terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ai, que preguiça! Brasileiros continuam macunaimicos... (nao com a minha colaboracao)

De vez em quando eu recebo mensagens de folgados como esse abaixo, a quem poupo o desgosto da transparência.
Primeiro a mensagem dele, depois a minha resposta...
Paulo Roberto de Almeida 

On 23/10/2012, at 22:18, Lxxxxxx Mxxxx <xxxxxxxxxxxx@gmail.com> wrote:
Mensagem enviada pelo formulário de Contato do SITE.

Nome: Lxxxxxx Mxxxx
Cidade: Cxxxxxx
Estado: XX
Email: xxxxxxxxxxxx@gmail.com
Assunto: Sem assunto
Mensagem: Boa noite professor,

Estou meio perdido, por isso gostaria que o senhor me ajudasse com a bibliografia desse edital:

ÁREA XVIII: 1 Direito Internacional Público. 2 História e fontes de Direito dos Tratados. 3 Obrigações e compromissos internacionais. 4 Costume internacional. 5 Entes de direito internacional. 6 Estados. 7 Organizações internacionais. 8 Personalidade internacional. 9 Direito do Mar. 10 Direito Internacional da Navegação Marítima e da Navegação Aérea. 11 Direito Internacional Ambiental. 12 Proteção Internacional dos Direitos humanos. 13 Direito Internacional do Trabalho. 14 Direito
Econômico Internacional. 15 Direito de Integração. 16 Direito do MERCOSUL. 17 Direito Comunitário. 18 Ordenamento jurídico internacional. 19 Direitos territoriais de jurisdição. 20 Sanções no direito 
internacional público. 21 Conflitos internacionais. 22 Segurança coletiva e manutenção da paz. 23 Direito de guerra e neutralidade. 24 Serviço diplomático e consular. 25 Nacionalidade e naturalização. 26 Regime
Jurídico do Estrangeiro. 27 Teoria das relações internacionais. 28 Relações internacionais contemporâneas. 29 Organizações não-governamentais. 30 Integração regional. 31 Globalização. 32 Blocos econômicos. 33 Política externa brasileira. 34 Geopolítica mundial. 35 Economia Internacional. 36 Teorias do desenvolvimento. 37 Relações econômicas internacionais. 38 Balanço de pagamento. 39 Comércio internacional. 40 Teoria das vantagens comparativas. 41 Organização Mundial de Comércio. 42 Movimentos internacionais de capitais. 43 Corporações transnacionais. 44 Organismos internacionais de natureza econômica. 45 Fundamentos de Direito Constitucional Positivo  Brasileiro.

Esse edital é do último concurso de Consultor da Câmara dos Deputados. Como descobri, recentemente, a minha paixão pelo DIP quero prestar esse concurso.
O que o senhor acha?
Muito obrigado pela ajuda
Abraço
Xxxxxxxxx Xxxxxx

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Minha resposta, talvez decepcionante para o candidato em questão: 

Acho muito bom que voce preste concurso, que voce passe e que voce se torne um brilhante profissional, ainda que agravando, como milhares de outros brasileiros desejosos da mesma sinecura, o quadro de descalabro de gastos no Legislativo federal, onde trabalham milhares de semelhantes, alguns até mais brilhantes, outros menos, mas todos ganhando muito acima do que deveriam ganhar, pois os altos salários desse poder possuem uma correspondência inversamente proporcional à produtividade (aliás mínima, beirando o zero) do trabalho desses servidores.
Você pretende fazer concurso e já começa a agir como dezenas, provavelmente centenas de outros semelhantes, esperando que outro trabalhe em seu lugar.
Não pretendo fazer, jamais pretendi e provavelmente nunca farei o trabalho que deve ser próprio, pois quem quer fazer concurso deve poder saber onde, como por onde começar a estudar, não é mesmo?
Transferir esse encargo para outros é coisa de quem é muito folgado, de quem acha que os outros estão disponíveis para servir sua preguiça.
Acho que você deve postar uma mensagem circular na internet, dirigida a todos os seus amigos, colegas, conhecidos, professores e outros beneméritos espíritos, que poderão satisfazer suas necessidades intelectuais, sem qualquer esforço para você.
Continue assim que você terá um brilhante futuro pela frente, embora eu não possa dizer o mesmo dos milhares de brasileiros que pagarão seu salário indevido, absurdo, exagerado, abusivo.
Isso se você entrar, claro. Considerando, entretanto, sua preguiça, acho que as chances são poucas.
Boa sorte, então.
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Paulo Roberto de Almeida

