Recebo, de um
leitor, o comentário imediatamente transcrito, sobre o meu blog, postado em
algum outro blog, do qual não possuo agora a referência (mas isso não tem
importância, pois o que vale é o comentário, não quem o fez, ou onde fez):
(primeiro
transcrevo, depois comento, sendo que o post original vai reproduzido in fine)
Diplomatizzando
O blog Diplomatizzando ( clique aqui) é escrito pelo diplomata e também professor
Paulo Roberto de Almeida. Ele é daquelas pessoas brilhantes, digo novamente,
brilhantes, mas também polêmico, porque muitas vezes suas ideias são radicais.
Suas posições são firmes: não gosta da esquerda, acha o MEC uma máquina social
imbecilizante ,e por muito pouco não chama você de idiota. Mas, tenho que dar o
braço a torcer, às vezes ele tem argumentos... e por pouco não te convence que
o governo Lula foi nocivo para o país. Porém, ele tem outro blog, o Vivendo
com os livros ( link abaixo), onde fala, é claro, de suas preferências
literárias. Fiz um “copy-paste” do último (acho) post do blog, onde,
humildemente, ele se coloca como um aprendiz de escritor. E, olha, ele que tem
uma penca de livros publicados. Frasezinhas soltas, mas sempre rrricas ( como
diziam meus hóspedes Argentinos nessa semana)
Comento, agora (PRA):
Agradeço pelo “pessoa brilhante”, mas sinceramente não
creio que seja o caso: existem pessoas muito mais brilhantes do que eu, mas
isso tampouco importa. Eu sou apenas um gajo esforçado, que está sempre lendo.
Agradeço também pelas “ideias radicais”. Não tenho
certeza de que sejam, eu as pretendo apenas conforme à realidade, e por isso
mesmo recuso a caracterização seguinte, que pretende que eu não gosto da
“esquerda” (seja lá o que isso queira dizer).
Eu mesmo me pretendo de esquerda, se por isso entendermos
uma pessoa que gostaria de acabar com certos privilégios – de políticos e
juízes, por exemplo --, de introduzir mais igualdade na sociedade – via
mercado, porém, e não via Estado, que sempre distribui para os mais espertos,
que costumam ser, via de regra, os ricos e os mandarins do Estado, justamente
--, que defende causas progressistas – e não o regressismo do século XIX, como
certos indivíduos reacionários a ponto de achar que prescrições de 180 anos
atrás ainda servem para os nossos tempos, enfim, eu sou de esquerda nesse
sentido moderno, não no sentido arcaico de alguns que se pretendem de esquerda
sem sê-lo, de verdade.
Não é, portanto, que eu não gosto da esquerda, e isto
precisa ficar claro. Eu apenas tenho alergia à burrice, e horror à
desonestidade intelectual. Não tenho culpa se essas duas (más) “qualidades” se
encontrem em volume desproporcionalmente superior em certos setores da opinião
ideológica que costuma poluir nossas universidades.
Se a esquerda for inteligente, e honesta, eu não tenho
nenhum problema em debater com ela, como debato com qualquer pessoa,
independentemente do colorido político e do posicionamento partidário: não tenho
preconceitos.
Acho, sim, o MEC uma máquina deplorável, mas não tenho
nenhuma ilusão de que se ele fosse uma máquina razoável a educação no Brasil
teria condições de melhorar, pela simples razão de que toda a pedagogia
brasileira está pervertida e dominada por essas figuras que eu chamo de “saúvas
freireanas”, as pessoas que acham que
Paulo Freire é um gênio da educação universal. Infelizmente, a idiotice
capturou a educação brasileira e estacionou. Deve demorar mais um 25 anos (por
baixo) para despoluir o ambiente, se isso algum dia ocorrer...
Por fim, não pretendo convencer ninguém que o governo
Lula foi nocivo para o país: eu apenas me limito a expor fatos – que estão na
imprensa – e a emitir algumas opiniões, que são as minhas, e não obrigo ninguém
a partilhá-las.
Como disse, eu tenho alergia à burrice e horror à
desonestidade intelectual. Sou contra mentirosos, fraudadores, pessoas sem caráter,
etc e tal.
Cada um que encontre seus personagens.
Paulo Roberto de Almeida
PS.
Abaixo o post original de onde saiu o comentário acima transcrito.
um estimulo a escritores aprendizes (como eu)
Sobre
o ato de escrever:-
- Toda
pessoa tem o direito de dizer o que ela acha ser verdadeiro, e qualquer outra
tem o direito de atacá-la por esta boa razão.
Samuel
Johnson
- O
talento, não está em escrever uma página, está em escrever trezentas.
Jules
Renard
- Escrever,
é uma relação de amor consigo mesmo, com as coisas, os momentos e as pessoas.
Escrever, é como viver uma vida paralela à sua vida de cada dia; é o vaso
purificador da alma e de seus movimentos.
Louise
Portal
-
Escrever
é também uma maneira de falar sem ser interrompido.
Jules
Renard.
-
Escrever:
a única maneira de emocionar alguém sem ser perturbado por uma face.
Jean
Rostand
-
Custou-me
quinze anos para descobrir que eu não tinha talento para escrever.
Infelizmente, não consegui parar, eu já tinha me tornado famoso.
Robert
Benchley
-
A
História será indulgente comigo, porque eu tenho a intenção de escrevê-la.
Winston
Churchill
-
Para
escrever não se deve ser muito inteligente, é preciso ser um idiota
resplandecente.
Antonio
Lobo Antunes
-
A
escrita tem isto de misterioso: ela fala.
Paul
Claudel
-
A
ecrita é uma aventura. No começo é um jogo, depois é uma amante, em seguida é
um mestre, e aí se torna um tirano.
Winston
Churchill
-
A
única escrita válida é aquela que a gente inventa... É isto que torna as coisas
reais.
Ernest
Hemingway