quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ministerio do Atraso Educacional nao consegue efetivar cotas raciais

Não por que não concorde com o princípio racista, que fique bem claro, mas é porque as instituições são tão incompetentes que não conseguem implementar qualquer coisa, contra ou a favor, para brancos ou para negros, à direita ou à esquerda, ou seja, a ineficiência vence até a ideologia mais obscura, obtusa e idiota.
Paulo Roberto de Almeida 

MEC quer prazo maior para que regra de cotas entre em vigor
O Globo, 14/08/2012

Ministério também deverá recomendar que a presidente vete o artigo que estabelece que o critério de seleção dos alunos cotistas seja o coeficiente de rendimento, obtido por meio da média das notas registradas pelo aluno no ensino médio.
O Ministério da Educação (MEC) deve sugerir à presidente Dilma Rousseff que vete o prazo de quatro anos para que as universidades e institutos técnicos federais garantam pelo menos 50% das vagas para alunos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Dentro dessa reserva haverá cotas sociais e raciais. O prazo é considerado curto para que as instituições de ensino se adaptem às regras.

Projeto aprovado pelo Senado determina que, no primeiro ano de vigência da lei, as universidades e institutos técnicos garantam 25% das vagas para os alunos com o perfil exigido. Caso a presidente aceite a sugestão de veto, o MEC deverá regulamentar um novo prazo. Dilma tem até o dia 29 para sancionar o projeto de lei.

O MEC também deverá recomendar que a presidente vete o artigo que estabelece que o critério de seleção dos alunos cotistas seja o coeficiente de rendimento, obtido por meio da média das notas registradas pelo aluno no ensino médio. O MEC propõe que o critério seja a nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) é contra a fixação de uma regra nacional para as cotas e considera que o projeto fere a autonomia universitária no processo de seleção. Mas não pretende entrar na Justiça contra a lei.

"A Andifes entende a importância dos programas de ação afirmativa, e boa parte das universidades já adota sistemas de cotas. Esses programas devem ser definidos a partir da autonomia universitária, valorizando especificidades locais. Esse projeto é uma tentativa de uniformizar o que é diverso e mexe no que está dando certo", afirmou o presidente da Andifes, Carlos Maneschy, reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Questionamento na justiça - A Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), por outro lado, planeja entrar com uma ação na Justiça contra a lei. A preocupação é com os alunos dos colégios privados, que ficariam desestimulados com o vestibular. Para a Fenep, as oportunidades de acesso às universidades devem ser iguais para todos, e o que precisa mudar é a qualidade do ensino público.

O projeto estabelece que as vagas reservadas para alunos de escolas públicas serão preenchidas por autodeclarados negros, pardos e indígenas, de acordo com sua distribuição em cada estado da Federação, segundo o IBGE. E metade dessa cota será destinada a estudantes oriundos de famílias com renda até um salário mínimo e meio per capita, ou seja, R$ 933.

As regras também valem para as instituições de ensino técnico federal de nível médio. Nesse caso, 50% das vagas serão destinadas a alunos que cursaram o ensino fundamental em escola pública. Também haverá os mesmos critérios de cotas racial e social.

O projeto foi aprovado pelo Senado em votação simbólica, sem registro nominal, o que acontece quando não há polêmica. O único que discursou contra foi o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), para quem a proposta fere a autonomia universitária. Ele argumentou que já há experiências bem-sucedidas de cotas adotadas em algumas instituições de ensino. 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Brasil: um pais que volta ao passado? - Susan Kaufman Purcell


Brazil creates its own economic woes
BY SUSAN KAUFMAN PURCELL
The Miami Herald, Thu, Aug. 02, 2012

