Parece que políticos sensíveis pensam convocar novo plebiscito para tentar obter a proibição de armas, que eles tanto almejam (já que não conseguem desarmar bandidos, querem desarmar os cidadãos).
O Oficial de Marinha (na Reserva desde 1996) e Administrador (trabalhando desde 1996...) Gil Cordeiro Dias Ferreira tem mais algumas sugestões de plebiscitos:
Voto facultativo? SIM!
Apenas 2 Senadores por Estado? SIM!
Reduzir pela metade os Deputados Federais e Estaduais e os Vereadores? SIM!
Acesso a cargos públicos exclusivamente por concurso, e não por nepotismo? SIM!
Reduzir os 37 Ministérios para 12? SIM!
Cláusula de bloqueio para partidos nanicos sem voto? SIM!
Fidelidade partidária absoluta? SIM
Férias de apenas 30 dias para todos os políticos e juízes? SIM! Ampliação do Ficha-limpa? SIM!
Fim de todas as mordomias de integrantes dos três poderes, nas três esferas? SIM!
Cadeia imediata para quem desviar dinheiro público? SIM
Fim dos suplentes de Senador sem votos? SIM!
Redução dos 20.000 funcionários do Congresso para um terço? SIM!
Voto em lista fechada? NÃO!
Financiamento público das campanhas? NÃO!
Horário Eleitoral obrigatório? NÃO!
Maioridade penal aos 16 anos para quem tirar título de eleitor? SIM
Eu (PRA) também teria outras sugestões de plebiscitos:
Acabar com as jabuticabas nas escolas: estudos afrobrasileiros no fundamental e a obrigatoriedade de sociologia e filosofia no secundário: SIM
Só colocar Espanhol obrigatório no fundamental se os demais países do Mercosul também ensinarem Português em suas escolas primárias: SIM
Aposentar o Paulo Freire como "guia espiritual" das nossas pedagogas: SIM
Acabar com todas as reservas de mercado obrigatórias, que não signifiquem profissões capazes de "matar" os clientes (médicos, etc.): SIM
Reduzir salários e aposentadorias do setor público: SIM
Liquidar com aposentadorias abusivas de TODOS os políticos; parlamentares, governadores e outros animais da mesma espécie: SIM três vezes...
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Dormindo com o dragao (ja que nao gostamos da aguia...)
Pois é, esses animais são todos uns predadores.
Tinha gente que achava que iria amansar o dragão...
Paulo Roberto de Almeida
TENDÊNCIAS/DEBATES
Manipulando Pequim
MATIAS SPEKTOR
Folha de S.Paulo, 5/05.2011, p. A3
O Brasil do século 21 não pode mais se dar ao luxo de ficar sem política coordenada para tirar vantagens da China e mitigar os custos que virão
As novas forças que atraem o Brasil para a órbita da China são difíceis de resistir e reverter. Se o Brasil não aprender rapidamente a influenciá-las em benefício próprio, perderá a capacidade de escolha e será vítima de circunstâncias que não consegue controlar.
A recente visita presidencial pôs em evidência alguns desses novos obstáculos. O primeiro é a crescente desigualdade de poder entre os dois países: os chineses podem aceitar ou ignorar demandas brasileiras quando lhes convém e ao ritmo de sua escolha.
Importantes interesses nacionais se chocam. Seja em comércio, finanças, proliferação nuclear, direitos humanos ou mudança do clima, a divergência, já grande, tende a crescer. Em lugares como a América do Sul e a África lusófona, onde o Brasil ensaia incipiente jogo de cintura global, as iniciativas chinesas são muitas vezes competitivas ou desafiadoras.
O problema é ainda mais complexo quando se trata de moldar uma nova ordem global.
Sem dúvida, a ascensão chinesa mitiga a arrogância americana no mundo e ajuda a reabrir grandes questões que o "Consenso de Washington" parecia haver encerrado para sempre. A China também está forçando a reforma de instituições como FMI, Banco Mundial e o regime internacional de ajuda para o desenvolvimento.
E ninguém duvida de que, sem a China, não haveria Brics nem G20.
Mas a China não está disposta a montar uma frente reformista comum. Ela está hoje mais satisfeita que o Brasil e tem mais a perder com revisões profundas da situação. Na principal proposta brasileira de adaptação institucional, a reforma da ONU, a China não está disposta a avançar nem se sente pressionada a fazê-lo.
Por fim, crescem a passo alarmante na sociedade brasileira as vozes anti-China. Não se trata de um lobby organizado, mas são argumentos capazes de moldar atitudes públicas. Denuncia-se a China como indutora da desindustrialização e como ameaça à soberania sobre nossos recursos naturais.
Desconfia-se das motivações por trás de qualquer investimento oriundo de Estado autoritário, centralizado e com grande apetite geopolítico.
A sinofobia é um perigo real para o Brasil porque cega o público, mina o debate inteligente e limita o espaço de manobra de empreendedores e de governantes.
Mais do que isso, pode castigar uma relação bilateral que ainda não conta com instituições resistentes sobre as quais se escorar.
Hoje, Brasília não tem os instrumentos para controlar danos em Pequim. Temos acesso pífio às altas rodas chinesas de poder e de influência. Não temos especialistas no tema nem os centros acadêmicos para produzi-los.
Não há esforço sistemático de marketing nem propaganda ou lobby brasileiro naquele país.
O engajamento em instituições internacionais é parco e depende ainda do talento e interesse de diplomatas individuais.
Nenhuma das tendências acima é irreversível. Ao contrário, se a presidente Dilma Rousseff atuar agora, poderá transformar a situação antes do fim deste mandato.
Enquanto a coisa permanecer como está, o Brasil fica no pior dos mundos. Sem canais e instrumentos efetivos para manipular o processo decisório em Pequim, não consegue tirar vantagem máxima quando segue a China a reboque.
Tampouco consegue se opor e resistir às pressões chinesas quando elas demandam resposta.
O Brasil do século 21 não pode mais se dar ao luxo de ficar sem política coordenada para tirar vantagens da China e mitigar os custos que certamente virão.
MATIAS SPEKTOR, doutor pela Universidade de Oxford (Reino Unido), coordena o Centro de Relações Internacionais Fundação Getulio Vargas.
Tinha gente que achava que iria amansar o dragão...