A historia e suas versoes: companheiros pretendem continuar escrevendo a sua

Nosso dever moral é sempre contar a versão correta, ou seja, aquela que se atém aos fatos, tais como eles efetivamente ocorreram, como diria Leopold Von Ranke.
Os companheiros pretendem contar a sua: espíritos totalitários sempre pretendem controlar o passado, para melhor se apossar do presente e determinar o futuro.
Não contarão com a minha omissão: pretendo relatar as coisas exatamente como as coisas são.
Vou deixar o meu registro, sobre nossa democracia de baixa qualidade e suas imensas deformações, que permitem, justamente, que indivíduos sem qualquer caráter se apossem de instituições do Estado para manipulá-las em seu favor.
Não com a minha conivência, e sempre com minha denúncia.
Na falta de tempo de elaborar meu próprio testemunho, começo transcrevendo o que disse um jornalista conhecido, que reflete exatamente o que vai pela cabeça desses totalitários em projeto.
Paulo Roberto de Almeida 


Reinaldo Azevedo, 23/10/2012

Não pensem que o julgamento do mensalão acabou. Sob certo ponto de vista, ele mal começou. Depois do maiúsculo trabalho feito pelo Supremo Tribunal Federal — que deu aos crimes os nomes que, durante um bom tempo, as oposições se negaram a dar —, resta agora o que chamarei de disputa pela narrativa histórica, que não coincide necessariamente com os fatos, sobejamente relatados e provados pela Procuradoria-Geral da República, com o endosso da maioria dos ministros. Depois de examinar severamente as provas, o resultado é o que se viu: gestão fraudulenta, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, formação de quadrilha… A soma de horrores tinha um propósito, como também restou cristalino: executar um projeto de poder que buscava — busca ainda — tornar inermes as instâncias da República. O que o Supremo fez foi punir a extrema ousadia. Depois disso, aquela gente se tornou um pouco mais prudente, mas não quer dizer que tenha mudado de propósitos. Para os petistas, gosto de lembrar a frase de Talleyrand ao definir os Bourbons: “Não aprenderam; não esqueceram nada!”. Quem vai se apossar dessa narrativa?
Na academia, alguns poucos aos quais restou, intocada, a honestidade intelectual buscarão relatar a história. Uma grande maioria certamente se calará porque os fatos, afinal, não obedeceram aos desígnios do “Partido”, o ente de Razão que escolheram como senhor da história, numa evidência de sua mediocridade intelectual, de sua fraqueza moral e de sua baixeza ética. É preciso, é evidente, que os políticos de oposição se encarreguem de transformar a evidência dos fatos numa herança histórica a ser lembrada pelas gerações futuras. Até porque estamos falando de um mal de muitas cabeças. Não pensem que o petismo vai se conformar com o veredicto do Supremo. Muito pelo contrário: tentará usar a condenação para partir para o ataque.
Não me refiro às muitas notas disparadas pela Executiva do PT, por José Dirceu ou por José Genoino. Não me refiro às tolices do stalinismo bolorento de Marilena Chaui, que segue a trajetória inversa à dos bons vinhos. Refiro-me aqui a outra coisa. Os petistas tentarão se vingar institucionalmente. E já emitem sinais nesse sentido, com o que terão de tomar cuidado também os partidos da base aliada.
No domingo, em entrevista ao Estadão, quando posou uma vez mais de herói, José Genoino defendeu, do nada, o financiamento público de campanha, no bojo de uma “reforma política profunda”… Por que um partido que exerce o terceiro mandato consecutivo segundo as regras que aí estão, que se constituiu, na sua vigência, como uma das maiores legendas do país, quer mudar “profundamente” as regras do jogo? A resposta é uma só: para se eternizar no poder. Ora, o financiamento público, se fosse instituído, teria de obedecer a algum critério, como a distribuição dos recursos segundo a atual bancada dos partidos, por exemplo, o que daria ao PT uma enorme vantagem. Imaginem vocês: os petistas querem fazer uma “reforma política profunda”, que terá como fundamento o atual tamanho das bancadas, quando os partidos de oposição vivem o seu pior momento. E não está de olho só nisso, não! Também vê com desconfiança o crescimento de alguns aliados. Antes que o mal cresça, pretende lhe cortar a cabeça.
Tentará ainda mecanismos para controlar a imprensa e, como já anunciaram alguns representantes do partido, o próprio Poder Judiciário. É pouco provável que consiga realizar esses intentos. Todas as iniciativas, no entanto, constituem esse esforço de ser o senhor da narrativa.
O mensalão por outros meios
Cumpre ter muito claro uma coisa: essa gente não tem limites e não reconhece os valores que orientam uma democracia e uma República. Nem a própria imprensa, com raras exceções, vocês já sabem disso, se dá conta das barbaridades que são cotidianamente ditas e cometidas. No fim de semana, em Santo André e Mauá, Lula disse, com todas as letras, na presença de ministros de estado, que vai atuar junto à presidente Dilma para que não faltem recursos a cidades cujos prefeitos sejam petistas. E isso passa como coisa normal. A própria presidente sugeriu, em Salvador, que a eleição de um candidato do PT facilita o trabalho com o governo federal.
Isso tudo é um acinte. Essa é, provavelmente, a forma mais escancarada de uso da máquina pública de que se tem notícia. Não deixa de ser uma espécie de mensalão, executado por outros meios. Trata-se de deixar claro aos eleitores que o estado foi capturado e que fazem dele o que lhes der na telha: havendo um prefeito aliado, chegará dinheiro; não havendo, então não!
Por que se constituiu a quadrilha do mensalão? Porque os petistas não reconhecem os fundamentos de uma República democrática, que prevê a alternância de poder se for essa a vontade do povo. Não para eles. Poder conquistado é poder acumulado, e não se concebe que outro lhes tome o lugar. Por isso buscaram fraudar as regras do jogo com aquela cadeia de crimes; por isso voltam a falar em reforma política e financiamento público de campanha; por isso ficam a fazer chantagem sobre os palanques.
Os partidos de oposição têm de denunciar toda essa gente ao Tribunal Superior Eleitoral, sempre tão célere em censurar meras mensagens de propaganda. Quero ver é um TSE que coíba o uso da máquina pública e o abuso do poder econômico nas eleições. O PT recebeu um baita golpe moral. Por isso mesmo, está mais perigoso do que nunca!

