sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Falar de livros: sempre um prazer... (ops, nem sempre...)

Nestes casos, abaixo relatados pelo excelente cronista que é Janer Cristaldo, falar de livros é quase uma tragédia, tanto campeia solta a mais grassa incultura livresca.
Tenho a impressão, se não abuso da expressão, que atualmente a incultura é propriamente enciclopédica: ela se estende a todos os campos e alguns extras, também, que nem desconfiamos.
Que fazer, este é o Brasil.
Por isso, quando estou no carro, ou coloco música, ou fico ouvindo notícias, embora os (as) jornalistas que leem as notícias de algum papel costumam errar feio em alguns nomes, lugares dos quais eles nunca ouviram falar, pessoas das quais elas ignoravam completamente a existência até o despacho lhe cair sob os olhos, para ler, o que eles fazem um pouco sofrivelmente quando se trata de "coisas estrangeiras".
Mas confesso que ouvir notícias brasileiras também é um sacrifício: como tem muita corrupção neste país cordial, é "suposto" para cá, "suposto" para lá, ao ponto da imbecilidade.
Se houve desvio de dinheiro, como é que o ministro (suposto?) está sendo acusado de "suposto desvio de dinheiro"? Se o TCU aferiu que houve desvio de dinheiro, porque o jornalista vem com o maldito suposto?
Por que eles não dizem: "o ministro está sendo acusado de desvio de dinheiro" e enfiam o suposto onde quiserem?
Enfim, voltemos aos livros, com esta saborosa crónica do Cristaldo, mas antes um último aviso para confirmar minha alergia à burrice e à estupidez: cada vez que as notícias do rádio dão lugar a comentários de futebol por jogadores, técnicos e até cronistas pagos, eu não hesito, emudeço o rádio ali mesmo...
Tem certas coisas que não dá para suportar: supostas crônicas de futebol, por exemplo...
Paulo Roberto de Almeida

SOBRE A INCULTURA
NO MUNDO DO LIVRO

Janer Cristaldo, Terça-feira, Dezembro 27, 2011

Comentei há pouco a incultura que grassa pelo país. Leitor me envia um depoimento do escritor paranaense Roberto Gomes. Foi a uma grande livraria de Curitiba à procura de um livro de Eça de Queiroz. O rapaz que o atendeu só acertou a digitação do nome do escritor na quarta tentativa.

O leitor ainda relata dois casos. Um amigo livreiro contou-lhe que certo dia um cliente procurava O Espírito das Leis, de Montesquieu. O funcionário foi em busca da obra na estante de livros espíritas.

E um último caso: na mesma livraria, um cliente buscava Raízes do Brasil, de Sergio Buarque de Holanda.O funcionário foi procurá-lo na seção de botânica.

Tudo muito lógico. Qualquer pessoa que freqüente livrarias terá casos semelhantes para contar. Esta incultura não é de hoje. Vem de muito longe. Ainda nos anos 60, quando vivia em Porto Alegre, procurei na livraria GloboSexus, de Henry Miller. Estava em falta. Mas o atendente demonstrou erudição:

- Não temos no momento. Mas temos Nossa Vida Sexual, do Herman Khan.

Não sei se alguém ainda lembra deste livro. Era uma espécie de manual moralista de educação sexual, de um ridículo atroz. Alguns anos mais tarde, em Brasília, numa livraria do centro comercial Conic, procurei o romanceEngenharia do Casamento, do escritor piauiense Esdras do Nascimento. O funcionário não teve dúvidas. Foi direto ao setor de livros técnicos.

São passados os dias em que os livreiros liam. Ou pelo menos sabiam do que tratava um livro. Livraria hoje é uma espécie de franquia, entregue a um administrador que venderia tanto cosméticos como canetas ou relógios. Confesso que, na área da informática, tenho encontrado pessoal competente. Se vou comprar um computador, o vendedor entende do que está vendendo. Já na área do livro, o desastre é total.

