sábado, 5 de novembro de 2011

Mataram um companheiro: o Foro de S.Paulo de luto?


Morre na Colômbia 'Alfonso Cano', líder máximo das Farc

Morte teria acontecido há duas semanas, mas só agora foi confirmada a identidade do rebelde

O Estado de S.Paulo, 5 de novembro de 2011 | 1h 59
Efe
BOGOTÁ - O líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), conhecido como "Alfonso Cano", morreu na Colômbia, informou na sexta-feira, 4, à Agência Efe uma fonte do Ministério da Defesa do país.
Alfonso Cano, líder das Farc - Scott Dalton/AP
Scott Dalton/AP
Alfonso Cano, líder das Farc
Embora a fonte não tenha detalhado nem a data nem o local da morte de Guillermo León Sáenz, verdadeiro nome de "Alfonso Cano", se especula que inclusive sua morte teria acontecido há duas semanas, mas só agora foi confirmada plenamente a identidade do rebelde.
Horas antes de se confirmar a morte do líder máximo das Farc, se especulou que ele estivesse ferido como resultado de um bombardeio a um acampamento desta guerrilha no sudoeste do país.
O ministro da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón, disse anteriormente em entrevista coletiva que em uma ofensiva contra "Alfonso Cano" foram capturados quatro guerrilheiros, entre eles seu chefe de segurança, conhecido como "El Índio Efraín".
Nessa operação, realizada na Salvajina (departamento de Cauca), também morreram um operador de rádio e a suposta companheira de "Cano".
A morte do líder máximo das Farc aconteceu depois da de Luis Edgar Devia, conhecido como "Raúl Reyes" em março de 2008 em território equatoriano, e a de Víctor Julio Suárez Rojas, conhecido como "Jorge Briceño Suárez ou Mono Jojoy", em setembro de 2010, na Serranía de La Macarena, no sul do departamento de Meta.
"Alfonso Cano" assumiu o comando das Farc após a morte de Manuel Marulanda Vélez conhecido como "Tirofijo".

Muitos sociologos, poucos engenheiros, os males do Brasil sao...


Festa com ressalvas

No 35º Encontro Anual da Anpocs, pesquisadores comemoram a evolução das ciências sociais no Brasil ao mesmo tempo em que lutam por reconhecimento no campo da política científica.
Por: Célio Yano
Ciência Hoje Notícias, 01/11/2011
Por um lado, cada vez mais representativa. Por outro, em busca de mais visibilidade. É por esse momento que passa a comunidade de cientistas sociais brasileiros, que em grande parte esteve reunida na última semana em Caxambu (MG), por ocasião do 35º Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs).
De 24 a 28 de outubro, seis hotéis, além do centro de convenções do município mineiro, foram tomados para a realização de cursos, fóruns, simpósios, conferências, exposições, mesas-redondas e apresentação de trabalhos sobre os mais diversos temas da área de ciências sociais.
Desde a primeira edição do evento, o número de participantes saltou de algumas dezenas para quase 2 mil pesquisadores
Desde a primeira edição do evento, realizada em 1977, o número de participantes saltou de algumas dezenas para quase 2 mil pesquisadores. Ao mesmo tempo, a Anpocs passou a ter em seus quadros um número cada vez mais equilibrado de representantes de todos os estados brasileiros.
“O fato de a entidade ser presidida pela primeira vez em sua história por um nordestino reflete essa nova dinâmica”, afirmou o sociólogo pernambucano Marcos Costa Lima, presidente da instituição, eleito, no ano passado, para o biênio 2011-2012.
A interdisciplinaridade também cresceu. “Não estamos mais restritos à antropologia, à sociologia e à ciência política”, ressaltou o antropólogo Gilberto Velho, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Foram agregados, ao longo dos anos, indivíduos e programas de história, comunicação, filosofia, psicologia, geografia, artes, literatura, cinema.”