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Reinaldo Azevedo, 23/10/2012

Haverá hoje sessão extraordinária no Supremo para encaminhar as questões pós-coleta de votos. Será preciso definir o que fazer nos casos de empate — provavelmente, o réus serão absolvidos — e começar a cuidar da dosimetria, vale dizer, da atribuição de penas aos condenados. Podem ser sessões turbulentas, sim, vamos ver. À note, no debate da VEJA.com, a gente comenta tudo. Quero aqui cuidar de outra coisa.
A maioria dos ministros do Supremo não fez o que Lula queria. Para ser mais amplo: a maioria dos ministros do Supremo não fez o que o PT queria. Quem sintetizou com maior percuciência a boçalidade petista foi um senador considerado “moderado” (imaginem os radicais…): Jorge Viana, do Acre. Disse com todas as letras:
“Só não vale nossos governos indicarem ministros do Supremo e eles chegarem lá e votarem contra por pressão da imprensa”.
Em frase tão curta, tão longa tradição totalitária. Em primeiro lugar, não foi o “nosso (dele) governo” que indicou os ministros, mas uma instituição chamada Presidência da República, que é o topo de um Poder, o Executivo. Como instâncias da República, não são entes que “pertençam” ao PT. Não são “nosso” — isto é, deles. Em segundo lugar, os ministros foram aprovados pelo Senado, fatia de outro Poder, o Legislativo, que é, pasme Jorge Viana!, do povo, não dos petistas.
Em terceiro lugar, quem disse que os ministros votaram “por pressão da imprensa”? Então só haveria um modo de não fazê-lo, a saber: votando de acordo com a vontade do PT? Quem faz o que quer o partido é, pois, “independente”; quem não faz, é mero capacho da mídia? A fala, no entanto, trai uma intenção, que talvez não se tenha cumprido por erro de cálculo: os petistas esperavam, sim, “fidelidade” dos ministros indicados e nomeados. Traidores que são, no entanto, decidiram servir às leis e à Constituição. E isso parece inaceitável mesmo a um “moderado” como Jorge Viana.
Pois bem. No dia 18 de novembro, Ayres Britto faz 70 anos e deixa o Supremo. Abre-se uma vaga. É bem possível que Celso de Mello, infelizmente, antecipe a sua aposentadoria de 2014 para o começo do ano que vem em razão de problemas de saúde. Outra vaga.
O resultado do julgamento do mensalão aumentou nos petistas a convicção de que só ministros “de confiança” podem ser nomeados. No imaginário do partido, um STF tem de contar com 11 Lewandowskis; não sendo possível, até se aceitam um Dias Toffoli ou outro. Ainda há petistas inconformados com a sua decisão de condenar José Genoino por corrupção ativa. A grita foi de tal sorte que, ontem, o ministro não demorou nem 30 segundos para concordar com o revisor e inocentar todo mundo. Dispensou até os fundamentos. Foi um desrespeito ao tribunal, mas também foi um jeito de deixar claro aos companheiros que ele está um tanto amuado. A petezada acha que faltou a Toffoli o espírito de luta companheiro que enxergou em Lewandowski, que está sendo saudado como um verdadeiro herói.
Mais duas nomeações de igual jaez, a Corte ficará com quatro ministros — vamos ver como se comporta Teori Zavascki — que podem estar menos preocupados com a lei e  com as instituições do que com aqueles que lhes garantiram o posto honorífico. Insisto: há um frenético movimento de bastidores sustentando que conspiradores pretendem atacar a reputação do partido pela via judicial e que cumpre ao governo do PT proteger o… PT!
Que a sociedade brasileira fique vigilante! Os petistas consideram que foram malsucedidos até aqui em controlar o Supremo. E é grande a pressão em favor de ministros comprometidos com a causa. Não fosse assim, não se diria com tamanha ligeireza e desfaçatez que José Eduardo Cardozo é candidato a integrar a Casa.
Lula já andou cochichando por aí que só restam dois inimigos aos petistas: a “mídia” e o Judiciário. Não é o primeiro a ter essa sacada. Os fascistas originais já achavam isso, é óbvio, antes dos epígonos…

Diplomacia brasileira: entre o Oriente Medio e a Colombia

As razões que impedem o Brasil de colaborar com a pacificação da Colômbia não são exatamente essas que aponta o ex-chanceler. Para ajudar, é preciso ser isento, apenas isso.
Paulo Roberto de Almeida 


Celso Lafer defende ação brasileira na pacificação da Colômbia

Chico Santos
Valor Econômico, 22 de outubro de 2012







RIO - O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer (1992 e 2001-2002) disse nesta segunda-feira que o Brasil deveria ter uma atuação mais ativa no esforço para a obtenção da paz na Colômbia — na luta entre o Estado e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) — antes de se preocupar com a busca da paz no Oriente Médio, por mais legítima que essa seja.
“O chanceler [Antonio] Patriota esteve há pouco tempo no Oriente Médio preocupado com o problema dos palestinos e da paz, um tema legítimo, sem dúvida. No entanto, o Brasil tem se abstido de uma atuação mais ativa com relação ao tema das Farc, na Colômbia”, destacou Lafer. Para o ex-ministro, o tema pode ser encarado como um problema da América do Sul. “Minha prioridade seria olhar nossa vizinhança antes de olhar o que está acontecendo no resto do mundo”, disse ao responder a uma pergunta sobre a atual política brasileira para a América do Sul e o Oriente Médio.
Lafer disse que o Brasil poderia estar agora ajudando no esforço de paz que as duas partes em guerra na Colômbia tentam implementar, mas ressaltou que a falta de uma participação anterior dificulta qualquer tentativa de auxílio neste momento. O ex-chanceler disse ainda que, estando fora do governo, ele carece de informações para dizer o que poderia ser feito para que a diplomacia brasileira recuperasse o tempo perdido no tema colombiano.
Ainda em relação à política regional, Lafer criticou a atuação brasileira no episódio da suspensão do Paraguai do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da posterior admissão da Venezuela sem o respaldo paraguaio. “Já escrevi sobe isso e disse que a suspensão do Paraguai se fez ao arrepio das regras de suspensão previstas no Protocolo de Ishuaia [que trata dos princípios democráticos no Mercosul, Chile e Bolívia].”
Quanto ao Oriente Médio, “uma região muito complexa”, Lafer acha que o Brasil pode até ter um papel na construção da paz, “na medida em que isso for solicitado”. Segundo ele “o terceiro, em prol da paz, tem um papel, desde que conte com avaliações positivas de todas as partes envolvidas”.
Lafer fez nesta segunda-feira palestra durante o Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), que acontece em Águas de Lindóia (SP).