Brazil’s economic future does not look nearly as bright as its recent past. Since 2010, when the country registered GDP growth of 7.5 percent, its economy has slowed dramatically. Last year, the country’s GDP growth reached only 2.7 percent. Brazil’s central bank expects growth for 2012 to reach only 1.9 percent, while Credit Suisse projects only 1.5 percent growth.
The most obvious cause of Brazil’s poor economic outlook is the collapse of the commodities boom, which had greatly benefited Brazil — a major exporter of energy, raw materials and food. The boom had been driven by China’s increasing demand for these commodities as a result of a decade of annual GDP growth of 9-11 percent. Brazil became a major exporter to China. Unfortunately, the U.S. recession reduced U.S. demand for Chinese exports, which in turn caused the Chinese economy to contract. Europe’s economic meltdown exacerbated China’s problem. As a result, Brazil’s exports to China decreased by more than half during the first six months of 2012.
New breakthroughs in energy technology also have begun to raise questions about Brazil’s ability to become an energy superstar, despite the country’s discovery of billions of barrels of offshore “pre-salt” oil and gas reserves. For years, energy experts have known that vast quantities of oil and gas were trapped between the layers of shale rock deposits. A process called horizontal drilling has brought down the cost of recovery from between the layers of shale.
As a result of horizontal drilling and a process called “fracking,” whereby large amounts of water and chemicals are injected under pressure into the shale, the recovery costs have dramatically decreased.
The estimated cost of producing a barrel of oil from shale is $70. This currently is less than the cost of producing a barrel of oil from Brazil’s pre-salt reserves, which some analysts have placed at over $100 per barrel.
Furthermore, shale exists in abundance. The largest deposits are in the United States, whose production of crude oil has increased 15 percent since 2008, making it the world’s fastest-growing oil and natural gas producer. The U.S. Energy Department projects that the daily U.S. output of oil could reach almost seven million barrels per day by 2020.
Others think that it could ultimately hit 10 million barrels per day, which would place the United States in the same league as Saudi Arabia. Brazil currently produces about 2.5 million barrels per day of oil.
The accessibility of oil from shale means that there will be abundant oil for years to come. This also means that world oil prices will continue to decline. Given this situation, Brazil needs to quickly begin reducing the cost of producing its pre-salt oil. Unfortunately, Brazil is going in the wrong direction, as the government continues to insist on demanding a high percentage of local content in the production of ships, drills and other assets needed to exploit its pre-salt reserves.
Growing Brazilian protectionism is also making Brazilian products increasingly less competitive. Brazil recently backed away from an automotive agreement with Mexico, forcing Mexico to limit the number of cars it exports to Brazil. The reason — Brazilian cars could not compete successfully with those produced in Mexico because of higher Brazilian costs, despite the cost of transportation and delivery from Mexico.
In addition, Brazil remains locked in Mercosur, a dysfunctional and increasingly protectionist common market in which political criteria take precedence over economic ones regarding trade decisions within the bloc. Compare this with the recent decision by Chile, Peru, Colombia and Mexico to form a “Pacific Alliance” to reduce trade barriers among themselves while trying to increase their trade with Asia.
Some of Brazil’s economic problems have external causes. Nevertheless, Brazil’s growing economic protectionism and its failure to adapt more quickly to a changed global economic environment are problems that Brazil could and should solve.
An obvious place to start is to reverse its protectionist policies and instead implement the long-delayed labor, tax and education reforms in order to reduce the cost of doing business in Brazil and increase the country’s international competitiveness.

Susan Kaufman Purcell is the director of the Center for Hemispheric Policy at the University of Miami.

Brasil: o eterno pais do futuro? - Andres Velasco


Email | Print

Brazil, Country of the Future No More?