Exclusão e reivindicação

Apesar de tudo isso, a Anpocs ainda tem muito a fazer como representante da comunidade de cientistas sociais. Isso na avaliação do próprio presidente da entidade. Para Marcos Costa Lima, há a necessidade de internacionalizar as pesquisas da área desenvolvidas no Brasil. “As articulações com outros países têm sido individuais, quando muito de programas, mas nada especificamente relacionado à Anpocs.”
No último mês de julho, o governo federal lançou um programa voltado justamente para a internacionalização da ciência brasileira, que deve ocorrer por meio do intercâmbio de alunos de graduação e pós-graduação com a comunidade acadêmica internacional. Porém, o Ciência sem Fronteiras, como foi batizado, excluiu as ciências sociais de sua área de abrangência.
O Ciência sem Fronteiras excluiu as ciências sociais de sua área de abrangência
O encontro da Anpocs realizado na semana passada acabou servindo também para que os pesquisadores reafirmassem seu descontentamento com essa decisão. Poucas semanas antes do evento, representantes de várias sociedades científicas de ciências sociais redigiram uma carta em que reconhecem a importância do Ciência sem Fronteiras, mas solicitam a inclusão de estudantes da área no programa.
O texto é destinado ao presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, e assinado pelo presidente da Anpocs, juntamente com os presidentes da Associação Brasileira de Antropologia, da Associação Brasileira de Ciências Políticas, da Sociedade Brasileira de Sociologia e da Associação Brasileira de Relações Internacionais.

Inclusão e homenagem

Entre os pontos altos do 35º Encontro Anual da Anpocs, destaca-se a participação de lideranças indígenas, quilombolas e representantes do movimento de profissionais do sexo em debates de que normalmente participam apenas pesquisadores.
Direitos humanos, segurança pública, minorias sexuais, a chamada Primavera Árabe e o projeto de reforma do Código Florestal estiveram entre as discussões em fóruns, simpósios e mesas-redondas.
O evento contou ainda com seis conferencistas estrangeiros, entre eles o sociólogo norte-americano Michael Burawoy, presidente da Associação Internacional de Sociologia, que apresentou um relatório da Unesco sobre o futuro das ciências sociais.
A semana foi marcada também por uma homenagem ao sociólogo Juarez Rubens Brandão Lopes (1925-2011), um dos fundadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), ao lado de Fernando Henrique Cardoso e José Arthur Giannotti. Lopes morreu em junho passado em São Paulo por falência de órgãos.
“Se pudesse dedicar esse encontro a alguém, eu o faria na lembrança do professor Juarez Brandão Lopes”, disse Marcos Costa Lima. Costa Lima obteve o título de doutor em ciências sociais pela Universidade Estadual de Campinas (SP), sob orientação de Lopes.
Célio Yano*Ciência Hoje On-line/ PR
* O jornalista viajou a Caxambu (MG) a convite da Anpocs.


Progressos da Cuba socialista (com ajuda bilionaria do Brasil...)


Economia cubana recebe assessoria brasileira
InfoRel, 03/11/2011 - 10h57

Havana - O governo brasileiro vai ajudar Cuba a melhorar sua economia para que o país caribenho possa incrementar suas exportações. O anúncio foi feito durante a Feira Internacional de Havana, onde participam 1.500 empresários de 57 países. O Brasil está representado por 28 empresas.
Trata-se de mais importante rodada de negócios de Cuba. De acordo com o embaixador brasileiro na ilha, José Eduardo Martins, o Brasil compartilha do otimismo cubano quanto às perspectivas econômicas impulsionadas pelas reformas promovidas pelo presidente Rául Castro.
O diplomata explicou que os empresários brasileiros não vão a Cuba apenas para vender, mas também para ajudar o país em seu esforço por atualizar o modelo econômico cubano.
Para o Brasil, é importante que Cuba aumente sua capacidade exportadora ao mesmo tempo em que diminua as importações.
Brasil e Cuba desenvolvem atualmente vários projetos nos setores de saúde, educação, informática e no setor agropecuário.
Parceria
Durante o governo Lula, o BNDES aprovou um financiamento de US$ 150 milhões para as exportações de bens e serviços brasileiros para Cuba. Os recursos devem ser utilizados até o final de 2011.
Com o financiamento, empresas brasileiras participam da construção do Porto de Mariel, distante cerca de 50 km de Havana.
Outros US$ 150 milhões já haviam sido aprovados para Cuba em 2010 e foram utilizados nas obras de infraestrutura como a construção do trecho rodoviário até o porto de Mariel. Também foram usados na compra de máquinas agrícolas, tratores e equipamentos para a indústria farmacêutica.
Estima-se que o Brasil tenha empenhado mais de US$ 800 milhões apenas na obra de Mariel. A obra inclui a construção de 700 metros de píer para que possam operar navios com até 15 metros de calado. Quando pronto, Mariel terá capacidade para movimentar 1 milhão de contêineres por ano.
Do total, US$ 433 milhões são financiados pelo BNDES. Pouco mais de US$ 200 milhões já foram liberados para o governo cubano. O dinheiro do banco conta com juros subsidiados e carências longas.
O Brasil ainda paga pela construção de 18 km de rodovias, 63 km de uma superestrutura para ferrovias e outros 13 km de vias ferroviárias.
Antes de deixar o poder, Lula anunciou que Cuba receberá do Brasil US$ 1,2 bilhão até 2012.