Consequencias economicas do calote: Keynes-Kirchner

Pois e', parodiando involuntariamente o santo economico dos devedores, eu acho que as consequencias sempre veem depois, como diria um outro filosofo de plantao. Quanto vale a fragata Libertad? Os 248 milhoes que quer receber o fundo abutre?
Com a palavra os keynesianos embriagados de Buenos Aires...
Paulo R. Almeida


Argentina ultima repatriación de los tripulantes de fragata retenida en Ghana

Infolatam Efe
Buenos Aires, 22 octubre 2012
Argentina ultimaba hoy los detalles de la repatriación de la tripulación de la fragata Libertad y recurrió a la ONU para buscar una salida al conflicto que mantiene retenido al buque en Ghana a petición de un fondo especulativo, mientras la presidenta rechazó negociar con “fondos buitres”.
“Mientras yo sea presidenta, se podrán quedar con la fragata, pero con la libertad, la soberanía y la dignidad de este país no se va a quedar ningún fondo buitre ni nadie”, afirmó hoy la presidenta argentina, Cristina Fernández, en un mensaje emitido en cadena nacional.
La presidenta confirmaba así la posición adelantada por el Gobierno argentino de rechazar cualquier posibilidad de diálogo con el fondo especulativo que presentó la demanda que ha provocado la retención de la fragata en Ghana.
La Cancillería argentina anunció hoy que la mayoría de la tripulación de la Fragata Libertad, retenida en Ghana desde hace tres semanas, llegará a Buenos Aires el miércoles y sólo permanecerán a bordo el capitán y una dotación mínima de 44 tripulantes “para garantizar la manutención de la fragata durante su ilegal detención”.
Los 281 marinos evacuados del puerto ghanés de Tema aterrizarán en Buenos Aires en dos días en un vuelo de la compañía Air France contratado específicamente para la repatriación.
Entre el personal que será repatriado se encuentran los 36 tripulantes extranjeros del buque escuela, procedentes de Uruguay, Chile, Paraguay, Bolivia, Venezuela, Brasil, Perú y Sudáfrica.
Es previsible que las distintas embajadas se ocupen de la repatriación de los marineros a sus lugares de origen, tal como hará la representación chilena que, según fuentes diplomáticas consultadas por Efe, se ocupará del retorno de los marinos chilenos a Santiago tras su llegada a Buenos Aires.
La Cancillería señaló que el Gobierno argentino se ha visto obligado a evacuar el buque escuela de la Armada debido a que “el fallo de la justicia ghanesa, aparte de ser violatorio del derecho internacional, pone en riesgo la integridad de la tripulación al negarle el aprovisionamiento necesario para un buque en puerto”.
Argentina ha denunciado que la justicia ghanesa ha impedido cargar combustible en la fragata y ni siquiera es posible activar los sistemas que permiten atender las necesidades básicas de la tripulación.
Varias organizaciones de marinos de los países integrantes del Mercosur, como Argentina, Brasil, Uruguay y Paraguay, se solidarizaron con la tripulación retenida y presentaron una queja formal ante la Organización Internacional del Trabajo (OIT).
Los marinos manifestaron que la retención de la fragata supone “una violación a la soberanía de la Nación argentina y a los derechos laborales de sus tripulantes”.
“De permitir que este atropello resulte impune, pone a la comunidad internacional en una situación de alto riesgo para la seguridad y la paz mundial”, concluye el documento firmado por una veintena de organizaciones reunidas en la Federación de Marinos del Mercosur y las Hidrovías.
Entretanto, el Gobierno de Cristina Fernández apura las vías diplomáticas para resolver una crisis que estalló el pasado 2 de octubre, con la retención de la fragata en Tema por orden judicial.
El canciller argentino, Héctor Timerman, se reunió hoy en Nueva York con las máximas autoridades de Naciones Unidas para solicitar su colaboración en la solución del conflicto.
Tras reunirse con el secretario general de las Naciones Unidas, Ban Ki-moon, Timerman anunció que éste actuará de mediador y hablará con el Gobierno de Ghana para “intercambiar opiniones sobre cómo resolver este conflicto”.
Además, con el objetivo de aumentar su presencia en la región, el Gobierno argentino oficializó hoy la reapertura de su sede diplomática en la capital de Etiopía, sede de la Unión Africana, que agrupa a 49 países, 21 años después de su cierre.
Para Argentina, la decisión de Ghana de aceptar el embargo planteado por el fondo NML en reclamo del pago de bonos soberanos que entraron en mora a finales de 2001, “anula un principio que data de 1926″ y que garantiza la inmunidad de los buques de guerra frente a todo tipo de demandas que puedan realizarse”.
El Gobierno de Fernández se niega a negociar con “fondos buitres” y descarta pagar los 20 millones de dólares que NML pide como fianza.
El jefe de Gabinete argentino, Juan Manuel Abal Medina, afirmó hoy que los fondos buitres “no van a salirse con la suya” y advirtió que “nunca van a torcer el brazo de una Argentina autónoma y que toma sus propias decisiones”.
La fragata Libertad está retenida desde el pasado 2 de octubre, tras una decisión de la justicia ghanesa que aceptó la demanda de embargo interpuesta por el fondo NML, que reclama a Argentina una deuda de 284 millones de dólares más intereses por bonos soberanos que entraron en mora al final de 2001, en plena crisis argentina.
La fragata Libertad, de 183 metros de eslora, zarpó el pasado 2 de junio desde el puerto de Buenos Aires para cumplir su anual viaje de instrucción y tocó, entre otros, puertos de Brasil, Surinam, Guyana, Venezuela, Portugal, España, Marruecos y Senegal.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Brasil esquizofrenico: IPI de 55%!!!!!!