Project Syndicate, link

SANTIAGO – During a visit to Rio de Janeiro last year, US President Barack Obama told a cheering crowd that Brazil is the country of the future no more. “For so long, you were...told to wait for a better day that was always just around the corner,” Obama said. “Meus amigos, that day has finally come.”
This illustration is by Paul Lachine and comes from <a href="http://www.newsart.com">NewsArt.com</a>, and is the property of the NewsArt organization and of its artist. Reproducing this image is a violation of copyright law.
Illustration by Paul Lachine
CommentsIs Obama right? At first blush, the answer would seem to be an unambiguous yes. Brazil today is democratic, and its president gets to sit next to Russian, Indian, and Chinese leaders at much-publicized “BRIC” summits. The economy weathered the crisis triggered by Lehman Brothers’ collapse in 2008, and mounted a vigorous recovery in 2010. Brazil not only remains a top football power, but it will host the World Cup in 2014 – and the Summer Olympics two years after that.
CommentsFor a while, financial markets were engrossed in a torrid love affair with Brazil. In the aftermath of the crisis, capital poured into the country, bidding up asset prices. Oil giant Petrobras raised $67 billion in its IPO, which until then was the world’s largest.
CommentsBut dig a little deeper and a more complex picture emerges. An apartment in a fashionable São Paulo neighborhood may cost as much as it would in London or New York, but, when it comes to competitiveness, Brazil ranks 53rd on the most recent World Economic Forum index – just ahead of Mauritius and Azerbaijan, and behind Malta and Sri Lanka.
CommentsOf course, Brazil’s macroeconomic situation is vastly better than it was a decade ago, when capital fled the country and the exchange rate collapsed in the months before Luiz Inácio Lula da Silva was elected President. Years of primary fiscal surpluses, which began under President Fernando Henrique Cardoso and continued after 2002 under Lula, have brought public debt under control and earned Brazil an investment-grade credit rating.
CommentsBut how fast Brazil can grow, and for how long, remains in question. After the 2010 boom, economic growth slowed precipitously. Indeed, by the third quarter of 2011, growth had stalled. Economic activity has picked up a bit since then, but forecasts for 2012 put real GDP growth at only 3.5% or less.
CommentsThe key growth constraint is lack of domestic savings. If Brazil raises its investment rate to 23% of GDP from today’s 19% (as it must to build all that World Cup infrastructure), it will have to run a current-account deficit and rely on external savings equivalent to 3-4% of GDP for years to come. That gap can be easily financed with today’s abundant global liquidity, but a disorderly European default or an eventual US monetary tightening (yes, it will happen one day) could change that.
CommentsMoreover, because investors do not view Brazilian and non-Brazilian assets as perfect substitutes, low domestic savings mean perennially sky-high (nominal and real) domestic interest rates. Brazil is a country where traders get excited whenever the Central Bank’s short-term interest rate drops below 10%.
CommentsTo offset the impact on investment of such high capital costs, the state-owned Brazilian Development Bank (BNDES) offers tens of billions of dollars in long-term loans at zero or negative real interest rates. That certainly benefits the firms that can get such loans; unfortunately, those firms are not necessarily Brazil’s most productive.
CommentsBoth the private and public sector in Brazil under-save, but the government’s dearth of savings is the bigger problem. It is not for lack of revenue: Brazil’s tax receipts as a share of GDP are the highest in Latin America. The problem is a state that invests far too little because it has locked up too much money in inflexible current expenditure.
CommentsPublic-sector pensions are a good example. A recent report by the bank Itaú estimates that in 2010, the social-security system covering private-sector workers spent 6.8% of GDP on benefits granted to 24 million people. In the same year, the system for public-sector workers spent about 2.1% of GDP on benefits – but for fewer than three million people. In other words, the average government pensioner’s benefits are 2.5 times higher than what the average private-sector retiree receives.
CommentsPresident Dilma Rouseff is aware of the problem, and her government is shepherding through Congress an ambitious pension reform. But progress, perhaps inevitably, has been slow. The reform is expected to be approved by the lower House imminently, and then move on to the Senate – a mere 15 years after it was first introduced.
CommentsThe point is to free up resources for the public investment that Brazil desperately needs. In a continent-sized country far from Asia’s markets, transport costs are key. Brazil must build new roads, ports, and airports, and not just for football-mad tourists in 2014. It must build them to create the new exports and the higher-paying jobs needed to reduce Brazil’s continent-sized income inequality. If and when that happens, Brazil will be the country of the present and the future.
Reprinting material from this Web site without written consent from Project Syndicate is a violation of international copyright law. To secure permission, please contact us.

Despesas de governo e crescimento economico: um debate

A propósito deste post neste blog: 

Arthur Laffer vs governos keynesianos: uma opiniao sensata



um correspondente, ou melhor, um leitor, enviou este comentário, que comento logo abaixo: 


zzh deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Arthur Laffer vs governos keynesianos: uma opiniao...": 

Agora me explique algumas coisas: aonde é que os dados mostrados por ele comprovam alguma coisa? Eles só mostram que os países em questão não estão crescendo agora. Por quê é que ele não cruzou com dados dos anos 60? Ou dos EUA em tempos de new deal? Porque esses dados danificariam o caso dele. É o caso clássico de enquadrar os dados à ideologia, não é assim que se faz ciência.

"The evidence here is extremely damaging to the case made by Mr. Obama and others that there is economic value to spending more money on infrastructure, education, unemployment insurance, food stamps, windmills and bailouts."

O autor quer dizer que não é vantajoso investir em infraestrutura? Ou em educação? Ele por acaso está esquecendo que o modelo americano de desenvolvimento é baseado principalmente em gastos do DoD? Que foi esse tipo de investimento que trouxe coisas como a Internet? O radar? O Teflon? Claro que um modelo totalmente estatal, a la URSS é inviável, e o modelo totalmente Keynesiano de EBES não é mais interessante, mas a teoria puramente monetarista dele é muito mais absurda do que qualquer outra coisa. Como fica a geração endógena de moeda? E a geração de moeda escritural por parte dos bancos? 