Progressos do Mercosul (ou não?)

Um acordo relevante de comércio: o do Mercosul com a Palestina. Estão previstos intensos fluxos de comércio entre as duas partes, o que fará saltar os volumes negociados a patamares nunca antes vistos (mesmo escondidos).
Por outro lado, o Mercosul possui um acordo de livre comércio com Israel, país com o qual um dos países candidatos a membro pleno do Mercosul, a Venezuela, não possui relações diplomáticas. Como fica, então, a situação?
Enfim, eis a notícia:

El Mercosur firmará en diciembre un acuerdo de libre comercio con Palestina

Mercosur logo
Infolatam/Efe
Montevideo, 3 de noviembre de 2011
El Mercado Común del Sur (Mercosur) firmará el próximo mes de diciembre un acuerdo de libre comercio con Palestina, anunció el canciller uruguayo, Luis Almagro, cuyo país ejerce este semestre la presidencia temporal del bloque.
La negociación sobre el acuerdo “está prácticamente concluida” y la firma será el 20 de diciembre durante la cumbre del Mercosur en la cual Uruguay traspasará la presidencia semestral a Argentina, agregó Almagro durante un encuentro con la Asociación de la Prensa Extranjera en Uruguay (APEU).
Almagro destacó que debido a la firma del acuerdo el presidente de la Autoridad Nacional Palestina (ANP),Mahmud Abás, fue invitado a participar en la cumbre del Mercosur.
Uruguay se convirtió a mediados del pasado marzo en el noveno país suramericano que reconoce formalmente a Palestina como Estado.
Venezuela, que no tiene relaciones diplomáticas con Israel desde 2009, hace años que lo reconoce con las fronteras de 1967, previas a la Guerra de los Seis Días, mientras que Brasil, Argentina, Bolivia, Chile, Ecuador, Perú y Paraguay lo hicieron recientemente.
Uruguay fue el primer país de América Latina en reconocer el Estado de Israel en 1948.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Informacoes completamente inuteis: batatas fritas...