Parece piada, mas não é: quase não quis acreditar: salão do automóvel em SP, mostra de veículos de todos os tipos.
Um modelo ultracompacto, para apenas duas pessoas, de carro elétrico, tem de pagar, além de tarifas e todos os demais impostos, um IPI de 55%!
Pode?
Pode: num país absolutamente esquizofrênico, como o Brasil, tudo é possível.
Como se o automóvel fosse fabricado no Brasil, ele paga um imposto "industrial", quando ele é apenas importado.
Desisto...
Paulo Roberto de Almeida

Diplomacia politizada (nao, nao e' aqui; na Venezuela)

Meu amigo, o historiador Fábio Koifman, neste caso muito espirituoso, me envia o seguinte e-mail:

Caros:
Copio abaixo e-mail convite que recebi.
O corpo diplomático e consular, em tese, trabalha para o Estado venezuelano e não para um governo específico. Se outro fosse o resultado das eleições, o título da palestra do cônsul geral seria "Derrota Eleitoral: Perspectivas Reacionárias"?
Cordialmente, Fábio.  

A Casa da América Latina
Convida
Palestra:
Venezuela:  Vitória Eleitoral - Perspectivas Revolucionárias
Palestrante:
Edgar Alberto M.González
Consul Geral da Venezuela no  Rio de Janeiro
Dia: 24 de outubro de 2012 (quarta-feira)