Agrego meus comentários (PRA): 
Pois bem, todos os economistas, ou até donas de casa sabem, ou deveriam saber, que governos, em geral, são despoupadores líquidos, ou seja, atraem a poupança privada para gastos inúteis com o próprio governo. Existem DEZENAS de dados empíricos -- ou seja, não é teoria, ou opinião não fundamentada -- que correlaciona a carga fiscal dos governos da OCDE, desde os anos 1960, com as taxas de crescimento. Existe praticamente uma linearidade negativa: quanto maior a carga fiscal, menor o crescimento, e vice-versa.
Se não acredita, procure os trabalhos de James Gwartney a esse respeito.
O Brasil se encaixa perfeitamente nessa história: carga fiscal do tamanho da OCDE, crescimento igual ao da OCDE, ou seja, medíocre.
NÃO EXISTE modelo americano de desenvolvimento: existe apenas a experiência americana de crescimento, de instabilidade e crises.
JAMAIS o crescimento americano foi baseado em gastos da Defesa, que são na maior parte dos casos perdulários, inúteis e exagerados, atuando em detrimento da economia americana, justamente.
Os EUA crescem, e inovam, A DESPEITO do Pentágono, não graças a ele.
Você quer tirar dois ou três exemplos isolados de breakthroughs tecnológicos para fazer disso um MODELO de desenvolvimento?
Não seja maluco: leia mais sobre a história do desenvolvimento tecnológico americano e você verá que ele tem mais a ver com o desempenho geral daquela economia do que com o Pentágono, um gastador contumaz, irresponsável, perdulário, inútil para o que realmente conta.
Leia também sobre a história do New Deal, em lugar de ficar repetindo lugares comuns, absolutamente equivocados com relação à realidade histórica. Recomendo Modern Times, do Paul Johnson (tem edição brasileira), ou Harold James, sobre os anos 1930.
Governos também são irresponsáveis na emissão de moeda, como aliás está sendo demonstrado agora mesmo.
Quem vai pagar a festa keynesiana?
Você?
Paulo Roberto de Almeida 

Argentina e Von Mises ao contrario: Seis Licoes de AntiEconomia


Ludwig von Mises visitou a Argentina em 1959, quando fez as seis conferências de economia (na Universidade de Buenos Aires) que resultaram, mais adiante, em seu conhecido livro "Seis Lições" (disponível em edição em Português, no site do Instituto Liberal e no do Instituto Mises Brasil, que eu tenho em algum lugar de minha biblioteca; e em inglês, son o título de Economic Policy, no site mises.org). Uma das lições era, justamente, sobre o intervencionismo governamental na economia, sendo as outras sobre o capitalismo, o socialismo, a inflação, o investimento estrangeiro e sobre as ideias e as políticas econômicas.
Agora o governo argentino repete as seis lições, apenas que ao contrário, como aliás já faz o professor Chávez.
Paulo Roberto de Almeida 

Argentina pode elevar controle sobre empresas


BUENOS AIRES - O governo argentino vai aumentar o controle sobre as 28 empresas privadas nas quais possui participação acionária herdada dos antigos fundos de pensão estatizados no final de 2008.
As companhias, entre elas as brasileiras Petrobras, Banco Patagonia (Banco do Brasil) e a processadora de alimentos Quickfood (Brasil Foods), já começaram a ser contatadas pelo vice-ministro deEconomia, Axel Kicillof - o novo homem forte do governo de Cristina Kirchner - e sua equipe passaram a semana passada em contatos com os presidentes das companhias, que foram avisados que têm prazo de 72 horas (a contar de ontem) para entregar uma série de documentos solicitados.
De acordo com o governo, as empresas terão de enviar ao governo relatórios detalhados de sua situação contábil, nível de produção, custos, comércio exterior, planos de investimentos e endividamento e informações sobre as decisões de diretoria. A solicitação destes dados está prevista no decreto que a presidente editou há cerca de 15 dias a fim de fixar normas para coordenar a ação dos 50 diretores estatais nestas empresas.
O governo argentino tem participação acionária nas empresas desde a estatização dos fundos de pensão, que passaram para as mãos da Agência Nacional de Seguridade Social (Anses). Na Petrobras, por exemplo, essa participação é de 9,8%, enquanto na Quickfood, é de 5,3% e no Banco Patagonia de 15,3%.
"Não acreditamos que possa haver problema com esse mecanismo porque a maioria da diretoria que decide é privada", disse fonte ligada a uma das empresas. Porém, continuou, "a presença agressiva do governo e a maior exigência poderia provocar melindre e atrasar novos projetos".

