gap. The trick would be for companies to emulate these examples in their own industries and for governments to help them do so by removing regulatory hurdles.1
The opportunity to improve Europe’s lagging service sectors is one of the major themes addressed in Beyond austerity: A path to economic growth and renewal in Europe, a new report from the McKinsey Global Institute (MGI).2 The report analyzes Europe’s strides in reforming labor markets, cutting unemployment, and fueling growth in per capita GDP; the many pressures bearing down on growth; and how to build an effective pro-growth agenda using recent reforms as a platform. Given high debt and deficit levels, little scope remains to spur growth through short-term stimulus spending. Europe must therefore embrace structural reform—and boosting the performance of service industries is a critical part of this effort.
In Europe, service sectors account for a lower share of overall economic activity than they do in the United States. Across the Atlantic, 19 percentage points of gross value-added growth were accounted for, from 1995 to 2005, by local services,3 business services,4 and professional and financial services. In the EU-15, these added only 10 percentage points (Exhibit 1).
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From the 1960s to the mid-1990s, Europe steadily closed its productivity gap with the United States. But then the gap started widening again—and one important reason was that Europe’s service sectors underperformed their US counterparts (Exhibit 2). While productivity is not an end in itself, it is a critical means to an end: per capita GDP, competitiveness, and productivity move in lockstep. If Europe is to close the per capita GDP gap with the United States, it will therefore have to boost productivity, particularly that of services. US productivity grew by 22 percent between 1995 and 2005, and local, business, and professional and financial services together contributed half of that expansion. In Europe, productivity grew by 15 percent, of which only one-quarter came from these service industries.
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Many policy makers in Europe are maintaining the traditional focus on technology-intensive and manufacturing sectors, reflecting their strong role in productivity growth and the exposure of the region’s economies to global competition. But the fact remains that as the number of manufacturing jobs has declined in the EU-15, only the service sectors have increased their levels of employment. It is the service sectors that offer Europe the major potential for job creation.
How to raise European service productivity
A range of regulatory and market barriers stand in the way of higher productivity in European services, which suffer from relatively low scale in many operations and from product, land, and labor market regulations that inhibit competition. MGI sees two important areas to address. It will also be necessary to ensure that enablers for growth, including infrastructure and skills, are in place.
Injecting competition
The liberalization of monopolistic industries in Europe has consistently led to dramatic increases in productivity. Coupled with standardization, regulation to heighten competition has made a success story of telecommunications, for example. GSM—the Global System for Mobile Communications—was initially deployed in seven European countries, in 1992; today the system has more than four billion users worldwide. In the road freight industry, the relaxation of price controls and the removal of barriers to cross-border trade led to a 15 to 25 percent drop in tariffs and 5 percent-plus annual productivity gains throughout the 1990s in France and Germany.
Despite such examples, many other service industries, including postal services, rail transport, and professional services (such as law and accounting), continue to receive regulatory protection from competition. Entry barriers are still common. Many European countries limit the number of pharmacies, for instance, in effect creating regional monopolies on retail sales of medicinal products. Some European countries set price ceilings or floors—for architects and lawyers in Italy and Germany, among others. France and Spain prohibit advertising for notaries. Some countries have abolished such advertising and price restrictions in recent years, apparently without damaging these markets. But regulation remains high overall. In professional services, the 2008 product market regulation index of the Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) is nearly twice as high for Europe as for the United States.
Deregulation
Regulation not only hinders competition in Europe’s service sectors but can also compromise the efficiency of operations. Retailing, for instance, still suffers from restrictive land and product regulations. Zoning laws that limit the size and density of stores put bigger, more efficient formats like hypermarkets at a competitive disadvantage: in France, the introduction of more restrictive rules on the size of retail outlets during the 1990s halted the sector’s productivity growth—opening new stores larger than 6,000 square meters became virtually impossible—and the restrictions eventually had to be eased. In the United Kingdom, the number of new stores opening has slowed because of insufficient reform to planning laws. In the Netherlands, individual municipalities have the power to prevent retailers from selling televisions in furniture stores.
Strict labor laws, which often encourage informality, are another barrier to productivity. Businesses have an incentive to stay smaller to avoid a higher level of regulatory scrutiny, and this stratagem prevents companies from achieving scale in fragmented industries, including construction. (In Portugal, informal labor accounts for more than a quarter of the hours worked in residential construction.) In retailing, Dutch labor legislation typically requires stores to pay their employees 30 percent more for evening work.
Operational barriers remain rife too. In land transport, standardized road freight containers that could boost productivity have not achieved widespread use. In the construction industry, the complex way projects are set up compromises productivity: traditionally, there are separate tenders for design, engineering, and actual construction. That undermines coordination and inefficiency—for instance, contractors are rarely involved in the design phase to discuss cost-efficient construction specs and materials. Since the public sector accounts for 33 percent of all construction in Germany and for 25 percent in the United Kingdom, if governments changed their procurement and tendering processes, they could directly help to institutionalize best practices.
Emulating best practice
European service sectors could vastly increase their productivity and growth. Take food retailing. If the EU-15 as a whole achieved the productivity levels of its top-quartile countries in this sector—admittedly not an easy task in many places—it could achieve a 44 percent boost in productivity. This would translate into a 21 percent increase in the productivity of retailing in general, or a 0.75 percent increase in the value added generated by the entire EU-15 economy. (These figures assume that the hours freed up as a result of improved productivity will be reallocated to the rest of the economy at current sector productivity levels.)
In road freight, emulating best practice would boost the productivity of land transport by 50 percent, adding 0.4 percent of incremental GDP to Europe’s economy. Reaching best practice in construction could boost its productivity by 12 percent, for a 0.5 percent increase in the value added generated by the European economy overall.
Europe’s low-key revolution in reforming its product and labor markets fueled a relatively solid economic performance before the global crisis hit. But in the early aftermath of the global recession, Europe is battling to revive the headwinds of growth—with little scope to prime the pump, given high debt and deficits. If it is to sustain robust growth in the coming years, structural reform is no longer optional, and freeing service industries to compete is a vital component of that change.
Read an executive summary or download the full report at the McKinsey & Company website.

About the Authors
Jan Mischke is an associate principal in McKinsey’s Zurich office; Baudouin Regout; who is based in Brussels, is a senior fellow of the McKinsey Global Institute; Charles Roxburgh is a director in the London office and a director of MGI.
Notes
1 In our study, Europe refers to the EU-15: Austria, Belgium, Denmark, Finland, France, Germany, Greece, Ireland, Italy, Luxembourg, Netherlands, Portugal, Spain, Sweden, and the United Kingdom. In 2009, these economies accounted for 88 percent of the EU-27’s GDP in terms of purchasing power parity and for 98 percent of the eurozone’s GDP.
2 MGI clusters Europe into three groups. In Northern Europe (including Sweden, Finland, Denmark, Ireland, and the United Kingdom), productivity is about average, but labor utilization is much higher than the EU-15 average. Continental Europe (including France and Germany) has above-average productivity but below-average labor utilization. Southern Europe (including the major Mediterranean economies) suffers from lagging productivity and low employment levels, partially compensated for by high levels of annual hours worked.
3 Including automotive, hotels, private domestic and social services, rental activities, restaurants, and wholesaling.
4 Computers and related activities, R&D, and software and IT services.

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