Paulo Roberto de Almeida
TENDÊNCIAS/DEBATES
Manipulando Pequim
MATIAS SPEKTOR
Folha de S.Paulo, 5/05.2011, p. A3
O Brasil do século 21 não pode mais se dar ao luxo de ficar sem política coordenada para tirar vantagens da China e mitigar os custos que virão
As novas forças que atraem o Brasil para a órbita da China são difíceis de resistir e reverter. Se o Brasil não aprender rapidamente a influenciá-las em benefício próprio, perderá a capacidade de escolha e será vítima de circunstâncias que não consegue controlar.
A recente visita presidencial pôs em evidência alguns desses novos obstáculos. O primeiro é a crescente desigualdade de poder entre os dois países: os chineses podem aceitar ou ignorar demandas brasileiras quando lhes convém e ao ritmo de sua escolha.
Importantes interesses nacionais se chocam. Seja em comércio, finanças, proliferação nuclear, direitos humanos ou mudança do clima, a divergência, já grande, tende a crescer. Em lugares como a América do Sul e a África lusófona, onde o Brasil ensaia incipiente jogo de cintura global, as iniciativas chinesas são muitas vezes competitivas ou desafiadoras.
O problema é ainda mais complexo quando se trata de moldar uma nova ordem global.
Sem dúvida, a ascensão chinesa mitiga a arrogância americana no mundo e ajuda a reabrir grandes questões que o "Consenso de Washington" parecia haver encerrado para sempre. A China também está forçando a reforma de instituições como FMI, Banco Mundial e o regime internacional de ajuda para o desenvolvimento.
E ninguém duvida de que, sem a China, não haveria Brics nem G20.
Mas a China não está disposta a montar uma frente reformista comum. Ela está hoje mais satisfeita que o Brasil e tem mais a perder com revisões profundas da situação. Na principal proposta brasileira de adaptação institucional, a reforma da ONU, a China não está disposta a avançar nem se sente pressionada a fazê-lo.
Por fim, crescem a passo alarmante na sociedade brasileira as vozes anti-China. Não se trata de um lobby organizado, mas são argumentos capazes de moldar atitudes públicas. Denuncia-se a China como indutora da desindustrialização e como ameaça à soberania sobre nossos recursos naturais.
Desconfia-se das motivações por trás de qualquer investimento oriundo de Estado autoritário, centralizado e com grande apetite geopolítico.
A sinofobia é um perigo real para o Brasil porque cega o público, mina o debate inteligente e limita o espaço de manobra de empreendedores e de governantes.
Mais do que isso, pode castigar uma relação bilateral que ainda não conta com instituições resistentes sobre as quais se escorar.
Hoje, Brasília não tem os instrumentos para controlar danos em Pequim. Temos acesso pífio às altas rodas chinesas de poder e de influência. Não temos especialistas no tema nem os centros acadêmicos para produzi-los.
Não há esforço sistemático de marketing nem propaganda ou lobby brasileiro naquele país.
O engajamento em instituições internacionais é parco e depende ainda do talento e interesse de diplomatas individuais.
Nenhuma das tendências acima é irreversível. Ao contrário, se a presidente Dilma Rousseff atuar agora, poderá transformar a situação antes do fim deste mandato.
Enquanto a coisa permanecer como está, o Brasil fica no pior dos mundos. Sem canais e instrumentos efetivos para manipular o processo decisório em Pequim, não consegue tirar vantagem máxima quando segue a China a reboque.
Tampouco consegue se opor e resistir às pressões chinesas quando elas demandam resposta.
O Brasil do século 21 não pode mais se dar ao luxo de ficar sem política coordenada para tirar vantagens da China e mitigar os custos que certamente virão.
MATIAS SPEKTOR, doutor pela Universidade de Oxford (Reino Unido), coordena o Centro de Relações Internacionais Fundação Getulio Vargas.
Assassinato de Bin-Laden: voce tambem se sente "desconfortavel"?
O líder mundial dos anglicanos, Arcebispo de Canterbury Rowan Williams, declarou que se sentia "desconfortável" com a morte matada de Osama Bin Laden. Muita gente pensa assim. Ou seja, justiça não foi feita, e Bin Laden simplesmente foi executado sem defesa.
Acho que eles se enganam.
Osama Bin Laden já tinha sido condenado à morte desde o dia 12 de setembro de 2001, quando ele reconheceu que foi ele quem deu as ordens para os atentados cometidos um dia antes.
Ou seja, os soldados americanos apenas executaram a sentença.
Paulo Roberto de Almeida
Archbishop 'uncomfortable' over bin Laden killing
AFP, 5/05/2011
LONDON (AFP) – The leader of the world's Anglicans, Archbishop of Canterbury Rowan Williams, said on Thursday he felt "very uncomfortable" over the killing of Osama bin Laden while unarmed.
Williams also criticised the conflicting versions that American officials have given of the Al-Qaeda leader's death in a US commando raid on his compound in Abbottabad, Pakistan on Sunday.
"I think the killing of an unarmed man is always going to leave a very uncomfortable feeling because it doesn't look as if justice is seen to be done," Williams said at a press briefing when asked about bin Laden's death.
"In those circumstances I think it's also true that the different versions of events that have emerged in recent days have not done a great deal to help," he added.
US Attorney General Eric Holder on Wednesday defended the legality of the special forces swoop after it emerged bin Laden was unarmed when he was gunned down, saying there was no indication he attempted to surrender.
But Williams said that justice should be seen to be done.
"I don't know the full details any more than anyone else does. But I do believe that in such circumstances when we are faced with someone who was manifestly a war criminal in terms of the atrocities inflicted it is important that justice is seen to be served," the archbishop said.
The comments by Williams came as UN human rights chief Navi Pillay called for "a full disclosure of the accurate facts" to determine the legality of the killing of bin Laden.
Acho que eles se enganam.
Osama Bin Laden já tinha sido condenado à morte desde o dia 12 de setembro de 2001, quando ele reconheceu que foi ele quem deu as ordens para os atentados cometidos um dia antes.
Ou seja, os soldados americanos apenas executaram a sentença.
Paulo Roberto de Almeida
Archbishop 'uncomfortable' over bin Laden killing
AFP, 5/05/2011
LONDON (AFP) – The leader of the world's Anglicans, Archbishop of Canterbury Rowan Williams, said on Thursday he felt "very uncomfortable" over the killing of Osama bin Laden while unarmed.
Williams also criticised the conflicting versions that American officials have given of the Al-Qaeda leader's death in a US commando raid on his compound in Abbottabad, Pakistan on Sunday.