Em Porto Alegre, anos 70, tivemos na Rua da Praia uma pequena livraria, a Coletânea, tocada por dois livreiros que liam, o Brutus e o Arnaldo. Era não mais que um corredor, forrado de livros por ambos os lados. Em final de noite, o Mário Quintana sempre estava lá, praticando seu esporte predileto, a ronda das lombadas, como dizia. Eram livreiros que não só liam, mas que buscavam bons livros para seus clientes. Ali, tomei contato com a boa literatura que vinha do Plata. Em Porto Alegre, muito antes que o Brasil soubesse quem era Quino, estávamos lendo Mafalda.

Quando Brutus morreu, sua mulher assumiu a livraria. Dava conta do recado, é verdade, mas não tinha muitas luzes. Lembro que um dia comprei Escuta, Zé Ninguém, do Wilhelm Reich. Ela foi honesta: “é um livro estranho. Li, entendi tudo mas não compreendi nada”.

Pelo menos havia lido. Outro livreiro pelo qual tive grande respeito foi o Chaim, de Curitiba. Morei lá em 1990, quando Zélia, uma Paixão, de Fernando Sabino, era best-seller. Entre outras gracinhas, o livro narrava as cavalgadas da ministra de Economia do governo Collor com Bernardo Cabral, então ministro da Justiça. O livro vendia como pão quente.

- Posso perder dinheiro – me disse o Chaim -. Mas esse livro não entra em minha livraria.

Livreiros como este não se fazem mais. Mas o melhor – ou pior, como quiser o leitor – me aconteceu em São Paulo. Em 2006, foi lançado no Brasil um ensaio de Harold Bloom, Jesus e Javé. Tenho uma antiga diferença com o autor. Em The Western Canon, ele cita Machado de Assis e não cita José Hernández, o que para mim já o torna suspeito. Mais tarde, em uma entrevista, ele confessou que o livro sobre o cânone ocidental fora encomenda de editoras. Mas Jesus e Javé é um ensaio interessante. Bloom analisa a Bíblia não como teólogo, mas como crítico literário.

Passei numa livraria do bairro e pedi:
- Vocês têm Jesus e Javé, do Bloom?
A moça foi consultar o computador e digitou: Jesus e Djavan.
- Nada disso, respondi. Quero Jesus e Javé.

Não tinha. Fui em outra livraria e pedi de novo. O atendente foi ao computador e digitou: Jesus e jovens. Nada disso, moço. Bom, fui na terceira livraria. A moça repetiu: Jesus e Jeová?

Quase, moça. Mas ainda não é bem isso. Mas também não tinha. Desisti. Em casa, telefonei pra meu livreiro de confiança. Que também não o tinha, mas pelo menos sabia muito bem do que se tratava.

VeneCuba: para quando as libretas de racionamento???

Mas, existe uma grande diferença (por enquanto) entre a Venezuela e Cuba: na ilha ainda não tem inflação. Mas, também, não tem o que comprar, e a inflação está embutida no câmbio negro e nos pequenos tráficos que os cubanos precisam fazer, todos os dias, vergonhosamente, pois os produtos da libreta se esgotam antes do mês completar 15 dias; depois é com cada um...
A Venezuela está se transformando numa imensa ilha... que estamos importando para o Mercosul...
Paulo Roberto de Almeida

Venezuela: escasez de productos toca máximo

Reuters
Caracas, 5 enero 2012
Las claves
  • A pesar de la relativa tregua que tuvieron los precios en diciembre, Venezuela volvió a sufrir otro año de elevada inflación en el 2011, al acumular un total de 27,6 por ciento, superior al 27,2 por ciento del 2010.
  • Para el 2012, el Gobierno espera que la economía crezca un 5 por ciento, más que el 4 por ciento registrado en el 2011, mientras que la meta de inflación fue reducida a un rango de entre 22 y 23 por ciento