...pois é...
De vez em quando, este blog, que se pretende inteligente, veiculador de ideias inteligentes para pessoas inteligentes, descamba para o besteirol.
Mas é apenas com o intuito de demonstrar como pessoas supostamente inteligentes, estudiosas, até formadas em universidades e se dedicando a causas nobres -- neste caso, os Objetivos do Milênio, uma das muitas boas intenções dessa central de boas intenções e de desperdício de dinheiro que é a ONU -- podem, eventualmente, se dedicar a pesquisar perfeitamente inúteis e totalmente estapafúrdias.
A ONG abaixo descrita pretende que americanos comedores de batatas fritas deixem de comer, e portanto gastar dinheiro, com batatas fritas, e dediquem energias e recursos a criancinhas desnutridas ao redor do mundo (subdesenvolvido, por certo).
Sabem quando isso vai acontecer? NUNCA!
E não porque americanos sejam pessoas perversas e dedicadas apenas a seu bem-estar egoista. Eles são, simplesmente, um dos povos mais generosos do mundo na dispensa de favores e na ajuda aos mais pobres e necessitados, embora não relativamente, mas sim absolutamente. Isso não vai ocorrer, apenas porque o mundo não é assim.
E lamento pelo pesquisador das batatas fritas, ou pelo dispensador de bondades ao custo das batatas fritas alheias, mas ele faria melhor em poupar suas próprias batatas fritas e deixar que os outros decidam o que é melhor para cada um.
Enfim, apenas um besteirol inútil, que não deveria sequer figurar neste blog, mas a matéria também configura uma reflexão útil justamente sobre o que não fazer.
Perco o meu tempo dizendo que os outros perdem tempo com bobagens, em lugar de me ocupar de coisas sérias.
E o que seriam coisas sérias? Suponho que fazer com que essas crianças desnutridas não o sejam, pela qualificação produtiva de seus pais.
Isso passa, por exemplo, pelo desmantelamento da Política Agrícola Europeia, ou pelo menos pela eliminação de seus aspectos mais nefastos em termos de subsídios internos e de subvenções às exportações, que constituem dois poderosos fatores de desqualificação da agricultura produtiva em países que justamente exibem crianças desnutridas. Os EUA também praticam esses pecados europeus, mas em menor grau, e estariam dispostos a modificar seu sistema se os europeus o fizessem.
Ao vencedor, as batatas, disse alguém, mais precisamente Machado de Assis.
Neste caso, só existem perdedores, por enquanto, inclusive este blogueiro, que não precisaria estar escrevendo estas inutilidades se o mundo fosse diferente.
A proposta, inclusive, é completamente idiota - com desculpas pelo termo -- pois não é o dinheiro das batatas fritas americanas que vai diminuir a desnutrição das pobres criancinhas do Terceiro Mundo -- ou de alguns países subdesenvolvidos -- pois sabemos perfeitamente que essas coisas não funcionam assim. Países muito pobres a ponto de terem crianças desnutridas -- inclusive no próprio Brasil, em regiões rurais atrasadas ou em certas situações urbanas -- não o são por falta de dinheiro e sim por uma série de disfunções sociais e econômicas que não são corrigidas apenas com aportes de dinheiro.
Se o fossem, não haveria mais esse tipo de espetáculo, pois desde os anos 1950, dezenas de bilhões de dólares foram despejados, literalmente, nesses países e talvez a metade tenha voltado para bancos ocidentais. Pode-se despejar algumas centenas de milhares, alguns milhões a mais e isso não vai resolver o problema, ou apenas remediá-lo episódica ou temporariamente. Aliás, pode até agravar pois esse tipo de ajuda costuma desestruturar esquemas produtivos pré-existentes, que são assim empurrados para fora do mercado pela oferta generosa de alimentos.
Quando é que os ingênuos vão aprender?
Paulo Roberto de Almeida 

BATATAS FRITAS: o clipping diário do jornalista Marco Roza, com notícias selecionadas para os dirigentes nacionais da União Geral dos Trabalhadores (UGT), traz uma notícia interessante, se não fosse trágica: o valor gasto com batatas fritas nos Estados Unidos seria mais do que suficiente para evitar a morte de crianças por desnutrição. Segundo a nota, "para se desenvolver programas que beneficiariam 90% das crianças em estado grave de desnutrição no mundo, seria necessário investir 11,8 bilhões de dólares por ano, valor inferior ao que é desembolsado, anualmente, pelos Estados Unidos, em batatas fritas, estimado em 13,6 bilhões de dólares". O cálculo citado por Roza é da ONG Visão Mundial, uma das entidades que participam do fórum sobre os ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio).

Liberdade Econômica, IDH e Renda Per Capita de Países Selecionados

 Liberdade Econômica, IDH e Renda Per Capita de Países Selecionados

Paulo Roberto de Almeida

            Coletei alguns dados, de países diversos, selecionados ao acaso, mas bastante representativos do grupo de alto IDH e de médio IDH, com apenas um (Madagascar) de baixo IDH e baixíssima renda per capita (e também um de alto IDH, mas de “baixa” renda per capita no grupo dos avançados, a Coreia do Sul).
            Pensei escrever algo, mas os dados são tão eloquentes que dispenso-me de comentar o que quer que seja, salvo para evidenciar o óbvio: a distância de IDH não é assim tão grande, mas as diferenças de renda per capita são enormes. Nenhum país no segundo grupo supera 10.000 dólares de renda, ao passo que com a exceção da Coreia (cuja renda PPP, no entanto, alcança quase 30 mil dólares), todos os países do primeiro grupo exibem alta renda per capita.
            A variável explicativa, do meu ponto de vista, é o índice de liberdade econômica. Pode até ser que a Rússia ostente um índice próximo de 0,8 em termos de IDH, mas seu indicador de liberdade econômica não parece nada brilhante. Quanto à China, país notoriamente autoritário, e que ainda se define como “socialista”, ela possui um índice de liberdade econômica superior ao do Brasil.