"I think the killing of an unarmed man is always going to leave a very uncomfortable feeling because it doesn't look as if justice is seen to be done," Williams said at a press briefing when asked about bin Laden's death.
"In those circumstances I think it's also true that the different versions of events that have emerged in recent days have not done a great deal to help," he added.
US Attorney General Eric Holder on Wednesday defended the legality of the special forces swoop after it emerged bin Laden was unarmed when he was gunned down, saying there was no indication he attempted to surrender.
But Williams said that justice should be seen to be done.
"I don't know the full details any more than anyone else does. But I do believe that in such circumstances when we are faced with someone who was manifestly a war criminal in terms of the atrocities inflicted it is important that justice is seen to be served," the archbishop said.
The comments by Williams came as UN human rights chief Navi Pillay called for "a full disclosure of the accurate facts" to determine the legality of the killing of bin Laden.
Carta Maior critica a diplomacia de Dilma: quem sao eles?
O artigo abaixo é de um jornalista preocupado com os rumos para ele indesejáveis da diplomacia brasileira. Provavelmente, ele gostaria que o chanceler Patriota condenasse o gesto arrogante do Império em violar a soberania nacional do Paquistão e matar, sem possibilidade de defesa, um inimigo seu, cujo paradeiro foi obtido em função de torturas aplicadas contra prisioneiros capturados de diversas maneiras.
Segundo o jornalista Gilberto Maringoni:
Estamos diante de algo muito sério. Não se trata apenas de uma mudança na condução da política externa brasileira. Se a aprovação oficial se confirmar, haverá aqui uma mudança de qualidade.
Ele gostaria, ao que parece, que a diplomacia brasileira não se desviasse do rumo anterior, de sempre se colocar contra o Império, ou pelo menos de se colocar a favor do direito e da democracia, em qualquer hipótese.
Quem são os jornalistas que trabalham para o Carta Maior? São os mesmos que defendem as causas do Fórum Social Mundial, os antiglobalizadores e anti-imperialistas de carteirinha.
O ex-Secretário Geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães, antecessor, portanto, de Patriota nesse cargo, escrevia regularmente para o Carta Maior.
Quem disse que a política externa brasileira não mudou?
Só o fato dessa gente ficar preocupada, parece ser um bom sinal...
Paulo Roberto de Almeida
Internacional
Bin Laden e a diplomacia brasileira
Gilberto Maringoni
Carta Maior, 05 de Maio de 2011
O ministro de Relações Internacionais, embaixador Antonio Patriota, classificou como “positiva” a morte do terrorista Osama Bin Laden, ocorrida na noite de domingo. A avaliação embute um endosso indireto do Brasil à operação desfechada pela CIA para eliminar aquele que foi classificado por todas as mídias como o “homem mais procurado do mundo”.
Estamos diante de algo muito sério. Não se trata apenas de uma mudança na condução da política externa brasileira. Se a aprovação oficial se confirmar, haverá aqui uma mudança de qualidade.
É necessário atentar para a natureza dos fatos ocorridos em Abbottabad, na periferia de Islamabad, Paquistão, há poucos dias. Façamos duas ressalvas iniciais.
Primeiro – Osama Bin Laden é um terrorista. O atentado às torres do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, foi um assassinato coletivo e deve merecer a repulsa de qualquer pessoa de bom senso.
Segundo – Como dirigente principal da ação, Bin Laden deveria ser capturado e julgado por uma corte internacional, tendo garantidos todos os ritos e procedimentos do Direito internacional.
Não foi o que aconteceu. Bin Laden e, ao que parece, sua esposa e um filho, foram executados por um comando militar estadunidense, sem possibilidade de reação ou defesa.
Aqui valem três perguntas.
Como a informação sobre a localização do terrorista foi obtida?
Através da tortura de um membro da Al Qaeda, preso sem julgamento em Guantánamo. A informação é do diretor da CIA, Leon Panetta, em entrevista à revista Time.
Como a operação foi planejada?
Na mesma entrevista, Panetta revela: “Foi decidido que qualquer tentativa de trabalhar com os paquistaneses poderia colocar a missão em risco. Eles poderiam alertar os alvos”. Mais adiante, o chefe da CIA declara que o governo paquistanês "nunca soube nada sobre a missão", classificada pelos EUA como "unilateral".
Ou seja, a tarefa envolveu uma invasão territorial.
Como se deu a ação?
O diretor da CIA conta que as determinações do presidente Barack Obama exigiam a morte de Bin Laden, e não apenas sua captura. Assim se deu. O líder da Al Qaeda foi fuzilado junto com quem estava na casa.
São três as violações do Direito internacional: obtenção de informação sob tortura, invasão de território de um outro país e execução sumária.
Apesar dos ânimos exaltados dos estadunidenses que foram às ruas e do comportamento ufanista da mídia brasileira, não se fez “justiça” alguma. O que houve foi a vingança de um ato bárbaro com outro ato bárbaro. Olho por olho, dente por dente, como dos filmes de caubói.
Se a lógica for mantida, acaba qualquer legalidade ou civilidade nas relações internacionais. A pistolagem high-tech será a métrica da resolução de problemas nas próximas décadas. Já há uma caçada em curso visando Muamar Kadafi, apesar da resolução 1973 da ONU não autorizar medida desse tipo.
A diplomacia brasileira não pode, nem de maneira indireta, avalizar tal caminho. A conseqüência pode ser um enorme retrocesso na política externa “ativa e altiva” iniciada por Celso Amorim. Através dela, o Brasil ganhou relevância inédita na geopolítica mundial.
==================
PRA:
Esse jornalista provavelmente preferiria que os EUA prendessem Bin-Laden e que gentilmente o entregassem para a Corte da Haia (TPI) para ser julgado.
Enquanto isso as franquias da Al Qaeda ao redor do mundo se encarregariam de mater quantos ocidentais e americanos pudessem e sequestrariam outros tantos para pedir troca de refens.
Inteligente esse jornalista.
Ou idiota completo, vocês escolhem...
Segundo o jornalista Gilberto Maringoni:
Estamos diante de algo muito sério. Não se trata apenas de uma mudança na condução da política externa brasileira. Se a aprovação oficial se confirmar, haverá aqui uma mudança de qualidade.
Ele gostaria, ao que parece, que a diplomacia brasileira não se desviasse do rumo anterior, de sempre se colocar contra o Império, ou pelo menos de se colocar a favor do direito e da democracia, em qualquer hipótese.