¿Qué nos espera en 2012?: Venezuela sumergida en el ciclo político

El análisis
Ecoanalítica
Para 2012 es claro que el principal elemento dinamizador de la economía será la celebración de las elecciones presidenciales en octubre próximo. El presidente Chávez, con todo y enfermedad, busca su reelección y la fórmula es harto conocida: expandir el gasto para apuntalar la economía y generar una sensación de bienestar y bonanza que le permita ampliar la ventaja frente al candidato de oposición.(Ecoanalítica. Venezuela)
Venezuela cerró diciembre con un fuerte aumento en el índice de escasez, que mide la ausencia de productos en el mercado, aunque la inflación se desaceleró a un 1,8 por ciento, dando una tregua al veloz crecimiento de los precios en el país petrolero.
La alta inflación, una de las mayores del mundo, y las dificultades de la población para conseguir productos como leche, aceite o café, entre otros, son dos de los mayores retos que enfrenta el presidente Hugo Chávez, que buscará la reelección en las elecciones presidenciales de octubre.
“El índice de escasez de productos en el mercado pasó de 13,4 por ciento en noviembre a 15,2 por ciento en diciembre”, dijo el ente emisor en un comunicado publicado el jueves.
El mayor índice registrado en el año había sido de 14 por ciento en septiembre, según estadísticas del Banco Central de Venezuela (BCV).
El índice nacional de precios al consumidor registró un incremento de 1,8 por ciento en diciembre, inferior al 2,2 por ciento del mes previo.
“La desaceleración de la tasa intermensual en diciembre obedece a las menores alzas que se dieron en 7 de 13 agrupaciones: servicios de la vivienda, bebidas alcohólicas y tabaco, alimentos y bebidas no alcohólicas, servicios de educación, alquiler de viviendas, salud y restaurantes y hoteles”, explicó el BCV.
A pesar de la relativa tregua que tuvieron los precios en diciembre, Venezuela volvió a sufrir otro año de elevada inflación en el 2011, al acumular un total de 27,6 por ciento, superior al 27,2 por ciento del 2010.
Caracas fue la ciudad con mayor inflación en el año, al registrar un acumulado de 29 por ciento, mientras que el rubro de alimentos elaborados registró un salto de 38,1 por ciento en todo el país.
El Gobierno había fijado en el presupuesto oficial de la nación una meta de entre 23 y 25 por ciento de crecimiento de los precios para el 2011, pero funcionarios la ajustaron luego en torno al 27 por ciento.
Para el 2012, el Gobierno espera que la economía crezca un 5 por ciento, más que el 4 por ciento registrado en el 2011, mientras que la meta de inflación fue reducida a un rango de entre 22 y 23 por ciento, que analistas estiman será muy difícil de cumplir en medio de la expansión prevista en el gasto público por las elecciones

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

E por falar em Cuba: passando ferias no parque dos dinossauros...


CLÃ DOS GENRO TIRA FÉRIAS NA DISNEYLÂNDIA DAS ESQUERDAS
Janer Cristaldo, Segunda-feira, Janeiro 02, 2012