Brasil elegeu o Portunhol como lingua de trabalho; e o Ingles retrocede

Primeiro a notícia do site "Direito Aduaneiro e Comércio Exterior": 



Vivian Soares, de São Paulo, Valor Econômico, 09/08/2012
O Brasil é o país com o desempenho mais fraco em inglês para negócios entre os emergentes. A constatação é de uma pesquisa realizada com 108 mil profissionais em 156 países pela Global English e que avaliou o nível do idioma em empresas nacionais e multinacionais. Em uma escala que vai de 0 a 10, os brasileiros obtiveram a nota 2,95, segundo o levantamento. De acordo com José Ricardo Noronha, diretor da GlobalEnglish no Brasil, o país ficou classificado em 67º lugar em um ranking que contou com a participação de 76 dos países pesquisados. "Além dos Brics, perdemos também para México, República Dominicana, Venezuela entre outros", afirma. O Brasil teve também uma redução de seu desempenho em relação ao ano passado, em que conquistou a nota 3,45.
Segundo Noronha, o desempenho do país é preocupante. "Muitas empresas no Brasil têm suas estratégias voltadas para o mercado interno e não se preocuparam em qualificar sua mão de obra nesse quesito", afirma. A nota obtida pelo Brasil não chega nem mesmo a atingir o nível básico de fluência. "A qualidade de comunicação dos brasileiros é muito baixa. Em média, eles não conseguem nem mesmo fazer uma conversa corriqueira por telefone, algo que é obrigatório no cotidiano das empresas", afirma.
A pesquisa revelou que 92% dos profissionais em todo o mundo acreditam que o inglês é crítico ou importante para suas carreiras. Apenas 7%, no entanto, afirmam que possuem o nível de fluência adequado às necessidades da profissão. O índice de desempenho é baixo até mesmo em países onde o inglês é a língua nativa, como nos Estados Unidos (5,09) e no Reino Unido (5,24). "Nesses mercados, é comum que as multinacionais atraiam um grande número de profissionais não-nativos, especialmente em funções qualificadas como engenharia e ciência", diz. Esses especialistas preenchem a demanda técnica das empresas, mas ainda estão abaixo da expectativa em seus conhecimentos sobre o idioma.
O diretor acredita que, pelo menos no Brasil, há espaço para melhoras - a proximidade dos eventos esportivos no país deve fazer com que as empresas aumentem seus investimentos em formação de mão de obra. "Algumas companhias já incluíram a qualificação em idiomas em seu planejamento estratégico há muito tempo. Outras estão acordando para o problema somente agora". Ele acredita que o nível de exposição internacional do país deve aumentar muito nos próximos anos e isso será determinante para a competitividade das empresas. "Quem não se atentar à importância de ter profissionais com um bom nível de inglês vai perder mercado, dinheiro e talentos", afirma. 


Agora meu comentário: 
Não devemos esquecer que o governo dos companheiros tornou o Espanhol língua obrigatória no ciclo fundamental, o que vai obrigar à formação, apressada e provavelmente mal feita, de 500 ou 600 mil professores de Portunhol (é o máximo que conseguirão aprender) nos próximos anos, SEM QUALQUER VANTAGEM seja para as crianças, seja para o país.
Todos os brasileiros deveriam estar aprendendo inglês, desde o Kindergarten, mas parece que aqui não se gosta de línguas "imperialistas".
Enquanto isso, o Chile se prepara para ser uma nação inteiramente bilingue, Espanhol e Inglês, em 2015.
Não esqueçamos que também tem "estudos afrobrasileiros" como disciplina obrigatória no fundamental, e sociologia e filosofia como obrigatórias no ciclo médio.
Esse é o país que vai para trás: tudo é obrigatório, nada opcional.
O país, além de arcar com despensas inúteis excessivamente elevadas, ainda se atrasa com a "pedagogia freireana" dos companheiros.
Paulo Roberto de Almeida 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Salta um "mocochinche" bem gelado?! (Na Bolívia, claro...)