Quem são os jornalistas que trabalham para o Carta Maior? São os mesmos que defendem as causas do Fórum Social Mundial, os antiglobalizadores e anti-imperialistas de carteirinha.
O ex-Secretário Geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães, antecessor, portanto, de Patriota nesse cargo, escrevia regularmente para o Carta Maior.
Quem disse que a política externa brasileira não mudou?
Só o fato dessa gente ficar preocupada, parece ser um bom sinal...
Paulo Roberto de Almeida
Internacional
Bin Laden e a diplomacia brasileira
Gilberto Maringoni
Carta Maior, 05 de Maio de 2011
O ministro de Relações Internacionais, embaixador Antonio Patriota, classificou como “positiva” a morte do terrorista Osama Bin Laden, ocorrida na noite de domingo. A avaliação embute um endosso indireto do Brasil à operação desfechada pela CIA para eliminar aquele que foi classificado por todas as mídias como o “homem mais procurado do mundo”.
Estamos diante de algo muito sério. Não se trata apenas de uma mudança na condução da política externa brasileira. Se a aprovação oficial se confirmar, haverá aqui uma mudança de qualidade.
É necessário atentar para a natureza dos fatos ocorridos em Abbottabad, na periferia de Islamabad, Paquistão, há poucos dias. Façamos duas ressalvas iniciais.
Primeiro – Osama Bin Laden é um terrorista. O atentado às torres do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, foi um assassinato coletivo e deve merecer a repulsa de qualquer pessoa de bom senso.
Segundo – Como dirigente principal da ação, Bin Laden deveria ser capturado e julgado por uma corte internacional, tendo garantidos todos os ritos e procedimentos do Direito internacional.
Não foi o que aconteceu. Bin Laden e, ao que parece, sua esposa e um filho, foram executados por um comando militar estadunidense, sem possibilidade de reação ou defesa.
Aqui valem três perguntas.
Como a informação sobre a localização do terrorista foi obtida?
Através da tortura de um membro da Al Qaeda, preso sem julgamento em Guantánamo. A informação é do diretor da CIA, Leon Panetta, em entrevista à revista Time.
Como a operação foi planejada?
Na mesma entrevista, Panetta revela: “Foi decidido que qualquer tentativa de trabalhar com os paquistaneses poderia colocar a missão em risco. Eles poderiam alertar os alvos”. Mais adiante, o chefe da CIA declara que o governo paquistanês "nunca soube nada sobre a missão", classificada pelos EUA como "unilateral".
Ou seja, a tarefa envolveu uma invasão territorial.
Como se deu a ação?
O diretor da CIA conta que as determinações do presidente Barack Obama exigiam a morte de Bin Laden, e não apenas sua captura. Assim se deu. O líder da Al Qaeda foi fuzilado junto com quem estava na casa.
São três as violações do Direito internacional: obtenção de informação sob tortura, invasão de território de um outro país e execução sumária.
Apesar dos ânimos exaltados dos estadunidenses que foram às ruas e do comportamento ufanista da mídia brasileira, não se fez “justiça” alguma. O que houve foi a vingança de um ato bárbaro com outro ato bárbaro. Olho por olho, dente por dente, como dos filmes de caubói.
Se a lógica for mantida, acaba qualquer legalidade ou civilidade nas relações internacionais. A pistolagem high-tech será a métrica da resolução de problemas nas próximas décadas. Já há uma caçada em curso visando Muamar Kadafi, apesar da resolução 1973 da ONU não autorizar medida desse tipo.
A diplomacia brasileira não pode, nem de maneira indireta, avalizar tal caminho. A conseqüência pode ser um enorme retrocesso na política externa “ativa e altiva” iniciada por Celso Amorim. Através dela, o Brasil ganhou relevância inédita na geopolítica mundial.
==================
PRA:
Esse jornalista provavelmente preferiria que os EUA prendessem Bin-Laden e que gentilmente o entregassem para a Corte da Haia (TPI) para ser julgado.
Enquanto isso as franquias da Al Qaeda ao redor do mundo se encarregariam de mater quantos ocidentais e americanos pudessem e sequestrariam outros tantos para pedir troca de refens.
Inteligente esse jornalista.
Ou idiota completo, vocês escolhem...
Hermanos, pero no mucho: guerra comercial entre Brasil e Argentina
Apenas um "direito de defesa", como poderia dizer Obama, ao justificar a morte matada de Osama.
Neste caso, não se pensa, ainda, em "assassinar" o Mercosul, mas a situação poderia ser descrita como de guerra larvar...
Paulo Roberto de Almeida
Irritado com barreiras comerciais da Argentina, Brasil fará contra-ataque
Eliane Oliveira
O Globo, 5/05/2011
Brasil e Argentina vivem o pior momento de suas relações comerciais, após anos de trégua, e estão prestes a iniciar mais uma guerra por negócios. As barreiras às exportações brasileiras não param de crescer e, por isso, o governo Dilma Rousseff prepara, segundo uma fonte do primeiro escalão, respostas “à altura, na mesma moeda” ao nosso principal sócio do Mercosul. A imposição de dificuldades para o ingresso de produtos argentinos no mercado brasileiro, a suspensão de negociações sobre investimentos no país vizinho e até um recurso à Organização Mundial do Comércio (OMC) são medidas que estão sobre a mesa e podem ser adotadas.
Há dois grandes fatores de irritação. Um deles é que as autoridades sanitárias argentinas passaram a dificultar o desembaraço de mercadorias do Brasil, causando prejuízos milionários às indústrias de massas, balas e chocolates. Para piorar, o governo argentino simplesmente não cumpriu o prazo de 60 dias, que terminou na última terça-feira, para regularizar a liberação de cerca de 200 produtos que perderam licença automática.
— Acabou a conversa. Agora, vamos agir — resumiu uma autoridade do primeiro escalão do governo brasileiro.
A fonte indicou que itens argentinos perderão licença automática e que haverá maior rigor na exigência de documentos, inclusive de produtos perecíveis.
‘Está na hora de dar cartão vermelho à catimba’
Segundo uma denúncia encaminhada aos ministérios do Desenvolvimento e das Relações Exteriores pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), à qual O GLOBO teve acesso, os mais novos obstáculos estão sendo colocados pelo Ministério da Saúde do país vizinho na emissão, pelo Instituto Nacional de Alimentos (Inal), do certificado sanitário de livre circulação. O documento é fundamental para a comercialização dos produtos no território argentino, e o atraso na liberação, que começou informalmente em fevereiro, já traz prejuízos aos exportadores.