Há décadas, amigos me convidam para visitar Cuba. Não são comunistas. São pessoas que vêem algo de exótico no socialismo. Tenho um amigo francês, que nada tem a ver com o castrismo, que vai lá pelo menos uma vez por ano. Gosta de sentir-se em um museu. Carros dos anos cinqüenta, arquitetura degradada, mais o calor dos trópicos. Y las jineteras, por supuesto.
De minha parte, jamais irei a Cuba. Para ver miséria, não preciso viajar. Países socialistas, já conheço. Na Romênia, anos 80, tive uma experiência brutal do socialismo. Me consta que hoje os romenos vivem melhor. Pode ser. Mas sair do comunismo é algo que leva décadas. Sem falar que não pretendo contribuir com divisas para uma ditadura.
Nada como um dia depois do outro para rirmos um pouco. Mentira alguma foi mais prejudicial à América Latina que o mito da revolução cubana. Instalou-se na ilha uma ditadura comunista que levou os cubanos a um nível de miséria desconhecido nos dias de Fulgencio Batista. Castro alegava na época que a Cuba de Batista era um bordel dos Estados Unidos. Com Castro, o bordel internacionalizou-se. Virou bordel do mundo todo. A tal ponto que, interrogado porque as universitárias se prostituíam em Cuba, defendeu-se: “Nada disso. É que em Cuba até as prostitutas têm nível universitário”. Não estou fazendo piada. Isto foi dito pelo ditador.
Em 59, intelectuais do mundo deram apoio logístico e de mídia a Fidel e Che, para instalar a mais longa ditadura da América Latina. De Paris, um filósofo feio, baixinho e confuso veio dar seu aval ao tirano do Caribe. Uma foto da época é das mais emblemáticas: Sartre, de pescoço espichado para o alto, adorando Castro como um Deus. Em La Lune et le Caudillo (Gallimard, 1989), Jeannine Verdès Leroux nos relembra este momento de extraordinária poesia.
- Todos os homens têm direito a tudo que eles pedem - pontifica Castro. - E se eles pedem a lua? - pergunta Sartre. O ditador retoma seu charuto e se volta para o filósofo baixinho: - Se eles pedem a lua, é porque têm necessidade dela.
Pediam a lua no bestunto do ditador e do filósofo. Em verdade, os cubanos queriam dólares, pão e liberdade. Da mesma forma que a Espanha, em 36, foi um campo de treinamento para a Segunda Guerra, a América Latina era laboratório de experimentos sociais para os filosofadores europeus que, no dizer de Camus, assestavam suas poltronas no sentido da História.
Em março do ano passado, Luciana Genro convidava, via Twitter, para curso sobre a atualidade do marxismo em Porto Alegre. Comentei na ocasião:
Pode? Em pleno século XXI? Será que as notícias sobre a queda do Muro ainda não chegaram a Porto Alegre? Nem sobre o desmoronamento da União Soviética? Essa gente ainda não se deu conta do ridículo de ser marxista nestes dias? Nunca ouviram falar de Kravchenko? Das denúncias de Nikita Kruschov no XX Congresso do PCUS, de 1956? Trotskista, Luciana nunca ouviu falar de Kronstadt?
Que o pai da Genro continue stalinista, se entende. Árvore velha não se dobra. Sempre defendeu o comunismo e o stalinismo e renunciar ao obscurantismo seria negar tudo o que escreveu. Esclerose é isso mesmo, enrijecimento do cérebro. Mas Luciana Genro tinha 18 anos quando caiu o Muro. Tinha 20 quando a União Soviética esfacelou-se. Terá tapado a cabeça com um travesseiro para não ouvir o rumor do mar?
Hoje, às duas horas da matina, o clã dos Genro partiu para merecidas férias na Disneylândia das Esquerdas: Tarso e consorte, suas duas filhas e mais um neto. “Vai ser ótimo, sempre quis conhecer Cuba! – twitou Luciana -. Quando voltar conto as minhas impressões. Até!”
Serei todo ouvidos. Seu pai será certamente recebido com todas as honras pelos irmãos Castro. Em 2007, o capitão-de-mato Tarso Genro – então ministro da Justiça – mandou como regalo ao tiranete do Caribe dois pugilistas que haviam fugido da delegação cubana durante os Jogos Pan-americanos. Foram deportados para o gulag caribenho sem que tivessem cometido crime algum, a menos que fugir de uma ditadura seja considerado crime.
Mas Tarso é generoso quando se trata de proteger companheiros de ideologia. Em 2009, quando ministro da Justiça, concedeu asilo político a um terrorista foragido da justiça italiana, Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos entre 1978 e 1979. Ex-militante comunista das Brigadas Vermelhas, ele foi preso no Rio em março de 2007 e hoje vive no Rio livre como um passarinho.
Battisti viveu por mais de uma década na França, abrigado inicialmente pelo governo de François Mitterrand, sob a condição de ter renunciado à luta armada. Na Itália, foi condenado à prisão perpétua à revelia, a partir de provas fornecidas pelo depoimento de Pietro Mutti, fundador do Proletários Armados pelo Comunismo, do qual Battisti fez parte.
"A sua potencial impossibilidade de ampla defesa face à radicalização da situação política na Itália, no mínimo, geram uma profunda dúvida sobre se o recorrente teve direito ao devido processo legal", diz o texto assinado por Tarso ao justificar a concessão do refúgio. Como se a Itália contemporânea fosse uma ditadura onde um réu não tem direito à defesa. Battisti foi condenado à revelia porque estava refugiado na França, sob as asas protetoras do colaborador nazista François Mitterrand.
Tarso tem tudo para ser bem recebido em Cuba. Devolveu aos Castro dois dissidentes e deu sombra e água fresca a um terrorista italiano. Luciana também. Uma das últimas almas penadas do marxismo, a ex-deputada pelo PSOL certamente vai se sentir bem na ilha dos Castro.
Estou esperando as impressões da moça na volta da Disneylândia das esquerdas. Vai render crônica. As esquerdas tupiniquins até admitem criticar Moscou. Mas Havana continua intocável.