En clima de campanha política: aos eleitores paulistanos, leitores deste blog

A temática central deste blog sempre foi, e pretende continuar sendo, relações internacionais e política externa do Brasil, com algumas derivações para outras políticas públicas, como, obviamente, as políticas econômicas (as corretas, mas geralmente sou levado a falar das esquizofrênicas, também, já que mais abundantes), com destaque para aquelas que possuem interface internacional (comércio, finanças, investimentos internacionais).
Muitas vezes toco em temas políticos: afinal de contas sou um cidadão pagador de impostos, compulsoriamente -- como aliás todos vocês que me leem -- e abusivamente (como todos, também, já perceberam) e não me eximo de abordar questões das políticas políticas, se ouso dizer, que dizem respeito ao que esses indivíduos que são pagos com o nosso dinheiro para gastar o nosso dinheiro fazem justamente com os recursos que arrecadam tão vorazmente para entregar muito pouco do que prometem.
Além disso, sou um cidadão indignado, como muitos de vocês, com o espetáculo dantesco de roubalheiras privadas e oficiais, de imoralidades privadas e públicas, de descalabro moral, de indecências éticas, de atentados à dignidade da função pública, vale dizer, um pouco do que fazem, deliberada e conscientemente, vários dos companheiros totalitários que se instalaram no poder e não pretendem largar o osso (se sobrar algum ao final do verdadeiro programa de assalto aos recursos públicos que eles conduzem com tamanha desfaçatez e cara de pau).
Pois bem, ao tocar nesses temas todos, me eximo, porém, de tocar em política partidária, no sentido eleitoral da palavra. Não dou consignas, não recomendo ninguém, não peço votos e não assino manifestos. Em uma palavra, não faço campanha, sobretudo porque não me sinto ligado e nunca serei afiliando a qualquer partido que seja, mesmo algum que, por acaso (mas isso vai ser muito difícil), expressar minhas posições com algum grau de acuidade, pertinência e correlação.
Mas não hesito, tampouco, a combater os maus, os bandidos, os ladravazes, os falsos, os hipócritas, os mentirosos, os sem caráter, que ousam se apresentar ao público com um discurso absolutamente mistificador.
É apenas neste sentido que me permito transcrever abaixo a "carta aberta" de uma eleitora -- não importa aqui quem -- que vota em SP, minha cidade de origem, e à qual retorno cada vez que me convidam para algum seminário acadêmico ou atividade intelectual.
Apenas uma missão esclarecedora, e de educação cidadã, digamos assim.
Paulo Roberto de Almeida 

Carta Aberta de uma Eleitora Paulistana:

Em época de comunidades virtuais, mídia social, deparamo-nos com algo nostálgico: carta aberta. Parece que “carta aberta” virou moda. Em sendo assim, redijo minha “carta aberta ao eleitor paulistano”.
Não vou pedir que vote no José Serra, ou tentar convencê-lo disto. Mas pedirei que não dê seu voto ao PT, na pessoa de seu candidato Fernando Haddad. E tentarei justificar esse pedido.
De repente, a cidade de São Paulo se transformou em um troféu disputadíssimo, em uma questão de honra, em um ponto de convergência, chegando ao cúmulo de abrigar, no dia 10 de outubro, toda a cúpula do partido dos trabalhadores, incluindo a presença da senhora presidente Dilma Rousseff, que inadvertidamente apresentava tempo ocioso em sua agenda (fato difícil de se crer em um País tão grande e tão repleto de problemas e trabalhos a decidir ou resolver, mais urgentes do que a eleição em uma de suas tantas cidades ou municípios). Enfim... Aproveitaram a reunião para tratar, também, do apoio moral aos recém condenados no julgamento do mensalão.
Ex-presidente Lula, Mercadante, Suplicy... sem falar de Dirceu, Genoíno, Marta (que ainda se utiliza do nome Suplicy e ganhou até um Ministério... quem diria... da Cultura). Todos reunidos para um objetivo único: não abrir mão da gorda fatia tributária que nossa cidade representa no cômputo geral da República. Não estavam reunidos para discutir os problemas da cidade, tudo o que nós cidadãos contribuintes merecemos e não temos, e sim para definir estratégias, provavelmente não tão transparentes como tudo o que têm sido feito nos últimos anos, para não deixar esse “peixe gordo” escapar.
É para ver o seu rico dinheirinho dos impostos que paga escorrer para um triângulo nas Bermudas que você trabalha e corre como um louco? Porque acompanhando os noticiários você sabe muito bem que não podemos confiar um só fio de cabelo na retidão do setor financeiro das últimas gestões.
Será que olham para São Paulo e, em vez de pessoinhas, enxergam cifrões?
Pense bem!
José Dirceu, o incompreendido ex-chefe da casa civil, afirmou categoricamente que “nossa prioridade, agora, é ganhar o segundo turno, principalmente em São Paulo, contra o PSDB. O mensalão será uma batalha para muitos anos”.
José Genoíno, o injustiçado ex-presidente do partido, leu sua “carta aberta”, muito melhor elaborada do que a minha. E propôs que o PT convocasse militantes e movimentos sindicais contra a “injustiça monumental” cometida pelo Supremo.
Ah! E na leitura da “carta aberta” escrita, talvez, pela filha de Genoíno, Miruna, Eduardo Suplicy foi às lágrimas. Contundente.
Sabem o porquê do meu tom sarcástico? Porque conheci boa parte desse povo há muitos anos, quando não eram mais do que pessoinhas como eu.
Eu fui metalúrgica na época e no nascedouro do PT: São Bernardo do Campo.
Eu frequentava, aos sábados à tarde, as reuniões de um diretório do PT que havia na Av. Vieira de Moraes (Campo Belo – SP), em uma sobreloja, regadas a café de garrafa térmica e copinhos descartáveis. Foi lá que conheci Mercadante e Genoíno. Será que eles se lembram desse fato tão remoto e distante? Será que Miruna já era nascida? Disse na emocionante “carta aberta” que desde os 8 anos ouvia seu pai afirmar que estava “empenhado em defender aquilo que acreditava”. Bonito texto.