Nos meses de março e abril, o setor de chocolates, amendoins e balas perdeu US$5,2 milhões. Os exportadores nacionais de massas e biscoitos deixaram de vender US$800 mil ao mercado argentino. Os produtos são armazenados em depósitos na Argentina, sem permissão para comercialização.
— Está na hora de dar cartão vermelho à catimba do governo argentino — disse o diretor de Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, fazendo analogia com a velha rivalidade no futebol.
Por enquanto, foram identificados problemas com chocolates, doces e massas em geral. Mas todo o setor exportador brasileiro pressiona o governo a tomar providências. Existe a expectativa que outros artigos alimentícios sejam atingidos pela barreira protecionista argentina.
Em fevereiro, a Argentina anunciou que aumentaria, de 400 para 600 itens, a lista de produtos que deixaram de entrar no país automaticamente. Agora, o desembaraço das mercadorias demora, em diversas situações, até mais de 60 dias, ultrapassando o limite permitido pela OMC.
No alvo do país vizinho, massas, balas e chocolates
A situação dos exportadores brasileiros de chocolates, balas e massas foi discutida durante uma recente visita do secretário-geral do Itamaraty, embaixador Ruy Nogueira, a Buenos Aires. Ele manifestou a preocupação do governo com as novas barreiras sanitárias aplicadas pela Argentina e propôs a realização de um encontro ministerial entre representantes das pastas de Relações Exteriores, Fazenda e Indústria dos dois países.
Segundo fontes do governo brasileiro, representantes das indústrias de chocolates, cacau, amendoim e balas também estiveram em Buenos Aires e conversaram sobre as novas barreiras com o embaixador Enio Cordeiro. Ontem, O GLOBO entrou em contato com o Ministério da Saúde e a Secretaria de Indústria e Comércio da Argentina para tentar saber a posição da Casa Rosada sobre o conflito, mas não obteve resposta.
COLABOROU Janaína Figueiredo
Neste caso, não se pensa, ainda, em "assassinar" o Mercosul, mas a situação poderia ser descrita como de guerra larvar...
Paulo Roberto de Almeida
Irritado com barreiras comerciais da Argentina, Brasil fará contra-ataque
Eliane Oliveira
O Globo, 5/05/2011
Brasil e Argentina vivem o pior momento de suas relações comerciais, após anos de trégua, e estão prestes a iniciar mais uma guerra por negócios. As barreiras às exportações brasileiras não param de crescer e, por isso, o governo Dilma Rousseff prepara, segundo uma fonte do primeiro escalão, respostas “à altura, na mesma moeda” ao nosso principal sócio do Mercosul. A imposição de dificuldades para o ingresso de produtos argentinos no mercado brasileiro, a suspensão de negociações sobre investimentos no país vizinho e até um recurso à Organização Mundial do Comércio (OMC) são medidas que estão sobre a mesa e podem ser adotadas.
Há dois grandes fatores de irritação. Um deles é que as autoridades sanitárias argentinas passaram a dificultar o desembaraço de mercadorias do Brasil, causando prejuízos milionários às indústrias de massas, balas e chocolates. Para piorar, o governo argentino simplesmente não cumpriu o prazo de 60 dias, que terminou na última terça-feira, para regularizar a liberação de cerca de 200 produtos que perderam licença automática.
— Acabou a conversa. Agora, vamos agir — resumiu uma autoridade do primeiro escalão do governo brasileiro.
A fonte indicou que itens argentinos perderão licença automática e que haverá maior rigor na exigência de documentos, inclusive de produtos perecíveis.
‘Está na hora de dar cartão vermelho à catimba’
Segundo uma denúncia encaminhada aos ministérios do Desenvolvimento e das Relações Exteriores pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), à qual O GLOBO teve acesso, os mais novos obstáculos estão sendo colocados pelo Ministério da Saúde do país vizinho na emissão, pelo Instituto Nacional de Alimentos (Inal), do certificado sanitário de livre circulação. O documento é fundamental para a comercialização dos produtos no território argentino, e o atraso na liberação, que começou informalmente em fevereiro, já traz prejuízos aos exportadores.
Nos meses de março e abril, o setor de chocolates, amendoins e balas perdeu US$5,2 milhões. Os exportadores nacionais de massas e biscoitos deixaram de vender US$800 mil ao mercado argentino. Os produtos são armazenados em depósitos na Argentina, sem permissão para comercialização.
— Está na hora de dar cartão vermelho à catimba do governo argentino — disse o diretor de Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, fazendo analogia com a velha rivalidade no futebol.
Por enquanto, foram identificados problemas com chocolates, doces e massas em geral. Mas todo o setor exportador brasileiro pressiona o governo a tomar providências. Existe a expectativa que outros artigos alimentícios sejam atingidos pela barreira protecionista argentina.
Em fevereiro, a Argentina anunciou que aumentaria, de 400 para 600 itens, a lista de produtos que deixaram de entrar no país automaticamente. Agora, o desembaraço das mercadorias demora, em diversas situações, até mais de 60 dias, ultrapassando o limite permitido pela OMC.
No alvo do país vizinho, massas, balas e chocolates
A situação dos exportadores brasileiros de chocolates, balas e massas foi discutida durante uma recente visita do secretário-geral do Itamaraty, embaixador Ruy Nogueira, a Buenos Aires. Ele manifestou a preocupação do governo com as novas barreiras sanitárias aplicadas pela Argentina e propôs a realização de um encontro ministerial entre representantes das pastas de Relações Exteriores, Fazenda e Indústria dos dois países.
Segundo fontes do governo brasileiro, representantes das indústrias de chocolates, cacau, amendoim e balas também estiveram em Buenos Aires e conversaram sobre as novas barreiras com o embaixador Enio Cordeiro. Ontem, O GLOBO entrou em contato com o Ministério da Saúde e a Secretaria de Indústria e Comércio da Argentina para tentar saber a posição da Casa Rosada sobre o conflito, mas não obteve resposta.
COLABOROU Janaína Figueiredo
Debate academico na UnB: Ikenberry, Bagley on US and emerging countries
Em parceira com a Embaixada dos Estados Unidos, o iRel promoveu hoje, quinta-feira, dia 5/5, às 9:30h, na sala FA A1-04, uma mesa redonda com os professores JOHN G. IKENBERRY (Princeton), que falou sobre "Os BRICS e a Nova Ordem Global: A Visão dos EUA sobre a Liderança Regional e a Ascensão Global do Brasil, Rússia, China e Índia", e BRUCE M. BAGLEY (U Miami), que tratou das "Novas Influências Econômicas e Militares na América Latina: China, Irã e Rússia".