Os Castros atacam outra vez: depois de Fidel, Raul (e haja saco...)


Cuba 2012



por Carlos Alberto Montaner
El Cato.org, 3/01/2012
Otro primero de enero. ¿Qué ocurre en Cuba a los 53 años de instaurada la dictadura comunista? Algunas cosas importantes. Fidel, a sus 85 años, ya no manda. Cuando no dormita, se entretiene viendo la TV internacional y leyendo informes. Lo tratan como si mantuviera alguna autoridad. El Comandante advierte que su hermano Raúl está deshaciendo su “obra revolucionaria”, pero no puede evitarlo, aunque a veces llama a sus viejos amiguetes para quejarse. Estos odian escucharlo. La oreja de la Seguridad del Estado es poderosa y cualquier complicidad, aunque sea pasiva, costaría muy cara. Le responden con evasivas. Allí le llaman a eso “hablar para los micrófonos”. Raúl Castro, mientras, continúa la lenta demolición del desastre que le dejó su hermano.
El juicio, resumido por uno de los allegados, a condición de no revelar su nombre, es implacable: “El problema más grande del país no es el embargo estadounidense, sino la herencia del fidelismo. Raúl debería fusilar a unos cuantos’’. Raúl no va a fusilar a nadie. Fue un joven sanguinario, mas la ancianidad y la influencia de su hija Mariela lo han moderado. Raúl tiene tres objetivos. El primero, mantenerse en el poder. El segundo, aliviar la improductividad del sistema. El tercero, organizar la transmisión de la autoridad para que su muerte no interrumpa el control de la dinastía. Marx, equivocado en casi todo, tenía cierta razón cuando aseguraba que las relaciones de producción generaban las percepciones. Cuba es un desastre del que millones quieren escapar. Raúl quiere desmontar el sistema con una demolición controlada. Eso no funciona, ya están comprobándolo. La economía de mercado exitosa es producto de un orden espontáneo, no de la planificación de burócratas trasnochados. Por eso caen los índices de producción agrícola; por eso los microempresarios autorizados —los “cuentapropistas”— descubren cuán difícil es actuar en un ambiente económico que depende de un Estado muy torpe. La demanda de libertades civiles es creciente. Los cubanos, incluidos los simpatizantes de la dictadura, quieren viajar libremente. Casi todos esperaban que se eliminara la ‘tarjeta blanca’ o permiso de salida. Los que estaban fuera pensaban que se suprimiría la necesidad de visa para ingresar. Pero Raúl se negó. Tiene miedo. Sabe que los regímenes comunistas, como ha descrito el periodista Juan Manuel Cao, “colapsan por la estampida de la gente que huye”. Su apuesta, absurda, irreal, es por una mejora sustancial de las condiciones de vida de los cubanos hasta que se reconciliarán con el gobierno y con el sistema híbrido de socio-capitalismo de partido único y mano dura. Eso no va a ocurrir nunca. A estas alturas debería saberlo.
Carlos Alberto Montaner es periodista cubano residenciado en Madrid.
Artículo de Firmas Press
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O Imperio ataca outra vez: depois do cancer, a estupidez...

Pausa, pausa...
Estamos poluídos por tantas notícias ruins, contaminados por tanta corrupção, atingidos por tanta roubalheiras, que já não temos prazer nas coisas simples da vida: rir uns dos outros, no caso de nós mesmos.
Como é que fomos tão estúpidos que não percebemos que o Império estava insidiosamente atacando nossos queridos dirigentes máximos (e bota máximo nisso) com virus sorrateiros que provocam ou precipitam o câncer nos próprios.
No último ano e meio foram nada mais nada menos de cinco ou seis queridos líderes, Nossos Guias, perversamente inoculados com misturas imperiais, que provocam câncer e outras manifestações tóxicas, que impedem os ditos cujos de trabalharem para o bem do povo, o nosso bem.
Ainda bem que o esperto "profesor al revés", Mister Chávez, o fabuloso coronel do Caribe, percebeu o insidioso plano imperialista, e o denunciou, ufa, já não era sem tempo: nossos queridos comandantes estavam sendo mortalmente atingidos por esses virus maléficos, saídos diretamente de Wall Street e dos corredores da CIA.
Agora, o império tem de mudar de tática.
Atenção: acho que ele não precisa fazer nada de muito especial para lograr seus novos intentos...
Paulo Roberto de Almeida 