Liberdade Econômica, IDH e Renda per capita (US$*) de países selecionados
Países de alto IDH, renda e liberdade
Países de baixo IDH, renda e liberdade
País
ILE
IDH
Renda
País
ILE
IDH
Renda
Noruega
7,30
0,938
85.340
Rússia
6,55
0,799
9.910
Austrália
7,98
0,937
43.590
México
6,74
0,750
8.930
EUA
7,60
0,902
47.240
Brasil
6,19
0,699
9.390
Canadá
7,81
0,888
41.950
Tunísia
6,40
0,635
4.060
Suécia
7,24
0,885
43.903
China
6,43
0,633
4.260
Alemanha
7,45
0,885
43.290
Egito
6,42
0,620
2.440
Japão
7,44
0,884
42.130
África Sul
6,49
0,597
6.090
Coreia Sul
7,32
0,877
19,890
Índia
6,40
0,519
1.340
Reino Unido
7,71
0,849
38.560
Madagascar
6,29
0,435
430
Fontes: Fraser Institute (Economic Freedom 2011); UNDP (HDI 2011); World Bank (World Development Indicators 2010); US$*= dólares correntes.


            O que, aliás, é confirmado por esta simples correlação linear traçada pelo Fraser Institutue.


 Brasília, 4/11/2011

Mafias sindicais: melhor que trafico de drogas?

O Brasil já é uma República Sindical, e da pior espécie. Aquela feita de máfias que disputam o dinheiro fácil do imposto sindical.
Pior que a República Peronista...
Paulo Roberto de Almeida 



O volume dos impostos sindicais
O Globo.com, 3/11/2011

Repasse de recursos de imposto sindical faz número de entidades aumentar no Brasil

SÃO PAULO - Se o ritmo de arrecadação do imposto sindical registrado nos últimos anos for mantido, em 2012 os recursos recolhidos e repassados pelo governo federal para sustentar as entidades sindicais vão alcançar a marca de R$ 2 bilhões, consolidando o tributo como a mina de ouro do sindicalismo brasileiro. O volume é quase o dobro do que os sindicatos receberam há quatro anos. Somente entre janeiro e setembro deste ano, sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais já receberam quase R$ 1,7 bilhão, dinheiro que não passa por qualquer fiscalização de órgãos governamentais.

Só o valor repassado às entidades nesses últimos nove meses é o equivalente a todo o dinheiro transferido pelo governo federal às prefeituras e ao governo do Amapá no mesmo período. É na carona dessa arrecadação bilionária que vem crescendo ano a ano o número de sindicatos no Brasil, contrariando uma tendência mundial de unificações e fusões de entidades. Para se ter uma ideia desse crescimento, de 2008 para cá 782 novos sindicatos entraram na lista da divisão do bolo do imposto sindical, uma média de uma entidade a cada dois dias. Eram 9.077 e hoje são 9.859.

A contribuição sindical é um imposto obrigatório cobrado de todos os trabalhadores com carteira assinada e do setor patronal. A cobrança ocorre uma vez por ano e, no caso dos trabalhadores, corresponde a um dia de salário, descontado diretamente em folha. No caso dos patrões, o valor é uma parcela do capital social da empresa.

Para ter direito a uma parte do imposto sindical, basta obter do Ministério do Trabalho o registro sindical e o valor repassado pelo governo leva em conta o tamanho da base de trabalhadores ou de empresas que a entidade representa e não seu número de filiados. De todo o dinheiro arrecadado, 60% fica com os sindicatos, 15% com as federações, 5% com as confederações, 10% com as centrais sindicais e 10% com o Ministério do Trabalho.

- Eu relaciono essa proliferação de sindicatos com o dinheiro da contribuição sindical, e não considero isso saudável porque se está criando uma pluralidade sindical que eu considero perversa - afirmou o professor de Direito do Trabalho da PUC-SP, Renato Rua de Almeida.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...