Abaixo uma informação sobre o mais recente livro do Prof. Ikenberry:
Liberal Leviathan: The Origins, Crisis, and Transformation of the American World Order
G. John Ikenberry
Princeton, NJ: Princeton University Press, 2011; 392 pp.; ISBN: 978-1-4008-3819-6
In the second half of the twentieth century, the United States engaged in the most ambitious and far-reaching liberal order building the world had yet seen. This liberal international order has been one of the most successful in history in providing security and prosperity to more people. But in the last decade, the American-led order has been troubled. Some argue that the Bush administration, with its war on terror, invasion of Iraq, and unilateral orientation, undermined this liberal order. Others argue that we are witnessing the end of the American era. Liberal Leviathan engages these debates.
G. John Ikenberry argues that the crisis that besets the American-led order is a crisis of authority. A political struggle has been ignited over the distribution of roles, rights, and authority within the liberal international order. But the deeper logic of liberal order remains alive and well. The forces that have triggered this crisis--the rise of non-Western states such as China, contested norms of sovereignty, and the deepening of economic and security interdependence--have resulted from the successful functioning and expansion of the postwar liberal order, not its breakdown. The liberal international order has encountered crises in the past and evolved as a result. It will do so again.
Ikenberry provides the most systematic statement yet about the theory and practice of the liberal international order, and a forceful message for policymakers, scholars, and general readers about why America must renegotiate its relationship with the rest of the world and pursue a more enlightened strategy--that of the liberal leviathan.
G. John Ikenberry is the Albert G. Milbank Professor of Politics and International Affairs at Princeton University. His books include After Victory: Institutions, Strategic Restraint, and the Rebuilding of Order after Major Wars (Princeton).
Review:
"His book lucidly explains how the end of the Cold War allowed the U.S.-dominated Western system to expand to the rest of the world. Ikenberry's account has an intuitive appeal. There's always more than enough chaos to argue that the world is in crisis . . . he writes thoughtfully about the challenge of integrating rising powers into global governance. . . . As a clear and informed synthesis of the existing scholarship on global governance, this book is a success."--David Bosco, American Prospect
Endorsements:
"John Ikenberry, America's leading scholar of international affairs, brilliantly relates theory to historical change in his timely advocacy of a new U.S. foreign policy."--Zbigniew Brzezinski, Center for Strategic and International Studies
"Nobody has thought longer or deeper about the nature of the American liberal world order than John Ikenberry. Tough-minded yet visionary and optimistic, this inspirational volume should become required reading for all those tasked with the great responsibility of steering us to safety through the very choppy international waters into which we are now heading."--Michael Cox, London School of Economics and Political Science
"Liberal Leviathan traces the intimate connections between the emergence of a largely liberal international system and the concentration of global power in the United States in the twentieth century. The marriage of power and principle in the United States has been central to the emergence of the liberal order, but Ikenberry shows that it is also corrosive of that order. As a consequence both of U.S. foreign policy activism and gradual shifts in the distribution of world power, the liberal order faces significant new challenges. This book traces alternative paths through which these challenges might be met."--Barry Posen, Massachusetts Institute of Technology
Table of Contents:
Preface xi
Acknowledgments xvii
Chapter One: Crisis of the Old Order 1
Part One: Theoretical Foundations 33
Chapter Two: Power and the Varieties of Order 35
Chapter Three: Power and Strategies of Rule 79
Chapter Four: Unipolarity and Its Consequences 119
Part Two: Historical Origins and Trajectories of Change 157
Chapter Five: The Rise of the American System 159
Chapter Six: The Great Transformation and the Failure of Illiberal Hegemony 221
Chapter Seven: Dilemmas and Pathways of Liberal International Order 279
Chapter Eight: Conclusion: The Durability of Liberal International Order 333
Index 361
Other Princeton books by G. John Iikenberry:
After Victory: Institutions, Strategic Restraint, and the Rebuilding of Order after Major Wars.
The Crisis of American Foreign Policy: Wilsonianism in the Twenty-first Century.
The Nation-State in Question.
Chapter 1 of Liberal Leviathan [PDF]
Abaixo uma informação sobre o mais recente livro do Prof. Ikenberry:
Liberal Leviathan: The Origins, Crisis, and Transformation of the American World Order
G. John Ikenberry
Princeton, NJ: Princeton University Press, 2011; 392 pp.; ISBN: 978-1-4008-3819-6
In the second half of the twentieth century, the United States engaged in the most ambitious and far-reaching liberal order building the world had yet seen. This liberal international order has been one of the most successful in history in providing security and prosperity to more people. But in the last decade, the American-led order has been troubled. Some argue that the Bush administration, with its war on terror, invasion of Iraq, and unilateral orientation, undermined this liberal order. Others argue that we are witnessing the end of the American era. Liberal Leviathan engages these debates.
G. John Ikenberry argues that the crisis that besets the American-led order is a crisis of authority. A political struggle has been ignited over the distribution of roles, rights, and authority within the liberal international order. But the deeper logic of liberal order remains alive and well. The forces that have triggered this crisis--the rise of non-Western states such as China, contested norms of sovereignty, and the deepening of economic and security interdependence--have resulted from the successful functioning and expansion of the postwar liberal order, not its breakdown. The liberal international order has encountered crises in the past and evolved as a result. It will do so again.
Ikenberry provides the most systematic statement yet about the theory and practice of the liberal international order, and a forceful message for policymakers, scholars, and general readers about why America must renegotiate its relationship with the rest of the world and pursue a more enlightened strategy--that of the liberal leviathan.
G. John Ikenberry is the Albert G. Milbank Professor of Politics and International Affairs at Princeton University. His books include After Victory: Institutions, Strategic Restraint, and the Rebuilding of Order after Major Wars (Princeton).