Escrito por Chigüire Bipolar  
Vanguarda Popular, 5/01/2012

Em um comunicado conjunto emitido pelo Pentágono, a CIA e o Departamento de Estado da Casa Branca, o governo dos Estados Unidos admitiu oficialmente, pela primeira vez, a existência de um plano para infectar presidentes latino-americanos com estupidez.

A secretária de Estado, Hillary Clinton, reconheceu que as missões secretas para infectar vários presidentes latino-americanos foram concluídas com sucesso. “Nosso plano original era infectar com câncer vários presidentes do continente sul-americano, mas descobrimos rapidamente que isso era inviável. Ao invés disso, optamos pela a infecção com estupidez galopante que é mais barata, mais simples e se dissemina com mais facilidade. Um relincho durante uma reunião do Foro de São Paulo fez todo o serviço”, disse Clinton.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse que foi vítima da conspiração dos Estados Unidos. “Eu sabia que os americanos tinham essas armas secretas diabólicas. Percebi que haviam me infectado com estupidez quando atribuí o meu câncer a um raio imaginário. Viram como sou inteligente? Assim se desmascara uma conspiração imperialista!", disse o presidente, que está escondido num bunker anti-estupidez construído pelos russos em Fort Tiuna e que custou 800 milhões de dólares.

Outros presidentes latino-americanos também afirmaram que foram vítimas da conspiração americana. O presidente boliviano, Evo Morales disse que sentiu essas rajadas de estupidez por um longo tempo, “quase desde o nascimento”, assim achou melhor se trancar em sua cabana. “Para me proteger, eu uso este colete feito de pele de Alpaca. Mas esta não é a única precaução que eu tomo. Também mastigo centenas de folhas de coca colhidas por mim mesmo todos os dias”, afirmou o Índio de Araque.

Questionado sobre a possibilidade de Dilma Rousseff ter sido vítima dos raios idiotizantes, um porta-voz da presidência afirmou que isto era “muito pouco provável”. “Dilma já ministrou aulas de marxismo-leninismo, os americanos não perderiam tempo e dinheiro infectando uma mente que já está neste estado calamitoso”, conclui o porta-voz.

Com informações da Agência Internacional El Chigüire Bipolar.

Mercosur, seducido por el autoritarismo - Víctor Pavón


Mercosur, seducido por el autoritarismo


Víctor Pavón
ABC Color (Paraguay), 25 de diciembre de 2011.