Carlos Malamud: Coca Cola en Bolivia

Coca Cola e indigenismo

Infolatam, Madrid, 12 agosto 2012
(Especial para Infolatam).- El ministro boliviano de Asuntos Exteriores, David Choquehuanca, se distingue por sus declaraciones altisonantes y provocativas. Años atrás señaló que lo que hoy es América, antes de la llegada de los europeos en 1492 era un continente de paz donde pueblos y hombres vivían sin guerras, en armonía y concordia. En otra ocasión se ufanó por no leer libros y preferir como fuente de conocimiento el saber y la experiencia de los ancianos y los aportes de la naturaleza y la madre tierra.
En fechas recientes sus palabras dieron la vuelta al mundo al vaticinar el fin del capitalismo y la coca cola en Bolivia el próximo diciembre, según lo indicado por el calendario maya. En esa fecha, de acuerdo con sus profecías, se pasaría de la Macha, la época de la oscuridad, el egoísmo, la división y el individualismo, a la Pacha, la de la hermandad, el amor, el comunitarismo y del mocochinche, un refresco de melocotón o durazno.
Ante las palabras de Choquehuanca, que provocaron el malentendido de la expulsión de coca cola de Bolivia en la fecha señalada, se impuso el desmentido del presidente Evo Morales. Choquehuanca expresa una de las líneas más integristas en la defensa de los valores indigenistas dentro de su gobierno, aunque para ello deba violentar la realidad y la historia con demasiada frecuencia. Sin embargo, esto no es ningún problema para quienes se erigen en defensores de un pasado mítico que nunca existió. Si es necesario reescribir la historia, se reescribe; si el guión requiere establecer vínculos estrechos entre mayas e incas y aymaras con más de 500 años de antigüedad, se establecen.
... Sus palabras dieron la vuelta al mundo al vaticinar el fin del capitalismo y la coca cola en Bolivia el próximo diciembre, según lo indicado por el calendario maya.
Ahora bien, ésta no es la mejor manera de defender los derechos individuales y colectivos de los indígenas bolivianos y americanos. Ni con un acceso selectivo a la modernidad ni negando a la coca cola, consumida con fruición a lo largo y ancho del país, se impondrán valores sociales más solidarios. Hace un par de años el vicepresidente García Linera dijo que Bolivia no podía competir en conocimiento, es decir en ciencia y tecnología, con los países más avanzados. Para equilibrar las cosas debían sacar partido de su ventaja competitiva: el comunitarismo. No había que invertir más en educación ni promover la I+D sino trasladar al mundo las buenas experiencias del comunitarismo plurinacional.
Es algo similar a lo que señala Choquehuanca. La época oscura y tenebrosa, marcada por el individualismo, el capitalismo y la coca cola, será superada a fines de 2012 por las luces de la solidaridad, el comunitarismo y el mocochinche. Más allá de la necesidad de identificar a cada etapa con una bebida simbólica, preocupa el anacronismo del mensaje. El mocochinche no solucionará los problemas de los bolivianos, que son muchos. En su lugar, se debería apostar por la promoción de la sociedad del conocimiento.
Este tipo de manifestaciones tienen poco que ver con los presupuestos de las culturas indígenas y más con prejuicios ideológicos. El indigenismo no está reñido con la modernidad ni con los avances científicos y tecnológicos, y se puede y se debe defender con otros métodos. Otra cosa es que se quiera incorporar la modernidad de una forma selectiva. Una vez más estamos frente al paternalismo de las élites, aunque en esta ocasión se esconda bajo un manto indigenista.

Carlos Malamud:
Catedrático de Historia de América de la Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED), de España e Investigador Principal para América Latina y la Comunidad Iberoamericana del Real Instituto Elcano de Estudios Internacionales y Estratégicos. Ha sido investigador visitante en el Saint Antony´s College de la Universidad de Oxford y en la Universidad Torcuato Di Tella de Buenos Aires y ha estado en posesión de la Cátedra Corona de la Universidad de los Andes, de Bogotá. Entre 1986 y 2002 ha dirigido el programa de América Latina del Instituto Universitario Ortega y Gasset, del que ha sido su subdirector. Actualmente compatibiliza su trabajo de historiador con el de analista político y de relaciones internacionales de América Latina. Ha escrito numerosos libros y artículos de historia latinoamericana. Colabora frecuentemente en prensa escrita, radio y TV y es responsable de la sección de América Latina de la Revista de Libros.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...