Review:
"His book lucidly explains how the end of the Cold War allowed the U.S.-dominated Western system to expand to the rest of the world. Ikenberry's account has an intuitive appeal. There's always more than enough chaos to argue that the world is in crisis . . . he writes thoughtfully about the challenge of integrating rising powers into global governance. . . . As a clear and informed synthesis of the existing scholarship on global governance, this book is a success."--David Bosco, American Prospect
Endorsements:
"John Ikenberry, America's leading scholar of international affairs, brilliantly relates theory to historical change in his timely advocacy of a new U.S. foreign policy."--Zbigniew Brzezinski, Center for Strategic and International Studies
"Nobody has thought longer or deeper about the nature of the American liberal world order than John Ikenberry. Tough-minded yet visionary and optimistic, this inspirational volume should become required reading for all those tasked with the great responsibility of steering us to safety through the very choppy international waters into which we are now heading."--Michael Cox, London School of Economics and Political Science
"Liberal Leviathan traces the intimate connections between the emergence of a largely liberal international system and the concentration of global power in the United States in the twentieth century. The marriage of power and principle in the United States has been central to the emergence of the liberal order, but Ikenberry shows that it is also corrosive of that order. As a consequence both of U.S. foreign policy activism and gradual shifts in the distribution of world power, the liberal order faces significant new challenges. This book traces alternative paths through which these challenges might be met."--Barry Posen, Massachusetts Institute of Technology
Table of Contents:
Preface xi
Acknowledgments xvii
Chapter One: Crisis of the Old Order 1
Part One: Theoretical Foundations 33
Chapter Two: Power and the Varieties of Order 35
Chapter Three: Power and Strategies of Rule 79
Chapter Four: Unipolarity and Its Consequences 119
Part Two: Historical Origins and Trajectories of Change 157
Chapter Five: The Rise of the American System 159
Chapter Six: The Great Transformation and the Failure of Illiberal Hegemony 221
Chapter Seven: Dilemmas and Pathways of Liberal International Order 279
Chapter Eight: Conclusion: The Durability of Liberal International Order 333
Index 361
Other Princeton books by G. John Iikenberry:
After Victory: Institutions, Strategic Restraint, and the Rebuilding of Order after Major Wars.
The Crisis of American Foreign Policy: Wilsonianism in the Twenty-first Century.
The Nation-State in Question.
Chapter 1 of Liberal Leviathan [PDF]
A frase da semana - Carrol Quigley
"For years I have told my students that I have been trying to train executives rather than clerks. The distinction between the two is parallel to the distinction previously made between understanding and knowledge. It is a mighty low executive who cannot hire several people with command of more knowledge than he has himself. And he can always buy reference works or electronic devices with better memories for facts than any subordinate. The chief quality of an executive is that he have understanding. He should be able to make decisions that make it possible to utilize the knowledge of other persons. Such executive capacity can be taught, but it cannot be taught by an educational program that emphasizes knowledge and only knowledge. Knowledge must be assumed as given, and if it is not sufficient the candidate must be eliminated. But the vital thing is understanding. This requires possession of techniques that, fortunately, can be taught."
Carroll Quigley. The Evolution of Civilizations. 2nd ed. 1979. p. 420
(in: http://www.carrollquigley.net/)
A review by Elmer Louis Kayser in Courier, October 1961,
of a book:
THE EVOLUTION OF CIVILIZATIONS,
by Carroll Quigley.
New York: The Macmillan Company, 1960
The Evolution of Civilizations
by Carroll Quigley.
(New York, The Macmillan Company, 1960.
Pp. x, 281, $5.95)
Reviewed by Elmer Louis Kayser
[Dean of University Students and Professor of European History
at The George Washington University.
Born in Washington, Dean Kayser holds his A.B., M.A., and LL.D.
from George Washington,and a Ph.D.
from Columbia University.
Vitally interested in international affairs,
Dean Kayser is the author of several books,
an associate Editor of World Affairs,
and a director of the American Peace Society.]
A work of the importance of The Evolution of Civilizations deserves much more than the hurried first reading that a deadline has imposed. Reading Professor Quigley's volume is a pleasant, but rather exacting exercise. He demonstrates Toynbeean erudition and non-Tonybeean brevity.
It is fortunate that a brief review is expected, for a truly critical review would have to be longer than the book itself. A vast time span, a tremendous area, and an amazing diversity of fields are involved. A high degree of selectivity must be exercised in determining what material is to be presented. The sector is small within which anyone could claim the competence of a specialist. The work of others must be used and judgments made. A detailed criticism under these circumstances becomes a race between author and critic to see who has read the latest monograph or special study and made the soundest evaluation of it. Toynbee, in reconsidering the first ten volumes of The Study of History in the recent twelfth volume, found that there had been new writing while he was publishing which made it desirable that he make changes. The blurb (author unknown) on the jacket of the latest Toynbee volume goes so far as to assert that, during the publication of the First Decade of Toynbee, new discoveries in some fields "have changed the picture almost out of recognition."
The present reviewer accepts the historical data which Professor Quigley uses as what a competent scholar selected at the time of writing as valid supports for the ideas that he presents. The reviewer makes no attempt to examine these individually and critically. His interest is in what the author was trying to do, in the patterns of thinking that he sets up.
The author is thinking of aggregates of human beings as they constitute themselves in social groups and various types of society: parasitic societies, producing societies, and civilizations, depending upon whether the members have the major portion of their relationships outside the group or within it. He finds "two dozen civilizations," living and dead, within the last ten millenia and suggests various groupings. Before discussing historical change, he considers methods of analyzing the evolution of a society, the resultant of development and morphology. Civilizations pass through "seven stages": mixture, gestation, expansion, age of conflict, universal empire, decay, and invasion, which he offers as a convenient way of breaking into segments an intricate historical process.
A very interesting chapter devoted to the physical setting of the earliest civilizations is followed by a detailed discussion of Mesopotamia, Canaanite and Minoan, Classical and Western Civilizations. These discussions of the civilizations which relate directly to the stream of Western Civilization through historic time occupy the major portion of the study. In a final word of conclusion, Professor Quigley states his belief that six points have emerged from his study. The first three, he points out, merely underscore well-recognized and long accepted points of view. The last three, he feels, represent a real contribution. They are: 1) the "seven stages" (which proves, as Toynbee's [stages do] not, a basis for an analysis of the whole course of the evolution of a civilization, including the earliest phases), 2) an improved nomenclature and 3) techniques for dealing with historical problems.
Professor Quigley's indebtedness to his predecessors is obvious and acknowledged. While he lacks the Wagnerian tone of Spengler and the severely classical attitudes of Toynbee, he does have the more direct approach of the social scientist. His heavy emphasis on scientific method in the first chapter, even though he concludes by pointing out the difference between the natural and social sciences in the subjective factor, leads us to expect a much more rigorous method than the one applied. In the case, we notice such statements as "To be sure there are difficulties, but in some cases, at least these can be explained away." You wonder again at the grading system applied to Western society in the chart on page 81. The reviewer is not sure just how it is determined when a civilization reaches "its peak of achievement" and how this is related to the seven stages of development.