Víctor Pavón es Decano de la Facultad Derecho de la Universidad Tecnológica Intercontinental (Paraguay) y autor de los libros Gobierno, justicia y libre mercado y Cartas sobre el liberalismo.
En las últimas semanas tuvimos una fuerte arremetida por parte del dictador venezolanoHugo Chávez. Su propósito es absolutamente coherente con la línea de acción que mantiene en su mismo país. Seguir avanzando en el continente de modo a mantener lazos directos con los gobiernos afines para exportar a lo que el mismo presidente Chávez denomina “revolución bolivariana”.
Esta “revolución”, y tal como su principal propulsor afirma, consiste en lograr la unidad latinoamericana sobre la base de un modelo político de democracia “participativa”, de la sumisión de la propiedad privada, de la libertad de prensa y del Poder Judicial a los dictados del gobierno “bolivariano” y la fuerte influencia del Poder Ejecutivo con escaso control por parte del Congreso sobre el presupuesto público.
Estos tres elementos no son democráticos en el sentido correcto de lo que es una república de sustrato constitucional. Es en realidad un proyecto totalitario con fuerte base de lo que en las ciencias políticas y la filosofía se denomina “la ingeniería social” o el “constructivismo” político como también se lo conoce y cuyo nombre en su momento fuera acuñado por F.A. Hayek.
El objetivo de la “revolución chavista bolivariana” no es llegar a la planificación central tal como lo propugna el comunismo marxista, pero es una simple variable de igual naturaleza. La “revolución bolivariana” pretende mantener intacto el mercantilismo para repartirse el botín que significa un Estado monopólico compuesto por seudo empresarios seguidores y beneficiados de modelo político económico
Tal como estamos viendo en los últimos días a muchos políticos poco o nada les interesa esa fuente de inspiración que es absolutamente autocrática. Casi todos nuestros dirigentes están seducidos por el autoritarismo. Aunque escalofriante la razón es sencilla pues a los políticos profesionales que viven de la política y no para la política en el fondo les encantaría ser como Chávez, orador histriónico, grandilocuente, encantador de masas, dueño de vidas y haciendas.
Esta seducción tiene larga data. El estatismo por estas tierras está a flor de piel, como alguna vez lo dijo correctamente Porfirio Cristaldo Ayala. Y aunque muchos ni siquiera conocen el proceso de la historia, esa propensión de creer que el Estado es una entidad sagrada ya nos ha costado demasiado caro no solo en el Paraguay sino en varias partes del mundo. Todavía se añora a Robespierre, aquel político francés que años después de la Revolución Francesa con su Teoría del gobierno revolucionario se convirtió en el primer dictador moderno, diciendo que para él sus enemigos eran enemigos de Francia y, con eso, justificaba el exterminio de sus adversarios.
Hoy el exterminio les está vedado a los autoritarios como Chávez. Este ya se “modernizó” y los tiempos son otros. Pero tiene un as bajo la manga. La escasa propensión de los políticos latinoamericanos a defender la libertad, la propiedad y la justicia hace que los emuladores de Robespierre tengan el camino allanado. Esta tendencia es una reminiscencia de la que aún en Latinoamérica no podemos despojarnos. De hecho, gran parte de nuestros dirigentes como les encantaría ser como Chávez están dispuestos a verlo todavía más cerca para contemplarlo tal como un mesías al que hay que hay rendirle culto.
La última arremetida ya se dio. El presidente uruguayo Mujica, acosado quizás por la gran deuda de su país con la petrolera estatal venezolana, nos dio una sorpresa con un giro político cuando apenas días atrás hablaba de que “Brasil no debería venir a colonizarnos” y él mismo propone ahora saltar sobre el congreso paraguayo para hacer ingresar al dictador Chávez. Sin duda que el ingreso al Mercosur por parte de Chávez le permitirá a este gobernante ampliar sus redes de conexión directa con sectores políticos de los países miembros. Esta vez la intromisión en los asuntos internos de los demás países componentes del Mercosur tendrá el fuerte incentivo de la participación legítima como miembro del grupo.
Pero aún hay algo más determinante. El Mercosur por su característica de tratado internacional no se confeccionó como una entidad supranacional sino que es de carácter intergubernamental. Esto significa que los diversos grupos que conforman el Tratado pueden aprobar normas denominadas de derecho derivado, esto es, sus decisiones están supeditadas nuevamente a las decisiones de cada gobierno.
Pero el Mercosur hace tiempo que se muestra débil e inoperante. Sus Estados le han cerrado la navegación a los barcos ingleses con banderas de las islas Malvinas, cuando que ni siquiera pasó esa atribución por nuestro Congreso, pese a que este tipo de decisiones deben ser aprobadas por el Parlamento dado que el Mercosur no es una entidad supranacional sino intergubernamental. El presidente Lugo, fiel a los postulados de la revolución, le da una mano a la presidenta Cristina Kirchner y de este modo se convierte en uno de los constructores del puente de playa para seguir con los lineamientos de la “revolución”. Están seducidos por el autoritarismo.