E ele acreditava em que? Que existem caminhos mais fáceis do que o trabalho, a honestidade, a decência que nos levem ao poder? Que nunca apontariam o dedo em sua cara afirmando falsidade ideológica? E ainda se passa por traído pelas elites esmagadoras que participam de um complô contra seu partido?
E Lula conheci nos portões da fábrica, sobre um caminhão, com megafone e camiseta.
Suplicy, o elitista, fui reencontrá-lo em uma palestra na faculdade, muitos anos após.
Então, meus queridos políticos petistas, eu os conheço “desde outros carnavais” e “muita água rolou por debaixo dessa ponte”. A seus favores, obviamente.
Se você, eleitor, der seu voto ao PT no dia 28, tornar-se-á responsável pela continuidade desse encardido processo. Se conseguimos implantar o Ficha Limpa, por que jogar tudo para o alto e colocar aqui em nossa cidade um partido enraizado na corrupção? Por que colocar aqui em São Paulo um candidato totalmente desconhecido, manipulado feito marionete por um partido que até pouco tempo atrás não nos dava a mínima atenção? Por que deixar o PT entrar pela porta da frente em nossa capital paulista, se está sendo expulso aos pontapés pela porta dos fundos do Supremo Tribunal Federal, nas pessoas de seus juízes, designados pelo próprio Lula e pela presidente Dilma, condenados por corrupção ativa? Ou você não sabia que a maioria dos julgadores foi indicada por eles, talvez pensando em uma possível absolvição quando em um possível remoto julgamento do mensalão que parecia tão distante? “A consciência moral da Nação está viva e desperta.”
É isso aí. Nem eles conseguiram “engolir” as laudas do processo. E você vai engolir?
O Lula deveria acatar o aconselhamento médico e cuidar melhor de sua saúde, recém recuperada, em vez de ficar fazendo discursos em palanques, ou visitas aos países vizinhos (como a feita a Argentina nestes dias), falando baboseiras absurdas, como “vem dizendo, insultuosamente, que a condenação de seus companheiros foi uma hipocrisia”. Deveria cuidar mais de sua própria vida e deixar que cuidemos da nossa. Deveria dar graças a Deus por ter sido “esquecido” nesse julgamento.
Como disse o editorial do jornal O Estado de São Paulo no dia 11 de outubro, “pela primeira vez na história deste país a Justiça processou, julgou e puniu dezenas de réus de um esquema ambicioso de corrupção política engrendrado nas entranhas do governo federal. E o fez deixando claro que, em estrita obediência ao devido processo legal, o Judiciário tem condições técnicas, institucionais e morais para reconstituir, passo a passo, um escândalo de tamanhas proporções e identificar os seus autores.(...) Inescrupulosos ou honestos, decerto já se deram conta de que o breve do Supremo contra a corrupção vem do bojo da repulsa da opinião pública – uma coisa realimentando a outra – à imundície das estrebarias do poder.”
Tenho lido, diariamente, jornais e revistas sobre esse julgamento. Tenho ouvido, no rádio e na televisão, os noticiários sobre esse julgamento. Mas um dos textos que me “pegou” é o de Clóvis Rossi, “Não era golpe, eram fatos”, publicado na Folha de São Paulo também no dia 11 de outubro. Lá ele diz, entre outras verdades, que a “mídia internacional deixa claro que a teoria da conspiração foi uma safada invenção do lulo-petismo”.
Então, pense bem antes de apertar o botão “confirma”.
Principalmente porque eu poderei ser penalizada por sua insensata atitude, mesmo fazendo todo este discurso.

Lxxxx Pxxxx
Iniciada em 11 e terminada em 18.10.12 

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