All of these are matters of detail. The important fact is that the author has distilled from a vast store of historical knowledge a highly suggestive approach for the systematic study of major historical movements. The real review will probably have to wait until that traveler from New Zealand in the midst of a vast solitude, standing on a broken arch of London Bridge, has finished his sketch of the ruins of St. Paul's.
Nota pessoal: Li essse livro com 16 ou 17 anos, em sua versão traduzida para o Português e publicada no Brasil, e ele me marcou profundamente.
Paulo Roberto de Almeida
Carroll Quigley. The Evolution of Civilizations. 2nd ed. 1979. p. 420
(in: http://www.carrollquigley.net/)
A review by Elmer Louis Kayser in Courier, October 1961,
of a book:
THE EVOLUTION OF CIVILIZATIONS,
by Carroll Quigley.
New York: The Macmillan Company, 1960
The Evolution of Civilizations
by Carroll Quigley.
(New York, The Macmillan Company, 1960.
Pp. x, 281, $5.95)
Reviewed by Elmer Louis Kayser
[Dean of University Students and Professor of European History
at The George Washington University.
Born in Washington, Dean Kayser holds his A.B., M.A., and LL.D.
from George Washington,and a Ph.D.
from Columbia University.
Vitally interested in international affairs,
Dean Kayser is the author of several books,
an associate Editor of World Affairs,
and a director of the American Peace Society.]
A work of the importance of The Evolution of Civilizations deserves much more than the hurried first reading that a deadline has imposed. Reading Professor Quigley's volume is a pleasant, but rather exacting exercise. He demonstrates Toynbeean erudition and non-Tonybeean brevity.
It is fortunate that a brief review is expected, for a truly critical review would have to be longer than the book itself. A vast time span, a tremendous area, and an amazing diversity of fields are involved. A high degree of selectivity must be exercised in determining what material is to be presented. The sector is small within which anyone could claim the competence of a specialist. The work of others must be used and judgments made. A detailed criticism under these circumstances becomes a race between author and critic to see who has read the latest monograph or special study and made the soundest evaluation of it. Toynbee, in reconsidering the first ten volumes of The Study of History in the recent twelfth volume, found that there had been new writing while he was publishing which made it desirable that he make changes. The blurb (author unknown) on the jacket of the latest Toynbee volume goes so far as to assert that, during the publication of the First Decade of Toynbee, new discoveries in some fields "have changed the picture almost out of recognition."
The present reviewer accepts the historical data which Professor Quigley uses as what a competent scholar selected at the time of writing as valid supports for the ideas that he presents. The reviewer makes no attempt to examine these individually and critically. His interest is in what the author was trying to do, in the patterns of thinking that he sets up.
The author is thinking of aggregates of human beings as they constitute themselves in social groups and various types of society: parasitic societies, producing societies, and civilizations, depending upon whether the members have the major portion of their relationships outside the group or within it. He finds "two dozen civilizations," living and dead, within the last ten millenia and suggests various groupings. Before discussing historical change, he considers methods of analyzing the evolution of a society, the resultant of development and morphology. Civilizations pass through "seven stages": mixture, gestation, expansion, age of conflict, universal empire, decay, and invasion, which he offers as a convenient way of breaking into segments an intricate historical process.
A very interesting chapter devoted to the physical setting of the earliest civilizations is followed by a detailed discussion of Mesopotamia, Canaanite and Minoan, Classical and Western Civilizations. These discussions of the civilizations which relate directly to the stream of Western Civilization through historic time occupy the major portion of the study. In a final word of conclusion, Professor Quigley states his belief that six points have emerged from his study. The first three, he points out, merely underscore well-recognized and long accepted points of view. The last three, he feels, represent a real contribution. They are: 1) the "seven stages" (which proves, as Toynbee's [stages do] not, a basis for an analysis of the whole course of the evolution of a civilization, including the earliest phases), 2) an improved nomenclature and 3) techniques for dealing with historical problems.
Professor Quigley's indebtedness to his predecessors is obvious and acknowledged. While he lacks the Wagnerian tone of Spengler and the severely classical attitudes of Toynbee, he does have the more direct approach of the social scientist. His heavy emphasis on scientific method in the first chapter, even though he concludes by pointing out the difference between the natural and social sciences in the subjective factor, leads us to expect a much more rigorous method than the one applied. In the case, we notice such statements as "To be sure there are difficulties, but in some cases, at least these can be explained away." You wonder again at the grading system applied to Western society in the chart on page 81. The reviewer is not sure just how it is determined when a civilization reaches "its peak of achievement" and how this is related to the seven stages of development.
All of these are matters of detail. The important fact is that the author has distilled from a vast store of historical knowledge a highly suggestive approach for the systematic study of major historical movements. The real review will probably have to wait until that traveler from New Zealand in the midst of a vast solitude, standing on a broken arch of London Bridge, has finished his sketch of the ruins of St. Paul's.
Nota pessoal: Li essse livro com 16 ou 17 anos, em sua versão traduzida para o Português e publicada no Brasil, e ele me marcou profundamente.
Paulo Roberto de Almeida
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
Liberando um artigo que passou um ano no limbo: Mercosul e União Europeia: a longa marcha da cooperação à associação Recebo, em 19/12/2025,...
-
Homeric Epithets: Famous Titles From 'The Iliad' & 'The Odyssey' Word Genius, Tuesday, November 16, 2021 https://www.w...
-
Quando a desgraça é bem-vinda… Leio, tardiamente, nas notícias do dia, que o segundo chanceler virtual do bolsolavismo diplomático (2019-202...
-
Textos sobre guerra e paz, numa perspectiva histórica e comparativa Paulo Roberto de Almeida 5136. “A Paz como Projeto e Potência”, Brasília...
-
Alternâncias e conformismo na diplomacia brasileira Paulo Roberto de Almeida Em democracias vibrantes, com alternância de poder, a polític...
-
Minha preparação prévia a um seminário sobre a ordem global, na UnB: 5152. “ A desordem mundial gerada por dois impérios, contemplados por...
-
Mais recente trabalho publicado: 1609. “Política externa e diplomacia do Brasil: convergências e dissonâncias em perspectiva histórica”. P...