La muralla de Mercosur - Gabriela Calderón de Burgos


La muralla de Mercosur


Gabriela Calderón de Burgos
El Universo (Ecuador)28 de diciembre de 2011

Gabriela Calderón es editora de ElCato.org, investigadora del Cato Institute y columnista de El Universo (Ecuador).
Guayaquil, Ecuador— La semana pasada el vicecanciller uruguayo Roberto Conde aseveró que “Todos sabemos que en el Mercosur vivimos en una tensión permanente entre la norma y la realidad”.1 Por ejemplo, luego de que Argentina y Brasil declararon este mes que se elevaría temporalmente el Arancel Externo Común (AEC), medida que Uruguay considera perjudicial, Uruguay pidió a cambio simplemente que se respete el libre comercio regional, es decir, el primer artículo del tratado que constituyó Mercosur. ¿Qué respondió Argentina? Que no se podía comprometer a eso.2 Mientras tanto el Ministro de Finanzas de Brasil, Guido Mantega, declaraba que era necesario lograr “una mayor unión” para defenderse de “esas invasiones de productos que vienen de afuera”.3
Pero consideremos el último brote de proteccionismo en Argentina. En 2011 Argentina introdujo las “Licencias No Automáticas” para la importación de alrededor de 600 productos y el requisito de que solo se puede importar el equivalente a lo que se exporta. Esto ha resultado en que, por ejemplo, las empresas en Argentina que pretenden importar autos o partes de autos de Brasil, tengan que montar oficinas de trading para exportar lo que sea (garbanzos o miel, etc.) con tal de obtener el crédito necesario.4
En cuanto a la liberalización comercial hacia el resto del mundo, Mercosur obliga a sus miembros a tener un Arancel Común Externo (AEC) que en muchos casos supera el arancel aplicado de sus potenciales miembros. Bernardo Acosta señala que el AEC encarecería el costo de las materias primas que importan los productores ecuatorianos: “el 91% de las materias primas que tienen arancel del 0% en Ecuador está grabado con aranceles que van del 2 al 26% en el Mercosur”.5
Por esta razón países como Chile y Perú han decidido permanecer como observadores. Aún sin ser un miembro completo, 98% del comercio entre Chile y el Mercosur ya está libre de aranceles.6
Lo inteligente es abrirse no solo al comercio regional sino también al comercio con el resto del mundo. Esto es de particular relevancia para Ecuador ya que nuestros principales socios comerciales no están en Mercosur. Tal vez nos convendría asociarnos con países que ya han demostrado su compromiso con la apertura comercial, como nuestros vecinos en la costa del Pacífico. Este año se firmó el Acuerdo del Pacífico entre Colombia, Perú (dos de nuestros principales socios comerciales), Chile y México. Cada uno de estos países ya tiene firmado un tratado de libre comercio con nuestros otros dos principales socios comerciales: EE.UU. y la Unión Europea.
Pero a veces se trata de darle un saludo a la bandera del gobierno de turno y no de mejorar las oportunidades de comercio para los ecuatorianos. Andrés Malamud de la Universidad de Lisboa dice de Mercosur: “un proyecto de integración que inicialmente se trataba acerca del comercio, las aduanas y el mercado insospechadamente se ha convertido en un símbolo del activismo político de izquierda y de las ideologías de liberación nacional”.7 Esta parece ser la única explicación detrás del interés del gobierno ecuatoriano de convertirse en un miembro pleno de Mercosur: un costoso saludo a la bandera que nos someterá a la política comercial proteccionista de Argentina y Brasil.
Referencias:
1. “Uruguay calificó de ‘agresiva’ la actitud argentina en comercio bilateral”. La Nación(Argentina). 21 de diciembre de 2011.
3. “Mercosur aprobó subir arancel externo común para productos extrazona”. El Comercio(Ecuador). 21 de diciembre de 2011.
4. Krause, Martín. “Barreras al comercio y a las instituciones”. ElCato.org. 18 de marzo de 2011.
5. Acosta, Bernardo. “28 de diciembre todos los días”. El Comercio (Ecuador). 27 de diciembre de 2011.
6. “98% del comercio de Chile y Mercosur está si aranceles”. ABC Color (Paraguay). 30 de junio de 2011.
7. Malamud, Andrés. “Mercosur Turns 15: Between Rising Rhetoric and Declining Achievement”. Cambridge Review of International Affairs, Vol. 18, No. 3, octubre de 2005.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...